16 dezembro, 2009

Marimbas à Solta no MusicBox - Já Hoje!


Um raro concerto de um grupo de marimbas do Botswana - a Maru-a-Pula Marimba Band - acontece hoje no MusicBox, em Lisboa:

“MARU-A-PULA MARIMBA BAND

Se cada instrumento escrevesse o seu próprio legado era na escola Maru-a-Pula, no Botswana, que iríamos encontrar o da marimba. É lá, na actividade exra-curricular do liceu, que o legado continua a escrever-se, no ressoar das marimbas da famosa Maru-a-Pula Marimba Band. Uma melodia tão genuína e contagiante que arrancou as raízes da terra e atravessou o oceano, sempre a dançar. Chegou aos Estados Unidos, Brasil, Canadá e até aos ouvidos de George W. Bush. A irreverência acompanha-os, não apenas por serem na maioria mulheres, mas porque decalcam a tradição botswana sem medo de incorporar o Afro Jazz , o African Pop e a música contemporânea. Do Botswana ao Cais do Sodré viajam os dez estudantes, com banda sonora no bolso, “Tears of Joy”. “



http://www.youtube.com/watch?v=ULLuRZKp7pY



http://maruapula.org/pages/what-makes-us-different/map-marimba-band.php



http://afmap.org/marimba_tour/»

Mais informações, aqui.

Alèmu Aga - A Harpa dos Deuses


Uma das revelações da série de discos «Éthiopiques» foi, sem dúvida, a do harpista Alèmu Aga, que actua esta semana em Lisboa (Teatro Maria Matos, dia 17) e no Porto (Culturgest, dia 18). O comunicado da Filho Único:

«Amplamente desconhecida do mundo Ocidental até meados dos anos 1980, a música etíope, uma multitude de expressões culturais e espirituais próprias de um vasto país, independente (à excepção da relativamente breve ocupação fascista italiana no século XX) há milhares de anos, tem sido revelada perante nós no último par de décadas, recebida com o maior entusiasmo, admiração e reverência.
O principal responsável por este notável trabalho de divulgação é Francis Falceto, produtor francês que continua a dirigir, vai para 12 anos, a essencial série de discos Ethiopiques, com mais de duas dezenas de alguns dos fundamentais documentos da música etíope do último século. O 11º volume deste conjunto de obras, pertence a Alemu Aga, das pedras mais preciosas que, por cá, deste lado dos mares e oceanos, temos podido avistar.
Aga é um dos grandes – e cada vez mais escassos – mestres da begena, um instrumento que se aproxima da família das liras e das harpas, que se crê ter origem no país desde a época do Rei David, há cerca de três mil anos. Um instrumento inicialmente conotado com um meio real e aristocrático (vários membros da família real etíope, ao longo dos tempos, tocavam-no), sofreu uma democratização no seu uso e tradição em épocas mais recentes. É quase exclusivamente utilizado em orações (mesmo que não em espaços ou ocasiões de âmbito religioso, onde não existe esse hábito), como música de meditação, sempre num registo puramente solista, nunca se misturando com outra instrumentação.

Resulta de uma antiga e extensíssima tradição oral, sem qualquer espécie de notação que hoje, não havendo mais mestres a ensinar a begena em escolas de música no país (Aga foi o seu último professor nesse meio), vê a continuidade dos seus grandes músicos e intérpretes – e a sua própria, também – ameaçada.

Alemu Aga, tocador, geógrafo e lojista residente em Adis Abeba, viaja, há já algum tempo, um pouco por todo o mundo (mesmo que não tantas vezes quanto a sua arte o merece), a mostrar esta sua maravilhosa música ancestral, que parece pertencer a este e a todos os outros tempos, passados, futuros, espaciais, tridimensionais. Uma música da maior solenidade, sintonizada com uma paz eterna, luminosa, beatífica, capaz de nos levar para um outro estado, um outro sítio, de nos devolver a uma outra vida.

myspace http://www.myspace.com/alemu_aga

Concerto: Alèmu Aga

Local: Teatro Maria Matos
Data: 17 de Dezembro
Horário: 22h00
Entrada: 10€, 5€ para menores de 30 anos
Uma Colaboração com o Teatro Maria Matos

Pré-venda: Teatro Maria Matos

e

Local: Culturgest Porto
Data: 18 de Dezembro
Horário: 22h00
Entrada: 5€

Pré-venda: Culturgest Porto, Culturgest Lisboa, Ticketline»

Melech Mechaya - Passagem d'Ano no Alquimista


Tenho a certeza que vai ser uma festarola daquelas!

«Reveillon’10 – Santiago Alquimista

Na última noite do ano, pelas 22h, o Santiago Alquimista apruma-se, estende a passadeira vermelha, faz uma vénia, toca as trompetas e sacode as tristezas de 2009 em grande estilo, com convidados dignos de protocolo Real.

Eles são os Melech Mechaya ou traduzindo para a nossa língua: os Reis da Festa e da Alegria. E para que a corte esteja completa, trazem as Femme Fatale que comandarão os pratos e ainda convidados surpresa!

Os Reis vão alucinar os seus queridos súbditos com uma viagem louca e festiva pela música klezmer, com uma sonoridade contagiante que une aromas árabes e ritmos ciganos à tradição judaica. Da Hungria a Israel, dos Balcãs a Nova Iorque, este festão vai ser de público em pé e cadeiras vazias. Entre o riso e a dança, as passas numa mão e o champagne na outra, esta é uma pândega não aconselhada a cardíacos! A Anarquia de mãos dadas com a Monarquia! Esperamos por ti no que vai ser um grande 31 … de Dezembro!

Bilhetes com countdown, passas, champagne, confetis e muita loucura: 25€

À venda nas lojas Fnac, Worten, C. C. Dolce Vita, El Corte Inglês, Lojas Viagens Abreu, Lojas MegaRede e www.ticketline.sapo.pt. RESERVAS: 707 234 234»

Mais informações, aqui.

02 dezembro, 2009

Etnias - O Contagiarte Mexe Outra Vez (no Sá da Bandeira)!


O Raízes e Antenas - que tem andado um bocado ao abandono por manifesta falta de tempo (e alguns espirros) do seu autor - regressa para dar conta da nova edição do festival Etnias, uma organização do Contagiarte que, desta vez... decorre no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. O comunicado do camarada Osga (programador do festival):

«Chegou o Inverno e como de costume o FESTIVAL ETNIAS!

Pessoalmente fico imensamente feliz nesta época, onde o desconforto do frio nos recolhe, nos faz reflectir no verão que passou, nas noites quentes ao som dos tambores, uma fogueira acesa, aquela dança, aquela viagem...

... e poder transmitir este evento que tanto me preenche como ser humano, é também um convite a todos/as para durante 3 dias reviver e viajar pelas músicas e as danças do mundo num espaço idílico recheado de história que é o Teatro Sá da Bandeira na cidade do Porto!

Em meu nome pessoal, e com todo o apoio dos MU - Associação Cultural, um bem haja a todos!

... 7 dias da semana, 7 notas musicais, 7 vidas do gato, 7 cores do arco-íris, 7 velas do candelabro, 7 os pecados, 7 os cadeados, 7 as maravilhas do mundo, 7 é o número... mágico!

Até breve,
Agradeço toda a divulgação
Hugo Osga


FICA AQUI O PRESS RELEASE DO FESTIVAL:


FESTIVAL ETNIAS

ETNIAS – Festival de Músicas do Mundo
7ªedição / Dez. 2009
Nos dias 10, 11 e 12 de Dezembro o CONTAGIARTE está no Teatro Sá da Bandeira com a 7ª edição do festival de músicas do mundo - ETNIAS

Os ritmos e culturas que não queremos ver perdidos, tesouros da humanidade, traduz-se, para nós, no Etnias, um festival que celebra as sonoridades e danças das culturas de povos do mundo, desejando aproximar-se cada vez mais do propósito da world music, ou seja, promover a harmonia e o entendimento entre culturas.

A programação da edição deste ano assenta fortemente em projectos com sons de raíz africana, mesclados por outros sons como os das Caraíbas, da Índia, do Oriente, Austrália, Cuba, Uruguai ou Brasil. Contudo contempla também projectos direccionados a outro tipo de sons e etnias, como os Karrossel, um recente projecto nascido na cidade do Porto, dedicado à recolha e pesquisa, que ensina danças tradicionais, essencialmente portuguesas, mas também do resto da Europa.

O Etnias celebra também o aniversário do Contagiarte, foi este o evento que abriu as portas a um espaço cultural que se transformou num dos mais emblemáticos da cidade e do país. Durante três dias consecutivos, 10, 11 e 12 de Dezembro, o Contagiarte e o Etnias celebram seis anos de cultura.

QUINTA- FEIRA 10 DEZEMBRO

-KARROSSEL (na foto)
-OLIVETREEDANCE
-DJ OSGA - NOITES FOLK

SEXTA-FEIRA 11 DEZEMBRO

-SEMENTE
-ESCOLA SEMENTINHA
-NAÇÃO VIRA LATA
-DJ GOLDENLOCKS - WORLD MUSIC

SABADO 12 DEZEMBRO

-KILANDUKILU
-WINGA KAN
-TERRAKOTA
-DJ XIBATA -REGGAE, WORLD, DANCEHALL


Programação: Hugo Osga
Direcção de Produção: Ana Saltão
Direcção Técnica Rui Oliveira
Design: Paulo Gomes
Fotografia: Hugo Lima
Produção e Logística: Thomas Gawrisch
Comunicação: Daniela Reis
Técnicos: João P. Jorge e Rui Reis
Produção: Acaro».

Mais informações, aqui.

28 setembro, 2009

Há Saldos na VGM!


A VGM, na Rua Viriato (Picoas), em Lisboa, continua a ser a melhor loja de world music, música clássica, antiga e algum jazz e muito reggae de Lisboa. E, em início de Outono, volta a ter saldos bastante apetecíveis... Aqui fica a notícia do meu compincha das Crónicas da Terra:

«Discos Soul Jazz a preço de saldo na VGM (em Lisboa), até dia 10 de Outubro

A loja de discos VGM, que possui dos mais interessantes fundos de catálogo ao nível de música étnica, clássica, antiga e jazz, situada na Rua Viriato 12, em Lisboa (mesmo em frente ao edifício do Jornal Público), propõe a todos os seus clientes melómanos reduções entre 25% e os 52% em todos os títulos (editados até ao final de 2008) dos seguintes catálogos: Soul Jazz, World Circuit, Crammed Discs, World Music Network, Demon Music group, Sterns, Asphalt Tango, Dreyfuss Music, Network Medien, Roir, Ponderosa, Park,Topic, Alia Vox, Essay Recordings, Chesky, Arion, Knitting Factory, Nocturne, Sundance, Mr.Bongo, Materiali Sonori, Music and Words, Felmay, Picwick, Oriente, BMC, Cypres, Effendi, Magda, Voices Me, Sterns, Weatherbox e muitos outros, num total de mais de 150 etiquetas.

Jordi Savall, Peter Hammill, Hector Zazou, Bassekou Kouyaté, Buena Vista Social Club, Orchestra Baobab, Fanfare Ciocarlia, Etran Finatawa, Kroke, Cibelle, DJ Dolores, Shantel, Boom Pam, Bembeya Jazz, Waterson Carthy, Maddy Prior, Steelye Span, são alguns dos artistas cujas obras discográficas poder ser adquiridas a preços simpáticos, até ao próximo dia 10 de Outubro».

23 setembro, 2009

A Vingança do Kuduro!


Chega nos próximos dias às lojas um dos melhores e mais importantes álbuns - sim, é uma aviso! - que jamais se fizeram em Portugal: «Dance Mwangolé», do projecto Batida. Mais ou menos a propósito, ou pelo menos de um modo lateral, recupero aqui um texto meu publicado há alguns meses no jornal «i»:

«Na longa lista de aberrações convidadas para os seus programas televisivos - o Vítor Peter, a Pomba Gira, a Natália de Andrade, o Professor Alexandrino... -, Herman José incluiu há alguns anos o duo de kuduro Salsicha & Vaca Louca, ridicularizando os seus ritmos selvagens e os seus requebros opulentos. Poucos anos depois, o kuduro, via Buraka Som Sistema (mas não só),é um fenómeno de sucesso mundial. Angolano na sua origem mas com ligações ao miami bass, ao baile funk brasileiro, ao kwaito sul-africano, ao reggaeton porto-riquenho e ao dancehall jamaicano, o kuduro foi adoptado por vários produtores e músicos dos PALOPs e de Portugal (Dog Murras, DJ Znobia, Makongo ou o cabo-verdiano que junta funaná com kuduro Izé, entre muitos outros) e de fora da esfera lusófona como M.I.A. (a voz principal da oscarizada banda-sonora do filme «Quem Quer Ser Bilionário?»), o DJ e produtor francês Frédéric Galliano ou o norte-americano Diplo. E os Buraka Som Sistema actuam nos principais festivais do mundo (Glastonbury, Roskilde, Coachella...) e têm feito digressões, com tremendo sucesso, no Japão, na Europa, na Austrália e nos Estados Unidos. Os Buraka Som Sistema (uma mistura de portugueses, angolanos e indo-moçambicanos e um espelho perfeito do caldo de culturas em que Lisboa se transformou nos últimos anos) são, aliás, considerados - ao lado de Mariza, uma fadista nascida em Moçambique - os maiores embaixadores actuais da música... portuguesa. Está na altura de reescrever a entrada "kuduro" na "enciclopédia" do Herman. E na de nós todos».

22 setembro, 2009

d'Orfeu - Vêm Aí Mais Três Festivais!


São logo três, quase de uma vez: o OuTonalidades (em que dezenas de grupos nacionais e galegos visitam muitos locais de Portugal e da Galiza, a começar já no dia 25 de Setembro, decorrendo até 19 de Dezembro); e, em Águeda, O Gesto Orelhudo (festival de música, humor, teatro, mímica...), de 2 a 9 de Outubro, e com outro festival lá dentro, o Festival i, dedicado ao público infanto-juvenil (dias 4 e 5 de Outubro). Os nomes dos participantes nestes dois festivais seguem aqui mais à frente, os do OuTonalidades vão já aqui: Fadomorse (na foto), Som do Galpóm, Taberna Revisitada, Mu, Son+d2, Mistura Pura, Raspa de Tacho, OliveTreeDance, Fases da Lua, Velha Gaiteira, Samasati, A Barca dos Castiços, Pé na Terra, De Outra Margem, Ósmavati, Beatriz Portugal Jazz Quintet, Paul da Silva, Carmen Dor, Banda Potemkin, Uxu Kalhus, Chauffeur Navarrus, Country Dust, Quarteto Sofia Ribeiro, Bukowski Blues Trio?, Aló Django, Coanhadeira, Amar Guitarra, Lamatumbá, Comcordas, Quimera Quinteto, Portrait, Toques do Caramulo, Modulok Trio, Noiserv e Trisonte.


OUTONALIDADES:

«Quando, a 24 de Setembro, arrancar o roteiro de 74 concertos desta 13º edição do OuTonalidades, um mapa imaginário unirá os 24 espaços de música ao vivo que compõem esta grande rede que se estende de Ferrol, no topo norte da Galiza, até Tavira, em plena costa algarvia. A relação transfronteiriça com a Galiza desde 2008, fruto do convénio entre d’Orfeu e AGADIC, veio apurar o modelo do evento coordenado, sempre em franca expansão geográfica, pela associação aguedense.

Um grande evento dedicado ao pequeno formato: assim se entende o OuTonalidades, cada vez mais. Pelas novas oportunidades de circulação que proporciona a dezenas de pequenos grupos e artistas. E pela inigualável bolsa de programação de que beneficia o nicho cultural de espaços de música ao vivo, bares associativos e cafés-concerto que constitui, a cada edição, a rede do OuTonalidades.

Este ano, inscreveram-se 217 grupos portugueses e galegos, dos quais, numa 1ª fase, foram pré-seleccionados 95. Após um longo processo de programação, em função das preferências dos espaços parceiros, o cartaz de 2009 apresenta um total de 33 grupos que farão os 74 concertos do circuito. Em 2009, o evento cresce em número de espaços, de grupos e de concertos programados, tanto em Portugal como na Galiza. A cooperação iniciada em 2008 entre o OuTonalidades e a Rede Galega de Música ao Vivo, circuitos congéneres dos dois lados da fronteira, proporciona agora a presença de 7 grupos portugueses na Galiza e 11 grupos galegos em Portugal, num total de 47 concertos em regime de intercâmbio.

De 24 de Setembro a 19 de Dezembro, durante 13 fins-de-semana, o cartaz vai do jazz ao tradicional, do rock ao fado, do ska aos blues, do experimental às músicas do mundo. A festa e a diversidade são marcas distintivas das programações do OuTonalidades, evento rotativo de música ao vivo que começou por ser, há treze anos, um pequeno circuito local de bares em Águeda, cidade que continua a ser epicentro do circuito agora luso-galaico».

O GESTO ORELHUDO E FESTIVAL I:

«Já é conhecido o programa do 8º Festival ‘O Gesto Orelhudo’, certame de referência dedicado à musicomédia internacional que se realiza em Águeda. Abre com uma estrela mundial - Michel Lauzière - no Cine-Teatro São Pedro e prossegue toda a semana na Tenda do Espaço d’Orfeu. A edição deste ano, de 2 a 9 de Outubro, reserva ainda espaço para o surgimento de um cartaz dedicado ao público infantil e familiar, o Festival i, nas tardes de 4 e 5 de Outubro, com programação non-stop repartida por vários espaços da cidade.

Este ano, são destaques d’ O Gesto Orelhudo a excentricidade musical do canadiano Michel Lauzière, as acrobacias dos musiclowns italianos Teatro Necesario, as incríveis e pouco convencionais marionetas do catalão Jordi Bertran, a irresistível animação de rua dos britânicos The Hot Potato Syncopators, a comicidade musical dos italianos Microband - que regressam este ano -, a delícia do teatro músico-gestual dos Peripécia, o irónico choques de culturas de Africanízate da dupla Carlos Branco / Manecas Costa, a estupenda presença cénica dos norte-americanos Moriarty e a inigualável revolução dos Homens da Luta.

Entretanto, nos dias 4 e 5 de Outubro (domingo e segunda-feira feriado), apresenta-se a mais fresca novidade do calendário cultural d’Orfeu: o Festival i, um evento dedicado ao público infantil e familiar, após as bem sucedidas experiências pontuais de programação para este segmento nos últimos dois anos. O programa do festival i, non-stop em ambos os dias, apresenta a consagrada Companhia do Chapitô, as marionetas do catalão Jordi Bertran, o espectáculo músico-teatral do tubista Sérgio Carolino com a SA Marionetas, o projecto de percussão Crassh, as danças para crianças de Carlos Alves com coros infantis, as novas tecnologias da Miso Music, a excentricidade de Niño Costrini, os chapéus de Oswaldo Maggi, os contos infantis do Pinto Pançudo e ainda, pelas manhãs, duas diferentes propostas artísticas para bebés.

A 8ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo”, tal como o novo Festival i, é uma co-produção da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, com o apoio oficial do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, para além de uma imensa série de apoios locais, regionais e nacionais, para um festival que é uma referência temática no país e um dos grandes veículos de projecção cultural exterior da cidade de Águeda».

Programa detalhado d'O gesto Orelhudo, aqui.

Programa detalhado do Festival i, aqui.

Programa detalhado do OuTonalidades, aqui e aqui.

21 setembro, 2009

Cacharolete de Discos - Tinariwen, Tony Allen e Madredeus


Mais três textos meus recuperados ao acervo da «Time Out Lisboa» nos último meses: as críticas aos novos álbuns dos Tinariwen, de Tony Allen e dos Madredeus & A Banda Cósmica (na foto).


TINARIWEN
«IMIDIWAN: COMPANIONS»
Independiente/Megamúsica

Apesar de existirem como banda desde 1982 - na altura ainda eles faziam parte das milícias tuaregues apoiadas e armadas por Muammar Khadafi e, segundo a história oficial, andavam com uma metralhadora a tiracolo num ombro e uma guitarra eléctrica no outro -, a verdade é que «Imidiwan: Companions» é apenas o quarto álbum em CD dos tuaregues malianos Tinariwen (sim, houve outras gravações durante os anos 80 e 90, mas só saíram em, hermmm, cassete). Mas basta uma audição deste disco para se perceber que «Imidiwan» é uma obra-prima absoluta, ainda maior que as anteriores, em que aos momentos de groove imenso (como se Jimi Hendrix gravasse com Booker T. and The M.G.'s e com Ali Farka Touré como cantor solista) se sucedem canções que podiam ser de Ry Cooder, fase «Paris, Texas», mas em que os desertos norte-americaos são substituídos pelo deserto do Saara. Perfeito! (*****)


TONY ALLEN
«SECRET AGENT»
World Circuit/Megamúsica

Já velhote - quase com 70 anos! -, o baterista nigeriano Tony Allen teve nesta década o reconhecimento que há muito merecia. Fez parte dos The Good The Bad and The Queen (ao lado de Damon Albarn, dos Blur, e do ex-The Clash Paul Simonon), gravou com Sébastien Tellier, os Air e Charlotte Gainsbourg, os gurus da world music não se cansam de dizer que, se não fosse Tony Allen não haveria afro-beat, no que têm toda a razão já que Allen, na verdade, pôs o «beat» onde o seu patrão de muitos anos, Fela Kuti, pôs o «afro». E no seu novo álbum, «Secret Agent», Tony Allen deturpa uma das regras sagradas do afro-beat - o tamanho dos temas é quase pop (quatro, cinco minutos) em vez dos longos dez, quinze minutos que são normais no género - para fazer um excelente álbum de canções, sejam cantadas por ele ou pela maravilhosa Orobiyi Adunni (aka Ayo, a autora do magnífico álbum «Joyful»). (****)


MADREDEUS & A BANDA CÓSMICA
«A NOVA AURORA»
Farol

Nove meses depois da edição de «Metafonia», o álbum de renovação/rejuvenescimento/reinvenção dos Madredeus – na sua formação alargada Madredeus e A Banda Cósmica, com duas novas e excelentes cantoras e vários instrumentos eléctricos – chega o «segundo» álbum, «A Nova Aurora». E, se alguns dos bons sinais deixados pelo anterior nele continuam – uma muito maior abertura do som do grupo em termos tímbricos, estilísticos, de género (as idas às músicas do Brasil e de Cabo Verde, aos blues e ao Havai, à África Continental e à Europa dita celta, para além de se manterem, a espaços, as bases de ligação à música portuguesa e à «matriz» melódica dos Madredeus antigos) - alguns outros, os piores, também neste «A Nova Aurora» saem reforçados: uma perigosíssima aproximação ao rock sinfónico, à new age, a algumas facilidades pop que não são, de todo, necessárias num grupo com o nome e o peso e a marca Madredeus. Disco conceptual – que fala de uma nova era de harmonia em todo o universo, em letras que fazem uma estranha ponte entre «Eram os Deuses Astronautas?», Paulo Coelho e o Padre António Vieira -, «A Nova Aurora» começa com uma bela canção, «Não Estamos Sós”» (entre o «Zen» da Rokia Traoré e Madredeus vintage, com uma harpa a soar a kora mandinga). O segundo tema, «Suspenso no Universo», remete directamente, mas sem destoar, para os Heróis do Mar. E, lá para a frente, «Vai Sem Medo» é José Afonso em formato cocktail lounge, o que – por estranho que pareça - até soa bastante bem. Mas também há muitos outros temas (com letras declamadas - !!! -, guitarras eléctricas pinkfloydianas da pior fase, teclados gongóricos à Jean Michel Jarre ou... a rockalhada completamente escusada que encerra o álbum, «Baloiçando nas Estrelas») que fazem «A Nova Aurora» desequilibrar-se para uma «twilight zone» qualquer em que ficamos sem perceber que música é, afinal, esta. (**)

18 setembro, 2009

Megafone 5 - Homenagem a João Aguardela


Dia 4 de Novembro, A Naifa, Dead Combo, OqueStrada, Gaiteiros de Lisboa e Dead Combo sobem ao palco do CCB, em Lisboa, para homenagear João Aguardela (na foto, de Alexandre Nobre. O espectáculo chama-se «Megafone 5» e a razão segue aqui em baixo:

«MEGAFONE 5 Música Para Uma Nova Tradição
Centro Cultural de Belém – Grande Auditório, 4 Novembro 2009
Categoria: Espectáculo, Música / Tag: João Aguardela, Megafone 5 / Comentar

MEGAFONE 5 é um projecto que tem como objectivo celebrar, homenagear e difundir o trabalho e as ideias de JOÃO AGUARDELA. João Aguardela, que integrou colectivos como os SITIADOS, MEGAFONE, LINHA DA FRENTE e A NAIFA, faleceu precocemente aos 39 anos em Janeiro de 2009.

Nascido entre um grupo de amigos e admiradores de João Aguardela, o projecto MEGAFONE 5 materializa-se em três faces visíveis: o ambicioso site que concentra toda a sua obra; um prémio anual de distinção de nova música tradicional portuguesa (em parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores); e a realização de um grande espectáculo no dia 4 de Novembro de 2009, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, com as presenças d´A NAIFA, DEAD COMBO, Ó’QUESTRADA e GAITEIROS DE LISBOA.

Bilhetes já à venda. Todas a receitas revertem a favor da Associação Cultural Tradição Megafone».

Mais informações, aqui.

17 setembro, 2009

Chocalhos - A Transumância Celebrada em Alpedrinha


De 18 a 20 de Setembro, Alpedrinha (Fundão) recebe de novo o Chocalhos - Festival dos Caminhos da Transumância, que - entre muitos outros - tem como destaques concertos de Teresa Salgueiro, Foles da Beira, Gnawa Al-Baraka, Dazkarieh, Tok'Avacalhar, Danae (na foto) e OliveTree. O programa completo:

«A transumância uniu, desde sempre, geografias e paisagens, costumes e gentes. Hoje, essa pluralidade, mais do que relembrar as sociedades passadas, assume um valor patrimonial de excelência. Património colectivo que este evento cultural pretende revivificar com um alargado conjunto de iniciativas, cruzando a música pastoril, os produtos locais com as paisagens, a realidade com os sonhos.

Programa

18 Setembro

14h00
"Agora conto eu" – Acção de Formação | Biblioteca Municipal do Fundão

Uma acção de formação para técnicos bibliotecários e outros agentes de educação, com coordenação da contadora de histórias Joaninha de Almeida, técnica de Serviço Educativo da Biblioteca Municipal de Mora e do Fluviário de Mora

19h00
Abertura Oficial | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avacalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha
Actuação da Tuna Académica | Largo Padre Santiago

21H30
Foles da Beira | Largo da Igreja

Grupo de Musica Popular da Casa do Povo | Largo da Fontainha
F. Beira | Capela do Leão

22H00
Concerto - Gnawa Al-Baraka| Largo do Chafariz

Grupo de Música Tradicional de Marrocos
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Grupo de Fados| Largo do Salão Paroquial
Acordeonista "Sertório"| Capela do Leão
Cottas Club| Externato Santiago
F. Beira | Rua dos Valadares

22H30
Foles da Beira | Largo da Fontainha
Grupo de Musica Popular da Escola Secundária do Fundão | Largo da Igreja

23H30
Concerto – Dazkarieh | Largo do Chafariz
Dazkarieh é uma banda de rock e de música tradicional formada em Lisboa em 1999. Partiram da ideia de criar música tendo como inspiração várias culturas do mundo.
Cedo cresceram, tornando-se num dos mais activos e originais projectos da música portuguesa, ao aliarem instrumentos de várias proveniências (gaita de foles galega, acordeão, flauta transversal, tin whistles irlandeses, percussão africana, percussão árabe, baixo e guitarra) e vocalizações numa língua imaginária, criada pelo próprio grupo, com o objectivo de tratarem a voz como um instrumento autónomo e equiparável aos outros.
Vasco Ribeiro Casais - Nyckelharpa, bouzouki, gaitas-de-foles, flauta Luís Peixoto – Bouzouki, bandolim, cavaquinho, sanfona Joana Negrão – Voz, gaita-de-foles, adufe, pandeireta André Silva - Bateria Mais informações: www.dazkarieh.com
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Acordeonista "Sertório"| Largo do Pelourinho

24H00
Grupo de Fados | Rua dos Valadares

19 de Setembro

11H00
Arruada pelos chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Festa da Lã | Alpedrinha

Carda-se e feltra-se um tapete de feltro ao som dos cantares do Alentejo,
com o Grupo Coral Feminino do Alentejo e a Academia Sénior do Fundão.

(Integrada no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


16H30
Lançamento do livro "Monte da Touca" de Francisco Belo Nogueira | Capela do Leão

18H00
Animação de Rua | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avakalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile da Tuna Académica
Desfile da Fanfarra Sácabuxa
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

18H30
Lançamento do livro de poesia "Cadernos de Areia" de Luis Maçarico e Cadernos da Aldraba | Capela do Leão

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha

Concerto – Danae | Largo do Chafariz

Danae, ao longo dos últimos anos, foi à procura de sons, imagens, palavras, histórias que conseguiu modular em melodias próprias com as referências mais variadas.
A música torna-se, sob este ponto de vista, uma prática aberta que encontra na troca de experiências uma mais valia para a produção de um trabalho sem rótulos.
As letras e as músicas, da autoria da Danae, inserem-se dentro de um campo de possibilidades criativas de difícil “ajuste” num estilo definido.
O novo projecto musical nasce após a redacção quotidiana de pequenas histórias escritas e vividas. O novo trabalho “ CAFUCA”, vai ser ter lançado em Março deste ano e conta com um formato musical simples mas que não vai deixar ninguém indiferente pela originalidade dos instrumentos envolvidos e pela riqueza e diversidade de sons e influências.
Mais informações: www.myspace.com/danaexdanae
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Actuação do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra | Largo da Igreja

Tuna Académica | Largo do Externato

Acordeonista "Sertório" | Largo do Salão Paroquial

21H30
Grupo de Fados do Fundão | Largo da Fontainha

22H00
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco | Largo da Igreja

22H30
Concerto ”Matriz” - Tereza Salgueiro com Lusitânia Ensemble | Largo do Chafariz

“Matriz é o nome que escolhi para apresentar este projecto em que pretendo partilhar convosco uma experiência musical que nos levará através do tempo e do espaço, tendo como fio condutor as palavras, os sons, as melodias e ritmos de vários autores, épocas e regiões de Portugal.”
“Recuando até ao Século XIII, construiu-se um percurso que visita as cortes palacianas e a tradição dos trovadores, mergulhando na expressão popular mais profunda, que se estende pelo Fado e interpreta autores contemporâneos, em busca da origem, da fonte, da Matriz.”
“Centrou-se a procura naquilo que se mantém e se desenvolve, no próprio respirar dos tempos - a chave e evocação de um universo de costumes, de histórias contadas, de formas de pensar e sentir, de desejos e sonhos, esboços de um carácter português.”
“É para mim uma honra e alegria imensas poder contar com um elenco de músicos extraordinários, reunidos por Jorge Varrecoso Gonçalves – Director Musical do Lusitânia Ensemble – e dispostos a acompanhar-me nesta aventura de levar esta Matriz aos palcos de muitos lugares.”
Tereza Salgueiro

Mais informações:
www.teresasalgueiro.pt

Acordeonista "Sertório" | Largo da Fontainha

23H30
Acordeonista "Sertório" | Rua dos Valadares

24H00
Grupo de Fados do Fundão | Largo do Salão Paroquial

00H30
Concerto – Olivetree | Largo da Fontainha

OLIVETREEDANCE é uma “ode” aos sons da terra e vem dar ênfase à música de dança produzida apenas com instrumentos acústicos: DIDGERIDOO, BATERIA e PERCUSSÃO.
Produzem ideias simples em contextos rítmicos complexos que recordam inspirações vindas do Amor da Fonte Suprema, para ouvirmos e dançar em harmonia nesta Nova Era e elevarmos a nossa consciência contribuindo para o equilíbrio do nosso Planeta e da Humanidade. Com elas vamos ao reencontro dos valores reais do "ser humano", a Paz, a Harmonia, o Amor, a Compaixão, a Liberdade, a Verdade, a Criatividade e sobretudo a Sintonia com a Natureza…

A experiência expandida de OLIVETREEDANCE serve-se da mistura que bombeia Renato Oliveira no didgeridoo percussivo com uma disposição grande da percussão tribal de Tito Silva (congas, djembe, Krin, Berinbau, etc) ao qual se junta a influência contemporânea do kik do Pedro Vasconcelos na bateria, numa linguagem frenética cheia de figuras de estilo bem ao jeito das máquinas da actualidade.

Mais informações: www.myspace.com/olivetreedance

20 de Setembro

08H00
Caminhada com rebanho | Fundão (Praça do Município)

10H30
Arruada pelos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Lançamento do Livro " Histórias de um Tapete" | Alpedrinha

O livro “Histórias de um tapete” é contado, ele mesmo sobre um tapete de feltro, pela contadora de histórias Joaninha de Almeida

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B

16h00
Histórias de Chão – Hora do conto | Alpedrinha

Duas histórias sobre o feltro, uma que retrata a produção de um tapete de feltro artesanal e outra que recorre ao mito de Noé e da sua Arca, com a autoria de Regina Guimarães e com ilustrações de Dina Piçarra e Regina Guimarães.

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


17H00
Desfile | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho
Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Grupo de Bombos da Junta de Freguesia do Fundão
Desfile do Grupo de Bombos de Vale de Prazeres
Desfile do Grupo de Bombos das Donas
Desfile do Grupo de Bombos do Souto da Casa
Desfile do Grupo de Bombos Toca a Bombar
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo de Chocalhos da Bouça
Desfile do Rancho da Alegria dos Enxames
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"

18H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile. | Ruas de Alpedrinha

21H00
Ruas de Alpedrinha |Animação de rua pelos grupos participantes no desfile
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Igreja
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo da Fontainha

21H30
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo do Salão Paroquial

22H00
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Fontainha
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Rua dos Valadares
Concerto Clássico | Igreja Matriz»

16 setembro, 2009

Mu - Com Concerto em Lisboa e... Com Vinho Novo!


Os meus amigos Mu vêm dar um raro concerto em Lisboa (no MusicBox, dia 25) e, para além das outras novidades que aqui eles revelam, ainda há uma outra: a do seu vinho exclusivo, que ainda não provei mas que conto provar um dia... O comunicado completo dos Mu:

«Olá a todos e a todas,

está a chegar o Outono e com ele dizemos adeus ao Verão, um Verão excelente para os MU. Desde já muito obrigado a todos e a todas que nos brindaram com as danças e a sempre boa disposição presente nos nossos espectáculos.

Começamos o novo período de concertos, com especial destaque à nossa visita à Capital - Lisboa, dia 25 de Setembro no MUSIC BOX, Cais do Sodré - estão todos convidados!!!
Nesse mesmo dia vamos estar no programa de televisão Portugal no Coração!
Seguimos depois viagem até ao Algarve, à linda cidade de Tavira!

Outra novidade, os MU vão ter no nosso merchandising VINHO TINTO - MU, da região demarcada do Douro. Neste momento está na fase mágica de transformação da uva em néctar - vindimas, e em breve vamos tê-lo à venda nos concertos!

Fica aqui a nossa agenda e o desejo de nos encontrarmos para fazer a festa!
Agradecemos toda a divulgação.
Muito obrigado,
Hugo Osga
MU

25 de Setembro - Programa de Televisão - Portugal no Coração - RTP

25 de Setembro - Music Box - Cais do Sodré - Lisboa - 00.30H

26 de Setembro - Circuito Outonalidades - Casa do Povo - Tavira - 21h

29 de Outubro - Circuito Outonalidades - Sala Multiusos - Centro Cultural de Chaves - 21h

1 de Novembro - Festival Mundial de Acordeão - Torres Vedras - 22h».

Os Mu têm myspace aqui.

15 setembro, 2009

Kora Jazz Trio, Mulatu Astatke e Ferro Gaita em Lisboa


É uma muito boa notícia: o Kora Jazz Trio, o grande Mulatu Astatke (acompanhado pelos Heliocentrics; na foto) e os sempre festivos Ferro Gaita são os protagonistas de um grande dia de música (que começa logo a seguir ao almoço, com o DJ Rykardo, às 15h00, e continua com os concertos do Kora Jazz Trio às 18h00, de Mulatu às 20h00 e dos Ferro Gaita às 22h00), organizado pelo Africa.Cont e marcado para 26 de Setembro, na sede deste centro de arte africana, as Tercenas do Marquês (que fica muito próximo do Museu de Arte Antiga, às Janelas Verdes). Os pormenores da organização:


«26 SETEMBRO | 15h – 24h
KORA JAZZ TRIO
18h
O encontro entre a tradição musical mandinga e a liberdade do jazz. A união da Kora, das percussões da costa ocidental africana e do swing afro-americano.
Um diálogo entre o griot e a blue note.
Kora Jazz Trio salvaguarda a espontaneidade da sua linguagem e a individualidade de cada elemento. A de Abdoulaye Diabaté, pianista e compositor
senegalês, com formação clássica e adepto de uma estética livre ao piano. De Djeli Moussa Diawara, guineense, irmão de Mory Kanté, e virtuoso na voz e
na Kora de 32 cordas. E de Moussa Cissoko, também senegalês, mestre da percussão mandinga, celebrizado pelas colaborações com Peter Gabriel,
Jacques Higelin, Manu Dibango ou Rey Lema.
Kora Jazz Trio constrói uma ponte musical imaginária sobre o Oceano Atlântico, entre dois continentes que partilham raízes melódicas e rítmicas comuns.
http://korajazztrio.free.fr
http://www.dailymotion.com/video/x3j5zx_kora-jazz-trio_news


MULATU ASTATKE &
THE HELIOCENTRICS
20h
Mulatu Astatke descobre a música aos 16 anos e desenvolve os seus estudos, primeiro em Londres, onde colabora com Tubby Hayes, Frank Holder, Joe
Harriott e Ronnie Scott, depois no Berklee College, em Boston e ainda em Nova Iorque, onde conhece John Coltrane e colabora depois com Duke Ellington.
É na década de 60 que se protagoniza como pai do Ethio-Jazz e desenvolve novos arranjos de melodias tradicionais da Etiópia (séries “Ethiopiques”).
O grande reconhecimento do trabalho de Mulatu Astatke acontece com a sua participação na banda sonora do filme “Broken Flowers”, de Jim Jarmusch,
com vários espectáculos em 2008, de onde se destacam as participações no Barbican e em Glastonbury.
The Heliocentrics é um colectivo radicado em Londres que integra um luxuoso leque de músicos de diferentes origens e formações, e desenvolve um
trabalho excepcional de comunicação entre diferentes linguagens musicais.
“Inspiration Information” (2009) é uma colaboração de Mulatu Astatke com The Heliocentrics que nasce do seu regresso a Londres e que procura perseguir as
raízes, usando como base sólida o Ethio-jazz original. Um salto qualitativo no que respeita aos novos conceitos de fusão musical, colaboração e combinação
trans-cultural.
http://www.ethiojazz.com
http://www.youtube.com/watch?v=mlGmjXxnGgM


FERRO GAITA
22h
O nome FERRO GAITA vem da combinação de dois instrumentos: o Ferro (pedaço de metal tocado com uma faca) e a Gaita (tipo de acordeão/concertina),
utilizados na musica tradicional Cabo-verdiana, e instrumentos base do género musical mais tocado pelo grupo: o FUNANÁ. Tradicional da Ilha de Santiago
e próximo do Forró do Nordeste Brasileiro, este ritmo é um sedutor convite à dança.
FERRO GAITA é uma das referências mais consistentes e mais reputadas da música Cabo-verdiana. Na sua abordagem profunda aos ritmos tradicionais de
Cabo-Verde, primam pela autenticidade, pelo dom e pela energia, sobretudo ao vivo, onde são inacreditavelmente efervescentes.
Com 13 anos de carreira têm 5 álbuns editados: Fundu Baxu (1996), Rei di Tabanka (1999), Rei di Funaná (compil, 2001), Ferro Gaita ao vivo (2006) e Cidade
Velha (2008).
http://www.ferrogaita.cv
http://www.youtube.com/watch?v=pCcXZ5IKS9w

ENTRADA LIVRE [ATÉ AO LIMITE DA LOTAÇÃO]».

14 setembro, 2009

Adeus Ramiro Musotto


Quando se soube o motivo do cancelamento do seu concerto no último FMM de Sines, começou-se a desconfiar que o caso era grave. E, infelizmente, era mesmo: Ramiro Musotto morreu este fim-de-semana, vítima de cancro no estômago (a mesma doença que, há alguns meses, motivou outra morte trágica, a de João Aguardela). A notícia do jornal brasileiro «A Tarde»:


«Morreu na madrugada desta sexta-feira, 11, o compositor e produtor musical argentino e radicado no Brasil desde 1996, Ramiro Musotto. O artista morava na Bahia e faleceu em decorrência das complicações causadas por um câncer de estômago, aos 45 anos, no Hospital São Rafael.

Ramiro Musotto será enterrado nesta sexta-feira, no final da tarde, no Cemitério Jardim da Saudade. Na cerimônia de despedida, haverá uma homenagem a ele, com a presença de um grupo de percussão.

Natural da província de Baia Blanca, na Patagônia Argentina, o percussionista já havia cancelado, inclusive, uma apresentação em julho deste ano no Festival de Músicas do Mundo (FMM), por conta do avanço da sua doença. Na ocasião, a produção do argentino chegou a informar que ele poderia voltar a trabalhar a partir do mês de setembro.

Dentre os artistas brasileiros com os quais trabalhou, estão Lenine, Marisa Monte, Marina Lima, Daniela Mercury, Os Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lulu Santos, Zeca Baleiro, Adriana Calcanhotto, Titãs, Fernanda Abreu, Sergio Mendes, Zélia Duncan, Kid Abelha e Gal Costa.

Seu primeiro trabalho solo data de 2001, quando lançou o álbum Sudaka, no qual mescla cânticos indígenas e influências afro-baianas, além de outros ritmos. Seu segundo solo Civilização & Barbarye foi lançado seis anos depois, tendo a percussão com um dos destaques, reunindo o eletrônico e o tradicional no seu trabalho.

Tendo o berimbau como um dos seus principais instrumentos de trabalho, Ramiro Musotto manteve a influência de ritmos afro-caribenhos nas suas produções próprias, além da presença da afro-baianidade nos seus dois álbuns solos».

E, aqui, um texto meu sobre o seu último álbum, «Civilizacao & Barbarye» publicado há poucas semanas na «Time Out»:

Ramiro Musotto
«Civilizacao & Barbarye»
Helico Music/Massala

O berimbau – aquele comprido em que se percute um arame esticado com uma vareta, também chamado berimbau de peito, e não o mais pequeno que se toca com a boca – tem origem africana, mas são agora os brasileiros que mais o utilizam e divulgam, sendo muitas vezes visto a marcar os passos da capoeira ou a contribuir para a música de carnaval da Bahia. Mas ninguém o toca como Ramiro Musotto. Argentino, mas brasileiro de coração, Ramiro é um génio do berimbau. Não só pelo virtuosismo com que o toca mas principalmente pelos novos caminhos que abriu na utilização do instrumento, muitas vezes num diálogo constante entre um berimbau acústico e um outro sintetizado, manipulado, distorcido, traficado. Baterias de samba em diálogo com discursos revolucionários e coros infantis, dub e experimentação, visitas à música caipira do nordeste brasileiro e mergulhos em variadíssimas tipologias da música electrónica, música árabe e tablas indianas, de tudo um pouco se encontra neste Civilizacao & Barbarye (assim mesmo, sem acentos, talvez porque os supostos países civilizados não usem acentos na sua escrita), segundo álbum de Musotto e um enorme passo em frente em relação à sua estreia, Sudaka.

Gravado com a sua “orquestra” que leva, exactamente o nome do primeiro álbum e com alguns convidados de honra – o produtor e músico de vanguarda brasileiro Arto Lindsay, o gnominho Chico César, o percussionista afro-cubano Léo Leobons e o cantor iraniano Rostam Mirlashari (no lindíssimo “Majno Ma Bi”) -, Civilizacao & Barbarye é um álbum variadíssimo em que aos berimbaus se juntam muitos outros instrumentos acústicos e onde as electrónicas, se bem que importantes nunca a eles se sobrepõem. Para quem esperava vê-lo em Sines, ouvir o disco serve de certa forma de compensação.

31 agosto, 2009

Sons 09 - Festival Folk no Fundão


Mais um festival para o rol interminável de festivais de world, folk, etc, etc... O Sons 09, que decorre em Janeiro de Cima, Fundão, de 4 a 6 de Setembro. Inclui concertos dos Deu La Deu, Fol&ar, Ventos da Líria (na foto), Cabaz, workshops e os maravilhosos contos de Marco Luna. O programa oficial:

«Um rio convida estendendo o ar fresco que cativa nas tardes quentes, um programa recheado e aberto a imensas caras alegres no regaço de uma serra que acolhe. Será assim o Sons09 em Janeiro de Cima, aldeia-casa no Fundão.

Primeira pedra de uma iniciativa que se estenderá nos anos - o sonho raíz d'aldeia, a ser apresentado no sábado - e que nos levará numa viagem incrivel pelos recantos das aldeias do xisto, o Sons09 será o momento de retomar memórias para uns e excusa soberba para arrecadar recordações para todos. Setembro receberá melodias de sempre quando o primeiro fim de semana chegar.

Uma co-produção Tradballs, Rodobalho e Enluarados.

Programa

(Sujeito a alterações)


Sexta - 4 de Set

21h - Projecção de filme
22h - Contos na barca - Marco Luna
23h - Concerto de VENTOS DA LÍRIA (Praia Fluvial)
1.00 - Jam session e Dj Folk (Praia Fluvial)

Sábado - 5 Set:

9h - Visita e raid fotográfico á Lavaria das Minas da Panasqueira

10h - Yoga
10h - Workshop de cozedura de pão em forno de Lenha- inscrição prévia e limitada (Forno de Xisto - Restaurante Fiado)

almoço


14h - Workshop de artesanato em materiais reciclados - Agub (Praia fluvial)
14h- Workshop de confecção de linho em teares tradicionais (Casa das tecedeiras)
15.30h- PIMPIDU - Workshop de pinturas faciais e para miúdos e graúdos (Praia Fluvial)

16h - Jogos tradicionais

16h - Passeios de carroça de burro (actividade paga)

17h - Workshop de danças tradicionais (Bourrée's) - Alexandre Matias
17h - Corrida de barcas tradicionais na Praia Fluvial da Lavadeira - inscrição prévia
18.30h - Workshop de danças tradicionais (Quadrilhas) - Alexandre Matias


jantar

21h - Tertúlia XIS-Tema - Apresentação do Projecto Raiz d'Aldeia e debate aberto sobre actividades de cultura tradicional na Rede de Aldeias do Xisto
22h - Concerto de DEU LA DEU
23h - Contos na barca - Marco Luna
24h - Concerto de FOL&AR
1.30 - Jam session e Dj Folk

Domingo - 6 Set

9h - Visita e raid fotográfico
10h - yoga

10h - Workshop de construção em Xisto (inicio de construção em xisto de um muro que será construído, lentamente, todos os anos, pelos participantes do Festival Sons)


almoço

14h - Workshop de artesanato em materiais reciclado - Agub (Praia Fluvial)
15.30 - Workshop de artesanato em Fitas de orelos (típicas da região)

16h - Jogos tradicionais

16h - Passeios de carroça de burro (actividade paga)

17h - Workshop de danças tradicionais europeias (Viras) - Alexandre Matias
18.30 - Concerto dos CABAZ (Praia Fluvial)».

Mais informações, aqui.

25 agosto, 2009

Arredas Folk Fest - A Primeira Edição


Há mais um festival a começar: o Arredas Folk Fest, que decorre nos dias 4 e 5 de Setembro, em Tregosa, Barcelos. No primeiro dia com os portuenses Kukiiru o grupo de bombos Estica-me as Peles e no segundo com os lisboetas Tanira, os portuenses Arrefole (na foto) e e os bracarenses iPum (grupo de percussõpes da Universidade do Minho). E, promete a organização, para além da música haverá exposições, workshops, massagens, jogos tradicionais, gastronomia, artesanato a outras actividades. Mais informações, aqui.

19 agosto, 2009

Dulce Pontes - Há Um Shane MacGowan na Música Portuguesa...



Desde há alguns meses tenho o prazer de escrever no jornal «i». O primeiro texto que publiquei neste jornal tinha como mote esta canção de Dulce Pontes, «Júlia Galdéria», que na minha humilde opinião é o pico maior desta cantora. Pelo arrojo, pela coragem, pela imaginação... Oiçam-na sem preconceitos (ou «listen without prejudice», na tradução livre de George Michael). O texto publicado:

«Há um Shane MacGowan na música portuguesa e ele chama-se... Dulce Pontes! No seu novo álbum, "Encontros" - um "best of" com muitas regravações e novas versões de temas editados anteriormente nos seus álbuns de originais, incluindo parcerias com o tenor José Carreras e com o cantor e músico grego George Dalaras -, Dulce Pontes canta "Júlia Galdéria", adaptação do clássico do fado "Júlia Florista" (popularizado por Amália Rodrigues, Max e Carlos do Carmo, entre outros), que acrescenta alguns pontos ao conto desta mítica fadista, guitarrista e vendedeira de flores do início do Séc.XX. E interpretando-o com voz de bêbeda e de mulher muito mais velha do que os quarenta anos que ela, Dulce Pontes, tem. Mostrei o tema, sem dizer quem o cantava, a várias pessoas e ninguém reconheceu a voz da cantora do Montijo. E os comentários, depois, foram: "Ela passou-se!" ou "Então, agora a Dulce Pontes dá nos copos?". Mas eu prefiro acreditar que a inclusão de "Júlia Galdéria" - do qual gosto muito! - neste álbum é antes um genial golpe de marketing. Há-de ser tão falado quanto o "Sem Eira Nem Beira" (mais popularmente conhecido por "Sr. Engenheiro") dos Xutos & Pontapés.

Nota 1: Aparentemente, ainda ninguém deu por esta minha previsão e esta fabulosa "Júlia Galdéria" (adaptação da "Júlia Florista" feita pelo tio de Dulce Pontes) passou, infelizmente, ao lado de toda a gente...

Nota 2: O teledisco (que eu desconhecia quando escrevi sobre o disco) é, tal como a canção, uma surpresa completa: a recriação, genial e animada!, do quadro "O Fado", de José Malhoa (o pintor, não o cantor pimba, claro!).

18 agosto, 2009

Há Mais Jazz em... Sines!


O FMM acabou (acabou mas há-de recomeçar daqui a 11 meses!) e ainda há música veraneante em Sines. Desta vez, com o belíssimo espaço do CAS a ser ocupado pelo jazz nacional - Paula Oliveira (na foto), Afonso Pais, Acácio Salero, El Fad (do guitarrista José Peixoto e do violinista Carlos Zíngaro), Low Budget Research Kitchen (projecto de homenagem a Frank Zappa) e os In Tempus, de Vasco Agostinho - e por iniciativas paralelas. O programa completo:


«Programação Agosto 2009
O Centro de Artes de Sines e a Escola das Artes de Sines recebem, nos dias 21, 22 e 23 de Agosto, o Sines em Jazz 2009, com seis concertos, palestras e workshops.

Sines em Jazz : Concertos


Afonso Pais Trio »
Afonso Pais é um dos mais promissores guitarristas da cena jazz em Portugal, combinando o idioma jazzístico com outras influências, como a MPB e a música erudita.
Auditório do Centro de Artes | 21 de Agosto | 22h00 | 5 euros / noite


Acácio Salero - Secret Apache »
O segundo projecto da noite inaugural do Sines em Jazz foca-se na mistura de música orquestrada com música improvisada, tomando como alicerces o jazz tradicional, o rock e a música contemporânea.
Auditório do Centro de Artes | 21 de Agosto | 23h15 | 5 euros / noite


El Fad »
Com El Fad, José Peixoto junta-se a três grandes músicos portugueses (Carlos Zíngaro, Yuri Daniel e José Salgueiro) para recuperar, num projecto de jazz contemporâneo, os séculos de presença moura na Península Ibérica.
Auditório do Centro de Artes | 22 de Agosto | 22h00 | 5 euros / noite


Low Budget Research Kitchen plays Zappa »
Octeto instrumental dedicado exclusivamente à música de Frank Zappa. A obra deste compositor norte-americano é um caso único na música da segunda metade do séc. XX.
Auditório do Centro de Artes | 22 de Agosto | 23h15 | 5 euros / noite


Paula Oliveira »
Paula Oliveira é uma das maiores referências do jazz vocal em Portugal. Voz quente e melodiosa, canta um jazz completamente seu, escolhendo repertório, na sua maioria, em língua portuguesa.
Auditório do Centro de Artes | 23 de Agosto | 22h00 | 5 euros / noite


In Tempus - Quarteto de Vasco Agostinho »
No quarteto In Tempus, Vasco Agostinho reúne, sob a sua direcção, músicos que partilham com ele a convicção de que, mais do que as linguagens, as estéticas, as tradições ou as modas, a música vive na tradução do íntimo de cada interveniente.
Auditório do Centro de Artes | 23 de Agosto | 23h15 | 5 euros / noite

Sines em Jazz : Iniciativas paralelas


Palestras »
Pensar e debater o jazz em oito palestras com especialistas do género: Luís Lapa, Virgil Mihaiu, Carlos Azevedo, José Duarte e Zé Eduardo.
Escola das Artes de Sines | 21, 22 e 23 de Agosto | Gratuitas, mediante inscrição na Escola das Artes | Org. CM Sines. Parceria Escola das Artes de Sines


Workshops »
Workshop "Fundamentos rítmicos do jazz", com Acácio Salero, e workshop "Técnica de estudo para música improvisada", com Vasco Agostinho.
Escola das Artes de Sines | 21 e 23 de Agosto | Gratuitos para os alunos da Escola das Artes e 5 euros para não alunos | Org. CMS. Parceria Escola das Artes de Sines

Centro de Exposições


FMM: "Caravançarai: 10 de FMM em fotografia" »
Dez fotógrafos que, nas mais diferentes qualidades, acompanharam o FMM Sines ao longo de 10 anos mostram imagens que captam a alma de um festival que é já muito mais do que um evento musical.
11 de Julho - 23 de Agosto | Todos os dias, 14h00-20h00 | Entrada livre

Biblioteca

Biblioteca no Verão »
O principal tesouro da Biblioteca são os seus livros, mas durante os meses de Julho e Agosto há ainda mais motivos para as crianças e as suas famílias a visitarem.
Ver programação no interior

Serviço Educativo e Cultural
O que é o SEC? | O que é o Passaporte do SEC?

Ateliês do Arquivo Histórico Arnaldo Soledade »
Durante os meses de Verão, o Arquivo Histórico Arnaldo Soledade continua aberto e realiza visitas-guiadas para famílias e crianças. Saiba como fazer a sua marcação
Ver detalhes no interior

Verão no Museu de Sines | Casa de Vasco da Gama »
Durante o Verão, as crianças, as famílias e o público em geral podem continuar a desfrutar a Casa de Vasco da Gama e o Museu de Sines em visitas-guiadas e ateliês.
Ver detalhes no interior


Ateliês de Movimento e Dança - Inscrições abertas »
As aulas dos Ateliês de Movimento e Dança do Centro de Artes de Sines terminam no dia 4 de Julho. Ao longo de Julho e Agosto, estão abertas as inscrições para o ano lectivo 2009/2010, que tem início no dia 7 de Setembro.
Ver detalhes no interior

"Do Centro para Dentro", visitas guiadas para grupos ao CAS »
O Centro de Artes tornou-se, por magia, um imenso labirinto que será necessário percorrer. Com a ajuda de um fio mágico iremos encontrar os caminhos perdidos, passagens secretas…
Todo o CAS | Todo o ano | Para toda a comunidade

Torne-se Amigo do CAS»

Mais informações, aqui.

10 agosto, 2009

FATT 2009 - O Festival dos Didgeridoos (E Não Só)


A oitava edição do festival FATT, dedicado ao didgeridoo - mas igualmente aberto a muitos outros instrumentos - decorre de 20 a 23 de Agosto no Ameixial, Algarve. O programa completo:

«De 20 a 23 de Agosto a Associação Portuguesa de Didgeridoo - APD volta a organizar o Festival Didgeridoo - FATT 2009, sendo esta a VIII edição do festival, sempre com o mote Didgeridoo e as culturas do mundo.

Continuando por terras algarvias, esta edição será realizada novamente no meio da serra do Caldeirão (Algarve), na aldeia do Ameixial, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé , Junta de Freguesia do Ameixial e ainda Grupo Desportivo Ameixialense.

Este ano teremos a presença dos irreverentes Australianos Wild Marmalade (na foto), o Croata Dubravko Lapaine, Sidy Sissokho um mestre de percussão originário do Senegal, contamos ainda com a presença de Iban Nikolai de Espanha ainda alguns projectos nacionais tais como DIDGEnBass e os Tribolados e a Allantantou Dance Company.

Com workshops durante o dia e concertos à noite, este evento é rico em actividades.
Oferecemos uma grande variedade de workshops tais como: workshops de didgeridoo, percussão, pintura em pigmento natural, capoeira, lançamento de boomerangs e dança africana, entre muitos outros.

Também poderá adquirir inúmeros objectos vindos dos quatro cantos do mundo desde a Austrália, passando pela África, e até Portugal.

Ameixial é uma freguesia serrana, na partilha com o Alentejo, situada a cerca de 50 km de Loulé e Faro, e a 20km de Almodôvar. Possui belos montados, abundantes colmeias e caracteriza-se pela sua ruralidade e por uma agricultura de subsistência, própria da Serra do Caldeirão, onde não falta também o artesanato local.

O Festival destina-se a todos aqueles que queiram passar um fim de semana diferente, cheio de actividades e principalmente tocar e ouvir muitos instrumentos do mundo, principalmente o majestoso Didgeridoo.

Programa

Quinta

19h - Abertura oficial do Festival
19h30- Discurso de abertura
19h30 - 20h30 - Pausa das actividades
20h30 - 23h - Inicio das jam´s
23h - 02h00 - Inicio dos concertos e performances
- Jams


Sexta

9h30 - Abertura do festival
10h - 13h Inicio dos Workshops / Actividades
13h - 15h - Pausa das actividades
15h - 19h - Inicio dos Workshops / Actividades
19h - 20h30 - Pausa das actividades
20h30 - 03h00 - Inicio dos concertos e performances
- Tribolados
- Iban Nikolai
- DIDGEnBASS


Sábado

9h30 - Abertura do festival
10h - 13h - Inicio dos Workshops / Actividades
13h - 15h - Pausa das actividades
15h - 19h - Inicio dos Workshops / Actividades
19h - 20h30 - Pausa das actividades
20h30 - 03h00 - Inicio dos concertos e performances
- Sidy Sissokho
- Dubravko Lapaine
- Wild Marmelade

Domingo

9h30- Abertura do festival
10h - 13h - Inicio dos Workshops / Actividades
13h - 15h - Pausa das actividades
15h - 19h - Inicio dos Workshops / Actividades
19h - 20h30 - Pausa das actividades
20h30 - 00h00 - Inicio de jam´s

Depois das jam´s damos como finalizado o festival, mas os participantes poderão ficar no local, pois é um local público mas a organização não se responsabiliza por estes, pois o festival oficialmente termina às 0h00 de dia 23 de Agosto ( Domingo )

O programa está sujeito a alterações

Bilhete 4 dias – 15€
Bilhete diário – 5€»

Mais informações, aqui.

07 agosto, 2009

Celtirock - Com Allan-Bique, Hyubris e Zamburiel


Começa amanhã, sábado, mais um Celtirock, em Vilar de Perdizes. Com concertos dos Alann-Bique, Hyubris e Zamburiel (na foto)e um esconrujo da queimada feito pelo mítico padre da freguesia, o P. Fontes. O comunicado oficial:

«Objectivos do festival CeltiRock:

O festival CeltiRock pretende afirmar a Freguesia de Vilar de Perdizes e,
num leque mais alargado, o Concelho de Montalegre, promovendo a sua
imagem, através de uma oferta artística de qualidade acrescida e dirigida
a diferentes públicos, jovens e menos jovens, numa perspectiva de
diversidade cultural e intercâmbio de ideias e projectos. Cada visitante é
visto como um potencial promotor das potencialidades turísticas desta
região.

Programa:

Do programa desta 6.ª edição constam três espectáculos de grande qualidade
musical, protagonizados pelos galaico-madrilenos Alann-Bique, pelos
portugueses Hyubris (que vêm apresentar o seu novo álbum no Celtirock) e
pelos também madrilenos Zamburiel. Além dos concertos da noite de sábado
haverá ainda, uma encenação teatral do “Esconjuro da Queimada” pelo Pe.
Fontes em articulação com a representação teatral do grupo Alann-Bique.
Posteriormente, os presentes poderão deliciar-se com aquela poção mágica.
Do programa consta ainda, a Rota do Contrabando, projecção de um
documentário sobre a região e imagens multimédia relativas ao festival,
jogos populares, atelier de pinturas faciais com motivos celtas, visitas
guiadas ao património construído local, exposições e venda de produtos e
artesanato da região, licor e marchandising do festival, entre outros.
Para além da participação no evento, os visitantes poderão também
deliciar-se com a maravilhosa gastronomia barrosã e com as belas
envolvências paisagísticas.

Partimos para mais um desafio aliciante e estamos certos que, o Festival
atrairá a Vilar de Perdizes um número acrescido de pessoas, que poderão
apreciar as prestações de artistas de projecção nacional e internacional.
Ao longo das últimas cinco edições, o Festival CeltiRock conseguiu
alcançar um dos lugares de referência como um dos mais importantes
festivais de música tradicional/folk/celta a nível nacional, atraindo até
às Terras de Barroso, visitantes e músicos oriundos de várias
proveniências.
Para quem desejar acampar, poderá fazê-lo, gratuitamente, no campo de
futebol local. Todos os espectáculos têm entrada livre.

Grupos:
Alann-Bique (Galiza/Madrid - Espanha)
O grupo Alann-Bique foi criado em 1999 com a inquietude principal de
estabelecer a fusão entre a gaita-de-foles e outros instrumentos musicais.
Aproveitando os conhecimentos dos seus integrantes no mundo das artes
cénicas, criam um espectáculo interdisciplinar de música e teatro que
adopta o nome de "...Noite Meiga, Noite de Bruxas". A sua actuação
divide-se entre um espectáculo musical de 1 hora e a encenação cénica do
“Esconjuro da Queimada” com cerca de 40 minutos.

Hyubris (Tramagal - Portugal)
Os Hyubris destacaram-se em 2002 na Festa do Avante. A partir daí nunca
mais pararam, desdobrando-se em concertos e participações televisivas. Nas
suas actuações destacam-se uma boa presença em palco e o contraste entre
os ritmos estonteantes da banda com a maravilhosa e melodiosa voz de
Filipa Mota.

Zamburiel (Madrid – Espanha)
Os Zamburiel surgem em Madrid no ano de 2004. É um grupo de música celta
que mistura elementos tradicionais folk com temas de carácter pop e ritmos
de diferentes procedências. No seu repertório encontramos desde temas
instrumentais e cantados de criação própria, até arranjos de temas
tradicionais, adaptando melodias procedentes da Irlanda, Escócia, Galiza e
Castela/Leão.
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Organização: Invensons
Apoios: Instituto Português da Juventude; Associação de Defesa do
Património de Vilar de Perdizes e Freguesia de Vilar de Perdizes.
Para mais informações consultar: www.celtirock.com»


Mais informações, aqui.

06 agosto, 2009

Sons do Atlântico com Deolinda, Sara Tavares e Caravan Palace


O Sons do Atlântico - que tem como cenário o promontório da Sra. da Rocha, em Lagoa, Algarve - arranca hoje, dia 6, com concertos de Danae (Portugal/Cabo Verde) e Deolinda (Portugal). Nos dois dias seguintes do festival sobem ao palco, dia 7, os Kilema (Madagáscar) e Sara Tavares (Portugal/Cabo Verde) e, no dia 8, Dites 34 (França), Caravan Palace (França; na foto, de Sebastien Bartoli), havendo ainda uma sessão de DJ por Raquel Bulha, com José Carlos Fernandes a acompanhar com desenhos e pinturas em tempo real.

05 agosto, 2009

Planície Mediterrânica - Das Ilhas Baleares à Croácia


Mais uma vez inserido na programação mais alargada do Festival Sete Sóis Sete Luas, o Planície Mediterrânica 2009 decorre de 11 a 13 de Setembro, em Castro Verde, com espectáculos da Piccola Banda Ikona (Itália), KamaFei(Itália), Laefty Lo (Portugal), 7 Luas Orkestra (Mediterrâneo), Deabru Beltzak (País Basco), Mor Karbasi (Israel), Xeremiers de Son Roca (Ilhas Baleares), DJ Osga (Portugal), Melech Mechaya (Portugal), Gustafi (Croácia), Pantomina (Portugal) e o cruzamento das locais Violas Campaniças com o cante alentejano. Exposições, oficinas de danças tradicionais, oficinas de instrumentos e cante, gastronomia e passeios fazem também parte do cardápio do festival. Mais informação, aqui.

04 agosto, 2009

Lura, Mayra Andrade e Sara Tavares - Cabo Verde É Mais Feminino!


Há alguns meses, na «Time Out Lisboa», publiquei as minhas impressões sobre os novos álbuns de três cantoras da nova geração cabo-verdiana: Lura (na foto, de Ernest Collins), Mayra Andrade - sobre a qual faço aqui um pastiche de dois textos sobre o disco - e Sara Tavares. Uma geração d'ouro!

Quando a Morabeza Rima Mais Com Beleza

De uma vez só, são editados quase ao mesmo tempo os novos álbuns das três mais importantes novas cantoras cabo-verdianas: Lura, Sara Tavares e Mayra Andrade. António Pires ouviu-os.

Durante muitos anos - a bem dizer, cerca de três décadas (as de 70, 80 e 90 do Séc. XX) - as maiores embaixadoras da música cabo-verdiana foram Cesária Évora, Titina, Celina Pereira, Ana Firmino, Herminia e Teté Alhinho (nos Simentera ou a solo), sem desprimor para as que não cito aqui. Todas elas com uma obra discográfica extraordinária, principalmente se pensarmos que todas elas são de um país pobre, africano, periférico e insular. E se pensarmos, igualmente, que o fenómeno e o alargamento do circuito da chamada world music só aconteceu dez ou vinte anos depois de terem começado a sua carreira. Talvez por isso, só Cesária Évora apanhou esse apetecido comboio da world music e tornou-se, por direito e talento próprios, uma das grandes divas desse circuito, alargando o caminho para quem veio a seguir.

Agora, abertas que estão desde há muito as portas do mundo à música cabo-verdiana, três novas cantoras têm emergido - e também com inteira justiça - nesse mundo imenso das "músicas do mundo": Lura, Sara Tavares e Mayra Andrade, que têm em comum com as da geração anterior o mesmo amor pela música de raiz cabo-verdiana mas, em todas elas, outros amores com vista para outras músicas.

Comecemos por Lura: iniciando a sua carreira com uma ligação óbvia a Cabo Verde mas também fortemente seduzida por géneros norte-americanos, Lura acertou em cheio com o caminho a seguir nos álbuns "Di Korpu Ku Alma" e "M'bem di Fora", onde pegou em géneros tradicionais cabo-verdianos para os unir com consistência a géneros exteriores. No novo disco, "Eclipse" (Lusáfrica/Tumbao; *****), Lura continua a mesma via mas com uma consistência e coerência ainda maiores. Interpretando temas de compositores como Mário Lúcio, Toy Vieira, Orlando Pantera, B.Leza ou Valdemiro Ferreira, a cantora tem neste álbum momentos absolutamente fabulosos como o festivo batuque de "Tabanka", a morna (enfeitada, e tão bem!, com guitarra portuguesa) "Eclipse", "Maria" (com uma guitarra eléctrica deliciosa que vai ao zouk, ao highlife e à marrabenta) ou o surpreendente electro-tango de "Canta Um Tango". É o melhor disco deste lote.

A seguir, Sara Tavares: outro exemplo de uma cantora, e neste caso compositora, que se aproximou gradualmente da música das suas raízes, Sara Tavares chega a "Xinti" (World Connection/Megamúsica, ****) com um léxico musical e lírico perfeitamente apurado e em que a sua paixão pelo gospel, soul, funk ou reggae - e a sua aproximação aos géneros cabo-verdianos - está agora tão personalizada que já não se reconhece facilmente o que está na base de cada uma das suas canções. São canções dela, só dela; e isso é bom. Acompanhada por uma equipa de luxo (no disco estão João Paulo Esteves da Silva, Boy Gê Mendes, Rão Kyao, Jon Luz, N'du, Ciro Bertini, José Salgueiro...), Sara Tavares não tem em "Xinti" momentos pontualmente tão brilhantes quanto em "Balancê" mas tem aqui o seu pico de coerência artística e autoral.

Finalmente, refira-se que Mayra Andrade conseguiu, em "Stória, Stória" (Sony Music; ****), superar a difícil etapa do segundo álbum - e mais difícil ainda para quem tem um primeiro álbum absolutamente brilhante! - e voltar a surpreender. Há alguns álbuns de estreia que valem por uma carreira inteira. "Navega", o primeiro álbum da cantora (e compositora) cabo-verdiana Mayra Andrade, é um desses raros exemplos. E, de tão perfeito que é, quase que se desejaria que ela nunca gravasse mais nada e ficasse para sempre agarrada a essas canções, as maravilhosas canções de "Navega". Mas não; depois do merecido sucesso do primeiro álbum, a jovem Mayra lançou-se ao mundo e deu concertos em todo o lado, ganhou prémios e galardões, foi aplaudida pela melhor crítica de world music. E, agora, edita o seu segundo álbum, "Stória, Stória", prova de fogo em que passa mais uma vez com distinção: faltam lá canções de Orlando Pantera - que deram a "Navega" uma outra dimensão - mas estão lá várias canções compostas por Mayra, a revelação na escrita de canções que é Celina da Piedade (ex-Uxu Kalhus, Cinema Ensemble...), Mário Lúcio, Djoy Amado, o israelita Idan Raichel... e a produção de Alê Siqueira, arranjos de Jaques Morelenbaum, canções que remetem para valsas parisienses e o son cubano, mornas e bossinhas-novinhas, jazz e coladeiras, sambas e batuques, festa única e exemplar de muitas músicas que, se calhar, foram criadas para serem assim, um dia, misturadas. Com a voz de Mayra, uma voz rara e preciosa, a coroar todas as canções.

03 agosto, 2009

Ritmos - Danças do Mundo Invadem Querença (Loulé)


A primeira edição do festival Ritmos decorre em Querença (Loulé), de 14 a 16 de Agosto. Do programa fazem parte concertos/bailes dos Atma (na foto), Monte Lunai e Cobblestones, entre outros, oficinas de danças de todo o mundo e, hermmmm, uma sessão de DJ por... António Pires. O comunicado oficial:


«A típica aldeia de Querença, no interior do Concelho de Loulé, vai ser palco da primeira edição do “RITMOS – Festival Internacional de Danças do Mundo”, nos dias 14, 15 e 16 de Agosto. Trata-se de um evento que pretende, acima de tudo, divulgar as danças do mundo, através de espectáculos, oficinas, workshops e muita animação.


A Dança é uma das maiores expressões culturais que um povo pode ter como montra das suas raízes e das suas transformações ao longo dos tempos. Tendo como ponto de partida a multiculturalidade desta forma de arte, serão propostas várias experiências aos visitantes do festival, envolvendo-os numa mística de convívio onde o movimento será o ponto de união. Daí surge o nome do evento - “RITMOS” - uma palavra cujo significado remete para uma experiência de cadência e de intensidade.


O “RITMOS” será, pois, um vasto aglomerado de experiências intensas que certamente irão apaixonar os visitantes deste festival. Quebrando fronteiras geográficas e barreiras culturais, o “RITMOS” terá vários tipos de danças, de todo o mundo. Das europeias mais antigas, às contemporâneas, passando pelas danças de Portugal, até a outros continentes, a mescla de movimentos será um convite a dançar. O público será, de resto, fundamental em todo este processo.



Mas o festival não se fica por aí. Não faltará animação de rua com grupos e trupes que farão as delícias de miúdos e graúdos. O artesanato estará também presente com diversas bancas, numa mostra de adereços intemporais e interculturais.


Papel igualmente importante terá a gastronomia. Num dos novos espaços da aldeia, prestigiados chefes de cozinhas farão diversas experiências gastronómicas que levarão o visitante a redescobrir as receitas de outros tempos.


A iniciativa irá decorrer no eixo central da aldeia. Tendo como centro o Largo da Igreja, as iniciativas vão estender-se entre a Casa do Povo local, passando pelo Largo da Igreja, até à nova Fundação Manuel Viegas Guerreiro.


Todo o espaço será das pessoas, estando vedado à circulação de veículos, permitindo assim viver em pleno a atmosfera que a aldeia em conjunto com o festival transmitirem.


A entrada é livre.


Sobre o Programa

As portas do “RITMOS” abrem às 18h00 e no primeiro dia, sexta-feira, 14 de Agosto, haverá um concerto com os portugueses Atma e também de uma outra banda a confirmar.


No sábado, dia 15, está prevista a realização de três oficinas abertas a todo o público: Danças Europeias, Tambor de Água e Tai Chi.


Em termos musicais as propostas da noite são o concerto e baile com os Monte Lunai, o projecto da capital que propõe uma redescoberta da dança e dos bailes tradicionais, e ainda um DJ Set com António Pires, jornalista e autor do “Raízes & Antenas”, um blog dedicado à chamada world music, música tradicional, étnica, folk e as suas margens e fusões. Está previsto ainda um outro nome a confirmar.


No encerramento do festival, domingo, dia 16, quem pretende aprender um pouco das danças irlandesas e do folk deste país poderá participar na oficina de Danças Irlandesas. As crianças poderão igualmente participar numa oficina de Dança Criativa para crianças



Do programa desta noite faz parte ainda a apresentação de um VJ e os concertos com os Tumbala, projecto original na área do funk, e concerto e baile com os Cobblestones, cujo repertório incide na música irlandesa».

30 julho, 2009

CCB Fora de Si Com Susheela Raman, Yungchen Lhamo, Etran Finatawa e Seun Kuti


A recta final do festival CCB Fora de Si apresenta, já a partir de sábado, uma bela mini-programação de world music. Com a anglo-indiana Susheela Raman, a tibetana Yungchen Lhamo, os tuaregues e wodaabe Etran Finatawa (na foto) e o nigeriano Seun Kuti. Ora veja-se o comunicado:


«SUSHEELA RAMAN / Índia

1 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Inglesa de origem indiana que passou parte da juventude na Austrália, reúne na sua música os vários continentes que formam a sua identidade. Detentora de uma extraordinária voz, é reconhecida pelas suas performances intensas e únicas. Susheela traz ao CCB uma sonoridade única que reúne a inevitável influência da música tradicional indiana com os ritmos folk, jazz, pop e rock. Surpreendente!

http://www.susheelaraman.com



YUNGCHEN LHAMO “AMA” / Tibete

8 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Após mais de uma década de surpreendentes performances, aclamação internacional e colaboração com os músicos Sheryl Crow, Michael Stipe ou Annie Lennox, Yungchen Lhamo tornou-se para muitos a voz do Tibete. Nasceu em Lhasa, mas aos 23 anos fugiu da opressão chinesa, atravessando os Himalaias e estabelecendo-se na Índia. Foi na Índia que iniciou a sua carreira musical, recordando as canções tradicionais que aprendera com a mãe e avó. Hoje, reside em Nova Iorque e a sua música reflecte a confluência da pureza e autenticidade da tradição tibetana e da contemporaneidade das sonoridades urbanas do melting pot nova-iorquino.

http://www.yungchenlhamo.com/discography.html



ETRAN FINATAWA / Níger

22 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Oriundo do Níger, um dos países mais pobres do mundo, o grupo Etran Finatawa é uma formação de tuaregues e wodaabe, dois povos nómadas com culturas e sonoridades muito diferentes que coabitam nesta região africana. A música dos Etran Finatawa (literalmente “as estrelas da tradição”) combina a riqueza de duas linguagens: tradicionalmente, os wodaabe não utilizam instrumentos e centram-se na voz e ritmos que convidam à dança; por sua vez, os tuaregues sempre recorreram a violinos e tambores para animar as suas músicas e danças. Blues do deserto na sua forma mais pura.

http://www.etranfinatawa.com



SEUN KUTI / Nigéria

29 Ago - 21:00

GRANDE AUDITÓRIO

PREÇO 5€

Filho do lendário Fela Kuti, dirige a banda Egypt 80. Herdou do seu pai a música por ele criada nos anos sessenta, o afro-beat, uma fusão entre o jazz, o funk e os ritmos africanos. As suas canções revelam uma preocupação pelas graves questões políticas e sociais que afectam a África, mas nem por isso perdem a energia e a alegria que caracterizam o afro-beat. Prepare-se para ficar fora de si!

http://www.myspace.com/seunkuti».

Mais informações, aqui.

29 julho, 2009

Festa do «Avante» Com Mais Um Cartaz Bastante Apetecível


Dias 4, 5 e 6 de Setembro, na Quinta da Atalaia, Seixal, a Festa do «Avante» vai voltar a ter um excelente programa musical: uma Grande Gala da Ópera, Seth Lakeman (Irlanda; na foto), Willie Nile (Estados Unidos), Hazmat Modine (Estados Unidos), Guy Davis (Estados Unidos), The Men They Couldn't Hang (Irlanda), Ska P (Espanha), Maria Alice (Cabo Verde), Tabanka Djaz (Guiné-Bissau), Voces del Sur (Chile), Clã, Maria João e Mário Laginha, Tereza Salgueiro (aka Teresa Salgueiro, ex-Madredeus), Aldina Duarte, Peste & Sida, Vitorino (acompanhado pelos Cantadores do Redondo), Blind Zero, David Fonseca, Gazua, João Lencastre's Communion, Laurent Filipe, Nelson Cascais, The PostCard Brass Band, The Soaked Lamb, Carla Pires, Vanessa Alves, Skalibans, Ciganos d'Ouro, Roda de Choro de Lisboa, Bandarra, Francisco Naia, Frei Fado d'El Rei, Luísa Amaro, Samuel e Telectu são os nomes já confirmados para os palcos principais.