06 abril, 2009

Debashish Bhattacharya e James Blood Ulmer Também em Sines


E mais dois nomes a juntar ao rol de artistas alinhados para a edição deste ano do FMM de Sines: o indiano Debashish Bhattacharya (na foto) e o norte-americano James Blood Ulmer. O comunicado da organização:


«Debashish Bhattacharya (Índia)

Desde que descobriu a “slide guitar”, com apenas três anos, Debashish Bhattacharya (n. 1963) tem devotado a sua vida a tornar-se um dos melhores intérpretes deste instrumento, com grande tradição na Índia, sendo hoje reconhecido como um dos seus “pandit” (mestre). Melhor artista da Ásia / Pacífico nos BBC Radio 3 World Music Awards 2007, Debashish transformou a “slide guitar”, criando versões adaptadas que usa como veículo para incursões de profundidade rara pela raga indiana. Ao lado do seu irmão Subhasis, na tabla, e das únicas mulheres indianas que tocam as percussões tradicionais “pakhawaj” e “mridangam”, Chitrangana Agle Reshwal e Charu Hariharan, Debashish apresenta-se em Sines com um espectáculo baseado nos seus últimos dois discos, “Calcutta Chronicles” (que lhe valeu uma nomeação para um Grammy em 2008) e “O Shakuntala”.


James Blood Ulmer (EUA)

O guitarrista e vocalista James Blood Ulmer (n. 1942) tem um percurso ligado a praticamente todos os géneros da música afro-americana. Guitarrista desde os 4 anos (o pai, pastor, ofereceu-lhe um instrumento com o objectivo de prepará-lo para a pregação), começou a carreira profissional trabalhando em grupos de R&B e funk. Desde muito cedo atraído pelo jazz, conhece e toca com Ornette Coleman, cuja subversão da componente harmónica em favor da improvisação livre, atonal, terá grande influência na sua produção dos anos 70 e 80. Hoje a sua música é mais estruturada e tem vindo a ganhar ascendência a rica história dos blues e a tradição que o rock tem no seu instrumento. O seu último disco, “Bad Blood in the City: The Piety Street Sessions” (2007), produzido por Vernon Reid, evoca a tragédia do Katrina e é o melhor exemplo do James Blood Ulmer actual, “bluesman” de corpo inteiro que teremos o privilégio de ouvir na última noite de música no Castelo».

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