27 fevereiro, 2014

Mercedes Peón e Bomba Estéreo Também no Med de Loulé

Já se sabia de Gisela João, mas agora também a galega Mercedes Peón e os colombianos Bomba Estéreo estão também confirmados no festival Med de Loulé deste ano. O comunicado: «11º FESTIVAL MED: GISELA JOÃO, MERCEDES PÉON E BOMBA ESTÉREO SÃO OS PRIMEIROS NOMES ANUNCIADOS Nos dias 26, 27 e 28 de junho, as músicas do mundo estão de volta à Zona Histórica de Loulé, com a realização da 11ª edição do Festival MED. Integrado no roteiro dos festivais europeus de World Music, o evento alia à componente musical uma fusão de manifestações culturais que vão desde a pintura à gastronomia, passando pelo teatro ou artesanato. Para o cartaz deste ano estão já confirmados oficialmente três nomes: a fadista Gisela João, a cantora e compositora galega Mercedes Peón e os colombianos Bomba Estéreo. Dona de uma voz singular, Gisela João foi a grande revelação na área do fado em 2013 e vai estar no dia 28 de junho, no Palco da Cerca para mostrar as razões pelos quais é um dos grandes nomes da nova vaga do Fado. A artista esteve hoje na apresentação do MED e manifestou o seu antigo desejo de subir ao palco deste Festival. Da Galiza para Loulé, Mercedes Péon traz a ancestralidade das aldeias da sua terra natal, vestida de uma roupagem contemporânea e alternativa. A atuação está agendada para o dia 27 de junho, no Palco da Cerca. A energia e força em palco dos Bomba Estéreo, um dos nomes mais importantes da América Latina no atual panorama musical, vai incendiar o Palco da Matriz, para o encerramento do primeiro dia do MED (26 de junho). Mais uma vez a qualidade artística é uma das grandes apostas da organização que acredita que estes e os outros nomes poderão proporcionar experiências musicais únicas ao público. Este ano, terão lugar assegurado no cartaz do Festival bandas representantes de países que, pela primeira vez, irão marcar presença no MED. No total, serão cerca de 40 as bandas que irão passar por esta edição do evento, representantes de 16 países. A edição deste ano volta a ter o formato de três dias, com o objetivo de ir ao encontro do espírito festivaleiro, permitindo uma maior diversidade da oferta musical, assim como uma maior dinamização da economia local. O 11º Festival MED vai ser também apresentado no recinto da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, no dia 13 de março, data em que o site oficial do Festival vai para o ar. Para o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, o Festival MED “é um dos cartazes de referência do panorama da música em Portugal e é, ainda, uma marca de Loulé, responsável, nos últimos, por projetar no país e no estrangeiro o nome desta cidade”. O autarca salientou ainda o facto de o MED decorrer “no casco histórico da cidade renovado”, já que neste momento estão a decorrer no local obras de reabilitação. Com os novos achados arqueológicos nos Banhos Islâmicos, o presidente da Câmara acredita que esta “será mais uma peça de valorização para o Festival em si”. “A Câmara Municipal de Loulé tem neste Festival uma referência cultural de primeira linha”, sublinhou ainda o edil, garantindo que “os grandes eventos que projetam a cidade de Loulé são para continuar e valorizar e infundir uma nova dinâmica”. Quanto ao impacto económico na atividade turística, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, falou do facto do Festival MED ser “um evento diferenciador”, uma mais-valia já que “os turistas que nos visitam também querem experiências diferentes e o MED encaixa perfeitamente aí”. O investimento realizado nesta edição é semelhante à anterior – cerca de 200 mil euros – sendo que este ano, para além do alargamento a três dias (em vez dos dois dias de 2013), foi possível fazer uma poupança de custos em virtude do planeamento realizado que permitiu que o cartaz tivesse ficado fechado em janeiro. “Posso garantir-vos que a qualidade do evento não irá baixar, antes pelo contrário, teremos um cartaz superior ao dos últimos anos”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal. Refira-se que, ao longo de dez anos de existência, o Festival MED já trouxe a Loulé 324 bandas, em representação de 30 países. Os artistas GISELA JOÃO O disco de estreia de Gisela João é um marco na História do Fado contemporâneo. Sem desvios nem artifícios, parte duma formação tradicional e mergulha na sua génese, reencontra a sua autenticidade, questiona os seus excessos e maneirismos, para se tornar genuíno como nunca e apontar o seu futuro. Nasceu em Barcelos, viveu seis anos no Porto e finalmente o canto impôs a sua vontade e levou-a para Lisboa. Numa pequena casa “emprestada” na Mouraria debateu-se com o peso imenso da solidão, pensou várias vezes em desistir, mas resistiu. Conquistou o Sr. Vinho, a Tasca da Bela, a Mesa de Frades primeiro, para depois encher o Lux (primeiro num set do mago do pós-Dubstep, Nicolas Jaar e depois em nome próprio, a convite de Manuel Reis), e, mais recentemente, uma pequena legião de fãs esgotou o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém duas semanas antes do espetáculo. Chegara a hora de gravar o seu primeiro disco, esse grande desafio. Encontrou em Frederico Pereira o cúmplice ideal – iniciaram as gravações. Estávamos em Fevereiro de 2013, certos do caminho que havia para percorrer mas longe de prever o que iria acontecer. O disco sai a 1 de julho de 2013, duas semanas depois alcança o primeiro lugar no Top de vendas nacional e é considerado pela grande maioria com o mais importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Nesse mesmo ano é convidada a participar em alguns dos mais importantes festivais da cena musical portuguesa, entre os quais, Largos da Mouraria – Festas de Lisboa, Festa do Avante, Caixa Alfama, Debandada e Vodafone Mexefest e atua no Festival da Flandres, marcando desta forma a primeira apresentação do seu disco de estreia internacionalmente. Depois de ter arrebatado tudo e todos em 2013, a grande revelação da cena musical portuguesa, a fadista Gisela João, deixou a sua marca em duas das mais prestigiadas salas do país: na Casa da Música, Porto, e no CCB, Lisboa. Gisela João entrou em 2014 a mostrar, ao vivo, porque é que fez de 2013 um ano crucial para a história do Fado. MERCEDES PEÓN A galega Mercedes Peón é considerada uma das mulheres mais carismáticas do circuito da World Music atual. Nasceu em 1967 e, aos 13 anos, ouviu cantar várias mulheres da Costa da Morte. O tocar da pandeireta e o cantar da ribeirana foram os impulsionadores para recolher as músicas, danças, histórias e vivências dos seus conterrâneos das aldeias. Transmitiu todo esse conhecimento através do ensino, nas escolas municipais, na TV Galega, e em Universidades como La Sorbonne, Porto, País de Gales etc.. A variedade das suas composições que arrancam da polirritmia sob o olhar dos ritmos mais ancestrais, culminam em temas ecléticos e descaradamente vibrantes, o seu vasto repertório, o embruxo e a energia que se apoderam de cada uma de suas atuações, fazem desta mulher, uma aposta segura pela continuidade da cena etno-contemporânea na Europa. Depois de se aprofundar na tradição há mais de 25 anos, em 2000 gravou o seu primeiro álbum chamado “Isué”. Expressou-se livre de clichés, e espalhou-se pelo domínio internacional sem qualquer esforço mediático. Nos seus trabalhos posteriores – “Ajrú”, em 2004, e “Sihá”, em 2007 - as suas composições levaram-na a uma particular atmosfera quase roçando a eletroacústica, fazendo do resultado o seu sinal distintivo dentro e fora de fronteiras. Os seus últimos trabalhos têm estreita colaboração com outras disciplinas como a dança - composição da música de "O Kiosco das almas perdidas" do Centro Coreográfico Galego; assessoria de som e composição eletroacústica para o espetáculo "Concerto desconcerto" da companhia Entremáns; composição de música para a obra "Solo dos" de Maruxa Salas; e ainda o cinema - composição da música do filme documentário de Margarita Ledo "Liste, pronunciado Lister" e da curta-metragem "Cienfuegos 1913" da mesma autora. No final de 2010, sai o seu quarto trabalho discográfico “...---... SOS”, música de vanguarda, catalogado como maduro, fresco, surpreendente, criativo. Profundamente conceitual, mostra uma evolução e um momento na sua carreira especialmente brilhante. Criado, tocado, produzido e misturado por ela mesma é um exercício de micro-composição, onde o resultado final, maior que as partes que o compõem, ergue-se como o trabalho mais vanguardista e contemporâneo dos editados até o momento. BOMBA ESTÉREO Grupo oriundo da Colômbia, Bomba Estéreo funde a música eletrónica com rock, reggae e rap, mas também com os sons do Caribe como a cumbia ou a champeta. Conta com três trabalhos discográficos que consolidaram os Bomba Estéreo como uma das bandas colombianas mais importantes a nível nacional e internacional. Com o seu primeiro álbum (“Vol. 1”, 2006) o grupo conseguiu a aprovação, interesse e a aclamação dos meios de comunicação social e do público, principalmente no seu país. O seu segundo trabalho (“Estalla/Blow Up”, 2008) abre portas ao panorama e meios internacionais mais importantes e, em 2012, conquista o Disco de Ouro pelo número de vendas. Em 2010, o single “Fuego” integra a banda sonora do videojogo FIFA e a banda é eleita como a Banda Revelação do MTV Iggy. Faz ainda parte da banda sonora do filme “Limitless”, com o tema “La Boquilla”, em 2011, assegurando um lugar relevante no panorama da música mundial. “Elegancia Tropical” é o mais recente trabalho discográfico dos Bomba Estéreo, lançado em setembro de 2012, e que foi reconhecido como Álbum Número 1 segundo a Revista Semana (o semanário mais influente da Colômbia), em dezembro do mesmo ano, depois de uma bem-sucedida tourné nacional de lançamento. Para além da aclamação por parte dos fãs e da crítica internacional, este trabalho discográfico liderou as vendas digitais no iTunes Stores após o seu lançamento, o que fez com que a banda fosse eleita como o Artista Revelação pelos editores do iTunes da América Latina, em 2012. Em 2013, a Academia Latina de la Grabación reconheceu o trabalho dos Bomba Estéreo com a nomeação para o Grammy Latino com “Elegancia Tropical”, na categoria de “Melhor Álbum de Música Alternativa”. A sua proposta sonora de alta qualidade e a experiência inigualável que deixa em cada atuação distingue o grupo e permite que continue a pisar importantes palcos em todo o mundo.»

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