09 abril, 2012

Marc Ribot, Astillero e Dhafer Youssef Também no FMM de Sines


E mais três nomes a juntar à já extensa (e suculenta!) lista do FMM de Sines 2012. O comunicado:

«O americano Marc Ribot, um dos grandes guitarristas contemporâneos, traz a Sines o seu projeto mais emblemático, “Los Cubanos Postizos”. Astillero é uma das orquestras mais inovadoras do tango argentino atual. Dhafer Youssef cruza a tradição musical da Tunísia com o jazz europeu. Estão confirmados no programa do 14.º FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, que decorre em Sines, no final de julho.

• MARC RIBOT Y LOS CUBANOS POSTIZOS (EUA)

O norte-americano Marc Ribot (na foto; de Barbara Rigon) é um dos maiores guitarristas do mundo. Depois de uma presença em Sines em 2005, volta ao FMM para apresentar um dos projetos mais bem-sucedidos da sua carreira, “Los Cubanos Postizos”, criado em 1998 com a edição do disco do mesmo nome, e recentemente refundado.

Na sua encarnação original, Marc Ribot Y Los Cubanos Postizos era um espetáculo criado em torno de arranjos do líder de orquestra cubano Arsenio Rodriguez, inovador do “son montuno”. Nesta nova vida do projeto, os Postizos vão além de Cuba e assimilam influências de todas as Américas.

Com 25 anos de carreira e 19 discos gravados (o último dos quais, “Silent Movies”, em 2010), Ribot tem a sua base na cena “underground” nova-iorquina mas uma atenção permanente à música que se faz em todo os géneros e em todas as partes do mundo. Deixou a sua marca numa das obras-primas de Tom Waits, “Rain Dogs” (1985), e tem colaborado com alguns dos melhores artistas do nosso tempo, como Robert Plant, Alison Krauss, Elvis Costello, John Zorn e Cyro Baptista.

Os “Cubanos Postizos” que o acompanham a Sines são os norte-americanos Anthony Coleman (piano), Brad Jones (baixo) e EJ Rodriguez (bateria e percussões) e o cubano Horacio "El Negro" Hernandez, um dos bateristas afro-cubanos mais reconhecidos e que mais contribuiu para aprofundar a relação entre o jazz, o rock e música daquela ilha.

• ASTILLERO (ARGENTINA)

Formado em 2005, Astillero é um dos agrupamentos mais importantes do tango de vanguarda, encabeçando o movimento “tango de rutura”.

Com sólido conhecimento da tradição, assume como princípio apenas interpretar repertório novo, descomplexadamente complexo, onde o tango se cruza com o jazz, a música experimental contemporânea e uma crueza no modo de expressão que podemos associar ao rock.

O seu ponto de vista sobre o tango é jovem e urbano, procurando transmitir, através de instrumentos acústicos, os movimentos da vida quotidiana e a experiência vertiginosa de viver na Buenos Aires do século XXI, a segunda maior área metropolitana da América do Sul.

Referência do novo tango, o pianista Julián Peralta, fundador da Orquesta Típica Fernández Fierro, presente no FMM Sines 2009, é o líder e compositor do grupo, responsável pelo papel central que o ritmo ocupa na sua estética.

Além de Julián Peralta, a formação de Astillero é composta por Miguel Suárez (voz), Martijn van der Linden (violino), Luciano Falcón (violoncelo), Daniel Ruggiero (bandoneón), Mariano González Calo (bandoneón) e Federico Maiocchi (contrabaixo).

Aos dois discos já gravados – “Tango de Astillero” (2006) e “Sin Descanso en Bratislava (Glosas Fuera de Tempo)” (2008) – deverá juntar-se em breve um terceiro.

• DHAFER YOUSSEF QUARTET (TUNÍSIA)

O projeto musical do tunisino Dhafer Youssef é uma síntese entre a tradição árabe, em especial na vertente mística sufi, e a cultura jazz europeia.

Nascido numa pequena cidade costeira da Tunísia, escolheu o alaúde (oud) como principal meio de expressão por considerá-lo o instrumento que mais autenticamente o liga à cultura árabe.

Muezzin numa mesquita durante algum tempo e cantor em casamentos, é também um vocalista de grande qualidade, contando-se os seus solos vocais entre os momentos mais memoráveis dos seus concertos.

Desde 1990, com a sua mudança para Viena e depois para Paris, este pano de fundo árabe foi ganhando cambiantes pela sua formação e vasta experiência e colaborações no jazz europeu.

Hoje, a sua música, meditativa e experimental, situa-se num lugar só seu onde convivem tradição magrebina, canções folclóricas norueguesas (o nu-jazz escandinavo é uma das suas principais influências) e explorações sonoras contemporâneas de várias naturezas.

Depois de experiências eletrónicas em anos anteriores, o quarteto que traz a Sines traduz na formação a preferência que tem vindo a mostrar recentemente pelo jazz acústico, sendo acompanhado ao piano pelo estónio Kristjan Randalu, no baixo pelo canadiano Chris Jennings e na bateria pelo holandês Chander Sardjoe.

Tem cinco discos gravados, o último dos quais, “Abu Nawas Rhapsody”, editado em 2010.

O FESTIVAL

O FMM Sines – Festival Músicas do Mundo é o maior evento de “world music” realizado em Portugal. A sua 14.ª edição acontece nos próximos dias 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de julho.

Além dos artistas mencionados nesta nota, já está também confirmada a presença de Mari Boine (Noruega – Povo Sami), JuJu (Gâmbia / Reino Unido), Oumou Sangaré & Béla Fleck (Mali / EUA), Hugh Masekela (África do Sul), Gurrumul (Austrália – Cultura Aborígene), Fatoumata Diawara (Mali), Bombino (Níger – Cultura Tuaregue), Narasirato (Ilhas Salomão) e Jupiter & Okwess International (R. D. Congo).

O FMM Sines 2012 é cofinanciado por fundos FEDER / União Europeia no âmbito do programa operacional INALENTEJO do QREN 2007-2013.

Mais informações

www.fmm.com.pt
www.facebook.com/fmmsines»

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