27 março, 2014

Gisela João, Júlio Pereira e Nástio Mosquito no FMM de Sines

Mas não só... Para além de Gisela João (na foto), Júlio Pereira e Nástio Mosquito, também The Soaked Lamb e Mó Kalamity entram no rol. O comunicado: «Primeiros artistas de língua portuguesa confirmados no FMM Sines O angolano Nástio Mosquito e os portugueses Gisela João, Júlio Pereira e The Soaked Lamb são os primeiros artistas de língua portuguesa confirmados para a 16.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, que decorre entre 18 e 26 de julho em Sines e Porto Covo. Também está confirmada a presença em Sines da artista franco-cabo-verdiana Mó Kalamity, um dos nomes emergentes do “reggae roots” gaulês. O angolano Nástio Mosquito é um dos mais estimulantes artistas africanos contemporâneos. Quando dizemos artistas, não falamos apenas de música. Nástio é cantor, poeta, performer e tem também um percurso ligado às artes plásticas, com exposições na Tate Modern, em Londres, e trabalhos expostos nos EUA, Brasil e Japão. O seu concerto em Sines acontece no ano da edição em Portugal do álbum duplo “Se Eu Fosse Angolano”, onde é autor de todas as letras e músicas. O álbum é uma "reflexão do que é a Angola plural onde o campo e a cidade se redefinem". Aborda o amor do artista pelo seu país, mas também temas universais, como a relações homem-mulher, as relações com os mais velhos e as relações com o dinheiro. "Um álbum maior" e "uma estreia gloriosa" foram as palavras usadas pelo jornalista Mário Rui Vieira (Expresso) para descrevê-lo. Natural de Barcelos, Gisela João arrebatou os amantes do fado com o disco homónimo que lançou em 2013. Poucas vezes uma artista portuguesa conseguiu reunir tanta admiração em tão pouco tempo. Miguel Esteves Cardoso, no Público, chamou-lhe “a grande fadista do século XXI”. João Miguel Tavares, na Time Out, encontrou nela uma “amplitude emocional” que não ouvia desde Amália. Na revista Visão, Pedro Dias de Almeida escreveu que Gisela “concilia o mais autêntico e genuíno espírito do fado com a contemporaneidade de uma música urbana que continua a reinventar-se”. Capaz de interpretar com a mesma intensidade uma criação dramática e uma alegre peça de folclore, apresenta-se pela primeira vez ao vivo em Sines no FMM 2014. O compositor, multi-instrumentista e produtor Júlio Pereira é um nome fundamental da música portuguesa. Tem 20 discos gravados em nome próprio e participou em cerca de 80 discos de outros artistas, incluindo José Afonso, Pete Seeger e The Chieftains. O público conhece-o sobretudo como o mestre do cavaquinho. O disco que lançou em 1981, intitulado “Cavaquinho”, foi um marco na música instrumental portuguesa e na modernização deste precioso cordofone que Portugal espalhou pelo mundo. Em 2013, publicou o livro / CD “Cavaquinho.pt” e constituiu uma associação / museu que visa preservar a história e promover a prática deste instrumento. É acompanhado ao vivo por Sandra Martins (violoncelo), Miguel Veras (viola) e Luís Peixoto (bouzouki). The Soaked Lamb, nascidos em Lisboa em 2006, buscam inspiração na música americana da primeira metade do século XX. Tocam blues “com bocadinhos de swing, ragtime, boogie woogie” e fazem músicas atentas à contemporaneidade mas sem pressas, “como eram feitas há setenta ou oitenta anos”. O seu primeiro disco, “Homemade Blues”, de 2007, foi gravado aos domingos na casa de Afonso Cruz, onde se comia o ensopado de borrego que, traduzido para inglês, daria nome ao grupo, de que também fazem parte Miguel Lima, Mariana Lima, Gito Lima, Tiago Albuquerque e Vasco Condessa. Têm quatro discos gravados. Em Sines ouviremos sobretudo repertório do último, “Palhaços”, de 2013. Nascida em Cabo Verde mas a viver em Paris desde criança, Mó Kalamity tem vindo a destacar-se na cena reggae roots francesa. Mulher num género dominado pelo sexo masculino, Mó é influenciada pelo reggae jamaicano e pela música afroamericana dos anos 60 e 70. A publicação Télérama encontra-lhe também "outra sensibilidade que acrescenta ao género graças aos seus arabescos vocais", marca da origem cabo-verdiana. Para a Mondomix, Mó Kalamity é autora de um “reggae roots militante e rebelde”. Na sua estreia em Sines vem acompanhada pela banda The Wizards, que formou em 2004. O disco “Freedom of the Soul”, o seu terceiro álbum, editado em 2013, será a base do repertório a apresentar neste concerto. Bilhetes Os bilhetes para o FMM Sines – Festival Músicas do Mundo 2014 já estão à venda na plataforma BilheteiraOnline.pt. Cada dia de concertos pagos (concertos noturnos no Castelo entre 22 e 26 de julho) custa € 10, sendo o custo do passe de € 35 até 30 de abril (após 30 de abril, o passe custa € 40). Além destes concertos pagos, o FMM Sines oferece, como sempre, logo a partir do primeiro dia do festival, 18 de julho, um extenso programa de concertos gratuitos em vários períodos e palcos do festival. Mais informações www.fmm.com.pt www.facebook.com/fmmsines»

14 março, 2014

Celina da Piedade, Jupiter e Turtle Island no Med de Loulé

Há mais três boas noticias -- numa condensada -- para o festival Med de Loulé 2014. O comunicado: «CONGO E JAPÃO REPRESENTADOS PELA PRIMEIRA VEZ NO FESTIVAL MED Celina da Piedade (na foto, de Pawel Kowalski) também sobe ao palco deste Festival e marcou presença na apresentação do evento em Lisboa. Jupiter& Okwess International e Turtle Island são os outros nomes confirmados A organização do Festival MED anunciou ontem, durante a apresentação do evento em Lisboa, no âmbito da BTL, mais três nomes que farão parte do cartaz da 11ª edição: a portuguesa Celina da Piedade e, pela primeira vez no MED, bandas do Congo, Jupiter&Okwess International, e do Japão, Turtle Island. Celina da Piedade foi, de resto, convidada a estar presente nesta apresentação que a Câmara Municipal de Loulé quis promover em Lisboa, num dos maiores certames de turismo da Europa, como forma de associar o Festival MED à projeção do Concelho de Loulé além-fronteiras. Entusiasta da música e danças tradicionais, Celina da Piedade é uma das mais produtivas instrumentistas portuguesas que se tem dedicado ao estudo e divulgação do património musical alentejano. Sobe ao Palco do Castelo, no dia 27 de junho. Jupiter&Okwess International é um grupo de músicos oriundos de onze diferentes províncias do Congo e carrega veementemente a bandeira do Bofenia Rock - do qual é o fundamental percursor e que se baseia numa reativação de ritmos e melodias do grande e esquecido Congo, injetando ao mesmo tempo o groove urbano. A banda liderada por Jupiter, conhecido como The Rebel General, atua dia 28 de junho, no Palco da Matriz. Esta será a primeira vez na história do Festival que o cartaz conta com um representante da República Democrática do Congo, apesar de, em 2008, estarem previstos para o MED os Konono nº1 que, por motivos burocráticos, não puderam marcar presença no Festival. Também pela primeira vez, o evento contará com representantes japoneses. Os Turtle Island prometem ser uma das grandes surpresas desta 11ª edição. O agrupamento funde a música tradicional japonesa com outros elementos musicais como as distorções da guitarra, música indiana e música tradicional coreana, tudo conjugado com uma base punk rock. A banda atua no dia 28 de junho, no Palco da Matriz. Refira-se que os três nomes agora anunciados irão juntar-se aos já confirmados Gisela João, Mercedes Peón e Bomba Estéreo no cartaz do 11º Festival MED, que decorre de 26 a 28 de junho, na Zona Histórica de Loulé. A par da componente musical, o Festival MED é também uma conjugação de várias manifestações artísticas, da pintura ao artesanato, passando pela animação de rua ou gastronomia e, segundo a organização, também nestas vertentes estão previstas várias surpresas para a edição deste ano. Os interessados podem seguir as novidas em www.facebook.com/festivalmedloule Os novos nomes anunciados CELINA DA PIEDADE (Portugal) O seu entusiasmo pela música e dança tradicionais fez com que se tornasse numa das instrumentistas mais prolíficas desse meio em Portugal. Tem participado em centenas de bailes e oficinas de música folk. Dedica-se ativamente ao estudo e divulgação do património musical alentejano. Nos seus concertos a solo apresenta um repertório variado – que vai desde composições suas, a temas do cancioneiro popular, um pouco de fado, músicas de raiz de diversas partes do mundo -, que é espelho do seu percurso como artista, rico em experiências. São uma espécie de biografia musical, ora delicada, ora intensa, sempre cheia de sensibilidade e emoção. JUPITER & OKWESS INTERNATIONAL (Rep. Dem. Congo) Jupiter, conhecido como The Rebel General, lidera um grupo de músicos oriundos de onze diferentes províncias do Congo e carrega veementemente a bandeira do Bofenia Rock - do qual é o fundamental percursor e que se baseia numa reativação de ritmos e melodias do grande e esquecido Congo, injetando ao mesmo tempo o groove urbano. Jupiter inicia a sua aprendizagem musical com a percussão e os ritmos do Congo - os famosos “zébola” da sua etnia de origem, Ekonda - tornando-se um mestre na matéria. TURTLE ISLAND (Japão) Turtle Island funde a música tradicional japonesa com outros elementos musicais como as distorções da guitarra, música indiana e música tradicional coreana, tudo conjugado com uma base punk rock. O carismático vocalista é muitas vezes referido como o Manu Chao japonês; com as suas mensagens apaixonadas, Turtle Island ganhou o reconhecimento entre os apaixonados do mainstream.»