21 maio, 2013

Oumou Sangaré, Hedningarna e Anthony B no Med de Loulé 2013!

Vem aí outro Med! Ainda falta saber quem são os artistas e bandas que sobem aos palcos secundários, mas quem actua nos principais são estes: «FESTIVAL MED DE LOULÉ COMEMORA A SUA 10ª EDIÇÃO A 28 E 29 DE JUNHO COM CARTAZ DE LUXO Dia 28 Dead Combo, Samuel Úria, Oumou Sangaré, Miguel Araújo, Aline Frazão, Tulipa Ruiz, Dj Hugo Mendez "Sofrito" Dia 29 Hedningarna, Anthony B, Silvia Pérez Cruz, Kumpania Algazarra, Cuca Roseta, Dona Gi, Batida Dj set É já nos próximos dias 28 e 29 de Junho que as irresistíveis ruas, vielas e praças do centro histórico de Loulé serão novamente invadidas por milhares de pessoas em busca da melhor música, artesanato e gastronomia vindo um pouco de todo o Mundo. O evento, uma organização da Câmara Municipal de Loulé e que assinala este ano a sua décima edição, promete muitas horas de profunda animação, de experiências inesquecíveis e de muitas descobertas. Na música, o prato forte de todas as edições do certame louletano, estão prometidas emoções fortes com um luxuoso programa de actuações: Desde logo atenções centradas nesse fenómeno de popularidade na cena reggae internacional que é o jamaicano Anthony B, dono de uma legião de fãs no nosso país e que sobe ao palco da Matriz no segunda dia do evento. Outro ponto alto do festival será o regresso a Portugal, após vários anos de ausência, de uma das bandas mais míticas e relevantes dos últimas duas décadas na Europa, os revolucionários, aclamados pela crítica e sempre vanguardistas Hedningarna, da Suécia, bem como a estreia no festival algarvio da grande diva da música africana, e activista cívica pelos direitos das mulheres, a Embaixadora da Boa-Vontade da ONU e vencedora de um Grammy, Oumou Sangaré, do Mali. O programa do MED 2013 faz uma aposta clara numa nova geração de cantautoras no feminino que está a impressionar o mercado internacional da música: a catalã Silvia Perez Cruz é, neste momento, uma das artistas mais acarinhadas pelo público e pela crítica de Espanha. Tudo por causa de "11 de Noviembre", o seu disco de estreia que chegou aos escaparates durante o ano passado. Loulé testemunhará o primeiro concerto completo de Silvia Perez Cruz em território nacional após um ano em que a artista de Barcelona coleccionou prémios e honrarias. Quem também visitará Loulé no final de Junho é a talentosa brasileira Tulipa Ruiz, uma das grandes promessas da sempre dinâmica música brasileira. No primeiro dia do MED, o Palco da Cerca abrirá hostilidades com a sensacional angolana Aline Frazão, que esta semana lançou para o mercado o seu segundo disco, "Movimento", e que em muito pouco tempo já deixou rendida a crítica especializada de toda a Europa. O contingente nacional da edição deste ano do certame de Loulé é também de alto nível e, como é habitual, promove alguns dos mais interessantes projectos recentes da música portuguesa. Dos aclamados e cinematográficos Dead Combo, à excelência da escrita de canções em português por Miguel Araújo e Samuel Úria. Da grande vedeta do fado que já é Cuca Roseta à contagiante e contemporânea celebração popular que representam as actuações dos Kumpania Algazarra ou dos Dona Gi. Quem quiser testemunhar o momento dourado vivido pelo jazz nacional deve acompanhar os concertos de duas das mais vibrantes vozes do panorama nacional em concertos intimistas de voz e piano num novo espaço que o MED estreia este ano: o palco do Convento. Elisa Rodrigues, acompanhada pelo pianista algarvio Júlio Resende, e Sofia Vitória, em projecto de homenagem a Chico Buarque dividido com Luís Figueiredo ao piano. Por fim, para os mais resistentes, as duas noites do MED 2013 terminarão com apelos à dança vindos dos pratos de Hugo Mendez (Sofrito), badalado dj londrino com créditos firmados a fazer abanar ancas com sons afro-latinos, e de BATIDA, que começou por ser o programa semanal de Pedro Coquenão na Antena 3 e RDP África, se transformou no seu disco de estreia, na também inglesa Soundway Records e depois num show, que passou pelos maiores palcos internacionais e nacionais, incluindo uma inesquecível passagem por Loulé há 2 anos, regressa agora sozinho para um Dj Set. Os bilhetes diários para a edição 2013 do Festival Med custam 12 euros e podem ser adquiridos nos dias do evento no próprio local. www.festivalmed.pt»

16 maio, 2013

Festim 2013 - O Programa Completo!

E mais uma barrigada de bons concertos se aproxima, todos no magnífico Festim, que decorre em vários concelhos do centro do país. Aliás, com nomes como os de Rabih Abou-Khalil com Ricardo Ribeiro (Líbano/Portugal), Wazimbo (Moçambique), Susheela Raman (Índia; na foto), D'Callaos (Espanha), The Klezmatics (EUA) e H'Sao (Chade) nem outra coisa seria de esperar. Este ainda não é o comunicado oficial, mas já dá para ter uma ideia: «Rabih Abou-Khalil (Líbano) Com um percurso musical à escala do globo, Rabih Abou-Khalil desconstrói as fronteiras estéticas e mistura a tradição árabe com jazz, rock e música erudita, elevando a interpretação do alaúde a um sublime virtuosismo, em sonoridades atrevidas e, ao mesmo tempo, magnéticas. Foi neste exercício de ousadia musical que surgiu a fusão do músico libanês com o Fado e a voz apaixonante de Ricardo Ribeiro. Este ano no Festim, um encontro a não perder! Rabih Abou-Khalil alaúde Ricardo Ribeiro voz Luciano Biondini acordeão. Wazimbo (Moçambique) Muito calor africano ao ritmo da ‘marrabenta’, género típico de Maputo, é o que podemos esperar dos concertos de Wazimbo no Festim. Uma das maiores vozes de Moçambique, o carismático e veterano artista engrossou a presença da lusofonia na world music nos últimos anos, com várias tournées internacionais. Nas cruzadas influências da música moçambicana com o folk e a pop, Wazimbo traz ao Festim uma performance de "arrabentar"! Wazimbo voz Deodato Siquir bateria e voz Olli Rantala baixo eléctrico David Back piano. Susheela Raman (Índia) Todo o misticismo e ancestralidade da Índia pela voz poderosa e envolvente de Susheela Raman. Criada no contexto urbano ocidental, mas de ascendência cultural Tamil, a música tradicional deste povo indiano ganha nova expressão com a fusão de jazz-folk e pop que a cantora naturalmente provoca. Os seus concertos tanto nos levam a viajar pelos sons mais enigmáticos, como a fazer parte de um verdadeiro transe colectivo. Só mesmo no Festim! Susheela Raman voz Sam Mills guitarra Aref Durvesh tablas Pirashanna Thevarajah percussão. H’Sao (Chade) Da aridez do deserto do Chade, no centro de África, chega-nos a cumplicidade a 4 vozes dos H'Sao. Em estreia absoluta em Portugal, estes irmãos e amigos de infância cruzam na perfeição os ritmos afro com o jazz e o gospel. Alternam um impressionante registo a capella com o virtuosismo enquanto instrumentistas. A intensidade e energia vital das suas performances fazem de H’Sao a grande revelação da francofonia africana. Afro-pop a vozes para fechar, da melhor forma, o Festim 2013! Israel Rimtobaye voz + piano Caleb Rimtobaye voz + guitarra Mossbasss Rimtobaye voz + baixo Dono Bei Ledjebgue voz + bateria. The Klezmatics (EUA) O Festim cruza o Atlântico para trazer o mais conceituado grupo de música klezmer do mundo. Oriundos do turbilhão multicultural de Nova Iorque, este quinteto faz de cada concerto uma celebração vibrante das mais antigas melodias judaicas com contagiantes influências contemporâneas, como o rock e o jazz norte-americano. The Klezmatics são uma verdadeira instituição, um nome maior para a galeria do Festim! Lorin Sklamberg guitarra, acordeão, piano Matt Darriau sax, clarinete, flauta Lisa Gutkin violino Paul Morrissett baixo Richie Barshay bateria. D’Callaos (Espanha) Novo flamenco em ebulição. Junte-se a rumba catalana, boas pitadas de jazz e um cheirinho de pop-rock: eis a fusão que chega de Barcelona pela imaginação e talento dos D'Callaos, uma banda que tem na encantadora performance de “La Canija’, cantora de um exuberante talento, a marca da frescura da sua música. Uma performance acústica, directa ao coração do público, sem purismos mas com toda a alma. A reinvenção flamenca invade os palcos do Festim! Maribel Martín ‘La Canija’ voz Daniel Felices guitarra flamenca Carlos Felices contrabaixo Sergio Martín percussão. Calendário: Rabih Abou-Khalil e Ricardo Ribeiro (Líbano/Portugal) Sex 21 Junho ÁGUEDA Sáb 22 Junho ESTARREJA Wazimbo (Moçambique) Sex 28 Junho ALBERGARIA-A-VELHA Sáb 29 Junho SEVER DO VOUGA Susheela Raman (Índia) Sex 5 Julho ALBERGARIA-A-VELHA Sáb 6 Julho SEVER DO VOUGA D'Callaos (Espanha) Qui 11 Julho ÁGUEDA Sex 12 Julho ALBERGARIA-A-VELHA The Klezmatics (EUA) Qui 18 Julho ÁGUEDA Sex 19 Julho ALBERGARIA-A-VELHA Sáb 20 Julho SEVER DO VOUGA H'Sao (Chade) Qui 25 Julho ÁGUEDA Sex 26 Julho AVEIRO

14 maio, 2013

Batida, Aline Frazão e Mu no FMM de Sines

Mais seis (e sempre a contar!): «Do Japão a Marrocos, mais música com espírito de aventura confirmada em Sines O programa do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo 2013 ultrapassa já as três dezenas de concertos confirmados. Somando-se aos 25 projetos musicais anteriormente anunciados, confirmamos a presença de mais seis: Shibusa Shirazu Orchestra (Japão), Reijseger Fraanje Sylla (Holanda / Senegal), Batida (Portugal / Angola), Hassan El Gadiri & Trance Mission (Marrocos / Bélgica / Portugal), Aline Frazão (Angola / Portugal; na foto) e MU (Portugal). Shibusa Shirazu Orchestra é uma das orquestras mais espetaculares da música ao vivo mundial. Fusão entre teatro, dança e jazz “big band”, com cerca de 20 elementos em palco (músicos, cantores, dançarinos e atores), tem espantado públicos um pouco por todo o mundo, desde o festival de Glastonbury ao Fuji Rock Festival, que encerraram quatro anos consecutivos. O violoncelista Ernst Reijseger é um dos músicos mais prestigiados do jazz europeu. Em Reijseger Fraanje Sylla junta-se ao pianista também holandês Harmen Fraanje e ao cantor e percussionista senegalês Mola Sylla num projeto de jazz em que cabem todas as músicas. Em Sines, apresentam o disco que acabam de lançar em trio, “Down Deep”. A música afroeletrónica de Batida, um dos projetos portugueses com maior projeção internacional neste momento, faz-se em Lisboa, com um pé em Luanda e os olhos no mundo. Depois da sua primeira presença no Festival Músicas do Mundo, em 2010, Sines vai voltar a sentir a música do projeto liderado por Pedro Coquenão em 2013, com novo “show” e novos temas. O FMM Sines continua a ter uma forte representação das músicas de cruzamentos. Juntando um grupo de músicos marroquinos, liderado pelo mestre Hassan El Garidi, a um grupo de músicos europeus, liderado por Grégoire Tirtiaux, Trance Mission funde o gnawa, música de transe marroquina, o jazz e o afrobeat numa experiência rítmica libertadora. Luandense a viver em Lisboa, com influências dos universos musicais do Brasil (bossa nova e MPB, sobretudo), de Cabo Verde e do jazz, a cantautora Aline Frazão é uma artista emergente nas músicas de língua portuguesa. Com um primeiro disco em nome próprio, “Clave Bantu”, lançado em 2011, Aline estreia-se em Sines no ano em que se prepara para lançar o seu segundo disco a solo. O mundo inteiro em palco, MU é um dos projetos de fusão de músicas tradicionais mais maduros formados no nosso país. Em 2009, venceram o Prémio Carlos Paredes com o álbum “Casa Nostra” e em 2012 voltaram a marcar a folk nacional com o disco “Folhas que Ardem”. Atuam pela primeira vez no FMM no ano em que comemoram 10 anos de carreira. Sobre o FMM Sines 2013 O FMM Sines – Festival Músicas do Mundo é o maior acontecimento de “world music” e outras músicas realizado em Portugal. Em 2013, o festival realiza-se entre os dias 18 e 27 de julho e celebra a sua 15.ª edição. O alinhamento desta edição comemorativa incluirá alguns dos projetos que mais marcaram o FMM ao longo da sua história e artistas que nunca vieram ao festival e que representam o presente e o futuro das músicas com raízes (mas não grilhetas) na tradição. Nesta edição, para além dos nomes divulgados nesta nota, já está confirmada a presença dos seguintes artistas (por ordem alfabética): Akua Naru (EUA / Alemanha), Amadou & Mariam (Mali), Asif Ali Khan & Party (Paquistão), Baloji (R. D. Congo / Bélgica), Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali), Bomba Estéreo (Colômbia), Carlos Bica “Trio Azul” (Portugal), Celina da Piedade (Portugal), Cristina Branco (Portugal), Custódio Castelo (Portugal), DakhaBrakha (Ucrânia), Dubioza Kolektiv (Bósnia-Herzegovina), Femi Kuti & The Positive Force (Nigéria), Gaiteiros de Lisboa (Portugal), Hazmat Modine (EUA), Hermeto Pascoal (Brasil), JP Simões (Portugal), Lo’Jo (França), Ondatrópica (Colômbia), Rachid Taha (Argélia / França), Rokia Traoré (Mali), Skip & Die (África do Sul / Holanda), Tamikrest (Mali – Povo Tuaregue), Trilok Gurtu & Tigran Hamasyan (Índia / Arménia) e Winston McAnuff & Fixi (Jamaica / França). O FMM Sines 2013 é cofinanciado por fundos FEDER / União Europeia, no âmbito do programa operacional INALENTEJO do QREN 2007-2013. Mais informações www.fmm.com.pt www.facebook.com/fmmsines SHIBUSA SHIRAZU ORCHESTRA (Japão) Há a loucura do mal e a loucura do bem. Shibusa Shirazu Orchestra é a loucura do bem, uma performance teatral cruzada com uma avalanche orquestral e um sentido de humor que Frank Zappa não desdenharia apadrinhar. Músicos, cantores, dançarinos, atores, num total de cerca de 20 elementos, vão encher o palco do Castelo como nunca se viu, em movimento, colorido e desconcerto. Para o público europeu, a componente de dança “butoh”, uma dança do absurdo, do grotesco e do tabu, com raízes na cultura de protesto japonesa, será a mais surpreendente, mas o verdadeiro escândalo chega da música em si, uma orquestra de metais, cordas e percussões nos limites delirantes do jazz, com influências japonesas, rock, funk, ska, música latina e balcânica e improvisação. Criada em 1988 pelo baixista Daisuke Fuwa, seu líder de sempre, a orquestra tem espantado públicos um pouco por todo o mundo, desde Glastonbury ao Fuji Rock Festival, que encerraram quatro anos consecutivos. Em japonês “shibusa shirazu” significa “nunca estejas composto”, no extremo oposto da postura elegante das “big bands” clássicas. Esta é a “big band” menos clássica do mundo e este espetáculo vai ser um marco do FMM. REIJSEGER FRAANJE SYLLA (Holanda / Senegal) O holandês Ernst Reijseger é um dos grandes músicos europeus do nosso tempo, um violoncelista explorador que descobrimos constantemente pisando caminhos novos na música erudita contemporânea, no jazz vanguardista, na música improvisada e nas fusões étnicas. Neste projeto junta a sua sensibilidade à de dois dos seus companheiros de aventura preferidos, Harmen Fraanje, pianista, holandês como ele, e Mola Sylla, cantor e percussionista senegalês radicado na Holanda, que têm trabalhado juntos em vários projetos, entre os quais bandas sonoras de filmes do mestre alemão Werner Herzog. “Down Deep”, o disco que lançaram este ano, tem linhas de expressão melódica de levar às lágrimas, ao mesmo tempo que há sempre uma película de dissonância e ruído que parece rodear a beleza, defendendo-lhe o flanco do ataque das emoções fáceis. Quando Sylla canta em Wolof e nos faz lembrar um mbalax ao retardador, quando Fraanje traça uma linha de piano que recorda os voos do jazz nórdico, quando Reiseger toca uma versão contrariada de uma das mais emotivas árias da ópera, nada é típico, nada é imediato, nada é direto, mas é tudo muito belo. BATIDA (Portugal / Angola) Nascido no Huambo e criado nos subúrbios de Lisboa, Pedro Coquenão é o luso-angolano que criou a Batida. O sonho que está a viver com este projeto, que é o sonho de unir através da música as duas metades da sua identidade, começou na rádio, em particular quando fundou o coletivo Fazuma e se dedicou a promover música e artistas independentes e a produzir videoclipes e documentários ligados à música mestiça. Batida tem esta marca multidisciplinar, em que a música se expande pelo vídeo, dança, poesia, fotografia, documentário e rádio, num movimento perpétuo de procura de cúmplices artísticos. Resultado de muitas viagens, escutas e experiências, a estética encontrada combina a música angolana dos anos 60 e 70 com a música urbana atual. “Batida”, o álbum, foi lançado internacionalmente pela Soundway Records em 2012, com um coro elogioso da crítica, destacando-se a voz da revista Songlines, para quem Batida “muda o cenário da música afroeletrónica do século XXI”. Depois de fechar o FMM em 2010, Batida regressa em 2013 como um dos projetos portugueses mais internacionais do momento. Há um novo disco agendado para este ano e Sines vai cá estar para dançá-lo. HASSAN EL GADIRI & TRANCE MISSION (Marrocos / Bélgica) Com origens na África subsariana, o gnawa é um género híbrido entre expressão musical, rito local da religião islâmica e prática terapêutica. Levada por escravos para Marrocos há cerca de quatro séculos, é um estilo musical em que, à semelhança por exemplo da tarantela em Itália, o estado de transe que provoca tem um efeito tão libertador que lhe são atribuídas propriedades curativas. Em Trance Mission, dança-se ao som de um gnawa especial, fundido com jazz de derivações free e riffs de afrobeat. Criado pelo saxofonista belga Grégoire Tirtiaux, já não é um projeto de gnawa tradicional, mas continua a ser gnawa verdadeiro, não fosse a sua estrela nesta formação o mestre Hassan “El Gadiri” Zgarhi, originário de Marraquexe. O grupo que vamos ver em Sines é formado por nove elementos: três norte-africanos, a quem cabe o canto e a percussão hipnótica da “qarqaba”, e seis europeus (incluindo o baterista português João Lobo), que constituem o motor jazz da orquestra. Tanto uns como outros são experimentados improvisadores e o que se pode esperar deste concerto é um encontro em que todos se deixam levar para os mais elevados graus de liberdade que cada um dos seus géneros representam. ALINE FRAZÃO (Angola / Portugal) Aline Frazão é mais uma representante do poder feminino na divisão cantautora da música atual – neste caso específico, da música em que a lusofonia é uma partilha sem precisar de ser uma bandeira. Angolana de Luanda, onde nasceu e cresceu, pisou pela primeira vez um palco aos 9 anos e aos 15 começou a compor à guitarra. Entre 2006 e 2009, fez a universidade em Lisboa e começou a colaborar em projetos de música e teatro. Depois, voou para Barcelona, onde criou o projeto “A Minha Embala”, com um álbum único lançado em 2011. Seguiram-se dois anos em Madrid, a tocar a solo em bares e salas. Ainda em Espanha, apaixonou-se por Santiago de Compostela, onde se tornou artista profissional e conheceu os músicos que a acompanham: o contrabaixista cubano Jose Manuel Díaz e o percussionista galego Carlos Freire. Em todo este percurso, foi-se consolidando num universo estético com raízes angolanas e influências brasileiras, cabo-verdianas, portuguesas e jazzísticas. Lançou o primeiro disco a solo, “Clave Bantu”, em 2011 e prepara-se para lançar o segundo em 2013. Entretanto, voltou a viver a Lisboa e desce a Sines com uma mala coberta de autocolantes de viagens. MU (Portugal) Mu é o nome de um continente mítico, desaparecido nas águas do Atlântico ou do Pacífico (as teses divergem), que teria sido a origem comum de muitas das grandes civilizações da Humanidade, do Egito à Índia, da Grécia à América Central. A ciência desmente a existência de Mu, mas a ideia de um lugar onde estariam situadas as raízes de toda a grandeza cultural que depois se espalhou pelo mundo continua inspiradora. MU, a banda, segue-a, e, desde 2003, dedica-se a unir o que musicalmente só aparenta estar separado. A sua obra de fusão folk exprime-se desde logo nos instrumentos, provenientes de Portugal, Índia, Suécia, Egito, Brasil, Marrocos, Austrália, entre outras origens. Depois há a alegria com que este sexteto do Porto os toca e com que leva avante a sua missão autoproposta de “fazer o mundo dançar”. Em disco, podem ser ouvidos em “Mundanças” (2005), “Casa Nostra” (2008) - álbum que lhes valeu o Prémio Carlos Paredes 2009 - e “Folhas Que Ardem” (2012). Ao vivo, vão poder ser ouvidos em Sines, onde atuam pela primeira vez no ano em que comemoram uma década de carreira.»

10 maio, 2013

Salva a Terrra - A Segunda Edição!

Mais uma vez vou ter o enorme prazer de «duelar» com a Raquel Bulha na DJ battle de encerramento do Salva a Terra - Eco Festival, que decorre de 7 a 10 de Junho, mais uma vez em Salvaterra do Extremo, Idanha-a-Nova. É por uma boa causa e com um programa extremamente (passe a piada) apelativo (é favor clicar na imagem para se saber os horários do festival): «Salva a Terra 2013 - Eco Festival de Música pelo CERAS Salva a Terra - Eco Festival de Música pelo CERAS organizado pela Quercus - núcleo de Castelo Branco , pelo projecto musical Velha Gaiteira e pelo Município de Idanha- a-Nova. O Eco Festival é um festival bianual que vai na 3 edição e acontecerá de 7 a 10 de Junho 2013, em Salvaterra do Extremo, aldeia do concelho de Idanha-a-Nova, dentro do Parque Natural do Tejo Internacional. O festival é composto por inúmeras actividades: concertos, workshops, percursos interpretativos, observação de vida selvagem, conferências, cinema documental e animação diversa. Missão do Salva a Terra O Salva a Terra é Eco Festival, que tem como principal objectivo a angariação de fundos para o CERAS-Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens. As receitas obtidas revertem a 100% para o CERAS. O Ceras funciona exclusivamente com trabalho voluntário desde 1998 e já recebeu mais de 1700 animais selvagens, contando com uma taxa de recuperação positiva de 60% de animais devolvidos à natureza. O que nos diferencia dos restantes festivais O Salva a Terra é um Eco Festival 100% "Pro-Bono", no qual toda a organização, artistas, formadores, guias, e restante equipa trabalham de forma voluntária em prol da preservação de algo que é de todos nós: a biodiversidade. Nos tempos de crise que atravessamos, o Festival assume uma especial importância para o CERAS, pois o principal mecenas que suportava o trabalho do Centro, reduziu substancialmente o seu apoio anual. Divulgar a música desenvolvida em Portugal e no mundo ao nível de fusões, descobertas, confluências e reuniões de vários géneros musicais como: jazz, folk, blues, fusão, tradicional e fanfarra. Implicar os participantes (músicos e público) de forma activa na conservação da Natureza, fomentando o espírito participativo como única forma de verdadeiramente conhecer e compreender o meio natural, amá-lo e defendê-lo; Dar a conhecer o património natural desta região assim como as suas tradições e costumes, reavivar Salvaterra do Extremo envolvendo os participantes no quotidiano da aldeia, alertando para as problemáticas do despovoamento associadas à desertificação e perda da biodiversidade.Promover a partilha de ideias e experiências. Fomentar o trabalho de grupo, favorecendo a cooperação e integração dentro da comunidade onde se vai desenvolver o festival Entre outros exemplos das boas práticas ambientais que aplicamos no festival destacamos: Sustentabilidade: - O cariz ambiental e pedagógico das actividades desenvolvidas; - O consumo de produtos locais na cantina do festival, dando naturalmente prioridade aos de produção em modo biológico; - A não utilização de plásticos; promovendo o uso de caneca do festival e pratos reutilizáveis na cantina; - A utilização de casas de banho secas no campismo; - O envolvimento real da população da aldeia nas actividades do festival, nomeadamente através de workshops por si desenvolvidos e também a realização de concertos intimistas nos quintais das casas de Salvaterra do Extremo; Mobilidade: - Fomento da partilha de boleia e uso de bicicleta para chegar ao Salva a Terra; - Sorteio de uma bicicleta de 2 lugares (tandem-Orbita) edição especial Salva a Terra, para quem comprar bilhete geral; - Compensação das emissões e da pegada ecológica da organização, artistas, formadores, guias e restante equipa, através da plantação de árvores autóctones pelo projecto "Criar Bosques" da Quercus ANCN. Programação 2013 Nesta edição contamos com 30 projectos musicais num total de mais de 100 artistas, inúmeras atividades tão distintas como fazer pão de bolota, garimpar no rio, yoga, workshops de dança, percussão, percursos pedestres, banhos no rio, cinema documental e curtas metragens, entre muitas outras… Para a segunda edição contamos com, Orlando Santos, Underground Spiritual Band , Nação Vira Lata, Riddim culture sound, Baltazar Molina, os Velha Gaiteira, os Roncos do Diabo, os Cabace, os Albaluna, O Baú, os Pás de Problème, Farra Fanfarra, Dobro Sound System, Khayalan trio, Diva Diver, Rosemary Baby, Muttley Soundz, Wood Vibrations, Sound Flavours by Diniz, projecto Salvem a Viola Beiroa, Orquestra de Foles, Grupo de percurssão Tocándar, Sabão Macaco, Charanga, Sebastião Antunes, Raquel Oliveira-Taças Tibetanas, Rodrigo Viterbo, Ruben Monteiro, Cabeção Rodrigues, Sound flavours by Diniz, DJ-Battle entre Raquel Bulha (Planeta 3 / Antena 3) e António Pires. Mais informação em: http://www.salvaterra.pt/ https://www.facebook.com/Salva.a.Terra?ref=hl»

08 maio, 2013

Douro Celtic Fest - A Estreia em Gaia!

Também com organização Sons da Terra -- à semelhança do Intercéltico de Sendim (ver post anterior) --, mas neste caso em parceria com a empresa espanhola Actos Management, o Largo de Aviz, Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, recebe nos dias 5 e 6 de Julho a estreia do Douro Celtic Fest, este também com um programa bastante apelativo e a fazer lembrar -- mais a mais com alguns dos nomes que traz -- o saudoso Intercéltico do Porto. O comunicado: «Celebrar a música folk de célticas ressonâncias, eis o mandato cultural que determinou a criação do DOURO CELTIC FEST, cuja primeira edição decorre sob o signo da excelência, com seis concertos propostos por seis bandas que são referências obrigatórias e indispensáveis. Em tons maiores de celebração colectiva, o DOURO CELTIC FEST recupera a sedução da festa e da partilha intercultural. Organização Sons da Terra (Portugal) Actos Management (Espanha) Apoio Institucional Município de Vila Nova de Gaia Pelouro da Cultura * Gaianima * Gaia Cidade de Cultura Facebook www.facebook.com/DouroCelticFest 5 Julho 2013 UXU KALHUS Portugal Reafirmamos o direito à autodeterminação do Folk Português!... Em finais dos anos 90 do século passado começou a ganhar força em Portugal uma tendência centrada na recuperação das danças e dos bailes tradicionais. Protagonizado por jovens formações então surgidas, desde logo ficaria de sobremaneira evidenciado o gosto pelas estéticas vanguardistas da fusão e da mestiçagem, sobretudo veiculadas nos contextos expressivos da na época emergente cena da chamada world music. Muito mais do que propostas de interacção cultural foram sobretudo apresentados projectos filiados ou inscritos na interculturalidade, sem no entanto perderem a presença predominante dos referenciais portugueses. O novo baile português quer preservar a nossa diversidade cultural e simultaneamente integrar outras culturas no cadinho evolutivo que é o folk português actual. O novo baile português é dinâmico, em constante mutação, não se limita a formas estáticas e empoeiradas: as nossas raízes culturais são a plasticina que está a ser moldada por hordas de ovelhas que vão engrossando o rebanho em viagem. Uxu Kalhus contribuem para este movimento já em marcha, organizando uma transumância que não tem rota definida nem, fim à vista, pretendendo apenas mostrar paisagens sonoras, prados harmónicos e balhos diversos, para dar farto alimento ao rebanho. Formação Joana Margaça (voz) Eddy Slap (baixo eléctrico e voz) Paulo Pereira (flautas e voz) António Bexiga (guitarras, viola campaniça e voz) André Lourenço (teclado e voz) Luís Salgado (bateria) Discografia Recomendada 2006 A Revolta dos Badalos 2009 Transumâncias Groove 2012 Extravagante 5 Julho 2013 SEARSON Canadá Quando muitos já acreditavam que fosse muito pouco provável o aparecimento de novas bandas capazes de reinventarem as actuações ao vivo, em termos de dinâmicas performativas e de interacção com o público, as três irmãs Searson – Erin, Heather e Colleen – foram a surpresa total: um verdadeiro furacão de emotividade e de partilha veio tomar conta de cada palco pelo qual já passaram, nos mais prestigiados festivais folk norte-americanos e europeus. Com uma poderosa mistura das estéticas associadas à música celta e à pop music, sem perderem as referências fundamentais do estilo violinista da região de Ottawa Valley, no Canadá, as Searson – juntamente com o baterista e percussionista Danno O'Shea – fazem de cada concerto um hapenning pleno de energia, não faltando mesmo a emblemática step dance irlandesa. Formação Erin Searson (voz, piano, teclados, bandolim e step dance) Colleen Searson (violin, voz, bandolim e step dance) Heather Searson (baixo e step dance) Danno O'Shea (bateria e percussão) Discografia recomendada 2001 House Party 2004 Follow 2005 Searson Live 2008 A Different Kind of Light 2009 Ignite 2012 Fade and Shine 5 Julho 2013 BERROGUETTO Galiza BERROGÜETTO não é um grupo de música tradicional mas sim um grupo comprometido com a música galega mas com uma total liberdade de criação, reflectindo todas as nossas inquietudes e todas influências possíveis, sem abandonar a nossa origem cultural. O grupo evidencia uma visão muito positiva sobre a evolução experimentada pela música galega, que passou de uma visão exclusivamente celto-atlântica para propostas mais ancoradas nos padrões estéticos mais próximos da nossa tradição musical. Actualmente assiste-se a uma incorporação das mais variadas influências, num processo múltiplo de mestiçagem, com apresentação de propostas próprias e sólidas, desde as vertentes mais tradicionais às abordagens mais contemporâneas, ocupando hoje a folk na Galiza muito do espaço social que era outrora ocupado pela música tradicional. Todos sabemos que se pode com toda a legitimidade falar de um antes e de um depois do aparecimento de Berrogüetto – um dos grupos que tem demonstrado maior e mais relevante capacidade para se reinventar e reafirmar, disco após disco, numa recusa culturalmente muito enriquecedor em descansar na comodidade dos muito bem sucedidos caminhos percorridos – no panorama da folk galega e europeia, pelo que um concerto desta seminal formação é banquete musical garantido. Formação Anxo Pintos Guilhermo Fernández Quico Comesanha Quim Farinha Santiago Cribeiro Isaac Palacím Discografia recomendada 1996 Navicularia ( 1999 Viaxe por Urticaria 2001 Hepta 2006 10.0 2010 Kosmogonías 6 Julho 2103 GALANDUM GALUNDAINA Portugal Emergindo da mais expressiva música tradicional mirandesa, os Galandum Galundaina elaboraram uma das mais enraizadas e inovadoras propostas de glocalização musical que nos foi dado conhecer em Portugal, constituindo um projecto de verdadeira intervenção reactualizada e revigorada a partir das essências primeiras dos sons da Terra de Miranda. Com um rigoroso recurso ao cancioneiro tradicional e um apurado estudo (e construção) dos instrumentos populares tradicionalmente utilizados na Terra de Miranda, os Galandum Galundaina registaram novas incorporações estéticas e organológicas, tendo criado um som único e diferenciador que nos remete para o que de melhor e culturalmente mais relevante se vai fazendo em Portugal em contexto folk. Os seus concertos são actos de singular comunicação com o público, envolvendo-o com uma rítmica contagiante na qual se desenvolvem melodias de todo o encantamento. Formação Alexandre Meirinhos (voz, caixa de guerra e percussões diversas) Manuel Meirinhos (voz, flauta pastoril e tamboril e percussões tradicionais) Paulo Meirinhos (voz, rabel, bombo, rigaleijo, gaita de foles, percussões tradicionais) Paulo Preto (voz, sanfona, gaita de foles, flauta pastoril e tamboril) Discografia Recomendada 2002 L purmeiro 2005 Modas i Anzonas 2009 Senhor Galandum 6 Julho 2013 KEPA JUNKERA País Basco Gosto da música porque é um mistério. Mas surpreendo-me sempre quando alguém se emociona com a minha música, quando me dizem que não sabiam que eu podia tocar assim ou quando me perguntam se uma certa música é da minha autoria. Parece- me incrível que neste mundo em que tudo está descoberto ainda existam pessoas que conseguem encontrar coisas que não conheciam e as façam suas com tanto carinho. Kepa Junkera é um puro: a sua procura de equilíbrio entre o passado e o futuro da música basca faz-se percorrendo caminhos de exemplar integridade, quer como músico quer como cidadão. Musica basca sem fronteiras, com um Kepa Junkera a revelar-se como um dos seus protagonistas, com uma postura de criatividade tão irrequieta como surpreendente, fazendo da música um palco privilegiado para todos os intercâmbios e encontros. Depois do aparecimento de Kepa Junkera, a folk basca nunca mais foi o que era, abrindo de para em par as portas do seu reconhecimento internacional, tendo como seguros alicerces a proposta intercultural em grande parte por ele veiculada. Formação Kepa Junkera (trikitixa) Harkaitz Martinez (txalaparta) Igor Otxoa (txalaparta) Angel Unzu (guitarras e percussões) Julio Andrade (contrabaixo) Discografia 1998 Bilbao 00:00 2000 Athletic Bihotzez 2001 Maren 2003 K 2008 Etxea 2009 Kalea 2010 Beti Bizi 2010 Herria 2011 Ipar Haizea Kepa Junkera y la Orquesta Sinfónica de Euskadi 6Julho2013 FOR MEN AND A DOG Irlanda No panorama da frente de excelência da folk irlandesa, os FOUR MAN AND A DOG ocupam um lugar muito especial com uma inovadora proposta de dinâmica e excitante relação entre a música tradicional esmeraldina e géneros musicais tão variados como inesperados, desde o rap ao southern rock, passando pelo jazz, blues, bluegrass, polka, country swing e, imagine-se até a salsa. Um concerto dos FOUR MEN AND A DOG é um verdadeiro festim de emoções, envolvendo as audiências desde o princípio até ao fim com uma prodigiosa capacidade de comunicação, tornando o público parte integrante e indispensável do concerto. Constituído por um grupo de músicos que são virtuosos instrumentistas – nunca fizeram ensaios e, não raro, o alinhamento de cada concerto é decidido em cima da hora! – os FOUR MEN AND A DOG surgiram em 1990 durante uma concerto-jam session no Belfast Folk Festival. A trajectória pessoal dos seus membros confunde-se com a própria história da folk irlandesa, levando-nos a grupos seminais como Planxty, Patrick Street, Arcady, Clancy Brothers, Skylark… A presença de FOUR MAN AND A DOG no DOURO CELTIC FEST 2013 será, estamos certos, um daqueles momentos musicalmente mais gratificantes que guardaremos para sempre na nossa memória melómana. Formação Donal Murphy (acordeão) Gino Lupari (voz e bodhran) Stephen Hayden (violino) Cathal Hayden (violino, banjo) Kevin Doherty (voz e guitarra) Discografia recomendada 1991 Barking Mad 1993 Shifting Gravel»

07 maio, 2013

E Agora... O Intercéltico de Sendim!

O querido amigo Mário Correia já tem o programa do 14º Intercéltico de Sendim completo (e desta vez até com «celtas»... vindos do Japão!). É este: «14º FESTIVAL INTERCÉLTICO DE SENDIM Vêm aí (outra vez…) os Celtas!... Renovam-se as celebrações sendintercélticas: com a habitual organização da Sons da Terra, realiza-se nos dias 2, 3 e 4 de Agosto de 2013, o 14º FESTIVAL INTERCÉLTICO DE SENDIM, que todos os anos traz até à Vila de Sendim, em pleno coração das Terras de Miranda, milhares de amantes da música folk, oriundos das mais diversas paragens ibéricas. Continuando a apostar numa programação musical de reconhecida qualidade e excelência, as grandes novidades vão para a estreia de representações do País de Gales (o extraordinário grupo Jamie Smith’s Mabon, liderado por Jamie Smith) e do Japão (com Harmonica Creams -- na foto --, extraordinário quarteto onde pontifica Yoshito Kiyono), ambos com concertos marcados para a noite do dia 2 de Agosto no Parque das Eiras, com abertura a cargo do não menos surpreendente grupo Andarilhos (Baião). Será uma noite plena em termos de revelações. Na noite de 3 de Agosto, no parque das Eiras (apenas se paga para os concertos das noites de 2 e 3 neste espaço), a festa começa com um grupo histórico vindo de Braga, os Canto d’Aqui, seguindo- se a representação de terras leonesas, a cargo dos Antubel, encerrando com a actuação da grande gaiteira galesa Susana Seivane, com uma prestação que, temos a certeza, perdurará nas memórias de ouro do Festival Intercéltico de Sendim. Mas não se ficam por aqui as actividades musicais: na tarde do dia 2, na Taberna dos Celtas, temos o Canto de Intervenção (um espectáculo da responsabilidade da Associação José Afonso Núcleo do Norte), uma Oficina de Danças Mirandesas no Largo da Igreja e Desfile de Gaiteiros e Pauliteiros. Pauliteiros que, na tarde de domingo, serão os protagonistas do II Encontro Ibérico de Danças de Pauliteiros, organizado pela Associação de Pauliteiros de Sendim e com a colaboração da Comissão de Festas Santa Bárbara Sendim 2013, entidade que é a responsável pela Noite Folk, no mesmo local, com os grupos Lenga-Lenga: Gaiteiros de Sendim e Tuna Popular Lousense. No âmbito das actividades consagradas à língua e cultura mirandesa, realizar-se-á o evento Melga Cachelra – I Ancuontro de Cuontas i Cuntadores de l Praino Mirandés, nas tardes de sábado e de domingo. De realçar, ainda, a sessão de homenagem ao celebrado gaiteiro Alexandre Augusto Feio (1914-1999), com edição de um registo fonográfico testemunhal da sua arte e virtuosismo. Discos e livros serão apresentados e vendidos na feira do Parque das Eiras e da Casa da Cultura de Sendim, onde estará patente uma exposição intitulada Ls Mielgos, com pinturas de Manuol Bandarra, textos de Fracisco Niebro e música de João Bandarra. Mas não faltará a caminhada pelas arribas do Douro – La Ruta de ls Celtas – assim como Passeios de Barco no Douro Internacional (a cargo de uma empresa de turismo da Natureza, Naturisnor). Assim como a inefável Taberna dos Celtas, para viver as madrugas em tons maiores de celebração colectiva. Em tempos de austeridade, o Festival Intercéltico de Sendim não fez cortes: porque acreditamos na fidelidade de um público que, ano após ano, não falta e reincide na sua vinda a Sendim para as celebrações sendintercélticas. 14º FESTIVAL INTERCÉLTICO DE SENDIM Parque das Eiras Sexta: 2 de Agosto de 2013 22h30: Andarilhos (Baião, Portugal) 23h30: Harmonica Creams (Japão) 00h30: Jamie Smith’s Mabon (País de Gales, Reino Unido) Sábado : 3 de Agosto de 2013 22h30: Canto d’Aqui (Braga, Portugal) 23h30: Antubel (Bierzo-Léon, Espanha) 00h30: Susana Seivane (Galiza, Espanha) Actividades Paralelas Sexta: 2 de Agosto de 2013 19h00 Ls Mielgos: Sposiçon de Pintura Autor: Manuol Bandarra/Fracisco Niebro/João Bandarra Local: Casa da Cultura de Sendim Horário: 19h00/22h00 22h00 Desfile de Gaiteiros Organização: Lenga-Lenga Local: Largo da Igreja/Parque das Eiras Sábado : 3 de Agosto de 2013 14h00 Ls Mielgos: Exposiçon de Pintura Autores: Manuol Bandarra/Fracisco Niebro/João Bandarra Local: Casa da Cultura de Sendim Horário: 14h00/22h00 14h00 Melga Cachelra: I Cunceilho de Cuntas i Cuontadores Organização: Associação da Língua Mirandesa Local: Escola EB2.3 de Sendim 14h30 Apresentação de Discos e Livros Local: Centro de Música Tradicional Sons da Terra 15h30 Homenagem ao Gaiteiro Alexandre Augusto Feio Local: Centro de Música Tradicional Sons da Terra 16h30 Canto de Intervenção Organização: AJA Núcleo do Norte Local: Taberna dos Celtas 18h00 Oficina de Danças Mirandesas Organização: Lenga-Lenga: Gaiteiros de Sendim Local: Largo da Igreja 22h00 Desfile de Pauliteiros Organização: Associação de Pauliteiros de Sendim Local: Largo da Igreja Domingo : 4 de Agosto de 2013 14h00 Ls Mielgos: Sposiçon de Pintura Autores: Manuel Ferreira/Fracisco Niebro/João Bandarra Local: Casa da Cultura de Sendim Horário: 14h00/20h00 16h00 II Encontro Ibérico de Danças de Pauliteiros Organização: Associação de Pauliteiros de Sendim/Comissão de Festas Santa Bárbara 2013 22h00 Noite Folk Grupos: Tuna Popular Lousense e Lenga-Lenga: Gaiteiros de Sendim Organização: Comissão de Festas Santa Bárbara 2013 Local: Largo da Igreja … e o licor celta e outras poções mágicas! … e o convívio na esplanada do Passareiro! … e as barbáries da Taberna dos Celtas! … e a festa entre todos partilhada!...»

05 maio, 2013

Festival Folk/Celta de Ponte da Barca - A Sexta Edição

Mais um belo festival que se aproxima. O texto de apresentação está no site da Câmara Municipal de Ponte da Barca: «6ª edição do Festival Folk/Celta de Ponte da Barca Pela 6ª vez consecutiva Ponte da Barca vai sentir a influência da música folk, já que no último fim de semana de Julho (26 a 28) regressa o Festival Folk/Celta, cujo cartaz já está fechado. Construído em torno da ideia de interculturalidade, a edição de 2013 traz ao palco barquense músicos Portugueses, Irlandeses e Espanhóis como Cristina Pato, Niamh Ni Charra, Capagrilos, Melech Mechaya, Gaiteiros de Lisboa e Né Ladeiras. A decorrer nas margens do rio Lima em Ponte da Barca, o festival é uma das apostas do atual executivo barquense, justificada pelo Vereador da Cultura, Manuel Joaquim Pereira, pelo “seu enorme potencial e por ser um evento impulsionador na divulgação do património tradicional e cultural do concelho que tem fortes ligações à cultura celta”. O Cartaz Sexta-feira | 26 de Julho - Capagrilos | Niamh Ni Charra | Cristina Pato A abrir o primeiro dia do Festival os Capagrilos, um grupo folqueiro-progressivo do Porto, que alia ao cantar em português uma cornucópia de sonoridades e inspirações de músicas do mundo. A banda começou em Setembro de 2010 e em 2011 gravou um EP de apresentação homónimo. Têm atuado em diversos espaços de renome e venceram o concurso de música tradicional Folk Flaviaefest realizado em Chaves. Recentemente lançaram o seu álbum de estreia São Bassáridas. Um espetáculo dominado por uma variedade de ritmos, climas e paisagens, desde a Amazónia ao Médio-Oriente, a guitarra portuguesa ao jouhikko, passando por mais de 15 instrumentos diferentes. Niamh Ni Charra é a senhora que se segue. Violinista e concertinista Irlandesa, Niamh Ni Charra lançou o seu álbum de estreia "Ón Dá Thaobh / From Both Sides" em 2007. Muito aclamado, foi considerado na lista dos dez melhores álbuns de Folk nesse ano. O segundo álbum "Súgach Sámh / Happy Out", lançado em 2010, veio reforçar o seu enorme talento. Ao longo da sua sólida carreira, Ni Charra tem recebido rasgados elogios pela sua habilidade suprema com o violino e a concertina e pela sua personalidade envolvente e contagiante. O primeiro dia da edição deste ano não podia encerrar melhor, com a gaiteira e pianista galega Cristina Pato (na foto). Com o seu estilo único, cheio de paixão e energia, Cristina Pato tem sido aclamada pelo The New York Times como "uma explosão de energia" ou a BBC como "a diva da gaita de foles galega". Pato funde as influências da música latina, jazz, pop e música contemporânea, e usa sua arte e habilidade virtuosa sem precedentes para trazer a sua visão musical para a vida. Sábado | 27 de Julho - Né Ladeiras | Gaiteiros de Lisboa | Melech Mechaya O segundo dia de festival é inteiramente dedicado à música portuguesa com Né Ladeiras a abrir com uma das mais prestigiadas vozes da Musica Tradicional Portuguesa. Né Ladeiras fundou, juntamente com vários amigos, o projeto Brigada Vitor Jara e tornou-se conhecida como vocalista dos já extintos Trovante e Banda do Casaco. Posteriormente desenvolveu uma carreira a solo, cuja solidez e consistência se deve em grande parte à sua voz unanimemente reconhecida como portadora de uma alma genuinamente portuguesa. De seguida, o palco está reservado para os Gaiteiros de Lisboa. Formado em 1991, o grupo tem feito o seu percurso em torno da música popular/tradicional. A marca distintiva dos Gaiteiros é a constante busca de novas sonoridades, a inovação e a criatividade, aplicadas à construção de instrumentos concebidos pelo próprio Grupo (Tubarões, Tambor de Cordas, Túbaros de Orpheu, Orgaz, Cabeçadecompressorofone, Clarinete acabaçado e Serafina). O som dos Gaiteiros, para além de respeitar a tradição popular, tem uma atitude experimentalista permanente. Os Melech Mechaya encerram o Festival. Formados no final de 2006, são hoje apontados como a primeira e mais proeminente banda de música Klezmer em Portugal. A sonoridade do grupo de Lisboa e Almada inspira-se ainda na músicas portuguesa, balcânica e árabe. Depois de dois discos lançados em 2008 e em 2009 , o EP “Melech Mechaya” e o LP “Budja Ba”, lançaram em Outubro de 2011 o álbum “Aqui Em Baixo Tudo É Simples”. O quinteto atuou já em importantes festivais portugueses e, fora de portas, a crescente carreira internacional dos Melech Mechaya tem conhecido sucessivos desenvolvimentos, com atuações na Croácia, Brasil e Cabo Verde. Até ao dia 28 de Julho | Feira alternativa Paralelamente aos espetáculos musicais e após o sucesso dos anos anteriores decorrerá uma Feira Alternativa, onde o público poderá usufruir de yoga, reiki, massagens terapêuticas, compra de produtos alternativos, danças orientais e danças do mundo, acupuntura entre muitas outras atividades. Recorde-se que este é um festival que anualmente tem trazido ao concelho barquense artistas nacionais e internacionais de elevada qualidade, num cruzamento de sonoridades musicais folk e celtas.

01 maio, 2013

Conexão Lusófona - Em Festival no Próximo Sábado!

O programa é excelente e abrangente! No próximo sábado, dia 4 de Maio, o Pátio da Galé, em Lisboa, recebe concertos de muitos e variados artistas da Lusofonia. Veja-se só o programa: «É já no próximo sábado (4 de maio) que o Pátio da Galé, em Lisboa, receberá a 2ª edicão do festival de música da Conexão Lusófona. No espetáculo, 14 artistas entre novos talentos e nomes já consagrados estarão unidos no palco pela Lusofonia, numa noite que celebra o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, que patrocina esta iniciativa. Após o concerto, a festa continua noite dentro com Dj Set. Bena Lobo Não deve ter sido difícil adivinhar a profissão de Bernardo Lobo. É filho da cantora e violinista Wanda Sá e do cantor, compositor, arranjador e instrumentista Edu Lobo, um dos pioneiros do movimento da Bossa Nova. Bena Lobo, como é conhecido no mundo da música, mistura o pop e o contemporâneo: é uma mistura empolgante e sofisticada de samba, baião, afoxé e xote que caracterizam o seu trabalho e estão presentes nos seus 12 anos de carreira. Tem três álbuns no mercado, entre eles o seu disco de estreia, Nada Virtual, lançado em 2000, e Sábado, produzido 6 anos depois. Bonga Tem uma voz inconfundível, uma história fascinante e uma maneira única de viver a música. Falamos de Bonga Kwenda, um homem que encarna a música popular angolana. O antigo campeão de atletismo é músico desde antes da independência do seu país e, para além de ser a primeira grande estrela musical angolana, foi dois primeiros músicos africanos que a solo pisou diversos palcos mundiais. Natural do Bengo e filho do bairro Marçal, em Luanda, Bonga, sempre prolífico, já lançou cerca de 30 álbuns no mercado e apesar dos seus 70 anos, continua ativo. Boss AC Não se pode falar de hip-hop lusófono sem se mencionar o nome deste grande rapper. Ativo mesmo antes dos tempos da Rapública (1994) e filho de pais cabo-verdianos, também eles criativos, é um dos pioneiros do rap em português e um dos seus maiores impulsionadores. Com cinco álbuns no mercado numa carreira que já ronda os 20 anos, o Boss AC é também conhecido por colaborar com diversos rappers e músicos do mundo lusófono, tais como Gabriel o Pensador (Brasil), Pedro Ayres Magalhães (Madredeus, Portugal), Mariza (Portugal / Moçambique). Dino d'Santiago Chama-se Claudino Pereira mas para os amigos é simplesmente Dino. Em 2008, nos tempos em que ele e a banda eram conhecidos como Dino & The Soulmotion, estreou-se no mercado com o álbum Eu e os Meus, onde Tito Paris, Sam the Kid e Valete foram alguns dos convidados. Em 2009 desenvolveu um projeto com Virgul chamado Nu Soul Family, tendo ganho um prémio MTV pelo caminho. Em tempos atuais, é muito mais ligado às suas raízes. Canta como Dino D’Santiago, em homenagem à ilha do arquipélago de Cabo Verde que viu nascer seus pais. Elisa Rodrigues Esta portuguesa, cuja voz encanta mais que a doçura de menina, iniciou os seus estudos musicais em 1994, ao integrar-se como membro do coro Pequenos cantores do Estoril. Apaixonou-se pela linguagem jazzística aos 15 anos e, em 2007, participou como vocalista num projeto de nouvelle jazz, ELLE. Foi nessa altura que conheceu o pianista Júlio Resende com o qual tem vindo a trabalhar numa parceria brilhante. Seu primeiro disco, Heart Mouth Dialogues, foi lançado em 2011. Prepara atualmente um álbum surpreendente em parceria com o escritor Gonçalo M.Tavares e Júlio Resende. Filipe Mukenga A fazer música desde 1964, Filipe Mukenga é uma das vozes angolanas mas conhecidas mundialmente. Durante a sua brilhante e duradora carreira colaborou com diversos músicos do universo lusófono, incluindo Rui Veloso, Martinho da Vila, Ivan Lins, Paulo Flores e Carlos Burity. É conhecido também pelas suas colaborações com o autor, professor e compositor angolano Filipe Zau. Juntos receberam o prémio Common Ground Music Award em 2008 pela associação Search for Common Ground. Tem quatro álbuns no mercado e é co-autor do hino do CAN 2010, Angola, país de futuro Gapa Músico são-tomense radicado em Portugal, Álvaro Lima Afonso Neto, mais conhecido como Gapa, é muito apreciado na terra que o viu nascer por cantar muitas das suas músicas em forro, o crioulo com base em português que é a segunda língua nacional de São Tomé e Príncipe. Com mais de 30 anos de carreira, Gapa começou a cantar em 1981 com oito anos e notabilizou-se por ser o vocalista principal da banda são-tomense Sangazusa. Em setembro do ano em curso lançará o álbum Fruto da Terra, o seu quarto trabalho discográfico. Karyna Gomes Filha do mesmo país que viu nascer excelentes músicos como Eneida Marta, Dulce Neves, Manecas Costa e Kimi Djabaté, a cantora guineense Karyna Gomes é hoje a vocalista principal da banda Super Mama Djombo. É talvez a mais importante banda guineense, atuando desde 1964. Hoje, poucos dos fundadores da banda continuam vivos, mas incrivelmente, e como prova da sua perseverança, ainda no ano passado fizeram uma tournée pela Europa, onde Karyna cantou ao lado das lendas vivas Zé Manel e Miguelinho N’Simba. Neste momento, prepara seu lançamento a solo. Kay Limak Timorense Lisboeta, Kay Limak vive em Portugal desde 1996. Passou a sua infância e cresceu em Dilí até aos 10 anos de idade. Sua música funde diferentes estilos com características orientais. Delicia-se pelos estilos pop, jazz, e rock, entre vários outros, e para além de guitarrista é também compositor. Sente-se à vontade com vários instrumentos e atualmente faz parte do grupo musical Zurawski Ensemble, um sexteto que mistura características das músicas portuguesa, brasileira e clássica. No Ensemble, Kay toca a guitarra clássica. Micas Cabral Não se pode falar de Micas Cabral sem falar dos Tabanka Djaz, o lendário grupo guineense onde Micas foi o vocalista principal. Autores de ínumeros grandes sucessos que ainda hoje enchem pistas de dança pelo mundo lusófono afora, os Tabanka Djaz foram dos maiores embaixadores culturais do pequeno país irmão do oeste africano. Hoje a disfrutar de uma carreira a solo, Micas Cabral, guitarrista, escritor e produtor, continua igual a si mesmo, com o seu talento para a música popular, fazendo-nos “desconseguir” de ficar quietos quando tocam as suas kizombadas. NBC Fez parte de um dos pioneiros grupos do hip-hop português, o Filhos D’1 Deus Menor. De Torres Vedras mas de descendência são-tomense, NBC faz rap há quase uma década; longe estão os seus primeiros passos no rap tuga, feitos no concurso Oeiras Rap 94. Conta com dois álbuns no mercado: Afro-Disíaco, de 2003, e Maturidade, de 2008. Os dois tiveram grande aceitação por parte dos amantes de hip-hop e música soul no mundo lusófono. Orlanda Guilande É o resultado de uma fusão lusófona: filha de pai moçambicano e mãe portuguesa. Nasceu em Lisboa, um ano antes da independência do país do seu pai. Canta desde os seus 16 anos e sente-se à vontade com gospel, soul e jazz. Foi vocalista principal do grupo de gospel Funky Messengers e Shout!. Já participou em diversos projetos musicais com Sara Tavares, Carmen Souza, Miguel Ângelo e Theo Pas’cal. É comum vê-la em bares e espaços culturais em Lisboa, presenteando-nos com a sua poderosa voz. Quinteto Luso-Baião O nome em si já diz tudo. Composto pelos brasileiros Leandro Bomfim (São Paulo), Enrique Matos (Minas Gerais), Cris Domingos (Paraná), Cícero Mateus (São Paulo) e pelo português André Natanael. O Quinteto Luso-Baião criou uma sonoridade única baseada no distinto som do baião (que nasceu da mistura do fado com o maracatu), adicionando-lhe elementos de côco, samba, reggae e rock. Ativos desde 2010, deliciam o público com a sua música de alta vibração, daquele tipo contagiante que nos faz dançar mesmo sem querer. Selma Uamusse Que bela adição ao panorama musical lusófono. A moçambicana Selma Uamusse (na foto; de João Belard), no ativo desde 2000, atualmente faz parte de diversos projetos musicais, incluindo os Grasspoppers e Cacique ’97 (reggae, afro-beat), Gospel Collective, o Selma Uamusse Nu-Jazz Ensemble e por último a banda Wraygunn (fusão de blues, soul e rock). Detentora de uma voz potente e graciosa, é comum ouvir-la a cantar temas de grandes estrelas mundiais, como Miriam Makeba e Nina Simone. DJ Set Selecta Ayala - É membro fundador do colectivo Riddim Culture Sound desde 2004 e atua nacional e internacionalmente. A selecção perfeita adequada a cada momento e cheia de ritmo é a palavra de ordem. Irmãos Makossa - Paolo e Nelson são uma viagem fervilhante sobretudo por África, mas estendendo-se aos outros continentes. O afrobeat é o estilo favorito. “Music is a weapon” é o seu lema.