31 julho, 2008

Músicas do Mar - Com Dele Sosimi, Dengue Fever, Alamaailman Vasarat e Hoba Hoba Spirit


A segunda edição do Festival Músicas do Mar vai decorrer na Póvoa de Varzim nos dias 28, 29 e 30 de Agosto e apresenta um cartaz rico e variadíssimo. Presentes na festa estão os galegos Serra-lhe Aí!!! & Ivan Costa (dias 28 e 29), os blues maravilhosos dos lisboetas Nobody's Bizness (dia 28), o antigo companheiro de Fela Kuti nos Egypt 80 Dele Sosimi com a sua Afrobeat Orchestra (Nigéria/Reino Unido; dia 28), o fado renovado e divertidíssimo dos lisboetas Deolinda (dia 29), a pop sixties e exótica dos Dengue Fever (Estados Unidos/Camboja; dia 29), a loucura multi (ou anti?) géneros dos finlandeses Alamaailman Vasarat (na foto; dia 29), a festa interminável do grande Bailarico Sofisticado (dias 29 e 30), o cocktail dançante dos também lisboetas Farra Fanfarra (dia 30), o jazz inteligente e elegante do neo-zelandês Aron Ottignon (aka Aronas, dia 30), a folk aberta a muitas outras músicas da italiana Rosapaeda (dia 30) e o shaabi e o gnawa misturados com o rock, o reggae e o funk dos marroquinos Hoba Hoba Spirit. Um belíssimo programa!

30 julho, 2008

Festival Galaicofolia - Com Gaiteiros de Lisboa, Julie Fowlis e Red Hot Chilli Pipers


Ainda é só a primeira edição do festival e já tem um cartaz de respeito!! Veja-se só: o Festival Galaicofolia, que decorre no Castro de S. Lourenço, em Esposende, nos dias 1, 2 e 3 de Agosto apresenta concertos com Julie Fowlis (Escócia) e Monte Lunai (Portugal) no primeiro dia; Gaiteiros de Lisboa (Portugal) e Arrefole (Portugal) no segundo; e Fía na Roca (Galiza) e Red Hot Chilli Pipers (Escócia - não confundir com os seus quase homónimos norte-americanos, já que aqui é de «pipes», gaitas-de-foles, que se trata mesmo!; na foto) no terceiro. Mas, durante o festival, ainda há mais animação musical com os Sons da Suévia, Celtas Iberos, Zés Pr'eiras de Antas e Zés Pereiras do Grupo de Danças e Cantares de Forjães e, para os mais resistentes, as sessões de DJing de Osga (o grande senhor das Noites Folk do portuense Contagiarte), para além de inúmeras outras actividades. Mais informações, aqui.

29 julho, 2008

FMM de Sines - «Os Gamíadas» (Ou um Proto-Poema Semi-Épico) - CANTO II, Segunda Parte




Contra Schengen e o Que o Acordo Significa


Na «nossa» Europa nós podemos circular
Livres e felizes como cidadãos de primeira
Mas músicos de fora não podem vir cá tocar
A Europa é uma fortaleza, uma má fronteira


Contra o que Schengen agora significa
Deixamos aqui estas singelas palavras
Um protesto contra a Europa, que é rica,
Contra os políticos e suas políticas parvas



De Outros Sons, Instrumentos e Cantares

Ainda não falei, oh que injustiça que é,
Dos Last Poets e do seu hip-hop original
Dos n'gonis mágicos do Bassekou Kouayté
E da jovem Danae, que canta lá no Choupal


A ventoinha do Tenor faz muito frio
Mas a «muxima» do Bastos dá-nos calor
É tão boa a música do Moscow Art Trio
Já lá diz o filme: da Rússia, com amor


O Vinicio Capossela é diabo e é marajá
Os Dead Combo vão ao western e ao fado
E o Justin Adams com o Juldeh Camara
Fazem rock com África ali bem ao lado


Já o Toto, o Bona e o Lokua Kanza
Juntam África, o funk e o grande jazz
E sei quem os viu com uma boa ganza
E teve alucinações que não eram nada más


Alucinações, para alguns as primeiras,
Tivemos também com o Silvério Pessoa
Acabámos todos a ver mangas e papaieiras
Porque aquela forrózada é mesmo da boa


Ao Andy Palacio nós prestamos homenagem
Ao Dizu Plaatijes nós tiramos o chapéu
Do Castelo já vemos a torre de menagem
Alta, garbosa, recortada contra o céu


O Acto Final e o Baile de Despedida


Tocam ela na pá e ele numa guitarra
A Erika Stucky e o Jean-Paul Bourelly
Amam acima de todos o Hendrix, o Jimi,
E estão a encantar a malta já cansada


Mas nessa noite, nessa noite final,
Quem encanta mais é a Rokia Traoré
E os Boom Pam mais o seu festival
De klezmer, Balcãs e sixties ié-ié


Mas para que tudo fique bem acabado
Faltavam ainda as nossas danças finais
Com os amigos do Bailarico Sofisticado
E deste escriba, que para o ano quer mais


Alguns Dias Depois e A Saudade Já É Tanta


Alguns dias depois e a saudade já é tanta
Da música, dos amigos, da Lua e do mar
Olhem lá, quando é que a «famiglia» janta
Para que estas saudades a gente possa matar

Pode ser caril e feijoada vegetariana
Ou um rolo de carne com massas chinesas
Em casa do Vítor, da Petra ou da Ana
Assim haja vontade e enchemos as mesas

Almirante Seixas, estás já convidado,
Para o repasto desta malta que te ama
E olha, se ainda não estiveres cansado,
Podes fazer outro FMM já para a semana!


(Nota: o clip da actuação do Bailarico Sofisticado que encabeça este post é do João Gonçalves, dos Grandes Sons)

28 julho, 2008

FMM de Sines - «Os Gamíadas» (Ou um Proto-Poema Semi-Épico) - CANTO II



Um Ano Depois e A Saudade Era Tanta


Um ano depois e a saudade era tanta
Nossas caravelas a Sines arribaram
Para ouvir a música que ao mundo espanta
A música que os melhores músicos tocaram


Alegres e airosos vão os marinheiros
Por esses mares, navegando à bolina
Já se avista a Ilha e o seu Pessegueiro
Porto Covo está perto, atrás da neblina


Na esplanada da praia a marinhagem descansa
De outras andanças, de muitas outras viagens
Mas o Gama, o Castelo, já a nossa vista alcança
Lá há música, o fogo e o amor... do Bar das Imagens


Das Músicas, do Mundo e das Músicas do Mundo


O brazuca Siba, da Fuloresta,
Faz rimas assim de repente
Aqui, para que siga a festa,
Há mais rimas para toda a gente


A Rachel e as suas amigas
Encantam e fazem sapateado
E também é muito bonito
Ouvir a Mitó a cantar o fado


O Kimmo dos KTU e o israelita Koby
São os imperadores do acordeão,
Mas os nossos Danças Ocultas
Tocam concertinas; dão concertão


São Músicas e é Mundo, é tradição e raiz
São Lo Cór de La Plana e o Faiz Ali Faiz
São ritmos e cor, são do melhor que há aqui
São os Hazmat Modine, a Herminia, os Moriarty


A indiana Asha Bhosle tem picante e caril
A Orchestra Baobab é da música, o embondeiro
Os amigos do Avitabile tocam bem no barril
E a Iva Bittová afoga tudo num bom berreiro


Da Galiza vieram irmãos e vizinhos
Os Marful, Serra-lha Aí e os Rosais
Sentimo-nos amados com os seus beixinhos
Ainda queremos mais beixos, muitos mais


Os Toubab Krewe fazem do rock a mãe África
Os Firewater fazem do rock o mundo inteiro
Os Boom Pam fazem do klezmer a sua América
E o Cui Jian, lá na China, foi o primeiro


(Da raiz da Mandrágora
Nasceu uma pedra, no rim,
Tem cuidado, oh amigo!,
Não desmaies mais, assim...)


O cansaço do escriba e... uma promessa solene


Amanhã, prometo, hei-de terminar
Estas rimas tão mal amanhadas
À Rokia Traoré hei-de chegar
E às nossas danças... bailaricadas!


(Nota: a foto que encima este post é dos Marful, autoria de Mário Pires)

17 julho, 2008

FMM de Sines - Os Concertos Começam Hoje!


Depois das conferências de ontem, os concertos do 10º FMM de Sines começam já hoje com Siba e A Fuloresta, Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (na foto) e Serra-lhe Aí!!! & Os Rosais. E, ainda antes de fazer a viagem até lá, ainda há tempo para deixar aqui umas alterações ao programa e os locais de venda de bilhetes:

«Alteração de horários dos concertos "after-hours" no exterior do Centro de Artes. Devido a questões logísticas, os concertos de Serra-lhe Aí & Os Rosais (dia 17), Danae (dia 21) e Dead Combo (dia 22) passam a realizar-se não no fim da noite, mas no seu início, às 21h00. O local mantém-se: exterior do centro».

Os locais de venda de bilhetes para os concertos em Porto Covo (cinco euros cada noite) e no Castelo de Sines (10 euros cada noite) são: Postos de Turismo de Sines e Porto Covo, Centro de Artes de Sines, Lojas FNAC, Lojas Bliss, Lojas Worten, Livraria Bulhosa (Oeiras Parque e CC Cidade do Porto), Agências de viagens Abreu, Pontos MegaRede, Loja VGM (Lisboa - Rua Viriato, a Picoas) e www.ticketline.pt. Os bilhetes para os concertos no Centro de Artes de Sines (dez euros cada noite) são vendidos apenas no próprio local. Reservas através do telefone 26-9860080. Mais informações em outros posts neste blog e, todas, aqui.

16 julho, 2008

Festival FATT - Didgeridoos à Solta na Serra Algarvia


É já a sétima edição do Festival de Didgeridoo - FATT, que leva ao Algarve as sonoridades deste instrumento tradicional dos aborígenes australianos mas que se espalhou por todo o mundo. Tudo o que é preciso saber sobre o festival, via comunicado da organização:

«De 22 a 24 de Agosto a Associação Portuguesa de Didgeridoo (APD) volta a organizar o Festival de Didgeridoo – FATT 2008, sendo esta a VII edição do festival, sempre com o mote didgeridoo e as culturas do mundo.

Continuando por terras algarvias, esta edição será realizada no meio da serra do Caldeirão, na aldeia do Ameixial, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé e Junta de Freguesia do Amexial.

Este ano teremos a presença dos holandeses 3ple-D (na foto), do israelita Ortal, Gauthier Aubé (http://www.youtube.com/watch?v=SJiHK9feCH0) vindo da França, e ainda alguns projectos nacionais tais como Nação Vira Lata, Imp.a.c.t.o e Exhºr entre muitos outros...

Com workshops durante o dia e concertos à noite, este evento é rico em actividades.
Poderá participar em workshops de didgeridoo, percussão, lançamento de boomerangs e dança africana, entre outros.

Também poderá adquirir inúmeros objectos vindos dos quatro cantos do mundo desde a Austrália, passando pela África, e até Portugal.

O Ameixial é uma freguesia serrana, na partilha com o Alentejo, situada a cerca de 50km de Loulé e Faro, e a 20 km de Almodovar. Possui belos montados, abundantes colmeias e caracteriza-se pela sua ruralidade e por uma agricultura de subsistência, própria da Serra do Caldeirão, onde não falta também o artesanato local.

O Festival destina-se a todos aqueles que queiram passar um fim de semana diferente, cheio de actividades e principalmente tocar e ouvir muitos instrumentos do mundo, principalmente o magestoso Didgeridoo.

Preço:
Bilhete – 10€
Bilhete diário – 5€

WORKSHOPS MASTERCLASS:

- Didgeridoo: 25€ ( 4 horas(dois dias)) - Lies e MT-Yidaki http://www.3ple-d.com/
- Percussão: 30€ ( 9 horas ( três dias)) - Sergio Almeida
- Dança Africana: 12€ (6 horas); 5€ ( 2h) - Joana Peres (allatantou - Companhia Escola de Dança Africana http://allatantou.blogspot.com/
- Cajon: 25€ (4 horas (2 dias) - Terrance Samson http://www.terencesamson.com/

WORKSHOPS LIVRES:
- Lançamento de boomerang - Rodrigo Estiveira
- Automassagem - Rodrigo Estiveira
- Didgeridoo – tocar e construção - APD
- Pintura com terra ( dreamtime animals)- Aline Neve
- Artes circenses - Associação Artistica Satóri
- Berimbau de boca- Ortal - www.ortalpelleg.com
- Passeio Pedreste – Diana

Mural de Pintura: "Deixa a tua marca..."

CAMPISMO GRÁTIS:
- Parqueamento para carros, carrinhas e caravanas
- Com balneários
- Parque de campismo
- Com choveiros e local para preparação de refeições)

- Refeitório (almoços e jantar)

CONCERTOS

- Sexta-Feira (22 de Agosto)

- Exhºr
- Imp.a.c.to
- Ortal

- Sábado (23 de Agosto)

- Nação Vira-Lata
- Gauthier Aubé
- 3ple-D

- Domingo (24 de Agosto)

- Corroboree ( tu e o Didgeridoo)
- Projecção de filmes ( vida aborigene)
- Jam session

Como sempre haverá em todos os dias do Festival, PALCO LIVRE, para poderes dar asas à tua imaginação, não só tocar, mas representar e cantar ...

Caso queiras ser nosso VOLUNTÁRIO. Vai ao nosso site (brevemente) que estará disponível o regulamento e a ficha de inscrição. Tens que ter a consciência que é um festival e temos mesmo preciso de ti

Caso queira expor na nossa "Feira de Artesanato" brevemente estará também online o regulamento e a ficha de inscrição. Damos preferência a expositores com instrumentos musicais».

Mais informações, aqui e aqui.

15 julho, 2008

Tom de Festa - De Habib Koité e Simphiwe Dana... a Rita Redshoes


O Tom de Festa, em Tondela, começa já amanhã, dia 16, e prolonga-se até dia 19, com um cartaz em que pontificam nomes importantes do circuito da world music como Habib Koité, Nancy Vieira, Teresa Salgueiro e Simphiwe Dana mas também de outras áreas musicais, como os Balla ou Rita Redshoes (na foto). Os pormenores todos, integralmente pilhados directamente das Crónicas da Terra:

«A nobre ACERT de Tondela realiza entre os dias 16 e 19 de Julho mais um festival multi cultural “Tom de Festa”. Como tem sido hábito, durante estes dias cujas datas se sobrepõem ao FMM de Sines, esta cidade beirã oferece um cardápio que toca não só na música tradicional, como em outras outras áreas.

No primeiro dia (16 de Julho), Teresa Salgueiro e a Lusitânia Ensemble abrem este “Tom de Festa” com a apresentação do álbum “La Serena”. Na mesma noite é possível conhecermos o novo espectáculo «da Casa» e que sucede ao brilhante “Cantos de Língua”. Em “A Cor da Língua“, José Rui Martins e Carlos Peninha, voltam a unir os universos da música, do teatro e da poesia e,«para dar corda a uma língua que se quer… bem acordada» convidam Janita Salomé e Chuchurumel para afiar a dita.

Seguem-se, no dia seguinte (17 de Julho), a metade-guineense-metade-cabo-verdiana Nancy Vieira, a nova estrela pop que evoca o glamour hollywoodesco, Rita Redshoes, e uma nova banda de metais que «revisita sonoridades de uma miríade de etnias e géneros (música cigana, israelita, africana, brasileira, jazz, blues), sem perder de vista (e de ouvido!) o sabor filarmónico». Isto é, a Fanfara Kaustica.

Na sexta-feira, 18 de Julho, a auditório do ACERT tem a honra de receber uma das novas grandes vozes femininas de África: Simphiwe Dana. Uma sul africana que actua com uma banda de 10 grandes músicos no dia em que Nelson Mandela completa noventa anos. Na mesma noite há também Balla de Armando Teixeira e choro e samba com os Rapa de Tacho.

No último dia (19 de Julho - também de aniversário deste vosso escriba de serviço), o Tom de Festa reserva, seguramente, o melhor cardápio desta edição. O guitarrista maliano Habib Koité e a sua banda Bamada. O artista que a revista norte-americana Rolling Stone considera como “a maior estrela pop do Mali” e que não ficaria nada mal no encerramento de uma das noites do Castelo de Sines, apresenta em Tondela as canções de um dos grandes discos de 2007: “Afriki”. Antes, podermos assistir à folk do Báltico dos polacos Beltaine e ao rock progressivo cubano dos Sintesis».

Mais informações, aqui.

14 julho, 2008

Festa China Pop no Museu do Oriente


A cantora Sa Dingding (na foto) e o cantor, guitarrista e compositor Cui Jian - que, para quem vai ao FMM, também pode ser visto no Castelo de Sines, dia 25 de Julho - são os protagonistas da Festa China Pop, que decorre no Museu do Oriente, em Alcântara, Lisboa, nos dias 20, 25 e 26 de Julho. O comunicado do festival, na íntegra:

«A Festa China Pop anima o Museu do Oriente, em Julho, com muita música e espectáculos tradicionais, proporcionando um olhar sobre a cultura chinesa, que combina tradição, modernidade e diversão para toda a família.

As festividades começam a 20 de Julho, na doca Rocha Conde d’Óbidos, com a Taça Fundação Oriente em barcos-dragão, com a participação de várias equipas provenientes de todo o país. A anteceder as corridas, a Escola de Artes Marciais She Si, do Porto, realiza um espectáculo de Dança do Dragão.

A 25 de Julho, a Festa China Pop tem como protagonista Sa Dingding, vencedora do BBC Award para “Melhor Artista Asiática” de 2007, que apresenta o seu último álbum, "Alive", no Auditório do Museu do Oriente. Neste espectáculo imperdível, a estrela chinesa do momento será acompanhada por bailarinos de kung-fu.

A animação prossegue, a 26 de Julho, com os sons modernos da China, interpretados por Cui Jian, o “pai” do rock chinês.

O cantor, que simboliza a crescente abertura e modernização da sociedade chinesa, começou a carreira no início da década de 80, enquanto trompetista na Orquestra Filarmónica de Beijing. Mas tarde, interessou-se pelo rock e, inspirado por nomes como Bob Dylan e Simon & Garfunkel, formou uma das primeiras bandas pop da China.

Em 1986, num concerto comemorativo do Ano da Paz, subiu ao palco em traje camponês para cantar "Nothing To My Name", que se tornou num hino progressista da juventude chinesa. Em 1990, edita New Long March, o álbum mais vendido da história da China.

Mais recentemente, em 2002, Cui Jian produziu um festival de música rock nas montanhas de Yunnan, considerado pela imprensa internacional como o “Woodstock” da China. No ano seguinte, abriu o espectáculo dos Rolling Stones, em Beijing e, em 2005, apresentou-se, ao vivo, no estádio de Beijing, num concerto que assinalou o final da proibição das suas actuações na capital chinesa.

PROGRAMA

TAÇA FUNDAÇÃO ORIENTE – CORRIDAS DE BARCOS-DRAGÃO

Data: 20 Julho

Local: Doca Rocha Conde d’Óbidos, Alcântara

Horário: 15h00-18h00

Colaboração: Associação Naval Amorense/ Administração do Porto de Lisboa


SA DINGDING

Data: 25 Julho

Local: Auditório

Horário: 21h30

Preço: € 15,00 (€ 24,00 incluindo o espectáculo de dia 26 de Julho)

Duração aproximada: 1 hora e 15 minutos, sem intervalo

Co-produção: Fundação Oriente/ Sons em Trânsito

M/ 6

Sa DingDing (cantora), Huo Yonggang (voz, horse hair, violino, erhu, jinghu, gaohu, percussão), Peng Fei (voz, teclado, violino electrónico), Christopher Trzcinski (voz, percussão), Zhang Yi (voz, pipa zheng, ruan, sanxian), Zhou Qing (voz, flauta de Bambu, xiao), Zhang Lei (kung fu), Tian Zhijun (kung fu), He Lei (bailarino).


CUI JIAN

Data: 26 Julho

Local: Auditório

Horário: 21h30

Preço: € 15,00 (€ 24,00 incluindo o espectáculo de dia 25 de Julho)

Duração aproximada: 1 hora e 15 minutos, sem intervalo

Co-produção: Fundação Oriente/ Sons em Trânsito

M/ 12

Cui Jian (cantor, guitarra, trompete), Liu Yuan (saxofone, flauta), Liu Yue (baixo), Eddie Randriamampionona (guitarra), Wu Yongheng (percussão), Zhang Yongguang (percussão), Xia Jia (teclas)».

Mais informações, aqui.

11 julho, 2008

Festival Al'Buhera - Outras Músicas em Albufeira


E mais um festival: o Festival Al'Buhera - Encontro de Culturas, que decorre em Albufeira de 23 a 27 de Julho, com um cartaz bastante diversificado: Xaile, Lura, Marenostrum, A Banda Alhada, Oojami (na foto) e Lila Downs. Toda a informação, já a seguir:


«Festival Al'Buhera
Encontro de Culturas

Entre 23 e 27 de Julho, impõe-se uma visita ao centro de Albufeira. O Festival Al'Buhera está diferente e vai proporcionar 5 noites de grande riqueza cultural.

Uma Feira de Artesanato, Mostras Gastronómicas e variadíssimos espectáculos a decorrer na Praça dos Pescadores, Avenida 25 de Abril e Largo Eng.º Duarte Pacheco, compõem este Festival que irá, certamente, ocupar um espaço próprio no futuro da animação de época balnear, em Albufeira.

Mostra de Artesanato
Todos os dias das 20h00 às 24h00

23 de Julho - Quarta - 22h30
Xaile (Portugal)

Eis uma das maiores revelações da música nacional dos últimos anos. Lília, Marie e Bia são instrumentistas e donas de pessoalíssimas vozes e personalidades.
O trio faz-se acompanhar por um grupo de músicos que contribui para um espectáculo cheio de festa e de mistério, de força e de sentimento, com uma linguagem poética e musical, totalmente portuguesa porém universal, que ao mesmo tempo que nos enche os olhos e os ouvidos, também nos anima a alma.

24 de Julho - Quinta - 22h30
Lura (Cabo Verde)

Dona de uma voz e talento repletos de elementos poderosos e estimulantes, Lura é actualmente uma das principais embaixadoras da cultura de Cabo Verde. A sua voz mistura-se nas gentes e na música daquele povo. Uma oportunidade para contactar de perto com uma cultura à qual estamos ligados pela nossa História.


25 de Julho - Sexta - 22h00
Marenostrum (Portugal)

Band'Alhada (Portugal)

Os Marenostrum são uma banda fundada em 1994, oriunda do sotavento algarvio. Os seus instrumentistas apostam numa sonoridade que funde algumas características da música popular portuguesa e em particular do Algarve (corridinho e baile mandado), com influências bem diversas, que vão desde a música árabe do Magreb até às tradições celtas, Klezmer e de Cabo Verde.

O Grupo Band'Alhada surgiu, em Albufeira, em meados dos anos 90, em torno de Zé Maria, antigo elemento da Brigada Victor Jara. Juntaram-se ao som dos adufes, sarronca, ferrinhos, pandeireta e bombos, as harmonias da viola clássica, da braguesa, do cavaquinho, dos acordeões, do baixo e do bandolim, para transmitir uma dinâmica diferente aos cantares tradicionais.

26 de Julho - Sábado - 22h30
Oojami (Inglaterra / Turquia)

Oojami, é um projecto original de Necmi Cavli, natural de Bodrum – um popular resort turco, situado no Mar Egeu. Nos anos noventa, Necmi emigrou para Londres. Nos últimos 6 anos, os Oojami produziram 3 álbuns e tocaram centenas de vezes um pouco por todo o mundo. Recentemente, Necmi começou a escrever bandas-sonoras para grandes filmes de Hollywood e a sua música foi licenciada pela EMI Arabia – a maior editora do Médio Oriente.

27 de Julho - Domingo - 22h30
Lila Downs (México)

De volta a Albufeira está aquela que é certamente uma das maiores artistas latino-americanas: Lila Downs. Nascida no México, a cantora não renega as suas raízes “rancheras”. Em palco, Lila encarna os personagens que habitam as suas canções de uma forma muito cénica, não apenas através da sua poderosa linguagem corporal mas também através da sua extraordinária habilidade como mímica aliada à sua fabulosa capacidade vocal».

10 julho, 2008

FMM de Sines - Falta Uma Semana!


Falta apenas uma semana para o início dos concertos do 10º FMM de Sines (se bem que o festival comece um dia antes, com conferências no CAS). E, para recordar o programa, aqui «reposto» - isto da blogocoiso dá mesmo para inventar novas palavras! - o texto de apresentação do festival, publicado no R&A há dois meses, mas com as devidas adaptações motivadas pelas mais recentes alterações ao programa (a troca dos Kasai Allstars e dos Antibalas por Vinicio Capossela e o trio de Jean-Paul Bourelly). Entretanto, e para quem quiser ter contacto com imagens e sons de muitos grupos e artistas presentes este ano no FMM, o melhor é ir consultando diariamente o Juramento Sem Bandeira, que está a ficar com um acervo magnífico de vídeos dos artistas que vão passar por Sines.


«O maior evento na área da “world music” realizado em Portugal, o FMM Sines - Festival Músicas do Mundo comemora o seu 10.º aniversário com um programa de 10 dias de música e iniciativas paralelas. O pai do rock chinês, Cui Jian, a diva da música indiana, Asha Bhosle, e o grupo seminal do movimento hip hop, The Last Poets, são três destaques do programa de 40 concertos marcado para entre os dias 17 e 26 de Julho.


Repartido por quatro palcos, um na aldeia de Porto Covo (junto ao Porto de Pesca) e três na cidade de Sines (Castelo, Avenida Vasco da Gama e Centro de Artes), o festival 2008 apresenta um retrato sonoro do mundo no início do século com alguns dos mais destacados criadores musicais actualmente a trabalhar em África, Ásia, Américas, Europa e Médio Oriente.


ÁFRICA


De África, logo no primeiro dia, 17 de Julho, chega a estrela do ano no circuito “world music”. Originário do Mali, Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba acaba de vencer as categorias de melhor grupo africano e melhor disco do ano nos mais prestigiados prémios de “world music”, atribuídos pela BBC Radio 3.
Premiados pela BBC na categoria Cruzamento de Culturas -, Justin Adams & Juldeh Camara (Reino Unido / Gâmbia) incendeiam o FMM com o repertório do disco “Soul Science”.
Responsável por outro dos discos do ano, “Made in Dakar”, um dos grupos pioneiros da pop africana, Orchestra Baobab (Senegal), apresenta um espectáculo onde África e Cuba se encontram.
Mais próximo da tradição, Dizu Plaatjies’ Ibuyambo Ensemble (África do Sul) traça um percurso pelas melhores músicas da África subsariana.
A cantautora maliana Rokia Traoré, uma das mais interessantes jovens artistas do continente, apresenta o seu novo disco “Tchamanché”, lançado em Maio.
Toto Bona Lokua (Antilhas Francesas / Camarões / R. D. Congo) junta os músicos Gerald Toto, Richard Bona e Lokua Kanza num espectáculo de grande requinte vocal e acústico.
A cantora Herminia, uma das pérolas da música cabo-verdiana, e o artista que deu dimensão global à música de Angola, Waldemar Bastos, representam os países africanos de expressão portuguesa.


ÁSIA


Cui Jian, uma das mais importantes figuras da música moderna chinesa, marca o programa asiático do festival. Grande responsável pela criação de uma cultura rock no país do Sol Nascente, Cui Jian faz em Sines a sua estreia em Portugal.
Também em estreia nacional no FMM estará Asha Bhosle. Diva maior da música de Bollywood, com um recorde de mais de 12 mil canções gravadas, é uma das figuras mais amadas pelo povo indiano e uma das grandes cantoras do mundo.
Do Paquistão, chega Asif Ali Khan & Party, com o canto hipnótico de um dos mestres da música “qâwwali”.


AMÉRICAS


Os EUA marcam em 2008 uma das presenças mais fortes de sempre no Festival Músicas do Mundo.
O grande destaque é The Last Poets (na foto), grupo de músicos poetas nascido no contexto das lutas pelos direitos civis dos anos 60 que está na origem da fundação do movimento hip hop.
Um dos grupos pioneiros do punk de fusão, Firewater, traz a Sines o repertório do seu novo disco, “The Golden Hour”, onde o rock entra em diálogo com as músicas do Oriente.
Depois de um longo período passado na África Ocidental, o quinteto instrumental Toubab Krewe dá uma reinterpretação rock às músicas da região.
Jean-Paul Bourelly é um dos melhores guitarristas de blues contemporâneos, com um som eléctrico e fortes aproximações ao funk e ao rock. Também cantor, Bourelly já trabalhou com músicos como Miles Davis, no álbum “Amandla”, e Vernon Reid, dos Living Colour. É precisamente desta banda pioneira do rock negro que chega Will Calhoun, eleito por várias revistas da especialidade o melhor baterista do mundo. A sua bateria poderosa tem dado coração rítmico a grandes nomes, do rapper Mos Def a B. B. King. Se Calhoun foi considerado o melhor baterista do mundo, Melvin Gibbs, terceiro elemento do grupo, foi eleito o melhor baixista. O seu baixo lendário tem um historial de quase 200 discos de diferentes géneros.
Ainda originária dos EUA, Hazmat Modine, uma das melhores bandas das Américas no ano que passou, inventa uma banda sonora global para a metrópole Nova Iorque.
Considerado um dos mais promissores poetas do Reino Unido, Anthony Joseph, natural da ilha caribenha de Trinidad, traz um espectáculo de “spoken word” com a sua The Spasm Band e o convidado americano Joe Bowie, ex-Defunkt.
A Tribute do Andy Palacio feat. Special Guests conta com músicos “garifuna” do Belize e das Honduras para um concerto de tributo a Andy Palacio, vencedor da categoria “Américas” nos últimos prémios da BBC, falecido no início deste ano.
Nortec Collective presents Bostich and Fussible (México) cruza música “norteña” mexicana e música techno para uma noite de dança.
Do Brasil vem o forró de Silvério Pessoa e de Siba e a Fuloresta, dois projectos enquadrados na renovação da música do Nordeste.


EUROPA


O contingente português do FMM 2008 inclui o novo fado de A Naifa, a dupla instrumental Dead Combo, a cantora / compositora Danae (que faz em Sines a apresentação oficial do seu novo disco, “Cafuca”), e dois espectáculos com a marca FMM: o novo espectáculo audiovisual do quarteto de concertinas Danças Ocultas e o quinteto Mandrágora, que se deslocou à Bretanha para uma residência artística e apresenta os seus resultados em exclusivo neste festival.
A revelação da música galega, Marful, traz o espectáculo “Salón de Baile”, com fortes influências da América Latina. Também da Galiza, Serra-lhe Aí!!! & Os Rosais trabalham a música festiva das tabernas e aldeias da região.
A zona do Mediterrâneo europeu é representada pelos marselheses Lo Còr de la Plana (na foto), que recuperam a música polifónica da Occitânia, e pelo novo espectáculo do italiano Enzo Avitabile, com os percussionistas tradicionais Bottari.
Do Reino Unido chegam Rachel Unthank & The Winterset, vencedores do Horizon Award atribuído pela BBC Radio 3, que os consagra como um dos grupos mais importantes da folk britânica.
Revelação da folk independente, o grupo de americanos radicados em França Moriarty mostra em Sines o repertório do disco “Gee Whiz, but this a Lonesome Town” (2007).
A checa Iva Bittová, uma das figuras mais originais da vanguarda contemporânea, dá em Sines um concerto a solo, apenas com a força da sua voz e do seu violino.
Moskow Art Trio (Rússia / Noruega) é um laboratório de jazz, folclore e música clássica.
A “big band” belga Flat Earth Society junta-se ao mago finlandês Jimi Tenor para um espectáculo imprevisível em que o jazz é apenas um de mil ingredientes.
KTU, o projecto constituído pelo acordeonista finlandês Kimmo Pohjonen e dois ex-membros da banda de rock progressivo King Crimson, está em Sines com disco novo na forja.
Com núcleo na Suíça, o quarteto Doran – Stucky – Studer – Tacuma pega no legado de Jimi Hendrix e constrói uma “jam session” poderosa.
Nascido na Alemanha, em 1965, mas residente em Milão desde muito cedo, Vinicio Capossela é, desde 1990, quando lançou o disco de estreia "All'Una E Trentacinque Circa", um cantautor de referência, comparado a Paolo Conte e Tom Waits pela voz rouca, pelo "pathos" criativo e pela capacidade comovente de nos fazer encontrar com a verdade do lado menos luminoso da experiência humana.



MÉDIO ORIENTE


O Médio Oriente é em 2008 representando por dois projectos israelitas.
Koby Israelite, compositor e acordeonista israelita radicado no Reino Unido, mostra como a sua fusão de jazz com klezmer e música cigana se destaca no novo catálogo da editora Tzadik.
Com ambientes Kusturica e Tarantino, a banda de “surf rock” Boom Pam dá o último concerto do FMM.


INICIATIVAS PARALELAS


O programa do festival prolonga-se num conjunto de iniciativas paralelas, que incluem ateliês para crianças e adolescentes ministrados por artistas do festival, workshops e conversas com artistas, um ciclo de cinema dedicado ao tema das migrações, “jam sessions” e DJing.
Nos dois dias anteriores ao início do festival (15 e 16 de Julho), realiza-se o seminário “A Barreira do Som: Música, Cultura e Nação”, organizado em conjunto pela Câmara Municipal de Sines e pelo INET - Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa. Com coordenação científica de Manuel Deniz Silva, constituirá um momento de reflexão sobre o fenómeno da “world music” e sobre as identidades musicais no contexto do mundo globalizado.
Considerado um dos eventos musicais de referência realizados em Portugal, o Festival Músicas do Mundo recebeu, desde a sua criação em 1999, mais de 120 concertos e um total estimado de 240 mil espectadores. É uma organização da Câmara Municipal de Sines».

E ainda há cinema: «Ciclo de cinema documental: Migrações. As migrações e o modo como estão a alterar a geografia política, cultural e económica do mundo são o tema do ciclo de cinema do FMM 2008. Centro de Artes de Sines, 23, 24, 25 e 26 de Julho. Sessões às 16h00. Num tempo de circulação de informação, sons, imagens, pessoas e
coisas, o ciclo de cinema do FMM pegará este ano na ideia de migração, viagem, circulação, contaminação de formas de produzir, ver e ouvir discursos e linguagens. No ano em que o FMM cumpre dez anos olhamos para discursos de fusão, confrontos de realidades geográfica e culturalmente distintas, que deram origem a novas formas de falar. Não se restringindo a filmes que colocam a música no centro da sua
atenção, o ciclo abordará este tema de diferentes formas, com aproximações políticas, culturais e económicas. Depois do sucesso da última edição – dedicada ao tema "Música e Trabalho" – espera-se que as sessões de cinema deste 2008 tragam mais gente e mais discussão ao FMM, num ciclo que pretende crescer e melhorar ao longo dos anos».


ALINHAMENTO COMPLETO

Quinta-feira, 17 de Julho


Siba e a Fuloresta (Brasil), 19h00, Ruas do CAS

Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali), 22h00, Auditório do CAS

Serra-lhe Aí!!! & Os Rosais (Galiza), 00h00, Ruas do CAS


Sexta-feira, 18 de Julho


A Naifa (Portugal), 21h30, Porto Covo

Herminia (Cabo Verde), 23h00, Porto Covo

Hazmat Modine (EUA), 00h30, Porto Covo


Sábado, 19 de Julho


Flat Earth Society meets Jimi Tenor (Bélgica/Finlândia), 21h30, Porto Covo

The Last Poets (EUA), 23h00, Porto Covo

Enzo Avitabile & Bottari (Itália), 00h30, Porto Covo


Domingo, 20 de Julho


Danças Ocultas (Portugal), 21h30, Porto Covo

Asha Bhosle (Índia), 23h00, Porto Covo

A Tribute to Andy Palacio feat. Special Guests (Belize/Honduras), 00h30, Porto Covo


Segunda-feira, 21 de Julho


Moscow Art Trio (Rússia/Noruega), 22h00, Auditório do CAS

Lo Còr de la Plana (Occitânia), 23h30, Auditório do CAS

Danae (Portugal), 01h00, Ruas do CAS


Terça-feira, 22 de Julho


Iva Bittová (República Checa), 22h00, Auditório do CAS

Moriarty (EUA/França), 23h30, Auditório do CAS

Dead Combo (Portugal), 01h00, Ruas do CAS


Quarta-feira, 23 de Julho


Waldemar Bastos (Angola), 21h30, Castelo

Vinicio Capossela (Itália), 23h00, Castelo

Justin Adams & Juldeh Camara (Reino Unido/Gâmbia), 23h00, Castelo

Anthony Joseph & The Spasm Band feat. Joe Bowie (Trinidad/R. Unido/Estados Unidos), 02h30, Av. Praia


Quinta-feira, 24 de Julho


Mandrágora & Special Guests (Portugal/Bretanha), 19h30, Av. Praia

Marful “Salón de Baile” (Galiza), 21h30, Castelo

Toto Bona Lokua (Antilhas Fr./Camarões/Congo), 23h00, Castelo

Orchestra Baobab (Senegal), 00h30, Castelo

Silvério Pessoa (Brasil), 02h15, Av. Praia

Toubab Krewe (EUA), 03h45, Av. Praia


Sexta-feira, 25 de Julho


Rachel Unthank & The Winterset (Reino Unido), 19h30, Av. Praia

Asif Ali Khan & Party (Paquistão), 21h30, Castelo

KTU (Finlândia/EUA), 23h00, Castelo

Cui Jian (China), 00h30, Castelo

Firewater (EUA), 02h15, Av. Praia

Nortec Collective presents Bostich and Fussible (México), 03h45, Av. Praia


Sábado, 26 de Julho


The Dizu Plaatjies’ Ibuyambo Ensemble (África Sul), 19h30, Av. Praia

Koby Israelite (Israel/Reino Unido), 21h30, Castelo

Rokia Traoré (Mali/França), 23h00, Castelo

Doran - Stucky - Studer - Tacuma (Irlanda/Suíça/EUA), 00h30, Castelo

Jean-Paul Bourelly meets Melvin Gibbs & Will Calhoun (EUA), 02h30, Av.Praia

Boom Pam (Israel), 04h00, Av. Praia

Bailarico Sofisticado convida António Pires (Portugal), 06h00, Av. da Praia

INICIATIVAS PARALELAS

16 de Julho
Sines - Centro de Artes
A Barreira do Som: Seminário "Música, Cultura e Nação"

De 19 de Julho a 20 Setembro:
Sines - Centro de Artes
Exposição "Transurbana" de Luís Campos

De 23 a 26 de Julho
Sines - Centro de Artes
Ciclo de Cinema Documental "Migrações"

De 24 a 26 de Julho
Sines - Centro de Artes
Ateliês Para Crianças

De 24 a 26 de Julho
Sines - Centro de Artes
Conversas Com Artistas

De 23 a 26 de Julho
Sines - Escola das Artes
Masterclasses


Mais informações, aqui.

09 julho, 2008

Terrakota e Ponto de Equilíbrio - Pontes Luso-Afro-Brasileiras


É uma grande festa do reggae (e uma grande festa para além do reggae...): dia 15 de Julho, no Domus, em Braço de Prata, Lisboa, há concertos dos afro-italo-portugueses Terrakota (na foto) e dos brasileiros Ponto de Equilíbrio, seguindo-se depois um sound-system e DJs que também fazem do reggae (e de outras músicas) o pretexto perfeito para continuar a dançar nestas quentes noites de Verão. Mas o melhor mesmo é deixar a nota de imprensa desta grande festa - organizada pela Crew Hassan e pelos Terrakota - na íntegra:

«No dia 15 de Julho, o espaço Domus vai ser palco do encontro explosivo de duas bandas muito especiais, de coração aberto e consciência elevada : os

TERRAKOTA, banda referência de "World mestiça" e os PONTO DE EQUILÍBRIO, grupo de reggae roots brasileiro que está a explodir agora no Brasil e no Mundo. Dois grupos irmãos que nunca deixaram de colaborar, apesar da distância desde o seu primeiro encontro em finais de 2005. Finalmente, conseguiram criar-se as condições para se cruzarem na estrada durante as suas intricadas tournées de verão: juntos ao vivo, pela 1ª vez, num evento organizado pelos TERRAKOTA e a CREW HASSAN.

Os TERRAKOTA, já bem conhecidos do público português, são um grupo pioneiro em Portugal pelo carisma e multiculturalidade do seu trabalho. A energia quente e cativante dos seus espectáculos transformam-nos em autênticas celebrações de um Mundo sem Fronteiras em perfeita sintonia com o planeta. Esta grande festa marca o regresso da banda aos palcos lisboetas, após cerca de um ano em tournée europeia, com passagem por uma dezena de países e por importantes festivais de worldmusic.

O álbum "Oba Train", terceiro de originais e o primeiro disco do colectivo a ter distribuição mundial, tem sido muito bem acolhido pelos media e pelo público em geral: registou entrada no World Music Europe Chart e foi classificado como um plot de culturas rico e surpreendente. A publicação britânica FRoots acaba de dedicar-lhes um artigo de 3 páginas intitulado "Novos sons de Lisboa". Fruto de um longo trabalho e espírito de sacrifício desmedido, os TERRAKOTA conseguem agora espalhar a sua mensagem mestiçada - o respeito pela mãe Natureza e a crença num Mundo diferente, em harmonia e sem fronteiras - por palcos europeus, reflectindo e expandindo a grande mistura de povos que caracteriza Lisboa, mostrando que de Portugal não vem só o Fado.

Mais informações:

www.myspace.com/terrakota

Os PONTO DE EQUÍLIBRIO, nascidos e criados em Vila Isabel (zona norte carioca), são hoje uma das principais referências do Reggae no Brasil ao resgatarem as suas raízes e utilizarem a música com arma socio-cultural. O próprio nome da banda revela tudo: "o equílibrio entre o céu e a terra, o positivo e o negativo, o bem e o mal. Esse é o ponto que todos nós buscamos e para onde todos retornaremos, quando for terminada nossa missão nessa vida" explicam os músicos.

O grupo acabou de lançar o segundo álbum de originais intitulado "Abre a janela", que surge como uma continuidade natural do primeiro, um roots reggae genuíno, com grande clareza e frontalidade ao nível da mensagem e um instrumental muito rico e enérgico. Um excelente disco que marca também a estreia do selo próprio da banda – Kilimanjaro – com edição em Portugal pela Warner Music.

Um concerto de Ponto de Equilibrio é tambem uma grande celebração de positividade e da crença num Mundo sem diferenças, movendo já grandes massas de pessoas no nosso país irmão. Para ouvir alguns dos êxitos da banda brasileira – "Janela da favela", "Verdadeiro valor" ou "Coisa feia", visite

www.bandapontodeequilibrio.com.br e www.myspace.com/pontodeequilibrio

Pela visão do mundo que comungam, a paixão por África, a forte ligação à Mãe Terra, este espectáculo promete ser uma grande celebração numa noite plena de boas vibrações. Depois dos concertos, e porque o calor já convida à festa, preparem-se para dançar pela noite dentro, ao som do reggae, funk, worldbeat power dos colectivos Riddim Culture Sound System (www.myspace.com/riddimculturesound) e DJ 2 Old4School/Dj Parkinson (www.crewhassan.org)».

08 julho, 2008

Festival Évora Clássica - Com A Mira a Oriente


De hoje, dia 8, e até dia 12 de Julho, vai decorrer mais um Festival Évora Clássica, desta vez subordinado ao tema «Os Orientais» e espalhado por três espaços da capital do Alto Alentejo: o Palácio Cadaval, o Jardim do Paço e a Igreja dos Loios. E, entre os espectáculos programados, o destaque vai para a fabulosa banda cigana macedónia Koçani Orkestar (na foto).

O programa, na íntegra:

OS CONCERTOS
Terça-feira dia 8 de Julho

21h00
Jardim do Paço
Mîlon Mêla
Danças e poesias místicas através das grandes tradições de Orissa, de Bihâr, de Kerala e de Bengala – Índia
Realização artística : Abani Biswas


Quarta-feira dia 9 de Julho

20h00
Igreja dos Lóios
Canto e dança por jovens virtuosos do Uzbequistão
Com o apoio da Fundação Forum da Cultura e da Arte do Uzbequistão


21h00
Jardim do Paço
NOITE DA ÍNDIA SAGRADA
Chamas e divindades

Primeira parte
Os monges bailarinos de Majuli
Dança sattriya do Assam – Índia do Norte

Segunda Parte
Os Bhutas
Ritual mascarado de Karnataka – Índia do Sul


Quinta feira dia 10 de Julho

Jardim do Paço
A NOITE CIGANA
18h30 — Filme
Projecção do filme LATCHO DROM de Tony Gatlif apresentado por Alain Weber conselheiro deste filme e director artístico do festival.

20h30 — Concerto
Primeira parte
Duo Balcão - Nikolay Yordanov e Nejdet Ahmed
Bulgária
Segunda parte
Violinos e danças Ciganas da Transilvânia
Roménia



Sexta feira dia 11 de Julho

21h00
Jardim do Paço
O GRANDE FIM DE SEMANA DE CIGANOS !!
José Angel Carmona e seu grupo
Espanha



Sábado dia 12 de Julho

21h00
Jardim do Paço
Koçani Orkestar
Macedónia


SALÃO DA MUSICA
De terça feira dia 8 a Sábado dia 12 – 18h
Os pequenos príncipes doa palácios da Ásia
Danças das dinastias Birmanesas
Myanmar


ANIMAÇÕES
Jardim do Paço


Todos os dias a partir das 17h
Coffee Cigano de Jaisalmer
Índia

Terça feira dia 8 e Quarta feira dia 9 de Julho
Ivan Ahmet, o bardo de Pazarshik
Bulgária

ATELIERS
Terça feira dia 8 e Quarta feira dia 9 de Julho 17h – 19h
Jardim do Paço
Kôlam e kalam, pinturas efémeras da Índia
Com Chantal Jumel – Índia do Sul

Quinta feira dia 10 e Sexta feira dia 11 de Julho 17h – 19h
Jardim do Paço
Thapa e de Mandana - Desenhos de pássaros e de animais tradicionais
Com a artista plástica Betty Jovenet
Rajastão – Índia

Mais informações, aqui.

07 julho, 2008

Eurofolk'J - Com os Dervish Como Padrinhos...


Hoje e amanhã (dias 7 e 8 de Julho), o lindíssimo Jardim da Sereia, em Coimbra, é o palco da eliminatória portuguesa do Eurofolk'J, que terá a sua final em Málaga, Espanha, segundo notícia do blog Sopa da Pedra. No elenco desta etapa portuguesa do concurso estão as três bandas finalistas nacionais - Toques do Caramulo, Pé na Terra e A Barca dos Castiços -, mais três grupos que passaram anteriormente pelo concurso - os portugueses Ginga, os italianos Damadaká e os espanhóis Els Groullers - e, como padrinhos, os irlandeses Dervish (na foto).

Aqui, na íntegra, segue o comunicado da organização: «A identidade cultural dos povos é cada vez mais utilizada como cartão de visita. A promoção turística das populações passa pela colheita/recolha dos traços identitários das mesmas e pelo apelo aos sentidos. A tradição surge assim como produto turístico, pela peculiaridade dos traços que representa e como elemento histórico. A gastronomia, o artesanato, as recriações históricas, as feiras medievais e tantos outros eventos procuram por um lado a ligação das populações à sua história, e por outro lado a promoção turística das mesmas. Numa tentativa de promoção dos elementos da nossa tradição, a tendência musical denominada folk é o tema do Concurso Internacional Eurofolk’J, que é organização conjunta de Espanha, Itália e Portugal. Em cada um dos países envolvidos, acontece desde 2004, a eliminatória nacional, da qual sai 1 grupo apurado que participa na final. Desde a primeira edição, o primeiro prémio tem sido sempre conquistado por grupos italianos, com excepção da sua primeira edição, cujo primeiro lugar foi atribuído aos Conimbricenses Ginga. E agora, como que numa prática de retorno/agradecimento, Coimbra acolhe nos próximos dias 7 e 8 de Julho a eliminatória portuguesa do V Eurofolk’J. A concurso estão várias bandas portuguesas, da qual será eleita aquela que melhor retratar, com traços inovadores e dinâmicos a expressão musical da nossa tradição. O Júri, composto por elementos conhecedores do tema analisará de que forma e com que substância os grupos representam a nossa identidade. Assim, no dia 7 estarão em palco do Jardim da Sereia os 3 finalistas da pré-eliminatória portuguesa, de onde sairá um vencedor que rumará a Málaga para a grande final europeia. Ainda poderemos assistir, nesse mesmo dia a dois grandes espectáculos da banda vencedora da eliminatória espanhola de 2007 Els Groulers, e da banda vencedora do Concurso Eurofolk 2006, os italianos Damadaká, que actuarão nos intervalos das bandas a concurso. No dia 8, a partir das 17h30, poderemos assistir e participar num workshop de danças tradicionais italianas, que acontecerá na Praça 8 de Maio, e para a noite está reservado um grandioso encerramento do evento com um dos maiores nomes da folk mundial, o grupo Dervish. Na mítica Sereia, antes dos irlandeses Dervish e para começar a noite com um dos maiores representantes nacionais do tema folk, os conimbricenses Ginga, vencedores do I Eurofolk, presentearão a cidade. A uma promessa tão grande só podemos aceder ao convite e participar, ouvindo e sentindo as experiências dos nossos antepassados tocados nos ritmos alucinantes do presente. A eliminatória portuguesa do Eurofolk’J é organização conjunta da Turismo de Coimbra, E. M. e da 7Sons Produções».

04 julho, 2008

Festival Andanças - O Programa (Quase) Completo


E vem aí mais um Andanças! À semelhança dos últimos anos, o maior festival português de música e danças tradicionais - e não só! - decorre em Carvalhais, S.Pedro do Sul, desta vez entre 4 e 10 de Agosto. Com muitos grupos portugueses: Alafum, Bailebúrdia, Banda Filarmónica de Castro Verde (que encerrará o Andanças com um mega-baile), Cornes, Dyabara, Fol&ar, Galandum Galundaina, João Gentil & Luís Formiga, King Mokadi, Mandrágora, Melech Mechaya, Monte Lunai, Mosca Tosca, Mu (na foto; de Hugo Lima), Musicalbi, Nação Vira Lata, No Mazurka Band, OliveTree, Pé na Terra, Rabies Nubies, Semente, Teresa Gabriel & Rodrigo Maurício, The Most Wanted, Tanira (a confirmar), Toques do Caramulo, Tor, Uma Coisa Em Forma de Assim, Uxu Kalhus, Velha Gaiteira e Ventos da Líria, entre outros. Mais uns quantos estrangeiros: Amanida Folk (Espanha), Belamath Quartet (França), Bruel (Espanha), Észtenas (Hungria), Ginginha Grátis (França), Inquedanzas (Galiza), La Machine (França), Patxi Eta Konpania (País Basco), Trio Lam (França), Triple-X (Bélgica), Viis (Estónia), Violons et Talons (França) e Tarantelle Abusive (Itália), entre outros. E ainda mais alguns em concertos na igreja: Al-Jiçç, Osmavati e Trovas d'Amigo, entre outros.

As oficinas de dança já confirmadas são: Africana Tribal (Eva Azevedo); Andinas (Paolo Herrera, dos Intichaski); Baile Balcânico (Gerard Mechanomoff, dos Violons et Talons); Bálticas (Hedvig Priimagi, dos Viis); Belgas (Jean-Philippe Legrand); Biodanza (Joanildes Medeiros); Bretãs (Flore Deshayes); Cabo Verde (Zé Barbosa); Canadianas (Trio Bestvater); Canizade (António Tavares); Capoeira (Umoi Souza); Castelhanas (Daniel Peces); Chacarera (Folclore Argentino por Oscar & Gladys); Chamarritas dos Açores (Carla Gomes); Ciganas Macedónia/Romenas/Sérvias (Sophie Kalisz); Dança Natural (Beatrix Gutbub); Escocesas (Roger Picken e Sue Willdig); Europeias (pelos Ginginha Grátis, Triple-X e Eva Parmenter); Europeias de linha (Rita Duarte); Europeias de roda (Rita Duarte); Fandango (Patxi Perez); Flamenco & Rumbas (Patrícia Fragoso); Forró (Erica e Pablo); Funk (Mayuka); Fusão de Raízes Tradicionais (Petchu); Galegas (Alexandre Fernandez Castro, dos Inquedanzas); Havaianas (Sofia Franco); Hip Hop (XL); Holandesas (Mirjam Dekker); Irlandesas (Patrícia Vieira); Itália do Norte (Monica Sava); Jazz improvisação (Dança Duende por Liliane Viegas); Kizomba (Petchu); Lindy Hop (Abeth Farag); Novas Portuguesas (NMB Lab); Oriental (por Elsa Sham's e Cris Aysel); Pauliteiras de Miranda do Douro (Pauliteiras); Poitou (Lucas Thebaut, do Trio Bestvater); Polinésias (Vanessa/Primigenius); Portuguesas (por Isabelle Guerbigny e Margarida Moura); Sapateado Americano (Polyanna Jazzmine); Sevilhanas (Marta Chasqueira); Street Dance (Pacas); Tango Argentino (Novo Tango por Juan & Graciana); Toscas (Alexandre Matias, dos Mosca Tosca); e Valsas Mandadas (Manuel Araújo). E, neste rol, entram também os ranchos folclóricos que ensinam e interagem com os «andantes»: os portugueses Grupo de Trajes e Cantares de São Cristóvão de Lafões, Rancho Folclórico Casa do Povo de Souselo, Rancho Regional Casa do Povo de Ílhavo, Rancho Folclórico de Vila Cã, Rancho Folclórico da Boidobra, Grupo de Folclore de Ponta do Sol e Grupo Etnográfico "Os Esparteiros" de Mouriscas e os estrangeiros Grupo d’Arte Popular de Berstett (França) e Companhia de Dança e Música Folclórica "Hueyitlatoani" (México). Para tudo o resto - que é tanto! - o melhor mesmo é consultar o site oficial da Pé de Xumbo, aqui.

03 julho, 2008

Boom Festival - Atear um Fogo Sagrado


De 11 a 18 de Agosto, em Idanha-a-Nova, na Beira Baixa, vai decorrer mais uma edição do Boom Festival. Com inúmeros palcos e actividades, o Boom - que começou por se dedicar essencialmente ao trance mas evoluiu depois para muitas outras áreas musicais e artísticas - tem este ano, no seu palco Sacred Fire, o espaço privilegiado para os concertos de world music e géneros colaterais. Segundo o press-release do festival, o Sacred Fire é «uma zona para concertos onde impera a world music. Mas a Sacred Fire é mais do que um palco. Integra-se numa área ajardinada por arquitectos paisagistas cujo objectivo é recriar jardins enquanto espaço de sociabilidade e contacto com a natureza. A par da beleza estética podem ouvir-se géneros musicais como rumba, afro-beat, funk, reggae ou folk e a participação especial de uma das bandas de culto em Portugal, os Blasted Mechanism». No palco Sacred Fire vão actuar os já referidos Blasted Mechanism (Portugal), 3ple-D (Holanda), Gocoo (Japão; na foto), Barcelona Afrobeat International Orchestra (Espanha), Atma (Portugal), Buritaca 200 (Colômbia), Charrascos da Citânia (Portugal), Jahmin (Portugal), Mu (Portugal), Napalma (Brasil), OCO (Portugal), Orquid Star (Reino Unido), Raspa (Espanha/América Latina), Shiva Sound (Espanha), Teresa Gabriel (Portugal), Terrakota (Portugal), Yemanjaz (Portugal), Wild Marmelade (Austrália) e Velha Gaiteira (Portugal). Todo o programa do festival - que integra ainda mais umas boas dezenas de nomes - e mais informações, aqui.

02 julho, 2008

Med de Loulé - Um Festival Cada Vez Mais Interactivo


Uma nota prévia: os meus dois computadores, coitados, estão há muito tempo semi-mortos, em estado de coma ou naquele limiar de luz em que os doentes terminais pensam estar a rever os parentes há muito falecidos. E este texto, coitado, está a sair assim, boião de soro aqui, injecção de morfina ali, extrema-unção acolá. Mas, se este computador que estou a usar agora que e ainda resiste à força de algálias e cadeira de rodas... morrer mesmo durante este texto terá cumprido a sua função: um pequeno texto sobre o Festival Med, que - ao contrário dos meus computadores - está cada vez mais vivo, activo e interactivo. Uma interacção admirável entre o espaço (acolhedor, caseiro, branco, quente...) e as pessoas que o ocupam, os actores e os visitantes do festival (o Cupido que distribui amor com um sorriso, o carteiro das «love letters» personalizadas, as duas bruxinhas deliciosas...), os artesãos e os compradores (ali é possível comprar, por exemplo, didgeridoos, qarqabas ou bilhas musicais e... aprender na hora a tocá-los), os músicos e a assistência. E aqui era possível dar variadíssimos exemplos de interactividade mas ficamo-nos por apenas dois ou três: a simpatia e encanto do enormíssimo Solomon Burke que, do alto do seu trono real, junta muita gente do público à sua volta, no palco, e depois oferta rosas vermelhas às senhoras; o fabuloso quadro pintado durante o ainda mais fabuloso concerto - o melhor de todo o festival! - de Muchachito Bombo Infierno (o quadro está na foto em cima; de Mira/Câmara Municipal de Loulé), que é logo a seguir vendido por 600 euros; a comunhão entre o palco e a «plateia» durante o concerto de Jimmy Cliff, um concerto em que as boas vibrações passavam rapidamente da audição para o olfacto e vice-versa.

Música, e muito boa, houve ainda mais: a surpresa que foi La Shica ao vivo (mais verdadeira e orgânica que em disco); a festa interminável, irresistível e inteligentíssima dos Balkan Beat Box; a continuação de festa com o jazz manouche, swing e charleston com pinceladas electro dos Caravan Palace; o som mestiço de Roy Paci & Aretuska (ele um incrivelmente bom trompetista e nada mau a cantar em italiano e espanhol); os cada vez melhores a dominar o palco e a apelar ao coro e ao riso Deolinda; a pop inteligentíssima e elegante dos Zita Swoon; o concerto - mais uma vez lindíssimo, tocante e meigo - de Amadou & Mariam; muitas músicas globais postas ao serviço de uma mensagem de paz em The Idan Raichel Project; e a voz maravilhosa e sofrida de Concha Buika (num concerto em que o flamenco vai a África e ao jazz). Menos conseguidas, nos palcos principais, foram as prestações de Ana Moura (apesar da qualidade da voz e da excelência do alinhamento, Ana Moura continua a ser mais cantora que... fadista), dos Café Tacuba (que têm, sente-se infelizmente agora, mais passado que futuro) e Les Tambours du Bronx (que, embora sejam realmente espectaculares e sonoramente rimbombantes, devem quase tudo aos Test Dept e aos Einsturzende Neubauten do início). Mais uma nota: não vi os Zuco 103 (por muita gente apontados como os autores de um dos melhores concertos do festival), concentrado que estava numa sessão de DJ para a qual fui convidado à última hora, substituindo a minha amiga Raquel Bulha (as melhoras, Raquel!).

Nos palcos secundários, o destaque vai para os INP.A.C.TO (com uma proposta musical interessantíssima, apesar de as vozes terem que ser mais trabalhadas), os Batukalgarve (marimbas e outras percussões ao serviço de standards de jazz, temas clássicos e músicas de bandas-sonoras, sempre com o divertimento na mira), os Velha Gaiteira (que estão a chegar ao nível dos «primos» Roncos do Diabo), Freddy Locks e The Most Wanted (tanto ele como eles com um reggae aberto a muitas outras músicas e duas propostas que devem ser seguidas com imensa atenção). Uma nota final e derradeira: o festival Med foi, mais uma vez, muitíssimo bom e será recordado por todos quantos lá estiveram. Há mais gente, mais música, mais coisas a acontecer. E isso é bom!! Mas já não é assim tão bom quando, como na noite de sábado, se deixou entrar no recinto muito mais gente do que aquela que o recinto comporta de uma forma fluida, organizada e saudável. É a única nota a rever.