30 julho, 2009

CCB Fora de Si Com Susheela Raman, Yungchen Lhamo, Etran Finatawa e Seun Kuti


A recta final do festival CCB Fora de Si apresenta, já a partir de sábado, uma bela mini-programação de world music. Com a anglo-indiana Susheela Raman, a tibetana Yungchen Lhamo, os tuaregues e wodaabe Etran Finatawa (na foto) e o nigeriano Seun Kuti. Ora veja-se o comunicado:


«SUSHEELA RAMAN / Índia

1 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Inglesa de origem indiana que passou parte da juventude na Austrália, reúne na sua música os vários continentes que formam a sua identidade. Detentora de uma extraordinária voz, é reconhecida pelas suas performances intensas e únicas. Susheela traz ao CCB uma sonoridade única que reúne a inevitável influência da música tradicional indiana com os ritmos folk, jazz, pop e rock. Surpreendente!

http://www.susheelaraman.com



YUNGCHEN LHAMO “AMA” / Tibete

8 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Após mais de uma década de surpreendentes performances, aclamação internacional e colaboração com os músicos Sheryl Crow, Michael Stipe ou Annie Lennox, Yungchen Lhamo tornou-se para muitos a voz do Tibete. Nasceu em Lhasa, mas aos 23 anos fugiu da opressão chinesa, atravessando os Himalaias e estabelecendo-se na Índia. Foi na Índia que iniciou a sua carreira musical, recordando as canções tradicionais que aprendera com a mãe e avó. Hoje, reside em Nova Iorque e a sua música reflecte a confluência da pureza e autenticidade da tradição tibetana e da contemporaneidade das sonoridades urbanas do melting pot nova-iorquino.

http://www.yungchenlhamo.com/discography.html



ETRAN FINATAWA / Níger

22 Ago - 22:00

PRAÇA MUSEU

ENTRADA LIVRE

Oriundo do Níger, um dos países mais pobres do mundo, o grupo Etran Finatawa é uma formação de tuaregues e wodaabe, dois povos nómadas com culturas e sonoridades muito diferentes que coabitam nesta região africana. A música dos Etran Finatawa (literalmente “as estrelas da tradição”) combina a riqueza de duas linguagens: tradicionalmente, os wodaabe não utilizam instrumentos e centram-se na voz e ritmos que convidam à dança; por sua vez, os tuaregues sempre recorreram a violinos e tambores para animar as suas músicas e danças. Blues do deserto na sua forma mais pura.

http://www.etranfinatawa.com



SEUN KUTI / Nigéria

29 Ago - 21:00

GRANDE AUDITÓRIO

PREÇO 5€

Filho do lendário Fela Kuti, dirige a banda Egypt 80. Herdou do seu pai a música por ele criada nos anos sessenta, o afro-beat, uma fusão entre o jazz, o funk e os ritmos africanos. As suas canções revelam uma preocupação pelas graves questões políticas e sociais que afectam a África, mas nem por isso perdem a energia e a alegria que caracterizam o afro-beat. Prepare-se para ficar fora de si!

http://www.myspace.com/seunkuti».

Mais informações, aqui.

29 julho, 2009

Festa do «Avante» Com Mais Um Cartaz Bastante Apetecível


Dias 4, 5 e 6 de Setembro, na Quinta da Atalaia, Seixal, a Festa do «Avante» vai voltar a ter um excelente programa musical: uma Grande Gala da Ópera, Seth Lakeman (Irlanda; na foto), Willie Nile (Estados Unidos), Hazmat Modine (Estados Unidos), Guy Davis (Estados Unidos), The Men They Couldn't Hang (Irlanda), Ska P (Espanha), Maria Alice (Cabo Verde), Tabanka Djaz (Guiné-Bissau), Voces del Sur (Chile), Clã, Maria João e Mário Laginha, Tereza Salgueiro (aka Teresa Salgueiro, ex-Madredeus), Aldina Duarte, Peste & Sida, Vitorino (acompanhado pelos Cantadores do Redondo), Blind Zero, David Fonseca, Gazua, João Lencastre's Communion, Laurent Filipe, Nelson Cascais, The PostCard Brass Band, The Soaked Lamb, Carla Pires, Vanessa Alves, Skalibans, Ciganos d'Ouro, Roda de Choro de Lisboa, Bandarra, Francisco Naia, Frei Fado d'El Rei, Luísa Amaro, Samuel e Telectu são os nomes já confirmados para os palcos principais.

28 julho, 2009

FMM de Sines - E Outro Momento de Que Me Orgulho Todo!



António Pires (pois!) e o meu «brother» espanhol Toni Polo (aka DJ Cucurucho) na penúltima noite de Sines! Obrigado a quem dançou, a quem organizou, a quem nos aturou e animou e, principalmente, a quem filmou!

(banda-sonora: Dr.Nelle Karajic, Caravan Palace, Rachid Taha, La MC Malcriado, Izé, etc...)

FMM de Sines - Um Momento Que Resume Tudo!


Não tendo visto os concertos do primeiro dia (e perdendo ainda alguns, poucos, dos outros), as minhas melhores memórias recentes - mas já toldadas pela saudade - do último FMM apontam imediatamente para a fabulosa «tanguédia» da Orquestra Típica de Fernandez Fierro, para a genial explosão de muitas músicas de Cyro Baptista, para o rock em distorção feito no Magrebe dos L'Enfance Rouge, para a folia gaiata dos Melech Mechaya, para o milagre que é ver Lee «Scratch» Perry ainda aos comandos do melhor dub que existe, para o quão injusto é a magnífica Uxía - nossa irmã - não vir a Portugal mais vezes, para os blues com sabor a especiarias de Debashish Bhattacharya, para as novas e as velhas canções dos Ukrainians e, acima de todos, para o encanto em estado puro da voz e da simplicidade da música de Mor Karbasi. O momento captado em vídeo que pode ser visto neste post é o resumo perfeito do que é o FMM: quando o mundo todo vem a Sines e Sines faz do mundo um bocadinho mais português. Obrigado, mais uma vez, e sempre!

16 julho, 2009

Paralelo Évora e Tom de Festa - Em Linha Com a LX Factory


É bom que haja sinergias destas: por estes dias, a LX Factory, em Lisboa (ver post mais abaixo), recebe um festival de world music que tem como protagonistas muitos dos nomes que também estão este fim-de-semana no festival Paralelo Évora e no já histórico Tom de Festa, em Tondela. Para ficar a saber o programa do Paralelo Évora:


«16 Jul 2009 22:30
Spok Frevo Orquestra (Brasil) Jardim do Granito UE, Évora

17 Jul 2009 17:30
Filme "Música, Moçambique!" Auditório da Fundação Eugénio de Almeida, Évora


17 Jul 2009 19:30
Performance "Parâmetros do Bem Estar" Palácio D. Manuel - Jardim Público, Évora

17 Jul 2009 22:30
Stewart Sukuma (Moçambique) Jardim do Granito UE, Évora

18 Jul 2009 9:30
Programação para a Infância Palácio D. Manuel - Jardim Público, Évora

18 Jul 2009 17:30
Filme "O meu amigo Mike ao trabalho" Auditório da Fundação Eugénio de Almeida, Évora

18 Jul 2009 19:30
Seminário "António Tavares apresenta Ópera Crioula" Palácio D. Manuel - Jardim do Granito, Évora

18 Jul 2009 22:30
Kasai Masai (Congo) Jardim do Granito UE, Évora

19 Jul 2009 17:00
Marcos Molina (Colômbia) Pálacio D. Manuel - Jardim Público, Évora

19 Jul 2009 17:30
Lançamento do Mapa Etnomusical com a presença dos autores Júlio Pereira e João Luís Oliva Palácio D. Manuel - Jardim Público, Évora

19 Jul 2009 17:30
Encerramento do Festival Palácio D. Manuel - Jardim do Público». Mais informações, aqui.

Para a programação do Tom de Festa, que já começou e que inclui ainda Chico César (na foto), Stewart Sukuma, Lamatumbá, Júlio Pereira, Bassekou Kouyate, Kasai Masai, Tocá Rufar, Dobet Gnahoré, Mundo Cão e Lafra: http://www.acert.pt/tomdefesta09/.

15 julho, 2009

Andanças - Sob o Signo do Silêncio


Um festival cheio de concertos, bailes, workshops e jam-sessions - entre mil e uma outras coisas - que tem como mote o «silêncio» não é nada habitual. Mas, assim como já nasceram em Portugal dezenas de mini-Andanças, também talvez se torne um hábito, qualquer dia, aprender a ouvir o silêncio que se esconde nas músicas e por entre o ruído. A ideia e o programa do Andanças (embora ainda sujeito a alterações), a seguir:



«BEM-VINDO AO ANDANÇAS 2009! O Andanças é uma rede social in situ: para participar, basta comunicar e deixar-se comunicar. Dedicamos esta edição ao Silêncio esperando que cada um descubra, na Festa, o seu Silêncio e o dos outros.

O TEMA SILÊNCIO
Este ano queremos promover o Silêncio no sentido mais lato possível do termo. Queremos menos poluição sonora, menos poluição visual, menos poluição material, menos resíduos, menos desperdício. Queremos eliminar os ruídos espúrios que nos impedem de ver o essencial da música, do baile, da vida e dos outros. Bem vindos!

COMO SE ORGANIZA A PROGRAMAÇÃO

O Festival Andanças não tem uma maneira de ser vivida, mas imensas. Temos, para isso, 8 espaços de programação, uma diversidade de actividades das 9h às 3h da madrugada, e outras dezenas de actividades como jam sessions, mergulhos nos poços e ribeiras e passeios na serra.

Começa-se o dia com oficinas de aquecimento; de seguida, as tendas acolhem as oficinas de dança até o fim da tarde e acaba-se com massagens. À noite, experimentam-se nos bailes as danças aprendidas ou assiste-se aos concertos.

Outro programa possível durante o dia é a participação em actividades paralelas e para crianças. Propomos uma programação exclusiva ao longo do dia (dança, contos, teatro e outras actividades artísticas).

No Carvalhal tem lugar a programação das Paralelas (oficinas para trabalhar o corpo - circo e expressão dramática - e actividades plásticas, criativas, escritas) e da Fogueira (contos). No Salão assiste-se à programação de filmes, debates, baile e teatro para pais e filhos; na Igreja a conversas sobre o ambiente, salão de música e concertos; no Telheiro a oficinas de instrumentos.

Mais programação: Percursos temáticos nos arredores, animações de rua, desfile de Domingo, e os já famosos Andamentos, Mini Andanças na serra…

MENU: Programação detalhada
BAILES E PALCO ALTO
OFICINAS DE DANÇA
OFICINAS PARALELAS
IGREJA
ESPAÇO CRIANÇA
RANCHOS
ANDAMENTOS
ECO-ANDANÇAS NOVIDADES 2009



BAILES E PALCO ALTO
Para este ano de 2009, haverá um grande número de grupos estreantes no festival quer portugueses, quer estrangeiros. Outros que já não vinham há dois anos regressam ao Andanças.
Estreantes estrangeiros: Zlabya (fr); Les Quintet à Claques (fr); Trio Brisco (it), Hot Griselda (bel); Duo Montanaro/Cavez (fr/bel), Raksedonia (es), Cobblestones (al)
Estreantes portugueses: Magic Folk Pills, Cabaz (na foto), Deu La Deu, Laefty Lo, Ogham, Andarilhos, Uxte.
E os já conhecidos, entre os outros: Naragonia Quartet (bel), Zef (fr), Inquedanzas (gal), Tarentelle Abusive (it), Alafum, Alfa Arroba, Atma, Baileburdia, Mu, Pé Na Terra, Melech Mechaya, Monte Lunai, Olive Tree Dance, King Mokadi, Ventos da Líria, Velha Gaiteira, Mosca Tosca, Fol&ar, Oco, Rabies Nubis, Nação Vira Lata, Roncos do Diabo, Semente, Tanira, Toques de Caramulo, Teresa e Rodrigo Mauricio, João Gentil & Luis Formiga...



OFICINAS DE DANÇA
Eva Azevedo (Escola Sementinha), Paolo Herrera (Andinas), Mariyana Ilieva (Búlgaras), Zé Barbosa (Cabo Verdianas), Umoi Souza (Capoeira), Daniel Peces (Castelhanas), Oscar&Gladys (Chacarera), Carla Gomes (Chamarritas dos Açores), Roger Picken e Sue Wilding (Escocesas), Rita Duarte (Europeias), Erica e Pablo (Forró), Mayuka (Funk), Pétchu (Fusão de Raízes Tradicionais/Kizomba)
Charlotte Bispo (Fusão de danças afro-brasileiras e Oriental), Sofia Franco (Havaianas), XL (Hip-hop), Mirjam Dekker (Holandesas), Ganga Grace (Indianas), Patrícia Vieira (Irlandesas), Monica Sava (Itália do Norte), Abeth Farag (Lindy Hop), Pétchu (Kizomba), Diana Azevedo (Leste), Ana Lage (Minhotas), Elsa Shams (Oriental 1), Crys Aysel (Oriental 2), Ricardo Faria (Salsa para Scottish), Polyanna Jazzmine (Sapateado Americano), Marta Chasqueira (Sevilhanas), Pacas (Street Dance), Oscar&Gladys (Tango Argentino), Juan&Graciana (Tango nuevo), Mirjam Dekker (Turcas & Armenas), Angel Terry (Latinas), Marina Vasquez (Finlandesas).

OFICINAS PARALELAS
A programação de Paralelas no Carvalhal tem a mesma lógica da última edição (2008), existem dois espaços que têm actividades associadas:
- ACTIVIDADES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO E ARTES CIRCENSES
Circo em Movimento, Malabarismo e equilibrio, Modelagem de balões, Magia, Lixo com Ritmo, Expressão dramática.
- ACTIVIDADES RELACIONADAS COM AS EXPRESSÕES PLÁSTICAS E CRIATIVAS
Colares em tecido, Cintos com material reutilizado, Escrita Criativa, Construção de didgeridoo, Velas naturais, Artesanato Verde, Reduzir - Reutilizar - Recicl'art.


Nesta edição repensamos as oficinas nos palcos (relaxamento) e tendo em conta o tema "Silêncio" foram criados dois momentos distintos:
MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO (Manhã)
Tai Chi Chuan, Dança Circular Sagrada do Coração Único, Dança dos Afectos, Ondas de Respiração, Consciência Corporal e Auto-massagem, Meditação Sufi.
MASSAGEM E RELAXAMENTO (Tarde)
Chi Kung, Massagem Tailandesa Tradicional, Massagem Ayurvédica, Tui Na (Massagem Chinesa), Abraço Terapia, Shiatsu, Segredos do Tantra, O Poder do Erotismo e do Amor, Universo Vibratório.


Fora do Carvalhal, encontra ainda muitas outras actividades:

OFICINAS ECO: Fornos Solares e Cosméticos naturais
FOGUEIRA: Contos com o Marco Luna, Tânia - Camaleão, Barreiro Fernandez, Joana Aguiar, Ana Lage, Encerrado para Obras.
APRESENTAÇÕES E ANIMAÇÃO: Circo em Movimento, Encerrado para Obras, Atropecias, Arte&manhã, Teatrus, Triopuliante.
PASSEIOS E OUTROS: Passeio das Borboletas, Danças Celestes, Visita às Termas, Reencontro da Fraguinha, Santa Cruz da Trapa.
EM DESTAQUE: Acção Sonora "Silêncio! Vamos Escutar Carvalhais": A Binaural propõe uma oficina de paisagens sonoras. Tem o objectivo de preparar uma acção sonora a apresentar ao público do Andanças 09 e consiste no registo de sons da zona de Carvalhais, sua edição, escolha e composição de uma peça sonora de 30 minutos. Será a seguir apresentada no maior número possível de sistemas de som.



IGREJA
Para se refrescar, a Igreja é o ideal! Alem das eco-conversas, logo após o almoço, poderá participar em oficinas de música, apresentações e concertos até as 22 horas.
- Oficina de Adufe, "O que é Harmonia", "Cântigos Sagrados" (Ana Júlia), Tangos, Taças Tibetanas, "Guitarra à Capela" (João Almeida", Pandereitas, Oficina com o Grupo de Trajes e Cantares de S. Cristovão de Lafões.
- Concerto "Dueto de Cordas" (Miguel Guelpi e Maria Corte), Concerto de Taças Tibetanas, Adufeiras de Paúl, InsesunS, Punto sem Nó, Teatro de Bonecos, Peixinho Rosa, Guitarra Portuguesa em Cravo, Winga Kan, Lunduns e Modinhas de Tliquitó, João Gentil, a Presença das Formigas.



ESPAÇO CRIANÇA
O Andanças cuida da curiosidade das crianças com uma programação particular ao longo do dia:

DANÇA: Ana Lage (Dança Minhotas), Grupo da Apelação (Danças Africanas, Samba e Italianas), Rita Bastos (Hip-Hop), Pacas (Street Dance), Rita Rato e Laura Boavida (Um balão também tem sensações), Inês Rego (Dançar com a Natureza e Movimentos do corpo e da alma), Umoi Souza (Capoeira), Mercedes Prieto (Zampadanças), Monica Sava (Danças do mundo).

TEATRO: Agora Teatro (Tamborilando), Triopulante (Sabemos Porque Lemos), Encerrado para obras (Palhaço Troca o Passo), Ana Cris - Raquel Cajão - Nuno Fernandes (Pausas Lendárias da Nossa Terra), O Titeretoscópio - Mini Teatro de Bonecos com Maíra Coelho e Patricia Preiss (O Encantador Encantado / A Equilibrista / Retirantes), Carla Ribeiro - Andreia Ribeiro - Damien Rigal (Teatro Waldorf de bonecos para crianças), Kelly Roberta de Souza Varella (Quixote: as peripécias de um cavaleiro doido), Manu (MANU – Ao Sabor do Vento), Mo de vida - Comercio justo (Teatro de Marioneta).

CONTADORES: Marisa João Tavares da Costa (O Silêncio da Noite), Isabel Silva (Histórias com Marionetas), Ana Manjua (Arte do Conto).

OUTRAS ACTIVIDADES MUSICAIS, PLÁSTICAS E EXPRESSIVAS
Carla Cristina Pita Fernandes (Chiiiuu! - Jogos musicais e sonoros para crianças), Fábio Alexandre Alves fernandes (Sinfonia dos 3 R's - construção de instrumentos musicais),
Sandra Carapau (Oficina de Teatro e Oficina de Construção de Instrumentos), Elsa Sofia Lima Ferreira (Expressão Dramatica), Joana Rita (Pimpidu – Expressão Plástica), Elisa Silveira (Origami, balões, instrumentos), Irene Martins (Macramé e Expressão Plástica), Raquel Oliveira (Música para Bebés), Rute Pinto (Historias para “ver” de olhos fechados: “A Cabra Azul”), Teatrus – Rolando Tavares (Malabarismo), Inês Duarte (Yoga) - e os Bailes para Crianças!



RANCHOS
Sempre presentes, os ranchos participam ao Festival, partilhando o seu conhecimento em Danças Portuguesas. Todos os dias, poderão aprender durante a oficina e bailar à noite.

Grupo de Danças e Cantares da Serra da Gravia (Beira Alta).
Grupo de Danças Raízes Latinas (Rio Gr. do Sul - Brasil).
Grupo Folclórico das Lavradeiras de Meadela (Minho).
Rancho Folclórico S. Tiago de Silvalde - adulto e infantil (Douro Litoral-Sul).
Grupo Folclórico de Portomar - Mira (Beira Litoral).
Rancho Folclórico Os Camponeses de Riachos (Ribatejo).
Rancho da União Cultural e Folclórica da Bobadela (Estremadura).
Grupo Folclórico KUD "IVAN GORAN KOVACIC" (Croácia).
Orquestra Típica e Rancho da S.F.A.A.Coimbra (Beira Litoral).



ANDAMENTOS
Sendo o Festival feito pelos participantes, neste momento o Andanças é o que é devido aos milhares que se reencontram em Carvalhais em cada Agosto. Contudo, estamos cientes de que quando se ganha em variedade e diversidade, algo se perde em proximidade. Os Andamentos vieram em parte repôr essa experiência de contacto mais íntimo com a Natureza e as gentes locais. Dada a experiência positiva das edições passadas, regressam este ano para dar a conhecer três aldeias serranas. Cada Andamento possui um formato semelhante ao Andanças, embora dimensionado à escala e integrando programação local, o que permite participar em diversas actividades e ao mesmo tempo conviver e saborear vivências do Maciço da Gralheira.



ECO-ANDANÇAS NOVIDADES 2009
Quem não sai do Andanças pode usufruir de um momento de mais calma e frescura a seguir ao almoço, debatendo calmamente diferentes perspectivas nas eco-conversas. Este ano, claro, todas dedicadas ao Silêncio: na música ou na poesia, na pessoa ou entre as pessoas. Aguentaremos uma conversa em silêncio? Se não conseguirem, demorem-se antes na relva, convivendo. O importante em todos os casos será viver o momento, é isso estar no Andanças. E não se preocupem se a bateria do telemóvel acabou: peguem numa caneta e escrevam uma carta para casa. Ou enviem um postal para deixar os que lá ficaram invejosos com as paisagens maravilhosas da Região. Este ano será possível comprar selos e enviar cartas dentro da própria aldeia Andanças: parem para escrever o que vos vai na alma!

E se deixarem de encontrar préstimo para o telemóvel, temos um ponto de recolha selectiva para aparelhos eléctricos. Este ponto junta-se a um outro de recolha de rolhas, com o qual o Andanças se soma aos que procuram preservar os montados deste país. Porque o Andanças gosta de promover boas ideias. Como a produção caseira de detergentes amigos do ambiente: continua a ser tão difícil encontrar produtos em que confiemos, que o melhor mesmo é por as mãos à obra. Este ano venha experimentar produzir detergente para a linha de lavagem Andanças! Ou então envolva-se com o tema dos fornos solares e cozinhe o seu próprio almoço com a ajuda do rei-Sol. No Andanças, o tempo dança todo por sua conta».

Mais informações, aqui.

10 julho, 2009

Trebilhadouro - Uma Aldeia em Festival


É já a sétima edição de um festival que põe uma aldeia no mapa dos eventos mais interessantes do Verão em Portugal: o Festival internacional de Artes e Culturas (Trebilhadouro/Sandiães/Rôge/Vale de Cambra). Com música, teatro, circo, exposições e workshops, de 31 de Julho a 2 de Agosto. O programa completo:

«Está de novo aí para apaixonar quem ainda não o conhece e superar expectativas daqueles que já não passam sem ele.
Trata-se do Trebilhadouro, o Festival Internacional de Artes e Culturas que decorre nos dias 31 de Julho, 1 e 2 de Agosto de 2009.
A grande novidade é a internacionalização e a preservação da Aldeia, finalmente assegurada pela Autarquia.


A Câmara Municipal de Vale de Cambra e a RASGO – Cooperativa de Teatro CRL organizam a sexta edição do Trebilhadouro – Festival Internacional de Artes e Culturas.
Na aldeia que o baptizou, em Sandiães – Rôge, as janelas abrem-se ao Mundo como dois braços estendidos que durante três dias enchem o “silêncio” de Trebilhadouro com o “barulhinho” das palavras e a presença dos forasteiros para conviverem de perto com a Música internacional, a Gastronomia, o Teatro, as Oficinas de Expressão Dramática e Artes Circenses, Workshops de Instrumentos Musicais, a Literatura, os Contos Tradicionais, Danças Europeias e Africanas, e muito mais, na habitual troca de ideias, de saberes e momentos de convívio.

Com o objectivo geral de dinamizar a vida cultural do Município de Vale de Cambra, o Trebilhadouro pretende ser também um espaço para a apresentação de espectáculos internacionais e tradicionais; dinamizar parcerias culturais, nomeadamente com associações locais; fomentar o encontro de culturas tradicionais a nível nacional e internacional; divulgar novos autores e criadores; promover actividades relacionadas com as tradições; formar audiências para as artes tradicionais; proporcionar uma reflexão sobre multiculturalidade e preservar o património arquitectónico original.

É precisamente a sua preservação que está assegurada pela Câmara Municipal de Vale de Cambra que já viu aprovada a candidatura ao Programa Operacional da Região Norte e que permitirá financiar a 70% dos 478.599,00 a que ascende o investimento para requalificação e reabilitação, mantendo as características e a originalidade únicas de Trebilhadouro.


Requalificar a Aldeia: Uma missão a cumprir

Desabitada há cerca de 15 anos e celebrizada pelo Festival que sempre apelou à sua preservação, a aldeia não vai ser esquecida e mostrará a quem a visitar um pouco da sua História.
O projecto de requalificação da Aldeia do Trebilhadouro visa o aproveitamento das potencialidades turísticas e a valorização do espaço público com arquitectura tradicional do fim do século XIV.
O projecto de recuperação visa ainda, a sensibilização da população para a defesa e valorização do património local e para uma utilização consciente, de modo a que se possa apostar na promoção do turismo tradicional.
Os objectivos desta intervenção, que decorre no terreno e que poderá ser conhecida durante os dias do evento, passam pela revitalização do espaço público, qualificação dos arruamentos, aplicação de mobiliário urbano, iluminação pública, dinamização de zonas de estadia e recuperação de elementos dominantes e marcantes do lugar.
Intervir e preservar o Trebilhaoduro inclui, também, a valorização do seu carácter próprio garantindo a unidade de cada espaço como um todo; a implementação das redes de infraestruturas básicas e, posteriormente, a reabilitação urbana do conjunto edificado.


PROGRAMA
Sexta - 31 de Julho de 2009
18h30 - Abertura do Festival
22h30 - "Irmãos Esferovite" - Nuvem voadora - Circo /Portugal
23h30 - Tinto e Jeropiga (na foto, de Hugo Lima) - Baile Trad/ Portugal
Hora do Tardo - Mestre Galissá /Guiné Bissau


Sábado - 1 de Agosto de 2009
10h30 - Yoga
16h30 - Oficinas de Artes Circenses - Pedro Correia
18h30 - Oficina de danças afro - contemporâneas - José Silva "Boris"/Cabo Verde
22h30 - "A História é uma Estória"- TEP - Teatro/Pias
23h30 - André Cabaço Trio – Jazz, Música Tradicional / Moçambique Hora do tardo – MoscaTosca – Música Europeia / Portugal


Domingo - 2 de Agosto de 2009
10h30 – Caminhada ao rio
14h30 – “Contos tradicionais e oralidade” - Curral do livro – Mussá Ibrahimo/Moçambique e Celso Fdz. Sanmartín… /Galiza
16h30 – O Galo Quirico e os seus Amigos – Viravolta Títeres - Teatro / Galiza
18h30 – Oficina de danças afro-contemporâneas – José Silva “Boris” / Cabo Verde
20h30 – Danças d’Unha - Terras de Arões / Portugal
Hora do tardo – Linho do Cuco / Galiza».

Mais informações, aqui.

09 julho, 2009

L Burro i l Gueiteiro - Por Esses Vales Dentro!


O som dos cascos dos burros e das gaitas-de-foles (e outros instrumentos folgazões) vai voltar a ouvir-se pelos montes e vales de Terras de Miranda e Vimioso. Com concertos - La Musgaña, Velha Gaiteira, Galandum Galundaina, Elisio Parra, Uxu Kalhus, Curinga, German Diaz, Dazkarieh, Roncos do Diabo e Tocándar -, sessões de DJ, workshops, muitos quilómetros de passeio e algumas outras coisas, é a sétima edição do originalíssimo festival L Burro i l Gueiteiro, na última semana de Julho.


O programa completo:


«Entre os dias 25 e 30 de Julho, realiza-se a VII Edição do Festival Itinerante da Música Tradicional “L BURRO I L GUEITEIRO”, pelas aldeias dos concelhos de Vimioso e Miranda do Douro, Nordeste Transmontano

A AEPGA (Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, www.aepga.pt) e a GGAC (Galandum Galundaina Associação Cultural, www.galandum.co.pt) pretendem com mais uma edição do Festival Itinerante da Cultura Tradicional “L Burro I L Gueiteiro” potenciar a música e os arraiais tradicionais, as danças mirandesas, a gastronomia local, a fauna, a flora e o quotidiano de quem resiste por Terras de Miranda e outras formas de culturas que se exprimem através do uso de antigos instrumentos e se conservam através da transmissão oral de geração em geração e que com o passar do tempo tendem a correr o risco de desaparecer com os últimos depositários desta antiga sabedoria popular. Desta forma, deparamo-nos aqui com mais um ano para reviver um encontro com a natureza através de um evento que tem vindo a proporcionar aos participantes a descoberta da cultura popular das Terras de Miranda, uma região que apresenta um património natural e histórico-cultural riquíssimo que procuramos preservar, promover e divulgar através deste tipo de eventos.



Durante seis dias de actividades, iremos caminhar na companhia do Burro de Miranda por antigos caminhos, contemplando as belas paisagens transmontanas que nos irão conduzir ao encontro das aldeias das Terras de Miranda, do convívio com a população local e da entusiasta diversão concedida pela partilha dos antigos arraias possibilitando a aprendizagem de danças locais, conhecimentos e culturas tradicionais com o convívio entre visitantes e as gentes da terra. Numa região que tem sofrido nas últimas décadas uma intensa desertificação humana e com ela uma erradicação cultural onde, conjuntamente, se vão perdendo as próprias tradições e a perda da sua identidade cultural, procura-se com a realização deste evento contribuir para a afirmação da identidade cultural local e divulgar novos usos associados ao Burro como os fins turísticos, educativos e terapêuticos. Simultaneamente, pretende-se reavivar a memória do Burro como um meio de transporte, usado outrora para apoio nas deslocações das populações locais, conciliando com um antigo facto histórico em que os antigos gaiteiros faziam-se transportar para as romarias montados no seu dorso.





1. De 25 a 30 de Julho: VII Edição do Festival Itinerante da Cultura Tradicional “L Burro I L Gueiteiro”, concelhos de Vimioso e Miranda do Douro, Nordeste Transmontano

2. PLANO DE ACTIVIDADES 2009



1. De 25 a 20 de Julho: Festival Itinerante de Música Tradicional “L BURRO I L GUEITEIRO”, Vimioso, Vila Chã da Ribeira, Uva, Atenor, Fonte de Aldeia; concelhos de Vimioso e Miranda do Douro, Nordeste Transmontano



PROGRAMA



Sábado, 25 de Julho de 2009

Casa da Cultura, vila de Vimioso



Das 20h00 às 21h30: Inscrições/recepção dos participantes

Apresentação do programa



22h00: Abertura da VII Edição “L Burro I L Gueiteiro” com

CIRCOLANDO (www.circolando.com)





Domingo, 26 de Julho de 2009

Aldeias de Vila Chã da Ribeira e Uva



10h00: Oficinas diversas



- De Instrumentos regionais (Gaita-de-foles, Caixa, Bombo, Flauta Pastoril, Pandeiro). Em tom de conversa, porque são muitas as histórias que os músicos têm a contar destes instrumentos, experimente e sinta a sonoridade destes peculiares instrumentos;



- De Cantares Tradicionais. Descubra os cantares que, durante séculos, animaram trabalhos e serões, bem como os bailes do terreiro da aldeia, e deixe-se levar pelos costumes doutros tempos;



- De Danças Mistas. Até há pouco tempo todas as ocasiões eram aproveitadas pela mocidade para armar o baile ao som da gaita-de-fole acompanhada pela caixa e bombo. Venha aprender algumas das danças mistas tradicionais mirandesas, como o Pingacho e Senhor Galandum (bailados paralelos) ou o Repasseado (bailado paralelo em grupos de quatro com entrelaçados);



- De fala mirandesa. “Em terras de Miranda, sê mirandês”, saiba como pedir e dar informações, fazer perguntas, responder a algumas questões, estabelecer pequenos diálogos e a saudar uma pessoa mantendo assim a antiga tradição, de passagem do conhecimento de pais para filhos, de amigos para amigos;



- Interpretação da Paisagem. Deambulando entre antigos moinhos e pequenos açudes, que ainda hoje armazenam a água que rega as hortas da aldeia, durante o Verão, vamos descobrir a fauna e flora que ainda povoa as margens e o leito da sinuosa ribeira de Angueira;



Oficinas infantis:



- À descoberta dos animais da aldeia (alimentação, maneio e cuidados diários)

- Burroteca

- Manualidades, jogos tradicionais, …

- Construção de instrumentos e brinquedos antigos



13h30: Almoço



14h30: “A sesta do burriqueiro…”, num lameiro perto de si



16h00: Início do Passeio de Burro ao som da gaita-de-foles entre as aldeias de Vila Chã da Ribeira e Uva



20h30: Jantar



22h30: DJ-SET “La Charanga de Zeek e Trasgo”





Segunda-feira, 27 de Julho de 2009

Aldeia de Uva



10h30: Ronda dos Mandiletes (Burro-Paper)



- Pela aldeia de Uva, na companhia de um burrico de Miranda, vamos descobrir, cheiros e sabores, saberes antigos, as artes e ofícios de outrora, o que nasce nas hortas, os palheiros e as amplas curraladas, os ditos e as lendas e as histórias que se iam ouvindo ao longo dos tempos …



13h30: Almoço



14h30: “A sesta do burriqueiro…”, num lameiro perto de si



16h00: “Quem não experimentou já olhar como quem fotografa?”



Expedição Fotográfica “De Olho nos Pombais Tradicionais do Nordeste Transmontano”, orientada por João Pedro Marnoto (www.jpmarnoto.com) em parceria com PALOMBAR (www.palombar.org).



Nota: é necessário trazer máquina fotográfica digital e os respectivos cabos de ligação ao computador. Será útil para, posteriormente, podermos partilhar os trabalhos fotográficos obtidos.



17h30: Merenda transmontana “A cultura, a história e tradições descobrem-se à mesa”



20h30: Jantar



21h30: Observação do céu: estrelas, constelações, os planetas, a lua e quem sabe alguns cometas (introdução de técnicas de observação do céu a olho nu e por instrumentos)



23h00: Arraial Tradicional com RONCOS DO DIABO (www.myspace.com/roncosdodiabo), TOCÁNDAR (www.myspace.com/tocandar) e VELHA GAITEIRA (www.myspace.com/velhagaiteira)





Terça- feira, 28 de Julho de 2009

Aldeias de Uva e Atenor



10h00: Continuação do Passeio de Burro ao som da gaita-de-foles entre as aldeias de Uva e Atenor



13h30: Almoço



14h30: “A sesta do burriqueiro…”, num lameiro perto de si



16h00: Jogos Tradicionais pela Associação de Jogos Tradicionais da Guarda (AJTG)



16h00: Gincana de Burros



18H30: Concerto de jazz, no lameiro, com SOFIA RIBEIRO (www.myspace.com/sofiaribeiro)



20h30: Jantar



22h00: Concertos:



CURINGA

GERMAN DIAZ (www.germandiaz.net/)

DAZKARIEH (www.dazkarieh.com/)





Quarta-feira, 29 de Julho de 2009

Atenor – Fonte de Aldeia



11h00: Continuação do Passeio de Burro entre a aldeia de Atenor e Fonte de Aldeia



13h30: Almoço



14h30: “A sesta do burriqueiro…”, num lameiro perto de si



16h00: Animação pelas ruas da aldeia de Fonte de Aldeia com os ANDA CAMINO (http://andacamino.blogspot.com/), GRUPO DE TEATRO DE PALAÇOULO (http://leriasassociacao.blogspot.com/), RONCOS DO DIABO (www.myspace.com/roncosdodiabo)



20h00: Jantar



22h00: Concertos:



UXUKALHUS (www.myspace.com/uxukalhus)

ELISEO PARRA (www.mirmidon.es/Artistas/Eliseo%20Parra%20esp%2001.htm)





Quinta-feira, 30 de Julho de 2009

Fonte de Aldeia



14h00: Oficinas diversas integradas na FIMI – FEIRA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS IBÉRICOS (www.fim.pt.vu):



14h00: Oficina de Canto e Pandeireta com Cármen Garcia



15h00: Construção de Flautas de Cana com Fernando Sancho



15h00: Danças tradicionais com Susana Ruano



16h00: Conversa com LUÍS DELGADO



17h00: Cinema – projecção de vídeos



19h00: ROMANCES IBÉRICOS PACO DIEZ E JORGE LIRA (www.aulamuseopacodiez.net/programacion/II/jorge_lira.htm)



20h30: Jantar



22h30: Concertos:



GALANDUM GALUNDAINA (www.galandum.co.pt/)

LA MUSGAÑA (na foto, de Mónica Ochoa; www.lamusgana.net)


Nota: O programa poderá ainda ser alterado».

Mais informações, aqui.

08 julho, 2009

Uma Casa Portuguesa - Reabre Hoje, No Porto, a Unir Brasil e Portugal


Depois do frio nórdico - mas com alguns espectáculos maravilhosos e bastante quentes - do ano passado, o festival Uma Casa Portuguesa, da Casa da Música, Porto, recebe a partir de hoje, dia 8, a sua edição dedicada ao Brasil, em que actuam nomes como Renata Rosa, Hamilton de Holanda ou Siba e A Fuloresta. Mas, esta noite, o palco está por conta de dois grupos portugueses: as regressadas às lides, e ainda bem!, Segue-me à Capela (na foto) e os alentejanos Adiafa. Outros nomes incluídos no programa são: Galandum Galundaina, Pauliteiros de Miranda, Mário Laginha e Bernardo Sassetti (numa homenagem a Amália Rodrigues), Ricardo Parreira, Helder Moutinho, Cristina Branco, António Zambujo e Amélia Muge. O programa completo:


«No Ano Brasil na Casa da Música, a 3ª edição do festival Uma Casa Portuguesa, entre 8 de Julho e 2 de Agosto, cruza a música popular e tradicional do nosso país com algumas revelações da música brasileira. É o caso de Renata Rosa e de Siba e a Fuloresta que nos trazem os ritmos e os cantares do folclore nordestino. Também do Brasil vem o quinteto do bandolinista Hamilton de Holanda.

De Trás-os-Montes ao Alentejo, vários sons populares dominam os quatro primeiros dias do Festival: segue-me à Capela, Adiafa, Pauliteiros de Miranda e Galandum Galundaina.

Uma Casa Portuguesa apresenta ainda Amélia Muge, num registo retrospectivo da sua carreira.

Entre 23 e 26 de Julho, o festival ganha novas sonoridades, sendo dedicado ao fado. Num concerto a dois pianos, Mário Laginha e Bernardo Sassetti homenageiam Amália Rodrigues no décimo aniversário da sua morte. Ricardo Parreira, Hélder Moutinho e Cristina Branco integram também este programa de Uma Casa Portuguesa, onde se destaca António Zambujo, uma das mais recentes revelações do fado. A Banda Sinfónica Portuguesa está presente num concerto ao Meio-Dia dedicado aos compositores nacionais. O festival encerra com um encontro que reúne nove bandas filarmónicas da região, celebrando a importância destes agrupamentos.





Quarta, 08 de Julho

Segue-me à Capela

Adiafa

22h00| Sala 2 | €10

Sete vozes femininas cantam, à capela, clássicos da música tradicional portuguesa. Segue-me à Capela distingue-se pelos arranjos concebidos em torno da voz, com utilização esporádica de instrumentos de percussão como o adufe, a pandeireta, as pinhas ou as castanholas. O repertório, escolhido a partir de recolhas feitas por Michel Giacometti, Alberto Sardinha e G.E.F.A.C. (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra), reparte-se pelas canções de trabalho, de amor ou religiosas.



As Meninas da Ribeira do Sado foi o tema que tirou os Adiafa da Vidigueira e os deu a conhecer ao mundo. Sete anos depois, o grupo de cante alentejano está de volta aos grandes palcos com a sua viola campaniça, adufes e outros instrumentos tradicionais.





Quinta, 09 de Julho

Pauliteiros de Miranda

Hamilton de Holanda Quinteto

22h00| Praça | €15

Com espectáculos por todo o mundo e vários prémios na bagagem, Hamilton de Holanda é uma das figuras de proa da chamada música instrumental brasileira, sendo considerado um dos melhores músicos do mundo por figuras de renome da música brasileira como Hermeto Pascoal, Maria Bethânia ou Djavan. O jovem bandolinista vem ao Porto com o seu premiado quinteto apresentar música do último registo da banda, Brasilianos 2.



Constituído, na sua maioria, por elementos naturais de Terras de Miranda e ex-dançadores de outras formações do género, o grupo Pauliteiros de Miranda recuperou a experiência, o entusiasmo, a cultura, a magia da gaita de foles Mirandesa, o ritmo natural dos paulitos e o exotismo dos laços com que dança a vida de um povo.





Sexta, 11 de Julho

Amélia Muge

Siba e a Fuloresta Música de Pernambuco

22h00| Praça | €10

Com cinco álbuns editados, Amélia Muge apresenta uma abordagem inédita do seu repertório, recuperando 15 dos mais de 200 temas que criou, e oferece dois inéditos ao público da Casa da Música. O reconhecimento surgiu em 1999, quando começou a ser convidada a compor para outros intérpretes. Desde então, escreveu para Mísia, Mafalda Arnauth, Ana Moura, Cristina Branco, Hélder Moutinho, entre outros. Em 1 Autora, 202 Canções, Amélia Muge recupera para a sua voz alguns desses temas, já cantados e registados por outros.



Natural do Recife, Siba cresceu entre a cidade e o interior, dois mundos que o levaram a trabalhar os fundamentos da poesia ritmada, tornando-se num dos principais mestres da nova geração do maracatu e dos cirandeiros. Toda vez que eu dou um passo/ O mundo sai do lugar é um disco dançante e bem humorado. As percussões e os metais estão no centro das atenções da sonoridade deste registo onde o cheiro a Carnaval paira no ar.





Sábado, 12 de Julho

Banda Sinfónica Portuguesa

12h00| Sala Suggia

Criada no final de 2004, no Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa é composta por perto de 60 instrumentistas de sopro e percussão, violinos e contrabaixos, com uma média de idades de 24 anos. A 1 de Janeiro de 2005, a Banda estreou-se no grande auditório do Teatro Rivoli do Porto, onde gravou o seu primeiro CD, com o apoio da Culturporto. Dois anos depois, o grupo foi convidado pela Fundação Casa da Música a apresentar-se na Sala Suggia, onde tem vindo a interpretar um conjunto de obras originais de compositores de renome mundial, em estreia nacional.





Sábado, 12 de Julho

Galandum Galundaina

Renata Rosa

22h00| Praça | €10

Procurando recolher, investigar e divulgar o património musical, as danças e língua das Terras de Miranda, nasceram, em 1996, os Galandum Galundaina. O grupo tem feito a ligação entre a antiga geração de músicos e os mais jovens, assegurando a continuidade da tradição musical desta terra. Os elementos do grupo nasceram e cresceram nas Terras de Miranda onde adquiriram conhecimento directo da música que interpretam através do ambiente familiar e do convívio com os velhos gaiteiros.



Representante da nova geração de músicos de Pernambuco, Renata Rosa, cantora-compositora-actriz, tem vindo a desenvolver o seu trabalho com músicos do interior e da capital do Estado. O álbum de estreia, Zunido da Mata (2003), valeu a Renata Rosa o prémio Choc de L’Année (Melhor Disco do Ano), concebido pela revista mensal Le Monde de la Musique, em 2004. Para além do Nordeste brasileiro, a cantora é influenciada pela música indiana, árabe, ibérica, cigana e indígena.





Quinta, 23 de Julho

Ricardo Parreira

António Zambujo

22h00| Sala Suggia | €10

“O que se ouve em Zambujo é algo que vai mais fundo. É um jovem cantor de fado que, intensificando mais a tradição do que muitos de seus contemporâneos, faz pensar em João Gilberto e em tudo que veio à música brasileira por causa dele”, escreve Caetano Veloso no seu blog Obra em Progress, sobre o fado de António Zambujo. O reconhecimento acontece também na Europa. Outro Sentido, o seu terceiro álbum, ocupa o terceiro lugar de vendas da Fnac Paris e é considerado um dos 10 melhores de 2008 pelo jornal Libération. Na Grã-Bretanha, foi distinguido como um dos melhores na world music no «Top of The World Album», da revista SongLines.



Depois da homenagem ao mestre da viola Fernando Alvim, Ricardo Parreira regressa à Casa da Música com um espectáculo especial que se divide em duas partes: uma homenagem ao disco Com que Voz, de Amália Rodrigues, e a interpretação de temas da música popular portuguesa. Com apenas 21 anos, o guitarrista português tem vindo a conquistar a admiração de todos com quem tem partilhado o palco e a sua mestria interpretativa.







Sábado, 25 de Julho

Trago Fado nos Sentidos

Mário Laginha e Bernardo Sassetti

22h00| Sala Suggia | €15

No regresso à Casa da Música, Mário Laginha e Bernardo Sassetti prestam homenagem a Amália Rodrigues. No 10.º aniversário da morte da fadista, a Casa da Música encomendou à dupla de pianistas um espectáculo que se antevê especial. Os músicos trabalharam a partir de algumas canções celebrizadas por Amália, nomeadamente as que marcaram a história da música portuguesa. Vão ainda celebrar o lado genuinamente português que caracteriza a voz de Amália, apresentando duas peças originais, uma da autoria de Mário Laginha, a outra de Bernardo Sassetti.





Domingo, 26 de Julho

Cristina Branco

Hélder Moutinho

22h00| Praça| €10

O tempo foi o tema escolhido por Cristina Branco para o seu novo álbum, Kronos, que é apresentado na Casa da Música. Em 12 anos de carreira, Cristina Branco, uma das mais sedutoras vozes nacionais, editou 10 álbuns e multiplicou-se em digressões pelo mundo. Já apresentado em França, Bélgica, Holanda, Áustria, Alemanha e Suíça, Kronos é um álbum constituído por canções inéditas da autoria de diferentes criadores. É o décimo disco de uma longa carreira iniciada em Amesterdão, que sucede a dois trabalhos de homenagem a duas das maiores influências de Cristina Branco: Live, dedicado a Amália Rodrigues; e Abril, com versões de canções de José Afonso.



Dez anos passados sobre a edição do seu álbum de estreia, Sete Fados e Alguns Cantos, e seis do premiado Luz de Lisboa (Prémio Amália Rodrigues 2005), Hélder Moutinho regressa aos originais com Que Fado É Este Que Trago, que apresenta na Casa da Música. Uma viagem imaginária ao mundo do fado, que conta com a assinatura do fadista na maioria das letras das canções e ainda na composição da música para um poema de David Mourão Ferreira.







Sábado/Domingo, 1 e 2 de Agosto

Encontro de Bandas Filarmónicas

18h00| Praça| Entrada livre

As bandas filarmónicas são um excelente espaço comunitário de sociabilização, ensino e produção musical nos cerca de 800 agrupamentos que existem espalhados pelo país. O movimento filarmónico português, cujas raízes provêm principalmente da zona litoral e urbana, encontra-se actualmente mais difundido nas regiões rurais e especialmente a norte do país, de onde são as bandas presentes neste encontro. Com um inestimável valor cultural e social, as bandas apresentaram-se durante muitas décadas como o único instrumento de divulgação e aprendizagem da música em Portugal fora dos centros urbanos e acessível a todas as classes sociais.

Desde Janeiro de 2007, a Casa da Música inclui na sua programação um concerto mensal dedicado às bandas de música, dando a conhecer algum repertório original de compositores internacionais e nacionais que dedicam obras a esta formação».

Mais informações, aqui.

07 julho, 2009

Ponte da Barca Recebe Berrogüetto, Cobblestones, Xarnege, Mu e Toques do Caramulo


O Festival Folk Celta regressa no final deste mês a Ponte da Barca, com os Berrogüetto, Xarnege, Cobblestones (na foto), Mu e Toques do Caramulo a arribarem ao cais. O comunicado oficial:

«24, 25 e 26 de Julho de 2009
Sexta, Sábado e Domingo

Ponte da Barca acolhe mais uma vez o Festival Folk Celta que trará até este Concelho do Alto Minho nomes do que mais representativo se faz nesta área da música. O evento decorrerá em dois dos mais emblemáticos locais deste município: em Lindoso junto às Portas do Parque Nacional da Peneda Gerês e no Choupal em Ponte da Barca junto às margens do Lima. O programa será completado com animações de rua nas Portas do Parque e em Ponte da Barca com diversas outras actividades que complementarão o programa que proporcionará assim ao público a oportunidade de conviver e desfrutar do cruzamento de sonoridades musicais folk e celtas.
Locais: Choupal – Ponte da Barca e Portas do Parque Nacional da Peneda Gerês – Lindoso

Entrada Livre

24 de Julho

MU
(Portugal)
Os MU iniciaram o seu percurso musical em 2003, em busca de fusão e experimentação no seio da música tradicional, muitos foram e são os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. A reunião de instrumentos oriundos de lugares tão diversos como a Índia, o Brasil, Marrocos, Suécia e outros permitiu à banda descobrir uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los até à actualidade. Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados os MU criam ao vivo um ambiente de alegria contagiante com um único objectivo: fazer o Mundo dançar!
www.myspace.com/muuuuuu

XARNEGE
(País Basco, Espanha)
Xarnege ou Sharnègo, é uma palavra proveniente da Gasconha e com a qual se denominam os povos fronteiriços entre Heuskal Herria e a Gasconha e que se expressam tanto em euskara como em gascão. Com uma carreira reconhecida internacionalmente, a música dos XARNEGE é difícil de se catalogar, rica em timbres tradicionais e arcaicos as suas canções apelam à dança e ao canto como faziam os nossos antepassados. A audiência responde com entusiasmo a essa intensa relação musical, que se produz entre os músicos bascos e gascões. A proposta de Xarnege em concerto é uma redescoberta musical das raízes comuns a ambos os povos. Do reportório, de aproximadamente uma hora e meia, constam temas tradicionais harmonizados e interpretados á maneira basca e gasconesa.
www.myspace.com/xarnege

25 de Julho

MAUVAIS SORT
(Canadá)
Os canadianos Mauvais Sort, com mais de 450 concertos em dez países, apresentam em Ponte da Barca o seu mais recente álbum que é uma verdadeira fusão contagiante dos ritmos folk e pop-rock tornando-se um ponto de encontro de referências sonoras e de estilos musicais. Diz-se mesmo que são fundadores de um novo género: o Folk’n’Roll!!! Os Mauvais Sort aliam o talento ao entusiasmo e o seu amor à música mais tradicional para produzir um espectáculo contagiante que seduz o público fazendo-o vibrar e divertir-se em cada uma das canções.
www.mauvaissort.com

BERROGÜETTO
(Galiza, Espanha)
Num curto espaço de tempo, sem abandonar a sua identidade inicial, os Berrogüeto tornaram-se numa das bandas de world music mais importantes do Mundo. Os Berrogüeto são, hoje, uma das marcas da cultura galega galegas que mais se distinguem no Mercado internacional, conservando por um lado a paixão pela tradição musical galega e por outro pela contemporaneidade, procurando sempre preservar a sua marca identitária, num mercado global em que perigam as diferenças culturais. Contra essa tendência a banda continua a oferecer música galega feita na Galiza mas cujo raio de acção transcende as suas fronteiras. Hoje a sua música com a sua marca de sempre – diversidade e homogeneidade – tem lugar em qualquer palco ou cenário no Mundo. São já quatro os trabalhos discográficos editados desde 1996 altura em que editaram o seu primeiro álbum: Navicularia internacionalmente distinguido; a este seguiram-se mais três trabalhos todos eles distinguidos com prémios e distinções: Viaxe por Urticaria (1999), Hepta (2001) e 10.0 (2006). Há três anos em tournée, sempre com êxito, o espectáculo 10.0 continua as performances enérgicas tão caras a este agrupamento, transformando cada apresentação numa festa da música galega. www.myspace.com/berroguetto

26 de Julho

TOQUES DO CARAMULO
(Portugal)
Puro folk serrano!!! Os Toques do Caramulo, uma criação da Associação Cultural D’Orfeu, são unanimemente considerados como uma das revelações da música portuguesa na sua vertente mais tradicional. Cada concerto é uma fusão da sonoridade rude da tradição com as cores das novas música num espectáculo de energia musical e interacção com o público. Recriações dinâmicas, livres e muito festivas do repertório esquecido da Serra da Caramulo que este grupo tem levado um pouco a toda a Europa.
www.myspace.com/toquesdocaramulo

COBBLESTONES
(Alemanha)
A ideia de criar os Cobblestones surge depois de inúmeras jam-sessions em que se juntavam um grupo de amigos para explorar a sonoridade folk. Emergiu assim um dos mais dinâmicos projectos de revalorização e exploração da música irlandesa e dos sons folk da Alemanha, com o objectivo de devolver à ribalta a cena Folk. Após o seu início de percurso em bares, a banda rapidamente iniciou a sua participação em festivais onde se destacam pelas suas prestações festivas.
www.cobblestones.de».

Mais informações, aqui.

06 julho, 2009

Évora Clássica - Os Orientais Regressam ao Alentejo


O Festival Évora Clássica, promovido pela Casa do Cadaval, volta a encher Évora de música, cinema e tradições do Oriente. De amanhã, dia 7, e até 11 de Julho, com música que viaja da Índia para os Europa dos Balcãs, com passagem pelo Tibete e pela música klezmer dos judeus, sem fronteiras culturais, religiosas ou linguísticas. O programa completo e os artistas:

«CONCERTOS/CINEMA


Terça-feira dia 7 de Julho

Abertura do Festival

Gypsy night (Noite cigana)

22h - Palácio Cadaval – Jardim de Paço

Primeira Parte

Conjunto Jag Virag da aldeia de Nyirmihalydi

Região de Szabolcs-Szatmar-Bereg – Hungria

Segunda Parte

Conjunto Sentimento Gipsy Paganini

dirigido por Gyuszia Horvath - Hungria



Quarta-feira dia 8 de Julho

22h - Palácio Cadaval - Jardim do Paço

Bambu e cordas da Índia

Duo de mestres

Shashank, flauta «bansuri» e Pandit. Vishwa Mohan Bhatt, «mohan veena»
Parupalli Phalgun, «mridangam», Pandit. Ramkumar Mishra, «tabla»

- Karnataka and Rajasthan

Quinta-feira dia 9 de Julho

18h30 - Palácio Cadaval – Salão de Música

Ashar Khan Manghaniyar

Música popular do Rajastão e duplo clarinete «pungi» – Índia do Norte

22h - Palácio Cadaval - Jardim do Paço

Yom
Música «klezmer»

Yom, clarinete, Denis Cuniot, piano, Benoît Giffard, tuba, Alexandre Giffard, taban


Sexta-feira dia 10 de Julho

20h - Palácio Cadaval - Igreja dos Lóios

Lobsang Chonzor (na foto)

Cânticos do tecto do mundo – Tibete

22h - Palácio Cadaval - Jardim do Paço

Ciné-concerto criação «Les Orientales»

A Luz da Ásia (Prem Sanyas) - Filme mudo de Franz Osten - (Índe/Alemanha, 1925, 1h37mn, VOSTF) - Realização : Niranjan Pal, a aprtir do poema de Edwin Arnoldmusicado pelos músicos Manghaniyars do Rajastão, Gazi Kahn Barna and party



Sábado dia 11 de Julho

20h - Palácio Cadaval - Igreja dos Lóios

Wang Li

berimbaus da China e de algures e flautas de cabaça

22h - Palácio Cadaval - Jardim do Paço

Magic India

Mágicos e músicos do Rajastão com o grupo Divana

- Rajastão

CINEMA



CINE RAMA

A descoberta do cinema indiano

Palácio Cadaval – Salão de Música

De Quarta a Sabado

Quarta-feira dia 8 de Julho

16h00 - Palácio Cadaval

Mangal Pandey – The rising

Ballad of Mangal Pandey de Ketan Mehta –
Música : A.R Rahman, 2h30 – Índia - 2005

VO Legendado em português

Publico: Para todos


Quinta-feira dia 9 de Julho

16h00- Palácio Cadaval

Dashavatar

Cada Era tem um herói – Desenho animado realizado por Bhavik, 2h – Índia – 2008

VO Legendado em inglês

Publico: Crianças e adultos


Sexta-feira dia 10 de Julho

15h00- Palácio Cadaval

Lagaan

Era uma vez na Índia – Escrito e realizado por Ashutosh Gowariker, 3h40 – Índia - 2002

Música : A.R Rahman

VO Legendado em português

Publico: Para todos


Sábado dia 11 de Julho

15h00- Palácio Cadaval

India magica

Jodhaa Akbar d' Ashutosh Gowariker – com Hrithik Roshan e Aishwarya Rai, 3h33 - Índia – 2007
VO Legendado em inglês
Publico: Para todos

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Ashar Khan Manghaniyar:

Os instrumentos de sopro do Rajastão, «satârâ» e «muralî»
Os músicos Manghaniyars, contráriamente à casta dos «Langas» não utilizam, ou utilizam pouco, aerofones. Ashar Khan Manghaniyar faz assim figura de excepção no seio desta comunidade. Praticando a técnica do sopro contínuo (nàksãsì), ele é capaz de tocar a sua dupla flauta pastoral, «satârâ», e o duplo clarinete «muralî». O «satârâ», dupla flauta de bico e de madeira de origem pastoral possui dois tubos separados, um destinado ao bordão e o outro à melodia. A suavidade aérea que o «satârâ» emana contrasta com a rudeza das notas agudas e cortantes do «muralî».
O termo «muralî» aplica-se a diferentes aerofones na Índia, desde a flauta transversal até á flauta «vamsa» em bambu que encontramos nas mãos do deus Krishna.
Mas na tradição popular do Rajastão e do Paquistão, trata-se de um duplo clarinete enfeitado por um recipiente de madeira ou de cabaça vazia e seca e de dois tubos juntos, colados com cera.

Divana:

Actualmente habituados a calcorrear o mundo, a casta dos Manghanyars é, pela sua arte, a ligação entre o antigo refinamento poético e musical das cortes e do mundo tradicional, rural e nómada, onde ela vive actualmente.
Estas castas, que pisaram com os seus pés tanto as pedras do deserto como as lajes de mármore dos palácios dos seus antigos mestres Rajput, fascinam por esta capacidade de ter sabido conservar a extraordinária riqueza de uma herança medieval, quando estes senhores viviam ainda nas suas cidadelas suspensas no cimo de colinas escarpadas.
A rudeza das vozes que, como o oleiro e a sua argila, modelam subtis ornamentos é, à imagem desta característica das mais ricas tradições do nosso planeta – as dessas sociedades rurais e nómadas que possuem ainda um elevado refinamento poético, vestígio de um rico passado.
Nesse paraíso poético que é o antigo país dos rájás (Rajastão : palavra em sânscrito que significa "País dos Príncipes"), país antigamente composto de pequenos reinos e dinastias de guerreiros orgulhosos, a poesia é de uma alucinante beleza. Entre sagrado e profano, Islão precário e hinduismo, esta poesia conta e descreve os deuses e deusas, emanações do mundo sobrenatural, a ausência do amante, mas também a tristeza da jovem noiva longe da sua família, as boas e más colheitas, os sonhos de chuva que virá, os nascimentos e as mortes, os bandidos e salteadores do deserto.
Uma miríade de poesias, hoje ainda, em perfeita osmose com a kamanchiya (a sanfona dos Manghaniyars) ou o sarangui (a sanfona dos Langas eleva-se sinuosa e tórrida e os versos do poeta iluminam a nossa alma « como o firmamento de estrelas na noite ».


Jag Virag Ensemble:

Conjunto Jag Virag da aldeia de Nyírmihálydi – Região de Szabolcs-Szatmár-Bereg
“Ouve, minha bonita senhorinha,
Dança para mim com doçura e graça.
Dança para mim e canta para mim,
Para que os Ciganos fiquem apaixonados!
Se danças ou te divertes até de manhã,
Os Ciganos também vão alegrar-se.
Tu danças, tu danças,
Tu bates palmas,
Para que os Ciganos se apaixonem!”
Os Ciganos chamados «Oláh » ou «Valaques», correspondem aos últimos ciganos da Europa central a se sedentarizarem nos anos cinquenta e sessenta, no final das várias vagas de emigração da Rússia, da Ucrãnia e da Roménia. Os «Roms Valaques» eram aquilo que se pode considerar como autênticos cânticos «roms» : os «loki ģili'» e «khelimashi ģili'».
Tratava-se antigamente de cânticos despojados e profundos sem acompanhamento instrumental, apenas uma bilha a servir de percussão. Actualmente, este repertório impregando de influências russa, ucraniana, búlgara e bacânica, foi reabilitado, agora acompanhado pela guitarra.
É através destes magníficos cânticos épicos, nostálgicos, desesperados ou festivos que, longe dos restaurantes e dos cabarés, os Ciganos cantavam à lareira, nos acampamentos ou nas famílias da aldeia. O povo «rom» pôde assim, durante séculos, exprimir no quotidiano o lugar onde coabitam liberdade e constrangimento.


Lobsang Chonzor:

Cânticos do tecto do mundo
« Na idade em que eu era um peixinho, não fui apanhado. Como peixe grande, apesar das nassas, ninguém me domou. ... Agora, vagabundeio no oceano imenso».
Brug-pa Kun_legs, (Século XV), poeta místico tibetano
Para além das liturgias e danças rituais budistas, existem no Tibete vários estilos profanos simultaneamente clássicos e populares.
Os « Nangma », cânticos clássicos ouvidos pelos notáveis e pelos nobres da sociedade tibetana, estão sempre muito em voga nas comunidades no exílio.
Os « Teuché », do Tibete do Oeste, esses cânticos populares ligados à dança, evocam o amor, a grandiosidade da natureza, a beleza das paisagens e prestam também homenagem aos grandes mestres religiosos.
Tshering, bardo luminoso e alegre, canta acompanhando-se ao alaúde « danyen » , com a cítara « yangqin » ou toca flauta « limbu » . Aborda também o repertório da ópera tibetana nascida no Século XV que é chamada « lha mo », o que significa « rapariga, a fada ».


Sentimento Gipsy Paganini:

Conjunto Sentimento Gipsy Paganini dirigido por Gyuszia Horváth
“Canta-me Cigana, Canta-me a tua canção
até que as cordas se partam em mil direcções”
Extrato da opereta «A Condessa Marica» de Kalman Imre.
Designa-se pelo termo «romungro», os «Roms» da Hungria sedentarizados durante as primeiras migrações do Século XV. Foram eles que alimentaram em qualidade, músicos profissionais em Budapeste e nas cidades de província, desenvolvendo uma música dita cigana. Tornaram-se mestres do repertório tradicional húngaro, como o das «palotas», «csardas» ou «verbunkos», os estilos musicais mais correntes.
Os «Romungro», mais integrados que as outras comunidades «roms», reivindicam uma verdadeira educação e no domínio musical estudaram todos, depois da queda da monarquia, nos conservatórios mais prestigiados da Hungria. A sua grande cultura musical permite-lhes assim passar, à sua maneira, do grande repertório clássico (de Litsz a Bartók,) ao ainda muito em voga actualmente, das operetas, ao mesmo tempo que interpretam um grande repertório dito «cigano» que vai da Rússia à Hungria, incluindo todas as regiões balcânicas.
As «csardas» (de «tcharda», «albergue») nasceram no Século XIX e impõem-se enquanto músicas de dança de albergue, praticadas antigamente em casal. Em conformidade com um alinhamento clássico, a «csárdás» compreende uma introdução lenta «lassú», depois uma parte ritmada «friss» ou «friska». Existem também as «csardas» próprias para diferentes instrumentos tais como o clarinete, inventadas por Janos Bihari (1764 - 1827). As «csardas» são inspiradas da «palotas», outra dança nobre muito corrente no início do Século XIX. Esta última influenciará nomeadamente Liszt nas suas Rapsódias húngaras.
No final do Século XVIII e até ao início do XIX, o «verbunkos» (no plural «verbounkoche» de «werbung», «recrutamento» em alemão) representavam estas danças masculinas improvisadas destinadas a alistar os jovens aldeãos para lutar contra o poder do império austro-húngaro. Esta iniciativa tinha por única finalidade aliciar um máximo de jovens proscritos aturdindo-os com música e vinho. Assim, os hussardos dançavam o «verbunkós» de cidade em cidade acompanhados por um ou dois violinos, um címbalo, instrumentos de sopro tais como o clarinete ou a gaita de foles (gajda).
Os Ciganos criaram, a partir desta prática, um estilo musical de pleno direito. Por extensão, esta dança espalhou-se no seio da população em geral para se tornar numa espécie de dança nacional; aliás, no início do Século XVIII, era conhecida muito simplesmente por «magyar», ou seja, «húngara». Inúmeros compositores experimentarão mais tarde este estilo, por entre os quais o famoso compositor e músico cigano Janos Bihari (1764 - 1827) que, compondo oralmente, fazia transcrever por outros a sua música.
É todo este repertório de que o conjunto se inspirará durante este concerto por intermédio das composições que fazem a ligação entre uma tradição musical local e a música clássica através da sua fama europeia, dos «verbunkos», «csardasmagyarnota», «nóta» e «hallgato», essas melodias lentas à moda em meados do Século XIX até às obras de compositores como Janos Bihari, Pista Dankóo (858 - 1903), até Frank Liszt depois Zoltan Kodaly, Bela Bartok e Laszlo Lajtha.


Shashank:

Bambu e cordas da Índia
Este encontro entre dois grandes mestres da música «carnatique» e do hindostão representa um acontecimento único.
Neste magnífico confronto, as notas de agudos exacerbados da « mohan veena» parece zombar do timbre grave e meditativo da flauta «bansuri», oferecendo uma paleta acústica de uma grande riqueza.
A flauta de bambu é o instrumento de sopro que melhor exprime o encontro entre o divino e a natureza, sacralizando, de algum modo esta última, tal como na música sufi onde o «ney» (a cana) exprime a noção de sopro divino. A imagem do Senhor Khrishna encantando as jovens pastoras «gopis» com as suas melodias voluptuosas, enfatiza esta imagem harmoniosa de uma natureza que transporta os nossos sentidos para a contemplação.
É na Austrália, em Adelaide, que com a idade de onze anos, que Shashank dá o seu primeiro concerto. Parecendo-se ainda com um jovem estudante perdido no seu mundo da lua, de flauta debaixo de um braço e o seu computador portátil debaixo do outro, Shashank entra suavemente no mundo dos grandes músicos clássicos da Índia do Sul, lá, no lugar onde se constróem as lendas.
Para Pt Vishwa Mohan Bhatt: «a música é a linguagem de Deus criada para a humanidade. Para mim, a música é o meio para falar com Deus. Cada vez que toco, adoro com o meu espírito a deusa Saraawati, símbolo do conhecimento e da sabedoria».
Pt Vishwa Mohan Bhatt, outra lenda da música indiana, é originário de Jaipur e está aliás muito próximo de Gazi khan Barna e do conjunto Divana com quem ele realizará o albúm « Desert Slide ». É o criador do «Mohan Veena». Quatro cordas para tocar e doze cordas simpáticas fazem do «Mohan Veena» uma espécie de alaúde híbrido de sonoridades havaianas. «Mohan», sinónimo de graça, é também um dos nomes atribuídos a Khrishna, ao paço que o termo «veena» se refere, em sanscrito, a todos os instrumentos de cordas.


Wang Li:

berimbaus da China e de Algures e flautas de cabaça
Wang Li retira a inspiração das suas composições das experiências da sua vida. A sua música conta, com efeito, as suas recordações de infância, as suas reflexões sobre o mundo que o rodeia e as recordações emocionantes que guarda da sua família. As cantilenas da sua infância deixaram uma marca indelével nos seus ouvidos, na sua memória. Os seus ritmos simples, tais como os batimentos do coração, põem em ressonância o Wang Li do passado e aquele que ele é actualmente. O berimbau é um dos seus instrumentos predilectos. A sua complexidade dá a Wang Li uma grande liberdade de criação. A sua sensibilidade em relação à vida anima a interpretação das suas composições, nas quais ele utiliza a língua da sua região natal.


Yom:

Jovem virtuoso do clarinete « klezmer », músico prolífico e inspirado, Yom explora os territórios da música tradicional, do jazz contemporâneo e da música electro. Muito cedo influenciado pelo toque de Naftule Brandwein (pioneiro do clarinete « klezmer » nos anos 20 em Nova Iorque), Yom rapidamente exprimiu a sua visão contemporânea da música « klezmer », em primeiro lugar no seio do Orient Express Moving Schnorers e de Klezmer Nova, depois mais particularmente no seu Duo com o pianista Denis Cuniot.
É aliás com o cumplicidade deste último que ele apresenta hoje, em quarteto, esta homenagem àquele que se auto-proclamou 'King of Klezmer Clarinet'."
O criador intérprete pontua-o de tumultos e de sonhos dominados e executados em virtuosismo.
A música « klezmer » é a que os bufões judeus «ashkénazes» levavam de festa em festa, de "shtetl" (aldeia) em gueto, em toda a Europa de Leste desde a Idade Média até às perseguições nazis e estalinistas do século XX. Ela inspira-se não apenas nos cânticos profanos e nas danças populares como na "khazanut" (liturgia judia) e nos "nigunim", essas melodias simples pelas quais os "khasidim" tentavam aproximar-se de Deus numa espécie de êxtase comunitário.
Com o contacto (recíproco) de músicos eslavos, ciganos, gregos, turcos e – mais tarde – do jazz, o « klezmer » adquiriu uma diversidade e uma sonoridade, características que lhe valem hoje ser imediatamente reconhecido e apreciado no mundo inteiro.
Desde o século XVI, foram acrescentadas palavras ao repertúrio « klezmer » instrumental, graças ao "badkhn" (mestre de cerimónias nos casamentos), ao "purimshpil" (representação de Esther para a festa de Purim) depois ao teatro yiddish».

Mais informações, aqui.

02 julho, 2009

15º Aniversário da ZDB com Konono Nº1 e Guiné All Stars


Um dia antes de subirem ao Porto para o Festival Mestiço, os congoleses Konono Nº1 são os cabeças-de-cartaz da festa de 15º aniversário da ZDB, que se realiza este sábado no exterior do Museu de História Natural (ao Príncipe Real), em Lisboa. No programa estão também os Guiné All Stars - que incluem Kimi Djabaté (na foto), Maio Coopé e Braima Galissá, entre outros - e dois nomes do novo rock norte-americano: os Pocahaunted e Sun Araw. O comunicado completo:


«Sábado, 04 de Julho a partir das 19h00
15 Anos de Zé Dos Bois
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL AO AR LIVRE(R. Escola Politécnica 54 - Príncipe Real)

As portas abrem às 18h, Sun Araw arranca às 19h. A festa terá que terminar antes da meia-noite

KONONO Nº1 (CG)
GUINÉ ALL STARS (GN)
POCAHAUNTED (US)
SUN ARAW (US)



KONONO Nº1
Ponto mais alto da primeira noite de festejos do 15º aniversário da ZDB, a actuação dos Konono nº 1 marca a estreia deste projecto da República Democrática do Congo em Lisboa.

Fundado há vinte e cinco anos por Mawangu Mingiedi, Konono nº 1 destaca-se no universo da música tradicional electrificada africana pelo uso de três likembes electrónicos (deste lado do mediterrâneo chamamos-lhes pianos de polegar) e percussão diversa maioritariamente construídos e amplificados a partir de velhas peças de automóveis e outros apetrechos similares resgatados do ferro-velho e posteriormente modificados. Com este sistema de som – que não é menos que um milagre – e as vozes de Waku Menga e Pauline Mbuka os Konono nº1 reinventam a música tradicional da etnia Bazombo (território congolense situado na fronteira com Angola, de onde Mingiedi é original), ligando engenhosamente à corrente o irresistível hipnotismo polirítmico que a caracteriza.

Apesar de editarem deste 1978, apenas em 2005, com o precioso “Congotronics”, lançado pela Crammed Discs, chegaram ao grande público ocidental. Já demasiado tempo se perdeu. É essencial partilhar da força criativa que guia esta gente.

Formação
Mawangu Mingiedi likembé
Mbuta Makonda likembé
Mawangu Makuntima likembé
Waku Menga voz
Antoine Ndombele likembé baixo
Ndofusu Mbiyavanga percussão
Vincent Visi percussão
Pauline Nsiala Mbuka voz

+ Info: Site|Myspace|Vídeo|Vídeo|Artigo




GUINÉ ALL STARS
Guiné All Stars reúne pela primeira vez um conjunto de músicos guineenses que a ZDB tem apresentado com alguma regularidade ao longo dos últimos anos nos mais diversos contextos de inovação perante uma tradição cultural pré-moderna.

Guineenses lisboetas, representantes por direito próprio de uma das diásporas africanas musicalmente mais ricas, Kimi Djabaté, Maio Coopé, N’ Dará Sumano, Braima Galissá, Sadjo, Gelajo Sane e Renato trazem a magia gumbé e griot ao Museu Nacional de História Natural.

Formação
Kimi Djabaté voz, balafon e guitarra acústica
Maio Coopé voz, cabaça, m'bira e percussões)
N'Dara Sumano voz
Braima Galissá kora
Sadjo guitarra eléctrica
Gelajo Sane percussão
Renato baixo eléctrico

+ Info: Myspace Kimi Djabaté|Myspace Djumbai Jazz |Vídeo|Vídeo|Vídeo




POCAHAUNTED
Sediada em LA, a NOT NOT FUN Records representa, em conjunto com as editoras Siltbreeze, Ecstatic Peace e VHF, um dos mais estimulantes catálogos deste final de década. Em torno de Britt Brown - gestor do selo - gravita um núcleo de projectos domésticos, com destaque para Robedoor, Pocahaunted, Magic Lantern e Sun Araw. Só nos últimos três anos, a NNF - iniciais pelas quais é carinhosamente conhecida - reuniu discos imprescindíveis de artistas impolutos como Thurston moore, Christina Carter, Ducktails, Teeth Mountain, Wet Hair ou os "nossos" Loosers. Agora, pela primeira vez na Europa, Pocahaunted e Sun Araw, duas das mais importantes bandas da NNF, mostram-se ao vivo.

Renovando desde 2006 o referencial místico e holístico do imaginário nativo-americano, os Pocahaunted efabularam-se em disco (obrigatório ouvir “Island Diamonds”, “Peyote Road” e o mais recente “Passage” ) como projecto de drone maciço, com a intuição rítmica do dub e de um funk movido 16 rpm. Amanda Brown e Diva Dompe (também no baixo) entoam cânticos estáticos, acompanhadas pela guitarra de Britt Brown, o órgão de Cameron Stallones e a bateria de Mark Gengras. O quinteto eleva o registo melódico para um universo que desde há décadas estilhaça ovos cósmicos, dilatando consciências, enquanto a secção rítmica engancha o corpo, direcionando-o para um experiência ritual, atulhada de groove, fumo e abandono de meia-pálpebra.

Formação
Amanda Brown voz
Diva Dompe baixo e voz
Britt Brown guitarra
Cameron Stallones orgão
Mark Gengras bateria

+ Info: Site|Myspace|Editora|Vídeo|Vídeo|Vídeo|Entrevista|Artigo sobre NNF


SUN ARAW
Sun Araw, alias de Cameron Stallones (guitarrista dos Magic Lantern e colaborador pontual de Pocahaunted) faz-se acompanhar ao vivo por William Giacchi no órgão. Crème de la crème da Not Not Fun Records, Sun Araw depressa constituiu um corpo de trabalho fascinante e coeso.

Ouvindo a magistral "Horse Steppin" (de “Beach Head") conseguimos descobrir o manifesto: uma elegia ao kraut, ao rock amoniacal dos Spacemen 3 e uma essência tropical que de imediato põe em prática um universo melódico e rítmico de uma fresca música de Verão. É música de um onirismo febril - não menos pedrado - esta que encontramos nos arpejos de guitarra que gargarejam delay e no drone adocicado com que o orgão nos deixa encandeados. Às nossas praias chega agora o precioso búzio “Heavy Deeds” (LP, NNF)

Formação
Cameron Stallones voz e guitarra
William Giacchi orgão

+ Info: Site|Editora|Vídeo|Vídeo

Entrada : €10 em venda antecipada; €12 no dia do evento | Bilhetes disponíveis antecipadamente na loja de discos Flur, Louie Louie e ZDB (4ª a Sáb, entre as 15h e as 23h e noites de concerto até à 1h00)».

01 julho, 2009

Mestiço - O Porto Volta a Ser Multicultural


Começa já amanhã mais uma edição do festival Mestiço, que tem ocupado - e sempre muito bem! - a Casa da Música, Porto, nos últimos anos. Entre muitos artistas brasileiros, o tuga abrasileirado JP Simões, os fabulosos congoleses Konono Nº1 (na foto) e nomes emergentes do kuduro angolano, o Mestiço mostra este ano aquilo que se segue (com textos explicativos a seguir):

«Quinta | 2 Julho 2009
21:30, Sala Suggia

PASSAPORTE FESTIVAL MESTIÇO 2009
De 2 a 5 de Julho, a 4ª edição do Festival Mestiço percorre geografias e géneros bem diferentes, dando a ouvir alguns dos grandes fenómenos da world music da actualidade, incluindo as sempre inovadoras mestiçagens entre tradições ancestrais e tendências contemporâneas de géneros como o hip hop, a electrónica ou o rock. São quatro noites consecutivas que cruzam propostas bem variadas de artistas.

PASSAPORTE FESTIVAL MESTIÇO (4 CONCERTOS) | € 30

Nota: Na compra do Passaporte Festival Mestiço deverá escolher o lugar da Sala Suggia para o concerto Naná Vasconcelos e Virgina Rodrigues | JP Simões. Para os restantes concertos,os lugares ficarão automaticamente seleccionados, pois tratam-se lugares sem marcação


Programa:

Naná Vasconcelos e Virginia Rodrigues | JP Simões | Festival Mestiço | 02 Jul 09

Babylon Circus | Orquestra Imperial | Festival Mestiço | 03 Jul 09

Natiruts | Comunidade Nin Jitsu | Lei Di Dai | Festival Mestiço | 04 Jul 09

Konono Nº 1 | Bruno M | Batida | Festival Mestiço | 05 Jul 09»

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NANÁ VASCONCELOS | VIRGINA RODRIGUES

Naná Vasconcelos voz e percussões
Virgínia Rodrigues voz
Lui Coimbra violoncelo, voz e guitarras
Alex Mesquita guitarra acústica

"Um encontro espiritual" - é assim que Virgínia Rodrigues descreve o que acontece em palco ao lado de Naná Vasconcelos. Com um potencial Quem cedo reparou no potencial da cantora foi Caetano Veloso.

Com uma carreira que é tudo menos previsível, a baiana lançou já quatro álbuns que tanto se voltam para os afro-sambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes, como para clássicos de Tom Jobim ou Chico Buarque ou ainda para a música dos blocos afro do Carnaval da Bahia. O resultado é uma voz expressiva e cristalina que surpreendeu o veterano Naná Vasconcelos: "Eu sempre admirei a Virgínia desde o surgimento dela. Ela me mostrou de uma certa forma todo o lirismo africano existente no afrobrasileiro e sempre tive uma grande vontade de fazer um trabalho com ela."

Depois de se apresentar na abertura do Carnaval do Recife em 2006, o duo inicia uma colaboração que agora chega à Casa da Música. Um regresso ao nosso país que o percussionista antecipa com grande expectativa: "Eu adoro mostrar um pouco do meu trabalho em Portugal. Sei que há um movimento muito grande da percussão portuguesa, como o projecto do Rui Júnior chamado Tocá Rufar. Em 2008 participei no Festival Portugal a Rufar organizado pelo projecto."

JP SIMÕES

Dos Pop Dell'Arte aos Belle Chase Hotel, sem esquecer o Quinteto Tati, JP Simões já deu provas do seu talento como músico e compositor de canções/fábulas em português. Em 2007 estreia-se em nome próprio com 1970, considerado por muitos a sua obra-prima. Com influências de Chico Buarque, Tom Waits, Tom Jobim, João Gilberto, David Bowie e Sérgio Godinho, 1970 ocupou durante três semanas o Top 30 dos álbuns mais vendidos em Portugal. O convite para a Casa da Música surge no seguimento da edição do seu segundo trabalho a solo, Boato. Gravado ao vivo em Novembro passado nos Jardins de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa, este disco conta com 12 temas originais e ainda algumas canções dos Belle Chase Hotel, do espectáculo Ópera do Falhado e do Quinteto Tati. Para a Casa da Música fica prometido um concerto festivo.

BABYLON CIRCUS

Os Babylon Circus estão de volta. No regresso a Portugal, o grupo francês traz o quarto álbum de originais, em mais de 10 anos de carreira e depois de cerca de mil concertos, em 30 países diferentes. Ao longo deste percurso têm sido sempre notícia, por onde quer que passem, mas nem sempre pelos melhores motivos.
Ska, punk, reggae, rock, swing e música cigana, com um toque circense e com uma mensagem bastante positiva po base é o que vamos ter oportunidade de ouvir. Divertidos, críticos, bem-humorados e festivos, os Babylon Circus estreiam-se nos palcos do Porto e apresentam pela primeira vez no nosso país La Belle Étoile.

ORQUESTRA IMPERIAL

Antes da big band francesa, a big band brasileira. Quatro anos depois de se terem estreado internacionalmente no Festival do Sudoeste, a Orquestra Imperial regressa ao nosso país com o primeiro álbum Carnaval Só No Ano Que Vem (2007).
Formado em 2002 com o intuito de criar uma orquestra de gafieira [local onde, tradicionalmente, as classes mais humildes praticavam danças de salão], baseada num repertório variado, com boleros, temas dos anos 60 e clássicos da cultura de salão, o grupo nasceu da reunião de músicos da vanguarda da cena musical carioca. Lá encontramos Rodrigo Amarante (Los Hermanos); Moreno Veloso, Domenico e Kassin (do projecto +2); Nina Becker (estilista); Thalma de Freitas (actriz da Globo) e Rubinho Jacobina (irmão de Nelson Jacobina, parceiro de Jorge Mautner), a quem se juntaram Wilson das Neves (compositor dos Império Serrano, cantor de samba e baterista). No Brasil, a Orquestra Imperial goza de grande popularidade e os "Bailes Pré-Carnavalescos", nos verões cariocas, são já dos momentos mais aguardados das multidões que querem ouvir marchinhas e afins, com muito funk-carioca à mistura.

NATIRUTS
Bastam cinco minutos ligados à Internet para percebermos o alcance dos Natiruts no Brasil. Em qualquer vídeo ao vivo vêem-se milhares de pessoas a cantar, em uníssono, as músicas da banda brasileira, em ambiente de festa e confraternização. Um fenómeno com cada vez mais seguidores em todo o mundo, com ideais bem definidos e um "reggae roots brasileiro" cada vez mais enraizado.
As reacções à primeira demo do grupo superaram todas as expectativas e dão-lhes reconhecimento na cidade então conhecida como "capital do rock". Com as atenções viradas para o grupo, um dos melhores estúdios de gravação abriu as portas ao reggae e gravou o álbum de estreia dos Natiruts, Nativus (1997), um disco que, indiscutivelmente, marcou a sua geração, com vendas superiores a 450 mil exemplares. No regresso a Portugal, cada vez mais receptivo ao reggae, os Natiruts apresentam na Casa da Música um espectáculo novo dedicado aos fãs


COMUNIDADE NIN-JITSU
Conhecidos como os "ninjas mais chalaças do Brasil", a Comunidade Nin-Jitsu (CNJ) estreia-se em Portugal e, curiosamente, fora do país de origem, a convite da Casa da Música. Autores de uma das misturas musicais mais explosivas - baile funk com rock - são um fenómeno de sucesso no Brasil com mais de 100 mil cópias vendidas dos cinco álbuns já editados. Juntos desde 1995 e habituados a brincar com as suas próprias gírias, misturaram rock com funk, hip hop, hard rock e electro. Com inúmeros singles a passarem na rádio, a CNJ tem acompanhado a evolução dos tempos e conquistado cada vez mais um lugar na cena brasileira. Mas o papel deste grupo não se limita à música. O vocalista, Mano Changes, é deputado estadual no Rio Grade do Sul e tem mudado a atenção que se dá à Educação no Brasil. No Brasil, o trabalho da CNJ é reconhecido. Todos sabem o refrão de Detetive e cantam "tive, tive, detetive/ meu pai é detetive" efusivamente. Por cá, o concerto na Casa da Música vai ser bastante revelador. Uma banda repleta de sentido de humor, ironia, sacanagem e sem papas na língua.


LEI DI DAI
Coroada como Rainha do DanceHall - vertente dançante do reggae mais conhecido como Ragga - Dainne Nascimento, aka Lei Di Dai, vem à Casa da Música apresentar o seu álbum de estreia Alfa e Ómega.
Oriunda da Vila Ré, na zona Leste de São Paulo, Lei Di Dai sabe que nunca vai ceder às pressões do mundo das celebridades, "que exige pesos e medidas certinhas e formas de violão". Aos 31 anos, Lei Di Dai afirmou à Rolling Stone Brasil: "Eu me adoro! Tenho mó presença, onde chego tudo pára".
Cantora e compositora, cresceu rodeada de samba e reggae que os pais ouviam e dançavam em casa. A sua mensagem é simples e a inspiração para as suas músicas vem da realidade da periferia ("o salário mínimo é a máxima pressão") e de artistas jamaicanos como Capleton (referência jamaicana de reggae e dancehall).
Figura de destaque na cena independente de S. Paulo, onde canta desde 1997, Lei Di Dai acredita que o reggae é a libertação, harmonia e amor, e acredita no poder transformador da música. "Eu canto sobre positividade para ensinar o povo preto das periferias sobre eles mesmos, sobre a África e a cultura rasta", explica. Depois de ter participado, em 2006, na compilação Diáspora Riddim, dos Digitaldubs, com a música Original do Gueto, estreou-se a solo, em 2008, com Alfa e Ómega, que teremos oportunidade de ouvir na Casa da Música.

"Lei Di Dai se destaca em uma cena reggaeira que, como a do hip hop no passado, floresce forte nos guetos do país, pronta pra ser colhida e fazer cabeça, corpo e mente de quem se deixar levar" - Rolling Stone, Brasil


KONONO Nº1
O projecto Konono N°1 foi fundado há 25 anos por Mawangu Mingiedi, um virtuoso do likembe (aka sanza ou piano de polegar), que quando chegou a Kinshasa, vindo de Bazombo - que fica na fronteira com Angola -, quis continuar a fazer a música de transe em homenagem aos seus antepassados e em nome dos muitos emigrantes que chegavam à metrópole. O resultado é uma sonoridade inquestionavelmente africana, no ritmo e nas texturas, mas muito próxima da electrónica Ocidental. Algo muito tradicional que nos remonta às experiências de John Cale, entre o punk e a música de dança. Não se chama a esta música transe sem motivo. Quando ouvida com o volume alto, como é suposto, é capaz de nos transportar para outra esfera. Quatro anos depois de se ter estreado em Portugal, o projecto da República Democrática do Congo regressa. Na bagagem trazem uma cultura, uma sonoridade que os tem distinguido no mundo da world music graças ao sistema de amplificação que usam há 30 anos e que lhes valeu o conceituado prémio da BBC em 2006, na categoria de Novos Talentos.
O trabalho que têm vindo a desenvolver e o alcance da sua música fez com que Matthew Herbert e John McEntire (Tortoise) se oferecessem para remisturar temas seus e que fossem convidados a participar no single de apresentação do álbum Volta de Björk.

BRUNO_M
Aos 24 anos, o kudurista angolano é já um exemplo para os mais jovens
BRUNO_M E O KUDURO "ELECTRÓNICO E DANÇANTE QUE CONTAGIA E VIRA MANIA"

À África do Sul e ao Brasil segue-se Portugal no percurso de Wilson Diogo de Amaral (aka Bruno_M, de Mágico). Para a Casa da Música, o kudurista angolano traz na bagagem o álbum de estreia, Batida Unika, que o deu a conhecer em 2004 e o celebrizou quatro anos depois. Estudante na Faculdade de Direito da Universidade Independente de Angola e a fazer um curso de jornalismo profissional, Bruno_M tem a música como um hobbie que o ajuda a pagar os estudos. Mas a relevância do seu testemunho desperta cada vez mais atenções no mundo. Vida, amor, paz, patriotismo, educação moral e cívica são algumas das mensagens que podemos ouvir nas músicas de Batida Unika, "um projecto que tem como objectivo resgatar os jovens com dificuldades sociais, mas que querem trabalhar em prol da sociedade". Pronto para se mostrar ao mundo, Bruno_M traz para a Casa da Música "um estilo musical jovem, electrónico e dançante que contagia e vira mania". Numa noite que mistura, no mesmo palco, uma banda da República Democrática do Congo, uma do Brasil e de Angola, mais mestiço seria difícil!

BATIDA
Portugueses e angolanos partilham o palco
Batida e os tesouros recuperados da música angolana

Batida é nome de um programa que, desde 2007, divulga as novas tendências da música urbana de raiz ou inspiração Afro, na Rádio Antena 3 e na Web. Kwaito, Kuduro, Funk, Afro Beat, Dancehall ou House são alguns dos beats sempre presentes e que agora se encontram reunidos no disco Dance Mwangolé.
Tudo surgiu durante uma conversa com a Difference Music, depois de terminada a versão do Bazooka. Convidados a remexer livremente o arquivo histórico de sons da Valentim Carvalho gravados em Luanda, nas décadas de 60 e 70, os músicos da Batida recuperaram, sem saudades mas com respeito, o que de melhor encontraram. O centro de operações foi Lisboa, onde o DJ Mpula pesquisou os discos e telefonou a Beat Laden, o próprio misturador dos "mwangolés" Kalibrados, Zona5 e do Bob Da Rage Sense. Fechados no Ground Zero, em Chelas, conspiraram e produziram o som para este Batida. Mais tarde juntou-se Ikonoklasta (o poeta da Família e membro do Conjunto Ngonguenha), o Sacerdote (jovem letrista muito consciente de Sambila, Luanda) e o primo Roda (de Lisboa) que transformou os sons em desenhos para a capa e actuações.

Para além destes, o Batida contou ainda com as participações do animador Chailoy, o kudurista consciente Rei Panda, dos De Faia, a poderosa Dama Ivone e o activo produtor DJ Waite, todos do Sambila. E das dicas do rapper Bob Da Rage Sense, em Saudade. No final, e já numa faixa bónus, convidaram o mwangolé Maskarado, jovem talento do kuduro e remisturas do DJ Chernobyl, o mesmo que produziu o Bonde do Rolê, e dos Radioclit, dupla cúmplice nos mambos Afro que estão a bater em Londres.
No regresso à Casa da Música, a Rádio Fazuma apresenta Batida com o disco Dance Mwangolé, repleto de tesouros da música angolana, com beats pensados para por todos a dançar. Refira-se que "Dance Mwangolé" foi um termo usado pelo Sbem - um dos pioneiros essenciais do Kuduro - para descrever tudo o que seja Techno feito por um Mwangolé (Angolano)».

Mais informações, aqui.