28 setembro, 2009

Há Saldos na VGM!


A VGM, na Rua Viriato (Picoas), em Lisboa, continua a ser a melhor loja de world music, música clássica, antiga e algum jazz e muito reggae de Lisboa. E, em início de Outono, volta a ter saldos bastante apetecíveis... Aqui fica a notícia do meu compincha das Crónicas da Terra:

«Discos Soul Jazz a preço de saldo na VGM (em Lisboa), até dia 10 de Outubro

A loja de discos VGM, que possui dos mais interessantes fundos de catálogo ao nível de música étnica, clássica, antiga e jazz, situada na Rua Viriato 12, em Lisboa (mesmo em frente ao edifício do Jornal Público), propõe a todos os seus clientes melómanos reduções entre 25% e os 52% em todos os títulos (editados até ao final de 2008) dos seguintes catálogos: Soul Jazz, World Circuit, Crammed Discs, World Music Network, Demon Music group, Sterns, Asphalt Tango, Dreyfuss Music, Network Medien, Roir, Ponderosa, Park,Topic, Alia Vox, Essay Recordings, Chesky, Arion, Knitting Factory, Nocturne, Sundance, Mr.Bongo, Materiali Sonori, Music and Words, Felmay, Picwick, Oriente, BMC, Cypres, Effendi, Magda, Voices Me, Sterns, Weatherbox e muitos outros, num total de mais de 150 etiquetas.

Jordi Savall, Peter Hammill, Hector Zazou, Bassekou Kouyaté, Buena Vista Social Club, Orchestra Baobab, Fanfare Ciocarlia, Etran Finatawa, Kroke, Cibelle, DJ Dolores, Shantel, Boom Pam, Bembeya Jazz, Waterson Carthy, Maddy Prior, Steelye Span, são alguns dos artistas cujas obras discográficas poder ser adquiridas a preços simpáticos, até ao próximo dia 10 de Outubro».

23 setembro, 2009

A Vingança do Kuduro!


Chega nos próximos dias às lojas um dos melhores e mais importantes álbuns - sim, é uma aviso! - que jamais se fizeram em Portugal: «Dance Mwangolé», do projecto Batida. Mais ou menos a propósito, ou pelo menos de um modo lateral, recupero aqui um texto meu publicado há alguns meses no jornal «i»:

«Na longa lista de aberrações convidadas para os seus programas televisivos - o Vítor Peter, a Pomba Gira, a Natália de Andrade, o Professor Alexandrino... -, Herman José incluiu há alguns anos o duo de kuduro Salsicha & Vaca Louca, ridicularizando os seus ritmos selvagens e os seus requebros opulentos. Poucos anos depois, o kuduro, via Buraka Som Sistema (mas não só),é um fenómeno de sucesso mundial. Angolano na sua origem mas com ligações ao miami bass, ao baile funk brasileiro, ao kwaito sul-africano, ao reggaeton porto-riquenho e ao dancehall jamaicano, o kuduro foi adoptado por vários produtores e músicos dos PALOPs e de Portugal (Dog Murras, DJ Znobia, Makongo ou o cabo-verdiano que junta funaná com kuduro Izé, entre muitos outros) e de fora da esfera lusófona como M.I.A. (a voz principal da oscarizada banda-sonora do filme «Quem Quer Ser Bilionário?»), o DJ e produtor francês Frédéric Galliano ou o norte-americano Diplo. E os Buraka Som Sistema actuam nos principais festivais do mundo (Glastonbury, Roskilde, Coachella...) e têm feito digressões, com tremendo sucesso, no Japão, na Europa, na Austrália e nos Estados Unidos. Os Buraka Som Sistema (uma mistura de portugueses, angolanos e indo-moçambicanos e um espelho perfeito do caldo de culturas em que Lisboa se transformou nos últimos anos) são, aliás, considerados - ao lado de Mariza, uma fadista nascida em Moçambique - os maiores embaixadores actuais da música... portuguesa. Está na altura de reescrever a entrada "kuduro" na "enciclopédia" do Herman. E na de nós todos».

22 setembro, 2009

d'Orfeu - Vêm Aí Mais Três Festivais!


São logo três, quase de uma vez: o OuTonalidades (em que dezenas de grupos nacionais e galegos visitam muitos locais de Portugal e da Galiza, a começar já no dia 25 de Setembro, decorrendo até 19 de Dezembro); e, em Águeda, O Gesto Orelhudo (festival de música, humor, teatro, mímica...), de 2 a 9 de Outubro, e com outro festival lá dentro, o Festival i, dedicado ao público infanto-juvenil (dias 4 e 5 de Outubro). Os nomes dos participantes nestes dois festivais seguem aqui mais à frente, os do OuTonalidades vão já aqui: Fadomorse (na foto), Som do Galpóm, Taberna Revisitada, Mu, Son+d2, Mistura Pura, Raspa de Tacho, OliveTreeDance, Fases da Lua, Velha Gaiteira, Samasati, A Barca dos Castiços, Pé na Terra, De Outra Margem, Ósmavati, Beatriz Portugal Jazz Quintet, Paul da Silva, Carmen Dor, Banda Potemkin, Uxu Kalhus, Chauffeur Navarrus, Country Dust, Quarteto Sofia Ribeiro, Bukowski Blues Trio?, Aló Django, Coanhadeira, Amar Guitarra, Lamatumbá, Comcordas, Quimera Quinteto, Portrait, Toques do Caramulo, Modulok Trio, Noiserv e Trisonte.


OUTONALIDADES:

«Quando, a 24 de Setembro, arrancar o roteiro de 74 concertos desta 13º edição do OuTonalidades, um mapa imaginário unirá os 24 espaços de música ao vivo que compõem esta grande rede que se estende de Ferrol, no topo norte da Galiza, até Tavira, em plena costa algarvia. A relação transfronteiriça com a Galiza desde 2008, fruto do convénio entre d’Orfeu e AGADIC, veio apurar o modelo do evento coordenado, sempre em franca expansão geográfica, pela associação aguedense.

Um grande evento dedicado ao pequeno formato: assim se entende o OuTonalidades, cada vez mais. Pelas novas oportunidades de circulação que proporciona a dezenas de pequenos grupos e artistas. E pela inigualável bolsa de programação de que beneficia o nicho cultural de espaços de música ao vivo, bares associativos e cafés-concerto que constitui, a cada edição, a rede do OuTonalidades.

Este ano, inscreveram-se 217 grupos portugueses e galegos, dos quais, numa 1ª fase, foram pré-seleccionados 95. Após um longo processo de programação, em função das preferências dos espaços parceiros, o cartaz de 2009 apresenta um total de 33 grupos que farão os 74 concertos do circuito. Em 2009, o evento cresce em número de espaços, de grupos e de concertos programados, tanto em Portugal como na Galiza. A cooperação iniciada em 2008 entre o OuTonalidades e a Rede Galega de Música ao Vivo, circuitos congéneres dos dois lados da fronteira, proporciona agora a presença de 7 grupos portugueses na Galiza e 11 grupos galegos em Portugal, num total de 47 concertos em regime de intercâmbio.

De 24 de Setembro a 19 de Dezembro, durante 13 fins-de-semana, o cartaz vai do jazz ao tradicional, do rock ao fado, do ska aos blues, do experimental às músicas do mundo. A festa e a diversidade são marcas distintivas das programações do OuTonalidades, evento rotativo de música ao vivo que começou por ser, há treze anos, um pequeno circuito local de bares em Águeda, cidade que continua a ser epicentro do circuito agora luso-galaico».

O GESTO ORELHUDO E FESTIVAL I:

«Já é conhecido o programa do 8º Festival ‘O Gesto Orelhudo’, certame de referência dedicado à musicomédia internacional que se realiza em Águeda. Abre com uma estrela mundial - Michel Lauzière - no Cine-Teatro São Pedro e prossegue toda a semana na Tenda do Espaço d’Orfeu. A edição deste ano, de 2 a 9 de Outubro, reserva ainda espaço para o surgimento de um cartaz dedicado ao público infantil e familiar, o Festival i, nas tardes de 4 e 5 de Outubro, com programação non-stop repartida por vários espaços da cidade.

Este ano, são destaques d’ O Gesto Orelhudo a excentricidade musical do canadiano Michel Lauzière, as acrobacias dos musiclowns italianos Teatro Necesario, as incríveis e pouco convencionais marionetas do catalão Jordi Bertran, a irresistível animação de rua dos britânicos The Hot Potato Syncopators, a comicidade musical dos italianos Microband - que regressam este ano -, a delícia do teatro músico-gestual dos Peripécia, o irónico choques de culturas de Africanízate da dupla Carlos Branco / Manecas Costa, a estupenda presença cénica dos norte-americanos Moriarty e a inigualável revolução dos Homens da Luta.

Entretanto, nos dias 4 e 5 de Outubro (domingo e segunda-feira feriado), apresenta-se a mais fresca novidade do calendário cultural d’Orfeu: o Festival i, um evento dedicado ao público infantil e familiar, após as bem sucedidas experiências pontuais de programação para este segmento nos últimos dois anos. O programa do festival i, non-stop em ambos os dias, apresenta a consagrada Companhia do Chapitô, as marionetas do catalão Jordi Bertran, o espectáculo músico-teatral do tubista Sérgio Carolino com a SA Marionetas, o projecto de percussão Crassh, as danças para crianças de Carlos Alves com coros infantis, as novas tecnologias da Miso Music, a excentricidade de Niño Costrini, os chapéus de Oswaldo Maggi, os contos infantis do Pinto Pançudo e ainda, pelas manhãs, duas diferentes propostas artísticas para bebés.

A 8ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo”, tal como o novo Festival i, é uma co-produção da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, com o apoio oficial do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, para além de uma imensa série de apoios locais, regionais e nacionais, para um festival que é uma referência temática no país e um dos grandes veículos de projecção cultural exterior da cidade de Águeda».

Programa detalhado d'O gesto Orelhudo, aqui.

Programa detalhado do Festival i, aqui.

Programa detalhado do OuTonalidades, aqui e aqui.

21 setembro, 2009

Cacharolete de Discos - Tinariwen, Tony Allen e Madredeus


Mais três textos meus recuperados ao acervo da «Time Out Lisboa» nos último meses: as críticas aos novos álbuns dos Tinariwen, de Tony Allen e dos Madredeus & A Banda Cósmica (na foto).


TINARIWEN
«IMIDIWAN: COMPANIONS»
Independiente/Megamúsica

Apesar de existirem como banda desde 1982 - na altura ainda eles faziam parte das milícias tuaregues apoiadas e armadas por Muammar Khadafi e, segundo a história oficial, andavam com uma metralhadora a tiracolo num ombro e uma guitarra eléctrica no outro -, a verdade é que «Imidiwan: Companions» é apenas o quarto álbum em CD dos tuaregues malianos Tinariwen (sim, houve outras gravações durante os anos 80 e 90, mas só saíram em, hermmm, cassete). Mas basta uma audição deste disco para se perceber que «Imidiwan» é uma obra-prima absoluta, ainda maior que as anteriores, em que aos momentos de groove imenso (como se Jimi Hendrix gravasse com Booker T. and The M.G.'s e com Ali Farka Touré como cantor solista) se sucedem canções que podiam ser de Ry Cooder, fase «Paris, Texas», mas em que os desertos norte-americaos são substituídos pelo deserto do Saara. Perfeito! (*****)


TONY ALLEN
«SECRET AGENT»
World Circuit/Megamúsica

Já velhote - quase com 70 anos! -, o baterista nigeriano Tony Allen teve nesta década o reconhecimento que há muito merecia. Fez parte dos The Good The Bad and The Queen (ao lado de Damon Albarn, dos Blur, e do ex-The Clash Paul Simonon), gravou com Sébastien Tellier, os Air e Charlotte Gainsbourg, os gurus da world music não se cansam de dizer que, se não fosse Tony Allen não haveria afro-beat, no que têm toda a razão já que Allen, na verdade, pôs o «beat» onde o seu patrão de muitos anos, Fela Kuti, pôs o «afro». E no seu novo álbum, «Secret Agent», Tony Allen deturpa uma das regras sagradas do afro-beat - o tamanho dos temas é quase pop (quatro, cinco minutos) em vez dos longos dez, quinze minutos que são normais no género - para fazer um excelente álbum de canções, sejam cantadas por ele ou pela maravilhosa Orobiyi Adunni (aka Ayo, a autora do magnífico álbum «Joyful»). (****)


MADREDEUS & A BANDA CÓSMICA
«A NOVA AURORA»
Farol

Nove meses depois da edição de «Metafonia», o álbum de renovação/rejuvenescimento/reinvenção dos Madredeus – na sua formação alargada Madredeus e A Banda Cósmica, com duas novas e excelentes cantoras e vários instrumentos eléctricos – chega o «segundo» álbum, «A Nova Aurora». E, se alguns dos bons sinais deixados pelo anterior nele continuam – uma muito maior abertura do som do grupo em termos tímbricos, estilísticos, de género (as idas às músicas do Brasil e de Cabo Verde, aos blues e ao Havai, à África Continental e à Europa dita celta, para além de se manterem, a espaços, as bases de ligação à música portuguesa e à «matriz» melódica dos Madredeus antigos) - alguns outros, os piores, também neste «A Nova Aurora» saem reforçados: uma perigosíssima aproximação ao rock sinfónico, à new age, a algumas facilidades pop que não são, de todo, necessárias num grupo com o nome e o peso e a marca Madredeus. Disco conceptual – que fala de uma nova era de harmonia em todo o universo, em letras que fazem uma estranha ponte entre «Eram os Deuses Astronautas?», Paulo Coelho e o Padre António Vieira -, «A Nova Aurora» começa com uma bela canção, «Não Estamos Sós”» (entre o «Zen» da Rokia Traoré e Madredeus vintage, com uma harpa a soar a kora mandinga). O segundo tema, «Suspenso no Universo», remete directamente, mas sem destoar, para os Heróis do Mar. E, lá para a frente, «Vai Sem Medo» é José Afonso em formato cocktail lounge, o que – por estranho que pareça - até soa bastante bem. Mas também há muitos outros temas (com letras declamadas - !!! -, guitarras eléctricas pinkfloydianas da pior fase, teclados gongóricos à Jean Michel Jarre ou... a rockalhada completamente escusada que encerra o álbum, «Baloiçando nas Estrelas») que fazem «A Nova Aurora» desequilibrar-se para uma «twilight zone» qualquer em que ficamos sem perceber que música é, afinal, esta. (**)

18 setembro, 2009

Megafone 5 - Homenagem a João Aguardela


Dia 4 de Novembro, A Naifa, Dead Combo, OqueStrada, Gaiteiros de Lisboa e Dead Combo sobem ao palco do CCB, em Lisboa, para homenagear João Aguardela (na foto, de Alexandre Nobre. O espectáculo chama-se «Megafone 5» e a razão segue aqui em baixo:

«MEGAFONE 5 Música Para Uma Nova Tradição
Centro Cultural de Belém – Grande Auditório, 4 Novembro 2009
Categoria: Espectáculo, Música / Tag: João Aguardela, Megafone 5 / Comentar

MEGAFONE 5 é um projecto que tem como objectivo celebrar, homenagear e difundir o trabalho e as ideias de JOÃO AGUARDELA. João Aguardela, que integrou colectivos como os SITIADOS, MEGAFONE, LINHA DA FRENTE e A NAIFA, faleceu precocemente aos 39 anos em Janeiro de 2009.

Nascido entre um grupo de amigos e admiradores de João Aguardela, o projecto MEGAFONE 5 materializa-se em três faces visíveis: o ambicioso site que concentra toda a sua obra; um prémio anual de distinção de nova música tradicional portuguesa (em parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores); e a realização de um grande espectáculo no dia 4 de Novembro de 2009, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, com as presenças d´A NAIFA, DEAD COMBO, Ó’QUESTRADA e GAITEIROS DE LISBOA.

Bilhetes já à venda. Todas a receitas revertem a favor da Associação Cultural Tradição Megafone».

Mais informações, aqui.

17 setembro, 2009

Chocalhos - A Transumância Celebrada em Alpedrinha


De 18 a 20 de Setembro, Alpedrinha (Fundão) recebe de novo o Chocalhos - Festival dos Caminhos da Transumância, que - entre muitos outros - tem como destaques concertos de Teresa Salgueiro, Foles da Beira, Gnawa Al-Baraka, Dazkarieh, Tok'Avacalhar, Danae (na foto) e OliveTree. O programa completo:

«A transumância uniu, desde sempre, geografias e paisagens, costumes e gentes. Hoje, essa pluralidade, mais do que relembrar as sociedades passadas, assume um valor patrimonial de excelência. Património colectivo que este evento cultural pretende revivificar com um alargado conjunto de iniciativas, cruzando a música pastoril, os produtos locais com as paisagens, a realidade com os sonhos.

Programa

18 Setembro

14h00
"Agora conto eu" – Acção de Formação | Biblioteca Municipal do Fundão

Uma acção de formação para técnicos bibliotecários e outros agentes de educação, com coordenação da contadora de histórias Joaninha de Almeida, técnica de Serviço Educativo da Biblioteca Municipal de Mora e do Fluviário de Mora

19h00
Abertura Oficial | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avacalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha
Actuação da Tuna Académica | Largo Padre Santiago

21H30
Foles da Beira | Largo da Igreja

Grupo de Musica Popular da Casa do Povo | Largo da Fontainha
F. Beira | Capela do Leão

22H00
Concerto - Gnawa Al-Baraka| Largo do Chafariz

Grupo de Música Tradicional de Marrocos
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Grupo de Fados| Largo do Salão Paroquial
Acordeonista "Sertório"| Capela do Leão
Cottas Club| Externato Santiago
F. Beira | Rua dos Valadares

22H30
Foles da Beira | Largo da Fontainha
Grupo de Musica Popular da Escola Secundária do Fundão | Largo da Igreja

23H30
Concerto – Dazkarieh | Largo do Chafariz
Dazkarieh é uma banda de rock e de música tradicional formada em Lisboa em 1999. Partiram da ideia de criar música tendo como inspiração várias culturas do mundo.
Cedo cresceram, tornando-se num dos mais activos e originais projectos da música portuguesa, ao aliarem instrumentos de várias proveniências (gaita de foles galega, acordeão, flauta transversal, tin whistles irlandeses, percussão africana, percussão árabe, baixo e guitarra) e vocalizações numa língua imaginária, criada pelo próprio grupo, com o objectivo de tratarem a voz como um instrumento autónomo e equiparável aos outros.
Vasco Ribeiro Casais - Nyckelharpa, bouzouki, gaitas-de-foles, flauta Luís Peixoto – Bouzouki, bandolim, cavaquinho, sanfona Joana Negrão – Voz, gaita-de-foles, adufe, pandeireta André Silva - Bateria Mais informações: www.dazkarieh.com
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Acordeonista "Sertório"| Largo do Pelourinho

24H00
Grupo de Fados | Rua dos Valadares

19 de Setembro

11H00
Arruada pelos chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Festa da Lã | Alpedrinha

Carda-se e feltra-se um tapete de feltro ao som dos cantares do Alentejo,
com o Grupo Coral Feminino do Alentejo e a Academia Sénior do Fundão.

(Integrada no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


16H30
Lançamento do livro "Monte da Touca" de Francisco Belo Nogueira | Capela do Leão

18H00
Animação de Rua | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avakalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile da Tuna Académica
Desfile da Fanfarra Sácabuxa
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

18H30
Lançamento do livro de poesia "Cadernos de Areia" de Luis Maçarico e Cadernos da Aldraba | Capela do Leão

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha

Concerto – Danae | Largo do Chafariz

Danae, ao longo dos últimos anos, foi à procura de sons, imagens, palavras, histórias que conseguiu modular em melodias próprias com as referências mais variadas.
A música torna-se, sob este ponto de vista, uma prática aberta que encontra na troca de experiências uma mais valia para a produção de um trabalho sem rótulos.
As letras e as músicas, da autoria da Danae, inserem-se dentro de um campo de possibilidades criativas de difícil “ajuste” num estilo definido.
O novo projecto musical nasce após a redacção quotidiana de pequenas histórias escritas e vividas. O novo trabalho “ CAFUCA”, vai ser ter lançado em Março deste ano e conta com um formato musical simples mas que não vai deixar ninguém indiferente pela originalidade dos instrumentos envolvidos e pela riqueza e diversidade de sons e influências.
Mais informações: www.myspace.com/danaexdanae
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Actuação do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra | Largo da Igreja

Tuna Académica | Largo do Externato

Acordeonista "Sertório" | Largo do Salão Paroquial

21H30
Grupo de Fados do Fundão | Largo da Fontainha

22H00
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco | Largo da Igreja

22H30
Concerto ”Matriz” - Tereza Salgueiro com Lusitânia Ensemble | Largo do Chafariz

“Matriz é o nome que escolhi para apresentar este projecto em que pretendo partilhar convosco uma experiência musical que nos levará através do tempo e do espaço, tendo como fio condutor as palavras, os sons, as melodias e ritmos de vários autores, épocas e regiões de Portugal.”
“Recuando até ao Século XIII, construiu-se um percurso que visita as cortes palacianas e a tradição dos trovadores, mergulhando na expressão popular mais profunda, que se estende pelo Fado e interpreta autores contemporâneos, em busca da origem, da fonte, da Matriz.”
“Centrou-se a procura naquilo que se mantém e se desenvolve, no próprio respirar dos tempos - a chave e evocação de um universo de costumes, de histórias contadas, de formas de pensar e sentir, de desejos e sonhos, esboços de um carácter português.”
“É para mim uma honra e alegria imensas poder contar com um elenco de músicos extraordinários, reunidos por Jorge Varrecoso Gonçalves – Director Musical do Lusitânia Ensemble – e dispostos a acompanhar-me nesta aventura de levar esta Matriz aos palcos de muitos lugares.”
Tereza Salgueiro

Mais informações:
www.teresasalgueiro.pt

Acordeonista "Sertório" | Largo da Fontainha

23H30
Acordeonista "Sertório" | Rua dos Valadares

24H00
Grupo de Fados do Fundão | Largo do Salão Paroquial

00H30
Concerto – Olivetree | Largo da Fontainha

OLIVETREEDANCE é uma “ode” aos sons da terra e vem dar ênfase à música de dança produzida apenas com instrumentos acústicos: DIDGERIDOO, BATERIA e PERCUSSÃO.
Produzem ideias simples em contextos rítmicos complexos que recordam inspirações vindas do Amor da Fonte Suprema, para ouvirmos e dançar em harmonia nesta Nova Era e elevarmos a nossa consciência contribuindo para o equilíbrio do nosso Planeta e da Humanidade. Com elas vamos ao reencontro dos valores reais do "ser humano", a Paz, a Harmonia, o Amor, a Compaixão, a Liberdade, a Verdade, a Criatividade e sobretudo a Sintonia com a Natureza…

A experiência expandida de OLIVETREEDANCE serve-se da mistura que bombeia Renato Oliveira no didgeridoo percussivo com uma disposição grande da percussão tribal de Tito Silva (congas, djembe, Krin, Berinbau, etc) ao qual se junta a influência contemporânea do kik do Pedro Vasconcelos na bateria, numa linguagem frenética cheia de figuras de estilo bem ao jeito das máquinas da actualidade.

Mais informações: www.myspace.com/olivetreedance

20 de Setembro

08H00
Caminhada com rebanho | Fundão (Praça do Município)

10H30
Arruada pelos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Lançamento do Livro " Histórias de um Tapete" | Alpedrinha

O livro “Histórias de um tapete” é contado, ele mesmo sobre um tapete de feltro, pela contadora de histórias Joaninha de Almeida

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B

16h00
Histórias de Chão – Hora do conto | Alpedrinha

Duas histórias sobre o feltro, uma que retrata a produção de um tapete de feltro artesanal e outra que recorre ao mito de Noé e da sua Arca, com a autoria de Regina Guimarães e com ilustrações de Dina Piçarra e Regina Guimarães.

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


17H00
Desfile | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho
Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Grupo de Bombos da Junta de Freguesia do Fundão
Desfile do Grupo de Bombos de Vale de Prazeres
Desfile do Grupo de Bombos das Donas
Desfile do Grupo de Bombos do Souto da Casa
Desfile do Grupo de Bombos Toca a Bombar
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo de Chocalhos da Bouça
Desfile do Rancho da Alegria dos Enxames
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"

18H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile. | Ruas de Alpedrinha

21H00
Ruas de Alpedrinha |Animação de rua pelos grupos participantes no desfile
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Igreja
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo da Fontainha

21H30
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo do Salão Paroquial

22H00
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Fontainha
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Rua dos Valadares
Concerto Clássico | Igreja Matriz»

16 setembro, 2009

Mu - Com Concerto em Lisboa e... Com Vinho Novo!


Os meus amigos Mu vêm dar um raro concerto em Lisboa (no MusicBox, dia 25) e, para além das outras novidades que aqui eles revelam, ainda há uma outra: a do seu vinho exclusivo, que ainda não provei mas que conto provar um dia... O comunicado completo dos Mu:

«Olá a todos e a todas,

está a chegar o Outono e com ele dizemos adeus ao Verão, um Verão excelente para os MU. Desde já muito obrigado a todos e a todas que nos brindaram com as danças e a sempre boa disposição presente nos nossos espectáculos.

Começamos o novo período de concertos, com especial destaque à nossa visita à Capital - Lisboa, dia 25 de Setembro no MUSIC BOX, Cais do Sodré - estão todos convidados!!!
Nesse mesmo dia vamos estar no programa de televisão Portugal no Coração!
Seguimos depois viagem até ao Algarve, à linda cidade de Tavira!

Outra novidade, os MU vão ter no nosso merchandising VINHO TINTO - MU, da região demarcada do Douro. Neste momento está na fase mágica de transformação da uva em néctar - vindimas, e em breve vamos tê-lo à venda nos concertos!

Fica aqui a nossa agenda e o desejo de nos encontrarmos para fazer a festa!
Agradecemos toda a divulgação.
Muito obrigado,
Hugo Osga
MU

25 de Setembro - Programa de Televisão - Portugal no Coração - RTP

25 de Setembro - Music Box - Cais do Sodré - Lisboa - 00.30H

26 de Setembro - Circuito Outonalidades - Casa do Povo - Tavira - 21h

29 de Outubro - Circuito Outonalidades - Sala Multiusos - Centro Cultural de Chaves - 21h

1 de Novembro - Festival Mundial de Acordeão - Torres Vedras - 22h».

Os Mu têm myspace aqui.

15 setembro, 2009

Kora Jazz Trio, Mulatu Astatke e Ferro Gaita em Lisboa


É uma muito boa notícia: o Kora Jazz Trio, o grande Mulatu Astatke (acompanhado pelos Heliocentrics; na foto) e os sempre festivos Ferro Gaita são os protagonistas de um grande dia de música (que começa logo a seguir ao almoço, com o DJ Rykardo, às 15h00, e continua com os concertos do Kora Jazz Trio às 18h00, de Mulatu às 20h00 e dos Ferro Gaita às 22h00), organizado pelo Africa.Cont e marcado para 26 de Setembro, na sede deste centro de arte africana, as Tercenas do Marquês (que fica muito próximo do Museu de Arte Antiga, às Janelas Verdes). Os pormenores da organização:


«26 SETEMBRO | 15h – 24h
KORA JAZZ TRIO
18h
O encontro entre a tradição musical mandinga e a liberdade do jazz. A união da Kora, das percussões da costa ocidental africana e do swing afro-americano.
Um diálogo entre o griot e a blue note.
Kora Jazz Trio salvaguarda a espontaneidade da sua linguagem e a individualidade de cada elemento. A de Abdoulaye Diabaté, pianista e compositor
senegalês, com formação clássica e adepto de uma estética livre ao piano. De Djeli Moussa Diawara, guineense, irmão de Mory Kanté, e virtuoso na voz e
na Kora de 32 cordas. E de Moussa Cissoko, também senegalês, mestre da percussão mandinga, celebrizado pelas colaborações com Peter Gabriel,
Jacques Higelin, Manu Dibango ou Rey Lema.
Kora Jazz Trio constrói uma ponte musical imaginária sobre o Oceano Atlântico, entre dois continentes que partilham raízes melódicas e rítmicas comuns.
http://korajazztrio.free.fr
http://www.dailymotion.com/video/x3j5zx_kora-jazz-trio_news


MULATU ASTATKE &
THE HELIOCENTRICS
20h
Mulatu Astatke descobre a música aos 16 anos e desenvolve os seus estudos, primeiro em Londres, onde colabora com Tubby Hayes, Frank Holder, Joe
Harriott e Ronnie Scott, depois no Berklee College, em Boston e ainda em Nova Iorque, onde conhece John Coltrane e colabora depois com Duke Ellington.
É na década de 60 que se protagoniza como pai do Ethio-Jazz e desenvolve novos arranjos de melodias tradicionais da Etiópia (séries “Ethiopiques”).
O grande reconhecimento do trabalho de Mulatu Astatke acontece com a sua participação na banda sonora do filme “Broken Flowers”, de Jim Jarmusch,
com vários espectáculos em 2008, de onde se destacam as participações no Barbican e em Glastonbury.
The Heliocentrics é um colectivo radicado em Londres que integra um luxuoso leque de músicos de diferentes origens e formações, e desenvolve um
trabalho excepcional de comunicação entre diferentes linguagens musicais.
“Inspiration Information” (2009) é uma colaboração de Mulatu Astatke com The Heliocentrics que nasce do seu regresso a Londres e que procura perseguir as
raízes, usando como base sólida o Ethio-jazz original. Um salto qualitativo no que respeita aos novos conceitos de fusão musical, colaboração e combinação
trans-cultural.
http://www.ethiojazz.com
http://www.youtube.com/watch?v=mlGmjXxnGgM


FERRO GAITA
22h
O nome FERRO GAITA vem da combinação de dois instrumentos: o Ferro (pedaço de metal tocado com uma faca) e a Gaita (tipo de acordeão/concertina),
utilizados na musica tradicional Cabo-verdiana, e instrumentos base do género musical mais tocado pelo grupo: o FUNANÁ. Tradicional da Ilha de Santiago
e próximo do Forró do Nordeste Brasileiro, este ritmo é um sedutor convite à dança.
FERRO GAITA é uma das referências mais consistentes e mais reputadas da música Cabo-verdiana. Na sua abordagem profunda aos ritmos tradicionais de
Cabo-Verde, primam pela autenticidade, pelo dom e pela energia, sobretudo ao vivo, onde são inacreditavelmente efervescentes.
Com 13 anos de carreira têm 5 álbuns editados: Fundu Baxu (1996), Rei di Tabanka (1999), Rei di Funaná (compil, 2001), Ferro Gaita ao vivo (2006) e Cidade
Velha (2008).
http://www.ferrogaita.cv
http://www.youtube.com/watch?v=pCcXZ5IKS9w

ENTRADA LIVRE [ATÉ AO LIMITE DA LOTAÇÃO]».

14 setembro, 2009

Adeus Ramiro Musotto


Quando se soube o motivo do cancelamento do seu concerto no último FMM de Sines, começou-se a desconfiar que o caso era grave. E, infelizmente, era mesmo: Ramiro Musotto morreu este fim-de-semana, vítima de cancro no estômago (a mesma doença que, há alguns meses, motivou outra morte trágica, a de João Aguardela). A notícia do jornal brasileiro «A Tarde»:


«Morreu na madrugada desta sexta-feira, 11, o compositor e produtor musical argentino e radicado no Brasil desde 1996, Ramiro Musotto. O artista morava na Bahia e faleceu em decorrência das complicações causadas por um câncer de estômago, aos 45 anos, no Hospital São Rafael.

Ramiro Musotto será enterrado nesta sexta-feira, no final da tarde, no Cemitério Jardim da Saudade. Na cerimônia de despedida, haverá uma homenagem a ele, com a presença de um grupo de percussão.

Natural da província de Baia Blanca, na Patagônia Argentina, o percussionista já havia cancelado, inclusive, uma apresentação em julho deste ano no Festival de Músicas do Mundo (FMM), por conta do avanço da sua doença. Na ocasião, a produção do argentino chegou a informar que ele poderia voltar a trabalhar a partir do mês de setembro.

Dentre os artistas brasileiros com os quais trabalhou, estão Lenine, Marisa Monte, Marina Lima, Daniela Mercury, Os Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lulu Santos, Zeca Baleiro, Adriana Calcanhotto, Titãs, Fernanda Abreu, Sergio Mendes, Zélia Duncan, Kid Abelha e Gal Costa.

Seu primeiro trabalho solo data de 2001, quando lançou o álbum Sudaka, no qual mescla cânticos indígenas e influências afro-baianas, além de outros ritmos. Seu segundo solo Civilização & Barbarye foi lançado seis anos depois, tendo a percussão com um dos destaques, reunindo o eletrônico e o tradicional no seu trabalho.

Tendo o berimbau como um dos seus principais instrumentos de trabalho, Ramiro Musotto manteve a influência de ritmos afro-caribenhos nas suas produções próprias, além da presença da afro-baianidade nos seus dois álbuns solos».

E, aqui, um texto meu sobre o seu último álbum, «Civilizacao & Barbarye» publicado há poucas semanas na «Time Out»:

Ramiro Musotto
«Civilizacao & Barbarye»
Helico Music/Massala

O berimbau – aquele comprido em que se percute um arame esticado com uma vareta, também chamado berimbau de peito, e não o mais pequeno que se toca com a boca – tem origem africana, mas são agora os brasileiros que mais o utilizam e divulgam, sendo muitas vezes visto a marcar os passos da capoeira ou a contribuir para a música de carnaval da Bahia. Mas ninguém o toca como Ramiro Musotto. Argentino, mas brasileiro de coração, Ramiro é um génio do berimbau. Não só pelo virtuosismo com que o toca mas principalmente pelos novos caminhos que abriu na utilização do instrumento, muitas vezes num diálogo constante entre um berimbau acústico e um outro sintetizado, manipulado, distorcido, traficado. Baterias de samba em diálogo com discursos revolucionários e coros infantis, dub e experimentação, visitas à música caipira do nordeste brasileiro e mergulhos em variadíssimas tipologias da música electrónica, música árabe e tablas indianas, de tudo um pouco se encontra neste Civilizacao & Barbarye (assim mesmo, sem acentos, talvez porque os supostos países civilizados não usem acentos na sua escrita), segundo álbum de Musotto e um enorme passo em frente em relação à sua estreia, Sudaka.

Gravado com a sua “orquestra” que leva, exactamente o nome do primeiro álbum e com alguns convidados de honra – o produtor e músico de vanguarda brasileiro Arto Lindsay, o gnominho Chico César, o percussionista afro-cubano Léo Leobons e o cantor iraniano Rostam Mirlashari (no lindíssimo “Majno Ma Bi”) -, Civilizacao & Barbarye é um álbum variadíssimo em que aos berimbaus se juntam muitos outros instrumentos acústicos e onde as electrónicas, se bem que importantes nunca a eles se sobrepõem. Para quem esperava vê-lo em Sines, ouvir o disco serve de certa forma de compensação.