18 fevereiro, 2013

Resistência Maliana Invade FMM de Sines!

Em ano de regressos prometidos dos maiores nomes da música que já passaram pelas catorze edições anteriores do Festival, e numa altura em que a situação no Mali merece toda a nossa atenção, faz todo o sentido que sejam estes os primeiros nomes confirmados para 2013 (texto pilhado directamente do blog Grandes Sons, do camarada João Gonçalves): «Mali em Sines: Amadou & Mariam, Bassekou Kouyaté e Rokia Traoré no FMM 2013 Berço de formas ancestrais dos blues e do rock e pátria de alguns dos mais criativos músicos do mundo, o Mali é um país fundamental da geografia da música popular contemporânea. Num momento em que a guerra e o fundamentalismo ameaçam um património imperecível da humanidade, o FMM Sines faz questão de que as primeiras três confirmações oficiais da sua 15.ª edição cheguem do coração sonoro de África. Amadou & Mariam Amadou & Mariam são um dos grupos africanos mais aclamados na cena internacional. Representam a abertura da música do Mali ao cruzamento com géneros que, sendo hoje assumidos como criações ocidentais, têm afinidades antigas com a África Ocidental: o blues especialmente, mas também a sua descendência no rock e no funk, por exemplo. Estão juntos como casal desde o final dos anos 1970, quando Amadou, um guitarrista rodado em orquestras de hotéis, conhece a jovem cantora Mariam no instituto de cegos de Bamako. Depois de um percurso longo em África, tornam-se conhecidos de um público mais alargado com os primeiros discos com edição internacional, na viragem do século, e sobretudo com a edição de “Dimanche a Bamako”, em 2004. Este disco, produzido por Manu Chao, um dos mais vendidos de sempre da música africana, trouxe-os pela primeira vez ao FMM Sines, em 2005. Em 2013, voltam ao festival com outro disco, “Folila”, nomeado para o Grammy na categoria World Music este ano, e concebido em torno de duas sessões de gravação, uma mais “cruzada”, realizada em Nova Iorque, e outra mais próxima das raízes, realizada em Bamako, exemplo perfeito da sua música simultaneamente antiga e moderna, retro e futurística, orgânica e eletrónica. Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba Ao contrário de Amadou & Mariam, em que as miscigenações globais são mais ostensivas, Bassekou Kouyaté vive mais perto da fonte dos blues africanos. O seu disco de estreia, “Segu Blue”, baseado em textos sobre a resistência do império Bamana à ocupação colonial, foi considerado o melhor de 2007 nos prémios da BBC e Bassekou, ele próprio, foi eleito o melhor artista africano do ano. Em 2008, esteve pela primeira vez no FMM Sines, num concerto no Centro de Artes de Sines. Natural de uma aldeia perto da cidade de Segu, nas margens do Níger, Bassekou pertence à elite musical do Mali, tendo trabalhado ao lado de génios como Ali Farka Touré e Toumani Diabaté. Com Ngoni Ba forma um quarteto acústico de “ngoni” (tipo de alaúde africano), o instrumento de que é um dos maiores embaixadores e que voz da sua mulher, Amy Sacko, acompanha em disco e em palco. Depois do segundo álbum, “I Speak Fula”, lançado em 2009 e nomeado para um Grammy, regressa ao FMM Sines para apresentar o disco que acaba de lançar no início de 2013, “Jama Ko”, gravado por Howard Bilerman (Arcade Fire, Godspeed You! Black Emperor, Coeur de Pirate). Rokia Traoré Uma cantautora que derruba todos os estereótipos da figura da “diva africana”, Rokia Traoré (na foto) representa a expressão mais cosmopolita e vanguardista da música contemporânea do Mali. Filha de um diplomata, teve oportunidade de viajar e isso sente-se sua música, onde se ouve a voz dos “griots”, mas também o jazz, a soul, o rock, a pop, os blues, em formações musicais quase sempre pouco convencionais para a música africana. Desde o seu primeiro disco, “Mouneïssa” (1998), que é amada pelo público e pela crítica. “Wanita” (2000) foi premiado pela BBC e eleito álbum do ano pela fRoots e “Bowmboï” (2003) foi novamente premiado pela BBC. Foi com estes discos na bagagem que se estreou em palcos portugueses no FMM Sines, em 2004. “Tchamanché”, de 2008, o disco com que entrou sem complexos nos blues e no rock, trouxe-a de volta a Sines nesse mesmo ano, para aquele que foi considerado quase unanimemente o melhor concerto da 10.ª edição do festival. A terceira vinda ao festival, este ano, é marcada pelo lançamento mundial de um disco novo, “Beautiful Africa”, produzido por John Parish, agendado para abril próximo. O festival em 2013 O FMM Sines – Festival Músicas do Mundo é o maior evento de “world music” e outras músicas realizado em Portugal. Em 2013, o festival acontece entre os dias 18 e 27 de julho e celebra a sua 15.ª edição. O alinhamento desta edição comemorativa incluirá alguns dos projetos que mais marcaram o FMM ao longo da sua história e artistas que nunca vieram ao festival e que representam o presente e o futuro das músicas com raízes (mas não grilhetas) na tradição. A estética do cruzamento e da abertura e a ética da convivência e da justiça continuarão a orientar a programação. A dimensão de festa que o festival sempre teve e irá manter não se esgotará em si mesma, procurando contribuir com uma riqueza de expressões, pontos de vista e realidades que ajudem a compreender e a agir sobre o mundo em que vivemos.»

13 fevereiro, 2013

Andanças com Novo Site... E Nova Casa

Todas as novidades sobre a jóia da coroa da PédeXumbo, o Andanças (na foto; de Hugo Lima), e o seu novo site: «Andanças tem novo site na internet www.andancas.net apresenta novo ciclo do festival 12 de Fevereiro de 2013 A PédeXumbo, organizadora do Andanças – que este ano será realizado de 19 a 25 de Agosto, na Barragem de Póvoa e Meadas, em Castelo de Vide – lançou recentemente o novo site do festival. O novo espaço online apresenta todas as informações oficiais, bilheteira online, notícias, programação, candidaturas e novidades deste evento que é já uma referência além fronteiras. O Andanças iniciou um novo ciclo do festival mas mantém os pilares que sustentam a organização e continua a fomentar a cultura participativa. Em relação aos conteúdos, a reformulação do site permite aos utilizadores encontrar facilmente o que pretendem e possibilita um acesso direto às funcionalidades utilizadas mais frequentemente. Eis alguns conteúdos que se podem encontrar no site:  Compra de bilhetes e refeições na loja online com diferentes descontos de venda antecipada e variadas formas de pagamento;  Acesso aos regulamentos e formulários das diferentes candidaturas à participação no festival, tais como programação, acreditação da comunicação social, Taskos, Feira e voluntariado;  Enorme variedade de informação com vista a responder às exigências e expectativas do participante, ajudando-o a preparar da melhor forma possível a sua participação no Andanças; Apresentação da PédeXumbo e dos princípios que regem esta associação para ajudar a criar um mundo melhor e modos de vida mais sustentáveis;  Possibilidade de recordar as edições passadas através da consulta da Galeria e do Histórico do Andanças;  A pensar especialmente nos órgãos de comunicação social, são disponibilizadas todas as press releases enviadas. Com este novo site, a organização tem como objetivo dar continuidade a um novo ciclo do festival, mantendo os conteúdos sempre atualizados, apresentando todas as etapas que antecedem o início do festival e permitindo um contacto direto por parte dos visitantes do site. Para conhecer basta aceder o endereço www.andancas.net. Sobre a PédeXumbo A PédeXumbo – Associação para a Promoção de Música e Dança surgiu em 1998 a partir da vontade de difundir a dança e a cultura popular de uma forma participativa e dinâmica, abandonando o conceito do público-espectador e assumindo em toda a sua plenitude o conceito de público-participante – as pessoas são levadas a participar e a experimentar diferentes manifestações culturais (música, dança, artesanato e muito mais) e a conhecer outras culturas que não a sua de forma natural, gratificante e enriquecedora. Com espaço próprio em Évora e uma equipa profissional permanente, desenvolve projectos em todo o país e dedica-se à recuperação e divulgação de diversas práticas culturais, através de registos, co-produções, criações artísticas, investigação, ensino, organização de festivais em todo o país e programação regular de oficinas, concertos e bailes. Pédexumbo – Associação para a Promoção de Música e Dança Coordenação – Ana Martins Apartado 2195 – 7001-901 ÉVORA Tel./Fax: (+351) 266 732 504 Tlm: (+351) 927 808 899 ana.martins@pedexumbo.com www.pedexumbo.com»

08 fevereiro, 2013

Há Saldos na VGM!

Devido à crise da indústria discográfica -- e às outras crises todas (se descontarmos as do BPN) -- é cada vez mais necessário apoiar alguns nichos de mercado como a loja de discos lisboeta VGM e as distribuidoras a ela associadas (a Megamúsica, a Multidisc e outras) que já tanto fizeram pela divulgação em Portugal da world music e da folk (e também do jazz, do reggae, de algum rock independente, de música clássica e antiga). A VGM tem agora uns saldos bem apetecíveis e merece uma visita atenta de quem ainda tem uns trocos para gastar. O comunicado: «Começa hoje dia 8 ,a época de saldos em todo o stock de cds,lps,dvds e livros existentes na loja da VGM,sita na Rua viriato nº12 em Lisboa.Talvez a discoteca mais antiga dedicada às outras músicas que não a musica comercial.Assim a World Music beneficia de um desconto de 40% em titulos que abrangem importantes editoras como a World Circuit,World Music Network,Sterns,Nascente,Cramworld,Topic etc. Por exemplo os 2 primeiros discos de Bassekou Kouyate(Segu Blue e I Speak Fula) -- na foto -- estarão disponiveis a preços que rondam os 9 euros.Toda a música clássica incluindo a antiga e contemporanea beneficiam de 30% de desconto em editoras como a Alia Vox,Alpha,Ricercar,Zigzag,Arcana,Ramé e outras.Por exemplo as 4 Aberturas de Bach interpretadas por Jordi Savall e Le Concert Des Nations(2cd) custará cerca de 13 euros.O Jazz e os Dvds terão 40% de desconto.Os Livros e os Lps 20%.Mais,foi criada uma secção com 150 referências a 50% ,que abrange todos os estilos musicais cujos preços base estão entre os 5 e os 10 euros. Saldos na VGM entre 8 e 28 de fevereiro de 2013.Precisamos de si para continuarmos a existir».