21 setembro, 2007

Adriano Correia de Oliveira - Os Tributos Que Faltavam


Um dos principais protagonistas - paralelamente a José Afonso - da evolução do fado de Coimbra para as baladas de protesto e intervenção política nas últimas duas décadas de regime fascista em Portugal, Adriano Correia de Oliveira (na foto) é recordado agora com algumas acções e discos em sua homenagem, com cantores e músicos mais recentes a recriar as suas canções. Comemorando os 25 anos da sua morte, é editado na próxima semana o álbum «Adriano Aqui e Agora. O Tributo» - em que participam nomes como Tim (dos Xutos & Pontapés), Ana Deus, Dead Combo, Valete ou Miguel Guedes (dos Blind Zero). O álbum, que tem edição da Movieplay e foi produzido por Henrique Amaro, conta ainda com a participação da fadista Raquel Tavares, Celina da Piedade (Uxu Kalhus), Vicente Palma (filho de Jorge Palma), Margarida Pinto (Coldfinger), Nuno Prata, Sebastião Antunes (Quadrilha), Pedro Laginha (Mundo Cão) e ainda as bandas Micro Audio Waves e Cindy Cat. Entre os temas escolhidos do reportório composto ou cantado por Adriano estão presentes canções como «Trova do Vento que Passa», «Sou Barco», «Tejo que Levas as Águas», «Rosa de Sangue», «Tu e Eu Meu Amor», «Para Rosalía» ou «Cantar Para um Pastor».

Já disponível há alguns meses está também o álbum «Cantaremos Adriano», com versões de temas do cantor interpretadas por um colectivo formado por Alexandre Pinto (percussões), João Queiroz (viola acústica e voz), Jorge Jordan (voz), Nuno Faria (contrabaixo), Paulo Cavaco (piano e acordeão), Rui Sousa (viola acústica e guitarra portuguesa) e Vitor Sarmento (viola acústica e voz). E, entre os inúmeros concertos e outras inciativas, destaque para um concerto, dia 25 de Outubro, na Voz do Operário, em Lisboa, «25 Anos - 25 Canções Lembrar Adriano», em que participam Amélia Muge, Brigada Victor Jara, Carlos Alberto Moniz, Fausto, Fernando Tordo, Francisco Fanhais, Janita Salomé, João Fernando, Luís Represas, Luísa Basto, Manuel Freire, Nuno do Ó, Paulo Saraiva, Paulo Vaz de Carvalho, Pedro Abrunhosa e Samuel.

9 comentários:

Anónimo disse...

Allo allo!


Conhecemo-nos há dois anos no Festival Imago Fundão.

Cumprimentos,
Lúcia

António Pires disse...

Olá Lúcia:

Estou esclarecido. Sejas bem-vinda ao Raízes e Antenas!

Cumprimentos,

António

Chá de Lucia Lima disse...

...Ao fim & ao cabo -- tirando 1 ou outro -- pessoal que sempre cantou Adriano e o acompanhou!
Sou do tempo em que (rsrsrs do arroz a $50) para cantarmos Adriano, Francisco Fanhais,José Mário Branco... :-) até J. Barata Moura ( não o...Joana come a papa! :-P ) fechávamo-nos à chave na sala d'aulas!

Vá, vamos lá aos 25 Anos d'Adriano!

Jinhossss

António Pires disse...

Lúcia Lima (outra Lúcia que isto anda cheio de Lúcias e ainda bem):

Pois, também sou desse tempo, se bem que um tempo um bocadinho a seguir... Por exemplo, o Fanhais ainda foi padre no Barreiro quando eu vivia, criança, no Barreiro e antes dele deixar de ser padre...

E o José Mário - minha paixão musical e lírica absoluta - só dei por ele no GAC e, a seguir, n'«A Mãe»... Mas «descobri» sempre o que ele fez para trás e o que fez para diante (o «Mudam-se os Tempos...» para trás; o «Ser Solidário» e o «FMI» para diante...). Já o Barata Moura, apanhei-o era ele director (director?) da Faculdade de Letras de Lisboa quando eu lá andava... Num andar devagarinho...

E o Adriano só no Avante e em Vilar de Mouros 82, na última noite do festival, se não me falha a memória... Oh Lúcia Lima, puxaste-me pelas lembranças e eu nao queria!!!

Mesmo assim... kandandus!!!

hora tardia disse...

é...é porque a música é-me forte. demais.

:)


obrigada Música!




beijo.

Isabel Victor disse...

Eu não sou Lúcia (embora gostasse de ser ... é um belo nome !) mas fiquei feliz com estas notícias.

" Verdes são os campos. De cor do limão. Verdes ... " Camões e Zeca _ que dupla ! (será que os alunos de Língua Portuguesa qd estudam Camões se apercebem disto ? Da intemporalidade da ARTE de todos os tempos ?

músicas da minha vida ...

(estou para aqui a divagar)

abtaço

isabel victor *

António Pires disse...

E depois de duas Lúcias, duas Isabéis! :)

Isabel MF:

O Hora Tardia já está aqui ao lado :) «Tardou» um pouco - mea maxima culpa! - mas já está!

Beijo Poesia!!!


Isabel Victor:

Pois é; Lúcia é Luz, Light, Lys... Mas Isabel também é um belo nome :)

E sim, há poemas eternos em vozes inesquecíveis: Manuel Alegre na voz de Adriano («Trovas do Vento...»; Pessoa («No Comboio Descendente»), o cancioneiro galaico-português («Tu Gitana»), Camões (no exemplo que deste), todos na voz de José Afonso; Ary dos Santos e muitos outros na voz de Amália... E sim, acredito que muitos se apercebam da beleza destas palavras quando as ouvem cantadas, mais do que quando são «apenas» lidas ou se ouvem «apenas» ditas... A música com palavras é quase sempre melhor música (ok, se exceptuarmos gente quanto Bach ou Satie ou Miles Davis ou Astor Piazzolla ou Brian Eno ou Kimmo Pohjonen ou...) e as palavras, com música!, são quase sempre melhores palavras...

Divaga sempre, Isabel, que ajudas os outros - pelo menos a mim - a divagar também... Beijo :)

Chá de Lucia Lima disse...

Não resisti em vir dizer k...ainda o Fanhais vivia no Barreiro e eu tbm na "outra margem" -- era o Padre Fanhais! -- quando já eu o ouvia! Estudava em Lisboa (Antº Arroio) e tinha colegas do Barreiro que se orgulhavam mt em o cantar em voz alta...uiii era 1 perigo!!!
Essa do J.Barata, rsrsrs, tenho amigos k me dizem o mesmo. Um deles até se lembra de ter sido o único professor k o chumbou na Faculdade! :-)))

Aiiii, já não digo mais nada!, sabes, é a tal "cena" do pensamento: não há machado que corte...lai lai lai....larai larai......

Bom domingo a TODOS!

António Pires disse...

Lúcia Lima :)

Pois, os pensamentos, as memórias, as recordações levam-nos a pensar na idade que temos... Às vezes gosto; outras vezes não :) Mas sim, também conheço essa do machado, ai!!! :)

Bom domingo para ti também!!!

((kandandus))