26 junho, 2008

Festival Ollin Kan Estreia-se em Portugal (E Com Imensos Concertos)


O importante festival mexicano Ollin Kan tem agora uma extensão em Portugal, mais precisamente em Vila do Conde (e com ligações a Alcochete e Palmela), onde - entre 31 de Julho e 3 de Agosto - vai decorrer a primeira edição nacional deste evento que conta com concertos da Banda de Tlayacapan (México), Cheik Tidiane Seck (Mali), Paban das Baul (Índia; na foto), Cadência (Espanha), Dazkarieh e Mu (ambos de Portugal), entre muitos outros. O comunicado de apresentação prévia do festival, já a seguir:


«Pela primeira vez Portugal vai receber um dos mais importantes festivais do mundo. Entre 31 de Julho e 3 de Agosto, a cidade de Vila do Conde vai ser a anfitriã do Festival Ollin Kan.

Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan" nasceu na cidade do México e tráz-nos a esperança e a fé em nós mesmos, no ser humano e no seu potencial criativo para materializar a beleza, a irmandade o respeito, a paz e a liberdade.

Este Festival move um mundo e nós movemo-nos através das suas latitudes e meridianos, com o impulso de vozes enigmáticas provenientes de terras longínquas e culturas milenares. Movemo-nos guiados por acordes musicais vindos de instrumentos, que com sábia paixão, foram criados pela consciência de povos que nunca antes estiveram tão próximos. Esta é uma das raras oportunidades para conhecer povos e culturas que sempre nos pareceram tão distantes.

O ritmo das percussões, os sons envolventes das cordas e as notas dos instrumentos de sopro, emanam de uma maravilhosa diversidade de instrumentos musicais lendários, cuja própria criação sintetiza a história da humanidade e a sua relação com a terra. Todos juntos viajamos desde as montanhas altas, às imponentes florestas das terras frias, passando pelas férteis planícies de pastores, até aos rios, lagos, mares, cruzando aldeias de pescadores, agricultores e caçadores, até às exuberantes selvas tropicais, passando pelos desertos… enfim por toda a TERRA!

Por tudo isto, pensamos que a música e o intercâmbio cultural vão permitir a todos os que se deslocarem a Vila do Conde possam sorrir, dançar, sonhar e reflectir... algo sem preço, sem bolsa de valores e que se traduz simplesmente em LIBERDADE!

Apresentação

(Breve história do Festival)

O Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan é uma aproximação a um outro olhar, aquele que resistiu e defendeu as suas heranças e alternativas culturais, sendo um dos festivais mais importantes do mundo.

O Festival Ollin Kan é assim um encontro vigoroso entre os povos que nos brindam com músicas e danças provenientes de todos os continentes.

Sonoridades provenientes do mundo/espaço árabe, flamenco, do fado, da música celta, do reggae, da rumba, da salsa, dos sons jarochos, do Caribe, da música mandinga, do samba, da bossa nova, do tango, da música dos Balcãs e todas as expressões de raiz na sua forma mais pura e nas suas múltiplas fusões com o mundo moderno.

O Festival Ollin Kan tem 4 semanas de duração e oferece 39 cenários.

O crescimento deste festival nos últimos 3 anos foi de 600%, que se manifestou num alargamento da programação, dos palcos e cenários, no impacto dos media, na participação internacional e no público assistente.

Festival Ollin Kan 07 Cidade do México

Desde então, todos os anos, entre Abril e Maio, a Cidade do México converte-se no principal escaparate para a “Música do Mundo” de toda a América e numa plataforma para o desenvolvimento de mercados independentes e alternativos em torno das manifestações culturais internacionais. É também o ponto de partida para a consolidação de projectos entre o México e o resto do mundo.

Entre 26 de Abril e 20 de Maio de 2007 foi levado a cabo a 4ª edição do Festival (nesse ano dedicado a Portugal com a presença de oito grupos) e os resultados mostram-nos números que avaliam bem o crescimento do evento:

· 25 Dias de Festival;

· 269 Concertos;

· 43 Países;

· 70 Grupos internacionais;

· 35 Grupos mexicanos;

· 39 Palcos;

· 900 Mil assistentes.

O Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan abre agora uma nova sede, localizada em Portugal.

Com o apoio da produtora independente Bartilotti Produções, este Festival sai pela primeira vez da Cidade do México e abre a sua primeira sede alternativa em território europeu.

É o início de um festival que se torna itinerante, levando consigo a mensagem do mundo alternativo a diversas cidades do Planeta.

O Festival Ollin Kan Portugal terá lugar de 31 de Julho a 2 Agosto de 2008, e vai dar início a uma importante programação de artistas mexicanos, indianos, africanos, venezuelanos, chineses, vietnamitas, franceses, espanhóis e portugueses.

A cidade de Vila do Conde será a sede deste primeiro Festival e os concertos irão realizar-se no Centro Histórico, junto ao Cais das Lavandeiras, com 2 palcos que funcionarão alternadamente das 18h00 à 01h00.

Nas mesmas datas, foram criadas extensões do Festival em Alcochete e Palmela, onde ocorrerão concertos que integram a programação cultural do Festival Ollin Kan Portugal, proporcionando ao público uma perspectiva musical multicultural.

EM TODOS OS LOCAIS OS CONCERTOS TÊM ENTRADA LIVRE

PROGRAMAÇÃO

Banda de Tlayacapan – México

Radaid – México

Pibo Marquez - Venezuela

Cheik Tidiane Seck – Mali

Paban das Baul – Índia

Costo Rico – Espanha

Cadência – Espanha

Xarnege – País Basco

Dites 34 – França

Dazkarieh - Portugal

Atlântida – Portugal

MU – Portugal

Batoto Yetu – Portugal/ PALOP

Galandum Galundaina – Portugal

Frei Fado d’el Rei – Portugal

Duo Huong Thanh et Guo Gan – Vietnam/ China

DJ Gringo da Parada – França».

5 comentários:

JO disse...

Bolas, mais um festival a fazer concorrência a Sendim. Assim é aborrecido e complicado um tipo ter que andar a escolher, ainda para mais querendo ver tudo já que tudo é bom.
É bom ter escolha.....mas demasiada escolha tambem acaba por ser mau!

António Pires disse...

JO:

Olha que nem tudo é bom e, embora por vezes seja difícil escolher, o melhor método de optar por um concerto ou festival - pelo menos o meu (e quando posso optar, porque há alturas em que a opção não se me põe) - é escolher o que será mais improvável conseguir ver nos próximos tempos. Por exemplo: às vezes opto por um grupo estrangeiro em detrimento de um grupo português não porque goste mais ou dê mais importância ao estrangeiro do que ao nacional mas porque é, geralmente (e sublinho, geralmente), mais fácil ver a seguir um concerto desse mesmo português do que desse mesmo estrangeiro. Eu cá gosto de ter escolha :))

Um grande abraço...

Anónimo disse...

Que pena os organizadores não se lembrarem de levar mais bandas portuguesas...sem dúvida que um festival deste género não têm bandas representativas da cultura Portuguesa neste cartaz, bom a não ser os Atlantida. Porque Mu e Dazkarieh com a sonoridade que produzem, instrumentos que utilizam, não representam Portugual e a nossa Cultura. Mas como estamos sempre habituados ao que é de fora é que é bom...enfim...se calhar até representa bem o estado da nação...
Fica aqui então o meu comentário que espero que chegue aos organizadores...

abraço ao auditório

António Pires disse...

Caro Anónimo:

Primeiro, não se quer identificar? Sempre sabia com quem estou a falar e, já agora, o «auditório» também... Depois, não concordo nada consigo: sim, podia haver mais grupos portugueses, claro!, mas o que estão são excelentes. Só não conheço os Atlântida (embora saiba que é mais um projecto do José Flávio Martins e da Cristina Bacelar dos Frei Fado d'El Rei), mas os Mu são dos melhores grupos portugueses (apesar das sonoridades ;), os Dazkarieh também (e olhe que há neles imensa música portuguesa... apesar das sonoridades), os Galandum Galundaina são do que de mais representativo têm as terras de Miranda (a menos que não considere as terras de Miranda... Portugal ;), os Frei fado d'El Rei também fazem música marcadamente portuguesa e os Batoto Yetu são um belíssimo exemplo de um Portugal aberto a músicas que nos estão muito próximas... Portanto...

Um abraço...

António Pires disse...

Já agora, não sou lá muito bom a fazer contas, mas seis grupos portugueses em 17, dá mais de um terço da programação com grupos portugueses, não dá?