11 março, 2008

Leonard Cohen - O Regresso a Portugal (E ao Mundo)


A notícia de hoje do Raízes e Antenas não é muito alargada (mas basta a imensidão da obra e da vida do seu protagonista para que seja uma GRANDE notícia): depois de quinze anos de afastamento dos palcos internacionais - quinze anos em que se isolou num mosteiro budista (ele, que é judeu de nascimento!), em que redescobriu o amor (ele, que de relações falhadas fez a maior parte do seu cancioneiro!) e em que se apaixonou pelo prazer de compor e fazer música com outras pessoas (ele, o solitário-mor!) -, o mestre canadiano da folk Leonard Cohen volta a fazer uma grande digressão internacional e, agora a notícia, dá um concerto em Lisboa, dia 19 de Julho. Segundo as fontes consultadas pelo R&A - o Juramento Sem Bandeira e o Grandes Sons - ainda não há local definido para o concerto, se bem que se fale da Gare Marítima de Alcântara. Só uma nota: vi-o, ao Leonard Cohen, em meados dos anos 80, acompanhado por uma banda quase de hard-rock manhoso, numa noite de Carnaval. Eu, que amava as suas canções quase acima de todas as outras, odiei o concerto! Mais de vinte anos depois, estou disposto a fazer as pazes... Assim ele o permita!

12 comentários:

menina alice disse...

Beijinhos, António.

"quase de hard-rock manhoso"

Não me angusties. Espreita a banda aqui. Pode ser que nos consigas sossegar um bocadinho.

António Pires disse...

Menina-Alice:

Pois, a banda de «quase hard-rock manhoso» foi no outro concerto... Esta parece ser muito mais decente, de facto :) E obrigado a ti por me teres sossegado!

Beijinhos...

laura disse...

Gosto muito dos filmes que este senhor Cohen faz com o irmão... ;))

Kidding!!

Mas se é em Alcântara (a confirmar-se...), só pode ser um bom concerto :)))

menina alice disse...

Estava a descansar-te e a ver se me descansavas. Foi bonito isto agora. :)

António Pires disse...

Laura:

LOL!!! Essa dos Coens e do Cohen faz-me lembrar aquela do «Spielberg, Carlsberg, Iceberg... É tudo a mesma coisa» (é uma anedota parva; não ligues!). E sim!, se é em Alcântara vai ser de certeza um bom concerto :)))

Beijos...

António Pires disse...

Menina-Alice:

Foi bonito, foi!! :)))

Acho que podemos ficar descansados, então ;)

PS: estou a gostar da minha conversa com o João Lisboa lá no teu poiso! Acho que mais do que Complicadíssima, a tua Teia está a transformar-se num chat de amigos... O que não me parece nada mal :)

menina alice disse...

"Acho que mais do que Complicadíssima, a tua Teia está a transformar-se num chat de amigos..."

Tão bonito o teu elogio. E estares lá também é uma grande recompensa. ;)

Obrigada.

António Pires disse...

Menina-Alice:

De nada! É um prazer :)

Curiosa disse...

Viva António!
(tenho andado fugida da navegação).
Eu também me zanguei com ele, e principalmente com os meus irmãos mais velhos, porque na minha adolescência tinha de ouvir as suas melancólicas músicas. Enfim, típico de teen-ager! Mas há que tempos que fiz as pazes com ele!!!

Bjs

ps: já tinha saudades de aqui vir.

Anónimo disse...

O António Pires que me desculpe, mas a minha esperança no Leonard Cohen criativo já se dissipou há muito. Eu sei que ele é quase um «Deus» para muitos amantes de música e para mim também é (foi?) um extraordinário escritor de canções - «songs of love and hate» é um dos discos da minha vida e «famous blue raincoat» uma das quatro ou cinco mais esplendorosas canções de sempre. Mas, apesar da escrita superlativa, confesso que, a partir do «I'm your man», o suporte musical (essencial quando se fala de canções) tem-me decepcionado um pouco, aproximando-se perigosamente da música de casino (confirmar em «The future») e de alguma folk anémica (nos dois últimos álbuns). Tenho muita pena de ir contra a corrente, mas isso não me impede de continuar a respeitar imenso o L. Cohen. Regresso em grande, para mim, foi o de Nick Cave & The Bad Seeds. Um abraço.

António Pires disse...

Viva Curiosa!

Eu então, ouvi tanto os discos dele na minha adolescência que quem se queixa do que tu te queixas é mesmo a minha irmã mais nova ;) Mas isso não a impediu, depois, de aprender a tocar várias canções dele na guitarra :)) E muito melhor do que eu, diga-se...

Beijos e saudades...

António Pires disse...

Rui G:

Acho que exagera na expressão «de casino» mas até percebo bem o resto dos seus argumentos. E deixe-me concordar, de alguma maneira, consigo: costumo dizer que os melhores álbuns de Leonard Cohen têm sido editados, na última década, pelo... Nick Cave. E isto é, claro, um elogio ao Nick Cave, mais do que ao Leonard Cohen. Agora, se um deles (Cohen) não tivesse existido, o outro (Cave) não existiria da mesma forma... E acho que isto também é claríssimo!

Um abraço...