17 abril, 2007

José Mário Branco - Mudar de Vida...



José Mário Branco (aqui em mais uma foto de Lia Costa Carvalho) apresenta no Porto, sua terra-natal, o espectáculo «Mudar de Vida». A convite de Pedro Burmester, José Mário - uma das últimas memórias, e a mais importante, que nós temos de um tempo em que a música era também intervenção, inteligência, informação, para além de ser muito, às vezes quase demasiado, boa música - criou um espectáculo inspirado no mote «Música e Revolução» (...como se todos os espectáculos de José Mário Branco não o fossem...), que é apresentado dia 30 de Abril na Casa da Música. A base do espectáculo é o último álbum de José Mário, «Resistir É Vencer», mas não se resumirá a ele e incluirá, claro, alguns mergulhos no passado da sua música, que é também a nossa. Com José Mário estarão neste concerto os músicos - uma selecção A da música nacional - José Peixoto (Madredeus e Sal, guitarra), Carlos Bica (contrabaixo), Rui Júnior (O Ó Que Som Tem? e mentor do Tocá Rufar, percussões), Filipe Raposo (piano e teclados), João Pires (violoncelo), Guto Lucena (flauta e saxofones soprano, alto e tenor) e José Manuel David (Gaiteiros de Lisboa, trompa e gaita-de-foles), para além do grupo coral Canto Nono (que teve em José Mário Branco o seu produtor e com ele colaborou em várias ocasiões) e vários elementos do grupo de percussões Tocá Rufar, numa ligação entre o palco e a plateia. Fazendo nossas as palavras do comunicado de imprensa da Casa da Música, «José Mário Branco é um artista do seu tempo e da sua comunidade. E este tempo não é de introspecção, mas sim de denúncia ("isto não é sociedade que se apresente"), e de acção (é preciso mudar de vida). A dor da Humanidade - tema recorrente em "Resistir É Vencer" - e o sistema social que dessa dor se alimenta, aparecem agora estruturados mais racionalmente. Porque, quando tudo parece absurdo no mundo em que vivemos, a racionalidade impõe a Revolução social como "uma simples questão de bom senso". Mudar de Vida terá, portanto, como tema nuclear, o direito à rebelião: quando a sociedade é injusta, a Revolução é já um princípio de Justiça». Mais informações aqui.

7 comentários:

rui rebelo disse...

grande zé mário.

António Pires disse...

É sim senhor...

Grande, enorme, maior do que este país lilliputiano...

ANNA-LYS disse...

Hello António,

As You know I don't understand all the words in Your language. But, If I got the picture of this right ... it's all about humanity in a revolutionary way ... I hope :-) ... and as everything else You write ... significant, relevant and very important topics!

(( hugs ))

António Pires disse...

Hello Anna-Lys!

Yes, you're right! This post is about José Mário Branco, a very important portugueses singer and writer - and, yes again, always engaged in very good causes. His last album is called «Resistir É Vencer» (it means «To Resist Is To Win» because the simple act of resistence is already a victory...).

((Hugs))

Rui Rebelo disse...

coloquei, aquando o aniversário da morte do zeca, um post no
anacruses com um tema do Zeca

http://anacruses.blogspot.com/2007/02/cantar-entre-alentejndiano.html

Brevemente farei um com música do Zé Mário.

Aceitam-se sugestões.

abraço,
rui

António Pires disse...

Rui,

Se eu tivesse que escolher uma, e apenas uma, canção que «resumisse» a obra do José Mário Branco escolheria «Chulinha» («Eu vim de longe, eu vou p'ra longe...»).

Rui Rebelo disse...

essa é dificil para fazer versão livre.
estava inclinado para as "...almas censuradas" pois é emoção mais fácil...
Mas fica o desafio.

abraço,
rui