03 maio, 2007

Xaile - Música Planetária Portuguesa



Xaile é um novo grupo musical português que, ao fim de dois anos de trabalho, está agora a revelar-se a pouco e pouco em concertos (com passagens pelo Incrível Club, em Almada, e pelos Recreios da Amadora; com uma actuação próxima marcada para o Maxime, em Lisboa, e com outras que de certeza se seguirão) e num álbum de estreia que é editado em Junho pela Universal. A convite desta editora, o texto de apresentação do Xaile que está a ser enviado para várias rádios e jornais é assinado pelo autor deste blog. Texto que aqui deixo na íntegra, com os votos de maiores felicidades à fabulosa equipa que dá corpo ao Xaile...

Raramente, na música portuguesa, se arrisca fazer da pop popular e do popular pop. Quando pop e popular deviam ser, sempre, sinónimo ou, pelo menos, palavra filha uma da outra. E quando isso acontece algo de importante acontece na música portuguesa. Aconteceu com a Banda do Casaco. Aconteceu com António Variações e os Heróis do Mar. Aconteceu com os Sétima Legião, os Ocaso Épico e os Madredeus. Aconteceu com os Trovante e, mais tarde, os Sitiados. Acontece, agora, com projectos tão diferentes como A Naifa, os Dazkarieh, os Chuchurumel, os Mirandum, Uxu Kalhus ou os Dead Combo, entre alguns poucos outros. Por caminhos diversos, através de abordagens diferentes, seguindo uma ou outras vias, todos eles procuram a essência da música portuguesa, abrindo-a a novas influências e avançando convictamente para o futuro.

Xaile, um novo grupo de música portuguesa - de «música planetária portuguesa», diz Johnny Galvão, um dos fundadores do grupo - inscreve-se facilmente nessa antiga e nova linhagem. Porque é música portuguesa de raiz e é muita, tanta, música à volta. Mas com tudo isto a fazer sentido, de canção para canção e tudo dentro da mesma canção, movimentos perpétuos de canções dentro de canções, dinâmicas, variações, surpresas constantes em que chulas e malhões, fado e cante alentejano podem coexistir com o hip-hop e o jazz e o funk. Em que ecos de José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Banda do Casaco e Madredeus namoram com a música dita celta em jigs, reels e airs (e a sua renovação através de nomes como Clannad, Enya ou Capercaillie), com o flamenco, a música árabe, africana ou brasileira. Sem barreiras, sem pudores, sem vergonha, o que também quer dizer, com um sentido pop raríssimo no nosso país. E com uma alegria, um brilho e uma criatividade constantes.

Depois, pormenor que está reservado para este terceiro parágrafo: à frente do Xaile estão três cantoras, três belíssimas cantoras, todas elas irmanadas num sonho comum, solidárias e complementares, tão diferentes mas tão iguais na maneira como se entregam à sua arte. Chamam-se Marie, Lília e Bia e são as três cantoras e instrumentistas e bailarinas. Marie, luso-francesa com um pé em Paris e outro no Algarve, a fazer um mestrado em Literatura Oral Tradicional, fez parte durante alguns anos dos Alambique, Dazkarieh e Avalon Ensemble. Hoje, faz investigação no Centro de Tradições Populares Portuguesas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e está de corpo e alma no Xaile, onde canta, toca gaita-de-foles galega, variadíssimas flautas de Bisel e adufe. Lília, portuense mas transmontana de coração, estudante de Artes do Espectáculo também na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem formação em dança, pertenceu a um rancho folclórico e participou em vários espectáculos de teatro e televisão. Teve várias propostas para gravações a solo mas prescindiu delas em favor do Xaile, grupo do qual diz ser «o meu sonho». No Xaile, Lília canta, toca harpa céltica e percussões. Bia é açoriana, arquitecta, e passou por grupos rock e tunas universitárias (refundou a Arquitectuna, na Faculdade de Arquitectura de Lisboa) e está no Xaile, com paixão, onde canta, toca guitarras, cavaquinho e percussões. E quem ouve o álbum de estreia do grupo percebe a química, a união, a diversidade e complementaridade destas três vozes, mas ao vivo tudo isto ainda é mais visível. Vêem-se as três juntas e pensamos nas finlandesas Vartinna, nas belgas Lais, nas galegas Leilia, nas «multinacionais» Zap Mama... Isto é, num grupo em que as vozes femininas, por muito boas que sejam individualmente, e são!, valem muito mais porque fazem todo o sentido quando ouvidas assim, em conjunto.

Marie, Lília e Bia são as três pontas do Xaile. Mas falta falar de quem teceu, primeiro, o tecido de que o Xaile é feito. Na base, na origem, da história estão dois músicos e compositores, Rui Filipe Reis e Johnny Galvão. Rui Filipe, compositor das músicas e co-letrista, produtor, arranjador e instrumentista (teclas, programações, acordeão) do Xaile, tem formação clássica em piano, trabalhou como instrumentista e arranjador durante vários anos com Dulce Pontes, participou em musicais com Pedro Osório e José da Ponte e, desde há dois anos, é um dos responsáveis pela produtora Raga, em que desenvolve projectos próprios de composição e produção. Johnny Galvão saiu de Portugal nos finais dos anos 60 e desenvolveu a maior parte do seu trabalho de instrumentista e produtor em Espanha (onde trabalhou na renovação do flamenco com Paco de Lucia e Manolo Sanlucar e no cruzamento do flamenco com outras linguagens, nomeadamente com Miguel Rios, o duo feminino Las Grecas, Los Chorbos ou no álbum «Delírios Ibéricos», que juntou Rão Kyao com os Ketama) e no Brasil (em que, nos anos 80, produziu trabalhos de vários grupos e artistas como Leo Jaime, no polémico álbum «PhodaC», e Raimundo Fagner). Johnny Galvão criou também música para teatro, cinema e publicidade, antes de regressar a Portugal. Nos últimos dois anos tem trabalhado com Rui Filipe na Raga, onde desenvolveram dois projectos em parceria: os Rosa Negra e o Xaile. No Xaile, Johnny Galvão é produtor, arranjador, guitarrista, co-compositor das músicas e autor das letras. Letras que remetem para um imaginário tradicional português. No Xaile, há frases, expressões, citações que ajudam imediatamente a situar a música num território mítico, nosso, feito de canções antigas, lenga-lengas, jogos infantis ou poesia popular. No Xaile escutam-se palavras nossas, tão nossas, na voz das três cantoras - «giroflé», «pouca-terra, pouca-terra», «vai de roda», «entre as brumas da memória», «sape gato lambareiro», «rei, capitão, soldado, ladrão»... - em novos contextos, com novos significados, em novas harmonias. E até, no único momento em que se usa uma língua estrangeira, o inglês - «Far away, far away from here...» -, as palavras são de Fernando Pessoa. Palavras ditas, no disco do Xaile, pelo inglês Russell Nash - cantor que com a sua banda homónima, Nash, teve bastante sucesso no Reino Unido, em 2001, com o álbum «The Chancer» e que se apresta agora para gravar um novo álbum para a Raga.

O álbum de estreia do Xaile, homónimo, é editado em Junho através da Universal Music Portugal. Do alinhamento, constitituído unicamente por originais, fazem parte os temas «Ai Linda, Ai Linda», «A Ver o Mar», «Assim-Assim», «Encontro Marcado», «Onde For o Amor», «Roda da Alegria», «A Minha Circunstância», «Aquele Maio», «Ao Luar», «Haja Saúde», «Até Me Encontrar», «Jardim Celeste», «Lá de Onde Eu Sou» e «Não te Vás Embora». O primeiro single, «Ai Linda, Ai Linda», começa por estes dias a rodar nas rádios. Para dar um novo significado à sigla MPP.

40 comentários:

rui rebelo disse...

a rapariga da harpa via no chapitô e parecia um anjo.

António Pires disse...

Olá Rui!

Acho que ela vai ficar contente por saber isso! E tens que as ver (e ouvir) às três...

Um abraço

César Prata disse...

Fico muito curioso e ansioso.
Abraço

isabel mendes ferreira disse...

três lindos "xailes"..........








obrigada.

isabel mendes ferreira disse...

RECTIFICAÇÃO:



eu é que agradeço!


:))))))))))))))


___________________

abraço.

inominável disse...

humm, fiquei curioso para as ver e ouvir.

abraço, Dário.

un dress disse...

esse agrupamento de vozes que pintas divino...

e a atitude de dar alma ao grupo, neste tempo de viver atrás dos vidros, é fa.bu.lO.sa!!!

fiquei melhor, agora.
obrigada pela informação e pelas entre.linhas sonoras e poéticas!!


*

Anónimo disse...

Bom Dia!

Tive o privilégio de assistir aos dois concertos dados por Xaile, magnico, é um espectáculo, que nos prende do principio ao fim.
Três magnificas vozes, uma sonoridade onde se mistura o tradicional português com àrabe e outros sons.

Das três vozes já conhecia a da Lília, pois tenho acompanhado o seu percurso á já cinco anos, excelente voz, assim como as da Marie e Bia.

Quanto ao que aqui escreve sobre as três cantoras, fiquei um pouco surpreendida em relação á Lília, tenho muita pena que ela tenha renunciado a uma carreira a solo.
Faz precisamente dois anos este mês de Maio, que a ouvi cantar em Trâs-os-Monres, dois temas originais lindissimos(escritos e compostos, por um jovem cantor e compositor), na altura tudo indicava que seria para um projecto só seu...mas como diz o povo, há razões que a razão desconhece.

Tenho conhecimento de um proximo concerto em Junho, mais precisamente no dia 23/06/2007,na 44ªfeira do artesanato no Estoril, não sabia da apresentação no Maxime, e do lançamento do disco, que bom.

É também muito bom, ver pessoas como o António, se me permite que o trate assim, já com alguns anos de experiencia, dar a conhecer esta nova geração de artistas.

Muito obrigada.
Um Abraço.
Maria

António Pires disse...

Olá César, Isabel, Dário, Un-Dress e Maria:

Sim, para quem não conhece ou já conhece: o Xaile é um projecto novo, de horizontes abertos, onde - repito - a pop e o popular andam alegremente de mãos dadas. Possivelmente alguns puristas da tradição vão torcer o nariz. Eu, que não sou purista e que dou tanta importância às raízes quanto às antenas ;-), gosto muito!

Ah, e Un-Dress: há um post novo inspirado na palavra «enciclopédia»...

Obrigado a todos pelos comentários!

Rosmaninho disse...

Muito Obrigada por tanta informação acerca de Xaile.
Há muito que procurava novidades...

Xaile é, sem dúvida, a essência da música portuguesa e o seu futuro.

Desejo que tudo aconteça conforme o que aqui é descrito: o primeiro single a rodar nas rádios, o álbum editado em Junho, os jornais a divulgarem o texto e que aconteçam muitas e muitas actuações para que eu continue a aplaudir este Xaile espectacularmente envolvente.

Anónimo disse...

Estive nos Recreios da Amadora e fiquei surpreendido, Xaile é muito mais do que esperava. Já conhecia a voz de Marie Lucio, desde os Dazkarieh, e deixem-me dizer que continua a surpreender pela positiva, bem como as outras duas pontas do Xaile. Magnífico!!!

Anónimo disse...

Depois de ter assistido aos dois espectáculos,em Almada e na Amadora,do Xaile,também eu fiquei completamente encantada.E agora ler este seu texto magnifico e pleno de informações sobre este projecto fabuloso,é muito bom.Obrigada.

Carminho

António Pires disse...

Olá Rosmaninho, «Anónimo» e Carminho,

É bom ver que os fãs do Xaile estão tão atentos que até descobriram este texto num blog recôndito... Fã, como puderam verificar, também eu o sou... Obrigado pela vossa visita e voltem sempre!

Rosmaninho disse...

António

Agradeço as palavras deixadas no http://eternamenteliliamane.blogspot.com/.

Não foi nada difícil encontrar este texto...:):) bastou escrever a palavra Xaile, no google, e o blogue Raízes e Antenas "apareceu":):). Agora, aqui venho diariamente. Aqui "fala-se" do que muito aprecio!

Quem muito gosta de Xaile está sempre atento e desejoso de encontrar mais lugares onde dele se fale.

Ontem reparei, no http://www.myspace.com/beatriznoronha, que mais actuações irão acontecer (Almeirim 17 de Maio, Oeiras 19 de Maio e Estoril 23 de Junho).
Procurei por toda a net publicidade sobre Xaile, principalmente em agendas de espectáculos on-line, e nada encontrei de divulgação destes espectáculos.
No meu blogue, tento actualizar as novidades de Xaile mas... sinto falta de mais notícias acerca dele:(...

Vou, entretanto, continuando atenta :).
Mena

António Pires disse...

Olá Mena,

De nada, o prazer - repito - é meu... E acho que se pode juntar a esses mais um no Maxime, em Lisboa, em princípios de Junho (não sei exactamente a data, mas a Bia deve pô-la no seu myspace como tem feito com as outras).

Anónimo disse...

Para informações acerca de Xaile podem aceder ao myspace oficial de XAILE em www.myspace.com/xailempp
Fiquem bem e Obrigada por todo o vosso carinho!
XAILIRÁ!!
Bia

António Pires disse...

Olá Bia!

Sejas bem-vinda a esta casa! E, claro, aqui ficam os meus desejos de que os vossos próximos concertos corram muito bem, como vocês merecem...

Anónimo disse...

Este grupo tem futuro têm musicas muito boas e fazem nos lembrar as raizes celtas de Portugal.
Haja saúde grande musica!

António Pires disse...

Caro Anónimo (não quer identificar-se?):

Tem futuro, sim senhor!!! Um futuro brilhante, assim o espero!!! Quanto às nossas raízes celtas - que as há, claro! -, deixe-me acrescentar outras: mouras, judias, africanas, castelhanas, romanas, etc, etc... É disto que a nossa riqueza «nacional» é feita e é disto que a música do Xaile também é feita... Fechar Portugal num círculo «celta» é redutor, incorrecto e até - em termos ideológicos - bastante perigoso... Volte sempre!

Anónimo disse...

Vi o concerto nos Recreios da Amadora que a RTP2 transmitiu e fiquei maravilhada! Um estilo muitíssimo interessante, misturando pop e folclore de forma muito bem conseguida.

Feitas as devidas transposições, de alguma forma, fez-me lembrar as raizes da banda irlandesa "The Corrs"... não sei se estou a dizer alguma heresia, mas, sinceramente, adorei o que vi e ouvi deste sedutor e envolvente Xaile.

Unknown disse...

Olá António. Daqui J. Gata.
Estás bom?
Long time no speak. Vi hoje as xaile (ou o projecto Xaile) na rtp2 de manhã, por total acidente. Fiquei demasiado curioso, pois já tinha ouvido falar disto mas nunca tinha ouvido.
E vim dar aqui ao teu blog. Gostava bastante de falar contigo acerca disto. Apita para xa-das-5.blogspot.com ou webcat2@gmail.com
E vamos pôr os cafés em dia e ter um colapso devido ao número.
Adiós.

DANIEL BACELAR disse...

VI ONTEM NA RTP2 O (CURTO ESPAÇO -23MINUTOS)DEDICADO A ESTE INTERESSANTE GRUPO.
É ABSOLUTAMENTE EXTRAORDINÁRIA A VOLTA QUE CONSEGUIRAM DAR Á CHAMADA MÚSICA FOLCLÓRICA,TRANSFORMANDO-A DE UM PRODUTO APRECIADO SÓMENTE POR ALGUNS ESTETAS EM ALGO DE MUITO BELO E ACESSÍVEL INTERNACIONALMENTE E NÃO SÓ.
NÃO É VULGAR APARECER UM GRUPO DE TÃO GRANDE QUALIDADE NESTE PAIS ONDE O "PIMBA DO PIOR" É REI TUDO POR CULPA DA NOSSA RÁDIO E TELEVISÃO E DE UM PÔVO QUE INFELIZMENTE SÓ DÁ PROVAS DE NÃO SABER PARA ONDE QUER IR,CRIANDO-ME SÉRIAS DÚVIDAS NA LONGEVIDADE DESTE GRUPO.
É TRISTE,MAS É DAMASIADO BOM PARA UMA TERRA QUE NÃO MERECE TANTO TALENTO.
ALÉM DISSO, ESTE GRUPO É UMA ALEGRIA PARA A VISTA,O QUE NEM SEMPRE ACONTECE.
CLARO QUE CORRI PARA A FNAC (passo a publicidade)E COMPREI O CD QUE JÁ ESTÁ À VENDA.
PALAVRA DE HONRA QUE NÃO CONHEÇO AS MENINAS,NEM SOU DA SUA FAMILIA,MAS OS MEUS PARABÉNS Á EDITORA DISCOGRÁFICA POR TER APOSTADO EM ALGO TÃO BELO!!!

ÓPTIMO TRABALHO!!

DANIEL BACELAR

António Pires disse...

Anónima:

Acho que a comparação com os Corrs não é nada descabida, na medida em que há elementos tradicionais (da folk irlandesa nos Corrs, da música tradicional e popular portuguesa no Xaile) e da pop nos dois grupos. Mas deixe-me que lhe diga que gosto muito mais de Xaile do que de Corrs...

João:

É verdade: há quanto tempo!!! Vamos tomar um café um dia destes, pois! E não voltaste à música ou voltaste e eu não sei de nada?

Grande abraço

Daniel:

Concordo com algumas coisas que diz, mas não com outras: o «povo», como chama, ao que presumo, a dez milhões de portugueses - cada um a pensar com a sua própria cabeça - não é assim tão estúpido, apesar de muitas vezes lhes ser servido - via muitas rádios e televisões - apenas coisas estúpidas. Nem acho que Portugal não merece um projecto como o Xaile, mais a mais porque é na nossa cultura que eles e elas bebem a sua inspiração primeira. Mas muito obrigado pela sua participação neste blog. Será sempre bem-vindo.

Anónimo disse...

Descobri o Xaile à poucos dias numa transmissão da RTPN e fiquei fã. Para quando uma deslocação ao Porto?
M.Augusto

J G disse...

Estou rendido ao encanto das meninas. obrigado por este post sobre as xaile, grande antónio!

j. campo grande disse...

Vi a apresentação do Xaile um dia destes na RTP II. Percebe-se, de imediato, que foi tudo construído à base da boa água e do bom vinho. Coisa rara hoje em dia. Já se vislumbra, continuando nesse caminho, o grande sucesso do grupo. Guardadas as devidas proporções, fez-me lembrar Jobim e a New Band - mas com roupagem estritamente lusitana. Meus sinceros parabéns ao grupo, à idéia e muito sucesso!
Jorge C. Grande

l.f. disse...

Olá!
Só hoje descobri este magnífico projecto, estou absolutamente rendida... tenho a certeza de que será um enorme sucesso.
Tem alma, alma lusitana... e ao mesmo tempo de sonoridades tão universais, de uma diversidade tão rica e tão global... arrepia e entranha-se na gente.
É um aconchego este Xaile...
Parabéns a todos os que o tornaram possível!!!

António Pires disse...

M. Augusto, JG, Jorge e L.F.:

Obrigado pelos vossos comentários! É bom ver tanta gente interessada no trabalho do Xaile!!

Abraços

Anónimo disse...

Ouvi pela primeira vez falar do Xaile quando estas receberam um convite do Presidente da República para actuar, julgo que nas comemorações do 5 de Outubro, ou assim.. Procurei conhecer o projecto, através da Internet, deste blogue das páginas, do myspace, etc... Entretanto ouvi o CD. E a presença destas meninas nos média multiplica-se. TV, Jornais.. A verdade é que elas, ou alguém por detrás deste projecto, se movimenta muito bem nas esferas da comunicação social e tem feito uma boa promoção do grupo. SIM, PORQUE NINGUÉM ACREDITA QUE ESTE MEDIATISMO SEJA FRUTO DE MÉRITO OU QUALIDADE, POIS NÃO?! Apesar da louvável recuperação de instrumentos tradicionais, em termos de valores culturais e musicais pouco ou nada aportam as Xaile ao panorama musical português, limitando-se a fzr um falso uso da bandeira "tradicional". Maior exposição mereciam grupos como VERDADEIRO MÉRITO os "Daskarieh", "Vai de Roda", "Marenostrum" "Som Ibérico" ou Quadrilha", verdadeiros pioneiros da promoção e recolha da cultura portuguesa. As Xaile!? Pouco aportam além de uma exposição visual e sexista, tão típica do POP, que é como quem diz: PIMBA!

Anónimo disse...

Estranho.. Só comentários positivos?! TERÁ ISTO ALGUMA COISA A VER COM O FACTO DA MODERAÇÃO ESTAR ACTIVADA PELO AUTOR? Julgo que a coragem de aceitar o post anterior era louvável. Fico ao dispôr para discutir a questão através do e-mail joseluis_goncalves@hotmail.com. Agradecia tb que me reenviasse o texto.
Cumprimentos.

António Pires disse...

Caro José Luís Gonçalves:

Antes de mais, muito obrigado pela sua participação. Depois, e antes de outras considerações, este blog não faz censura aos comentários dos leitores apesar de ter a moderação de comentários activada. E pode facilmente verificá-lo noutros posts em que há pessoas que não concordam comigo ou não gostam das coisas de que eu gosto ou querem, simplesmente, «desabafar»... Nesse sentido, todos os comentários presentes neste post sobre o Xaile foram os comentários recebidos - e se não há nenhum «negativo» até agora é porque não foi recebido. Aliás, não lhe dou a direito de duvidar que os comentários sejam manipulados!!! Você vem aqui, entra-me pela «casa» dentro e arma-se em «alta autoridade moral» porquê? Com que direito? E ainda por cima escreve em maiúsculas!!! Está a gritar comigo, é? Não é preciso; oiço bem.

Depois, é mais que óbvio que não concordo consigo: gosto muito do projecto Xaile, ao qual reconheço grande qualidade e um elevado grau de originalidade, tal como está bem expresso no meu texto!!!

Mas o seu comentário aqui fica, claro, apesar de lamentar profundamente a sua atitude e, muito mais ainda, o infelicíssimo epíteto «pimba» aplicado, entre outros igualmente infelizes, à música do grupo. Acho, sinceramente, que a sua noção de «pimba» está bastante desfocada.

E não, não lhe vou enviar nenhum e-mail de resposta. A resposta está aqui, onde poderá lê-la perfeitamente.

Já agora, os Daskarieh chamam-se na realidade Dazkarieh, com «z» e não com «s». Volte sempre, ou não...

Anónimo disse...

António

Peço imensa desculpa mas sempre que observo que Xaile é comentado de forma negativa não hesito em "defendê-lo".
Não é que Xaile necessite de "defesa" (Xaile é autoprotegido) mas... "vi nascer" este projecto e ficar sem dizer umas palavritas não resisto.

Xaile só merece comentários positivos.
Xaile são Lília, Marie, Bia, Rufi, J.Galvão e todos que vêm mencionados no CD, portanto Xaile é muito mais do que "as Xaile"(usando as palavras depreciativas, em minha opinião, de José Luís Gonçalves).

Xaile é original, tem ritmo, alegria, qualidade e sobretudo é bem português!

Ninguém tem o direito de "amarrotar" o que é fabricado em Portugal, muito menos "amarrotar" este Xaile de que o António, eu e milhares (para não dizer milhões) de portugueses tanto gostamos.

Mena

António Pires disse...

Mena:

Não peça desculpa. É sempre bem-vinda neste blog :)

jmmartins disse...

Há algum tempo atrás, vi acidentalmente no canal 2 um grupo que nunca havia ouvido e achei que, embora numa avaliação demasiado rápida, para além de ter uma agradável encenação, soava magnificamente bem ao ouvido. Coloquei imediatamente na minha lista de aquisições e com indicação de “compra prioritária”.
Sobre a obra não vou repetir as observações já aqui mencionadas. Acrescento apenas e salvaguardando algo que desconheça, que na minha mui humilde opinião, este disco constitui das melhores obras inéditas que se publicaram em Portugal na última década e estou a incluir todos os grupos internacionais que conheço (incluindo os Corrs já aqui referidos e de quem conheço a música já editada). Não acredito, até que me provem, que estes ou outros, têm melhor qualidade técnica/artística ou criatividade. Têm é seguramente um “staff” técnico, económico e editorial muitíssimo mais poderoso.

Tenho 3 filhotes adolescentes com quem habitualmente troco opiniões musicais - estamos muitas vezes em desacordo, neste caso, a apreciação foi imediatamente consensual.

Numa frase: Talento, criatividade e sensualidade - assim, assim assim assim…

Não resisti a deixar a minha opinião (é a primeira vez que o faço), porque gostaria de deixar um aplauso … de pé!

Chapeau!

António Pires disse...

JM Martins:

Subscrevo! Obrigado e volte sempre ao Raízes e Antenas...

Anónimo disse...

Me parece cojonudo,lleno de matices musicales de extraordinaria profesionalidad y creación,cuanto mas lo escuchas mas riqueza encuentras.Sois nuestro oasis en este ilimitado desierto que cruzamos,como un contínuo.Un fuerte abrazo a todos y gracias por descubrir vuestro talento.Salud y Libertad.

António Pires disse...

Paco:

Muito obrigado pelo teu comentário! Agora, «cojonudo», se é que percebi bem ;) não é epíteto que se aplique às raparigas do grupo (embora aos rapazes sim, por suposto :)...

Um grande abraço e - sim, é tão bonito dizer o que vem a seguir - Saúde e Liberdade :)

Anónimo disse...

Este comentário é principalmente para a Marie Beatriz:

Tenho saudades tuas, linda.. do tempo dos "Alambique"... das nossas "andanças" por França, a ensinar malhões e viras...
Continuas a brilhar!... fico feliz por ti!..Por saber-te neste projecto! Tenho saudades da tua voz! Tenho que encontrar o vosso disco...espero que ele chegue aos Açores!..E vós também!
Beijos para as três "feiticeiras" do "xaile de Luz"

Raquel Banha disse...

Olá, tenho 11 anos e adoro as Xaile! Fui vê-las á Festa do Avante. Parabéns a todas! Adoro-vos :P !!!!

Anónimo disse...

Amiable post and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Thank you for your information.