
O África Festival começa amanhã, dia 28, na Torre de Belém, em Lisboa, com concertos de Mayra Andrade e dos Músicos do Nilo. E espero - do fundo do coração! - que comece bem e assim continue, tanto na sua «base» mais visível em Belém como na sua extensão ao Cinema S.Jorge, na primeira semana de Julho. Tive o prazer de colaborar com a organizadora do festival, Paula Nascimento, escrevendo um texto sobre música africana que ocupa as páginas centrais do jornal que vai ser distribuído no África Festival; o que muito me honrou. Uma colaboração que vai ter o seu epílogo no debate de encerramento do festival, dia 8 de Julho, depois da exibição do filme «Lusofonia, A (R)evolução». A todas as pessoas envolvidas no África Festival mas, principalmente, à Paula Nascimento - cujo profissionalismo, visão, empenho e paixão por esta causa são exemplares - deixo um grande obrigado, um «até já» e a recuperação de um texto publicado neste blog há alguns tempos:
O bolo principal do África Festival, que decorre no relvado junto à Torre de Belém, em Lisboa, já é conhecido mas fica aqui recordado: Mayra Andrade (Cabo Verde) e Músicos do Nilo (Egipto) no dia 28 Junho; Paulo Flores (Angola) e Bassekou Kouyaté (Mali) no dia 29; e Sally Nyolo (Camarões; na foto) e Baaba Maal (Senegal) no dia 30. Mas o Festival inclui ainda outros concertos de bastante interesse e muito cinema, na sua extensão ao Cinema S.Jorge, também em Lisboa, de 1 a 8 de Julho. Da programação de concertos faz parte um espectáculo de apresentação do novo álbum de Nancy Vieira (dia 2 de Julho); o novo projecto do músico, compositor e construtor de instrumentos Victor Gama «FWD: Utopia» (4 de Julho); do fabuloso grupo de tuaregues do malianos Tinariwen, que recentemente editou o álbum «Aman Iman», cuja crítica pode ser encontrada um pouco mais abaixo neste blog (dia 5 de Julho); e de um novo projecto em que Kalaf convida músicos angolanos e de outros países, Ecos da Banda (dia 7 de Julho); para além das Kizomba Sessions (um concurso de kizomba que decorre de 3 a 6 de Julho, seguido de um workshop de kizomba por Avelino Chantre, a 7).
Também no S.Jorge é apresentada, nestes dias, uma variadíssima programação de cinema, «Sons e Visões de África», que inclui os filmes «Bamako», de Abderrahmane Sissako (dia 3); «Bajove Dokotela - The Philip Tabane Story», de Khalo Matabane e Dumisani Phakathi, «Being Pavarotti», de Odette Geldenhuys, e «Amandla!», de Lee Hirsch (dia 4); «Le Miel N'Est Jamais Bon Dans Une Seule Bouche - Ali Farka Touré», de Marc Huraux, e «Teshumara - Les Guitares de La Rébellion Touareg», de Jérémie Reichenbach (dia 5); «Ishumars, Les Rockers Oubliés du Désert», de François Bergeron, e «Sierra Leone's Refugee All Stars», de Zach Niles e Banker White (dia 6); «Marrabentando, ou As Histórias Que a Minha Guitarra Canta», de Karen Boswell, «Muxima», de Alfredo Jaar, e «Mãe Ju», de Kiluanje Liberdade e Inês Gonçalves (dia 7); «Calado Não Dá», de João Nicolau, «Mais Alma», de Catarina Alves Costa, «Batuque, A Alma de Um Povo», de Júlio Silvão Tavares, e «Lusofonia, A (R)evolução», da Red Bull Music Academy (dia 8).
*«Lisboa na Cidade Negra» é o título de um maravilhoso livro de Jean-Yves Loude, recentemente editado pela Dom Quixote; mote para uma visita guiada pelo autor pela África que há em Lisboa, dia 1 de Julho. O lançamento oficial do livro decorre no S.Jorge, um dia depois.