06 fevereiro, 2008

Carlos do Carmo Vence Prémio Goya


Carlos do Carmo, com o tema «Fado da Saudade», foi o vencedor do Prémio Goya - o equivalente espanhol dos óscares - na categoria de Melhor Canção Original. O prémio foi anunciado na gala da 22ª edição destes prestigiados prémios do cinema espanhol, que decorreu domingo à noite no Palácio dos Congressos, em Madrid. «Fado da Saudade» faz parte da banda-sonora do filme «Fados», do realizador espanhol Carlos Saura, e concorria com os temas «Circus Honey Blues» (de Víctor Reyes e Rodrigo Cortés; filme «Concursante»), «La Vida Secreta de las Pequeñas Cosas» (de David Broza e Jorge Drexler; filme «Cándida) e «Pequeño Paria» (de Daniel Melingo; filme «El Niño de Barro). «Fados» estava nomeado para os Prémios Goya em apenas mais uma categoria, a de Melhor Documentário, tendo perdido para «Invisibles», filme de um conjunto de realizadores formado por Mariano Barroso, Isabel Coixet, Javier Corcuera, Fernando León de Aranoa e Wim Wenders. Em reacção ao prémio, Carlos do Carmo afirmou que «foi uma surpresa a nomeação e maravilhoso o ter recebido este prémio», acrescentando que «se este for mais um contributo para o fado, fico feliz, pois é o que tenho procurado fazer ao longo de 45 anos de carreira». Já o grande triunfador da noite foi o realizador catalão Jaime Rosales, que ganhou os prémios de Melhor Realizador e Melhor Filme, com «La Soledad».

4 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns ao Carlos, que bem merecia. Assim foi premiado um fado genuíno, o que não teria acontecido se o "Fados" ganhasse o Goya...

Rui Mota

António Pires disse...

Rui Mota:

Parabéns, mesmo!... Mas - apesar de perceber as tuas reservas (e ainda tenho bem presentes as tuas preciosas opiniões sobre o filme, algures aqui neste blog) - acho que não teria vindo grande mal ao mundo se o «Fados» tivesse ganho o prémio para melhor documentário. Digo eu, que não vi o filme...

Grande abraço...

Anónimo disse...

Talvez não tivesse vindo grande mal ao Mundo (se o "Fados" tivesse ganho o Goya), mas muito boa gente era capaz de pensar que a Lilla Downs é fadista! Calcula tu que os meus amigos holandeses depois de verem o filme querem vir a Lisboa aprender a dançar fado...a dançar fado? Ora esta é a imagem que o filme transmite: que o fado e dançado e que há uma fadista chamada Lilla Downs...

António Pires disse...

Rui:

Não discuto isso. Quando os teus amigos holandeses vierem a Lisboa vão perceber a diferença entre a realidade e uma ficção. Leva-os à Tasca do Chico! Quanto à Lila Downs, principalmente quando canta música ranchera, há ali qualquer coisa de fado-sem-ser-fado. Mas isso já são outras conversas...

Um grande abraço