16 outubro, 2006

Final Fantasy - A Folk e Tudo o Resto...


Já o tinha visto com os Arcade Fire (em Paredes de Coura, num maravilhoso concerto rock - o melhor dos concertos rock, ao lado de White Stripes, dos Animal Collective, dos Liars... e de pouco mais neste rock, deste rock, de que a música rock é agora feita...) e vi-o hoje, agora, há meia-hora, no Jardim do Tabaco, em Lisboa, com uma japonesinha (?) a disparar imagens em acetatos, animação feita no momento, amor maior de um amor imenso (beijos, cenas medievais, os atlantes, os pássaros de Alfred Hitchcock, uma «estranha fruta» pendurada em árvores e mais beijos e os olhos de Krishna e as galáxias todas, distantes...).

E ele, o canadiano Final Fantasy (como é que ele se chama mesmo?...) a dar-nos cantos e sais e mais e cai-cais e ais, só ais, de violino, saiiiis, maiiiis, cai-caiiis, aiiiis, e pianadas loucas, tudo passado pelo crivo reverberante do sampler, com mazurkas e valsas e polkas... e Bach e Mahler e Mozart e Shostakovich e, também, com Mariah Carey (sim, sim!, Mariah Carey!!!) e os punks Destroyer e a neo-folk, harpista, duendezinha Joanna Newsom a tiracolo, ali mesmo ao lado (sem lá estar, mesmo) e com os companheiros todos dos Arcade Fire (sem lá estarem mesmo, nem mesmo a menina violinista, a outra violinista, do outro cai-cai), se calhar só para mostrar que a música é só uma e que não há diferenças nem barreiras nem escolhos entre o que quer que seja... Foi tão bonito este concerto!

2 comentários:

I Zimbra disse...

Foi, sim senhor. Apenas menos intimista que há um ano, na ZDB. Pena não te ter visto por lá ontem, caro amigo. E o catraio chama-se Owen Pallett, já que perguntas. Um abraço.

António Pires disse...

Olá Toni!

Também não te vi por lá... E, sim, foi um excelente concerto... Mesmo passadas quase 24 horas ainda oiço frases musicais e vejo imagens que me ficaram de ontem... Um grande abraço